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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ebola: o vírus assassino que ressurge de tempos em tempos

África Ocidental

Ao contrário da gripe, esse vírus não é transmitido pelo ar. Portanto, é menos contagioso do que muitas outras doenças virais. Mas taxa de mortalidade é assustadora: de 50% até 90% no caso de algumas epidemias, segundo a OMS

 O vírus do ebola, que ataca novamente na Guiné após três mortes, é um assassino que ceifou mais de 15.000 vidas desde 1976. Até agora, foram identificados cinco subtipos do agente infeccioso e houve onze epidemias causadas por três deles.

De onde vem o vírus?
O vírus do ebola foi identificado pela primeira vez em 1976 na República Democrática do Congo (RDC, então Zaire). É um vírus da família filoviridae (filovírus). Seu nome vem de um rio no norte do país, próximo ao local onde eclodiu a primeira epidemia.  Desde então, cinco "subtipos" do vírus do ebola foram identificados: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston e e Floresta de Tai. Os três primeiros causaram graves epidemias no continente africano.
 
Como é transmitido?

O vírus circula entre morcegos frugívoros, considerados o hospedeiro natural do ebola, mas eles não desenvolvem a doença. Outros mamíferos, como grandes símios, antílopes ou porcos-espinhos, podem ser portadores e transmiti-los às pessoas.

Durante uma epidemia, o ebola é transmitido entre humanos por meio de contato próximo e direto. Uma pessoa saudável é infectada pelos "fluidos corporais" de um doente: sangue, vômito, fezes...  Ao contrário da gripe, esse vírus não é transmitido pelo ar. 
Portanto, é menos contagioso do que muitas outras doenças virais.
Mas esse vírus é assustador pela alta taxa de mortalidade: em torno de 50% e até 90% no caso de algumas epidemias, segundo a OMS.

Quais são os sintomas?
Após um período de incubação de 2 a 21 dias (cerca de cinco dias em média), o ebola se manifesta com febre repentina, fraqueza, dores musculares e articulares, dor de cabeça e dor de garganta e, em alguns casos, hemorragia.Os sobreviventes costumam ter sequelas: artrite, problemas de visão e audição e inflamação dos olhos.
 
Existe vacina?
Uma primeira vacina, fabricada pelo grupo norte-americano Merck Shape and Dohme, mostrou-se altamente protetora contra o vírus, segundo ensaio realizado na Guiné em 2015. A OMS pré-qualificou esta vacina em novembro de 2019 para ser homologada. Mais de 300.000 doses foram administradas em uma campanha de vacinação direcionada durante a última epidemia na República Democrática do Congo.

Uma segunda vacina experimental, do laboratório norte-americano Johnson & Johnson, foi introduzida preventivamente em outubro de 2019 em áreas onde o vírus está ausente, e mais de 20.000 pessoas foram vacinadas.

A pior epidemia (2013-2016)
A pior epidemia da história surgiu no sul da Guiné em dezembro de 2013 e se espalhou para os países vizinhos da África Ocidental. Causou mais de 11.300 mortes entre os quase 29.000 casos registrados, de acordo com a OMS, que declarou o fim da epidemia em março de 2016.

Mais de 99% das vítimas foram registradas na Libéria, Serra Leoa e Guiné.

Décima e décima primeira epidemia na RDC
A décima epidemia começou em 1º de agosto de 2018 na província de Kivu do Norte. A OMS declarou emergência sanitária de alcance internacional em julho de 2019, quando ameaçava países vizinhos.

As autoridades do país proclamaram o fim desta epidemia, a segunda mais grave da África (com cerca de 2.280 mortes) depois da de 2013-2016, em junho de 2020. Sem ligação com esta epidemia, em junho de 2020, uma décima primeira epidemia de febre ebola estourou na província de Equateur. O país declarou seu fim em 18 de novembro (55 mortos).

"Reaparecimento" na RDC e "situação epidêmica" na Guiné
A República Democrática do Congo anunciou no dia 7 de fevereiro um surto da doença no leste, para onde a OMS enviou uma equipe de epidemiologistas após a morte de uma mulher.Uma semana depois, no dia 14, a Guiné anunciou que estava novamente "em situação de epidemia", depois de ter confirmado o aparecimento no sudeste do país de sete casos, três deles fatais.
São as primeiras mortes pela doença desde 2016 na Guiné. A OMS vai implantar meios "rapidamente", como doses de vacinas, para ajudar a Guiné. [o desempenho medíocre da OMS na pandemia em curso, mostra  a velocidade do "rapidamente" da OMS. Descoberta há 44 anos, o peste do 'ebola', com transmissibilidade bem menor que os vírus da família H, uma vacina efetiva ainda não foi descoberta.
O índice de transmissibilidade do ebola é dezenas de vezes menor que o da peste SARS.]
 
Mundo - Correio Braziliense

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Porta aberta à corrupção

A prevenção contra desvios é correto, mas nada justifica uma burocracia impenetrável. Dificuldades excessivas induzem a criação de balcões de venda de facilidades. São recorrentes as críticas à burocracia, em especial a que atravanca a contratação de obras. E os entraves existentes na máquina pública costumam ser justificados pela necessidade de controles, para defender os interesses de quem paga as contas do Estado, os contribuintes.

O objetivo da prevenção contra desvios é correto, mas nada justifica uma burocracia impenetrável. Mesmo porque dificuldades excessivas induzem a criação de balcões de venda de facilidades. Há tempos, debate-se a Lei 8.666, de 93, a chamada Lei de Licitações. Inclusive no Congresso. Sempre com o objetivo de torná-la um instrumento de maior agilidade na contratação de obras pelo poder público, e por um preço justo.

Mas existe o risco da excessiva simplificação desse processo para economizar tempo. Como cumprir cronograma não é um ponto forte do Estado, na preparação da Copa chegou-se a um ponto que se instituiu o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), para substituir de forma excepcional a Lei de Licitações. Obras puderam ser contratadas por uma via rápida.

Seria um excesso de maledicência insinuar que interessados em criar um facilitário para empreiteiras aproveitaram os atrasos para a Copa e tiraram do bolso o projeto do RDC. Seja como for, a lentidão também na execução do projeto das Olimpíadas de 2016, no Rio, foi aproveitada para se estender aos Jogos a mesma via rápida. Desta vez, pôs-se em prática o plano ardiloso de contrabandear para a MP do Regime Diferenciado de Contratações visando aos Jogos uma emenda sem qualquer relação direta com as Olimpíadas, um “jabuti”, portanto, estendendo o RDC para a grande maioria de obras públicas. Na prática, revogou-se a Lei de Licitações por MP.

Está embutido no RDC o conceito de “contratação integrada”, pelo qual o poder público contrata a empreiteira com vendas nos olhos: sem conhecer especificações da obra que deseja, porque não faz, nem encomenda a terceiros, os projetos básico e executivo do empreendimento. A contratada também fica responsável por eles.  Isso significa que o poder público não tem qualquer base técnica para discutir preços apresentados pela empreiteira. É fácil concluir que o risco de se multiplicarem superfaturamentos nas obras públicas país afora é absoluto.

Ao perder o monopólio do Petróleo, no governo FH, a Petrobras, a fim de competir em igualdade de condições com o setor privado, recebeu autorização, pelo decreto 2.745/98, para contratar obras e adquirir equipamentos pelo mesmo método. Tinha lógica. Porém, a facilidade criada para a estatal ser ágil foi usada pelo lulopetismo no assalto à empresa via o esquema do petrolão, investigado na Operação Lava-Jato. Apenas em um balanço, a estatal deu baixa em R$ 6,2 bilhões correspondentes  às falcatruas. E agora o RDC pôs o facilitário ao alcance da maioria dos projetos públicos, da União, estados e municípios. Grande farra no bolso do contribuinte.

Fonte: Editorial – O Globo