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segunda-feira, 26 de junho de 2023

A lei das comunidades no Rio e a ministra que passeia de moto na favela da Maré - Gazeta do Povo

Vozes - Roberto Motta


A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Foto: Reprodução/Instagram

O atual governo federal tem uma ministra da Igualdade Racial. [cidadã que além de chefiar  um ministério desnecessário - como são mais da metade dos ministérios do governo do apedeuta -ainda é um péssimo exemplo.
Fechando o comentário: Imaginem  o quanto uma ministra que não respeita as leis de trânsito pode ser nociva para sua comunidade e para os brasileiros que ainda acreditam no atual DESgoverno?
Ao reconhecer que as favelas do Brasil possuem leis específicas, o ministério que a ministra DESadministra comprova sua inutilidade e mostra que sua conduta é nociva por incentivas o desrespeito as leis vigentes em TODO O TERRITÓRIO NACIONAL.] Recentemente, a titular do cargo percorreu, de motocicleta, a favela da Maré, no Rio de Janeiro. Ela divulgou nas redes um vídeo com imagens do passeio.
O vídeo mostra que, sentada na garupa de uma moto em movimento, a ministra não usava capacete. 
O uso do capacete é obrigatório pela legislação brasileira. Em resposta a questionamentos, o ministério teria informado que “é praxe qualquer motociclista circular pela Maré sem o capacete”. Seria a 'lei da comunidade'.
 
No Rio de Janeiro, comunidade é um eufemismo usado para descrever uma favela.  
No Rio de Janeiro a maioria das comunidades é dominada por grupos criminosos pertencentes ao narcotráfico ou a milícias. As exceções são cada vez menores.
 
As comunidades do Rio de Janeiro obedecem a uma lei diferente da lei que vigora na República Federativa do Brasil. 
A lei das comunidades do Rio pode ser resumida da seguinte forma: entrou no lugar errado, da maneira errada, levou chumbo.
 
Foi o que aconteceu com Ulisses da Costa Cancela
No sábado, dia 9 de maio de 2015, Ulisses estava com a mulher e um casal de amigos no carro. 
Eles retornavam do Rio para Petrópolis. Mas Ulisses errou o caminho, e entrou com o carro na Comunidade Vila Sapê, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Errar o caminho, no Rio de Janeiro, é um delito passível de pena de morte.

Foi o que aconteceu com Ulisses. Ele foi morto com um tiro de fuzil.
Ulisses da Costa Cancela tinha 36 anos e era alpinista industrial.
 
Ele era casado. A viúva de Ulisses, Jennifer, de 32 anos, nunca vai esquecer os minutos de desespero que ela, o marido e amigos passaram dentro daquele carro.

Tudo isso aconteceu em 2015. Milhares de pessoas já foram mortas pelo tráfico no Rio depois de Ulisses.

As operações policiais regulares nas comunidades do Rio estão suspensas desde 2020 por decisão judicial do Supremo Tribunal Federal. Depois dessa decisão, inúmeras guerras entre traficantes já eclodiram no Rio de Janeiro.

O narcotráfico expandiu seu controle para regiões que, até então, não sofriam desse mal.  
A Polícia Civil do Rio informa que o Terceiro Comando Puro (TCP) aproveitou as restrições da pandemia e ocupou a comunidade Cinco Bocas, que pertencia ao Comando Vermelho. 
Os criminosos decidiram que a região que inclui Cinco Bocas e as favelas de Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas e Pica-pau passaria a ser chamada de Complexo de Israel. 
O Comando Vermelho dominou todas as favelas da região da Praça Seca, em Jacarepaguá, onde continuam a ocorrer confrontos diários entre facções e a milícia. 
O Comando Vermelho está se expandindo na Barra da Tijuca, tomando o controle da comunidade Gardênia Azul e entrando em favelas que eram controladas por milícias, como Muzema, Rio das Pedras e Tijuquinha.

    As operações policiais regulares nas comunidades do Rio estão suspensas desde 2020 por decisão judicial do Supremo Tribunal Federal

Na Península, um bairro de classe média alta da Barra – onde mora o governador do estado - os moradores podem, frequentemente, ouvir o ruído de tiros disparados em Rio das Pedras
O capítulo mais recente dessa guerra ocorreu quando o Comando Vermelho invadiu o Morro dos Macacos, na Tijuca, que era dominado pelo TCP.

A polícia carioca tem registrado a presença de líderes de facções de outros estados da federação. Eles estão fazendo um estágio remunerado no Rio, para depois levar a tecnologia do caos de volta aos seus estados de origem.

Só mesmo um passeio de moto, sem capacete, para esfriar a cabeça.
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Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima

Roberto Motta, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Os bastidores da operação que encontrou o miliciano Adriano na Bahia - VEJA

Detalhes da ação revelam que ex-capitão do Bope foi localizado pela Polícia Civil do Rio graças aos erros cometidos pela rede de contatos que mantinha

A morte de um dos criminosos mais procurados do país, o carioca Adriano Magalhães da Nóbrega, 43 anos, localizado pelo núcleo de inteligência da polícia do Rio de Janeiro e morto pela polícia da Bahia no último domingo 9, encerra um ciclo de buscas iniciado mais de um ano antes, em janeiro de 2019, quando a Justiça decretou sua prisão e a de outras doze pessoas. A razão: Adriano chefiava uma das maiores milícias do Rio, a de Rio das Pedras, na Zona Oeste carioca. A operação para sua captura, que o governador Wilson Witzel (PSC-RJ) celebrou enaltecendo sua polícia (“ela está em outro patamar”), deixou um rastro de perguntas sem respostas e acusações. O advogado do bandido, Paulo Emílio Catta Preta, e sua mulher, Julia Emília Mello Lotufo, sustentam que o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi executado e não morto durante a troca de tiros com agentes que o capturaram na cidade de Esplanada, no litoral da Bahia.

Adriano foi o último alvo da operação Os Intocáveis a ser localizado. Outros doze foram presos antes. Segundo policiais que participaram da operação durante quase um ano, isso tem a ver com o fato de o ex-caveira, como são conhecidos os integrantes do Bope, ser extremamente cauteloso e treinado. “Ele não cometeu nenhum erro durante esse período todo em que esteve foragido.” Acabou sendo apanhado ao fazer contato com familiares e outros bandidos que vinham sendo monitorados. Nesses casos, tomava um cuidado: sempre trocava o chip do celular. “O contato com parentes e comparsas da milícia nos levaram até ele”, disse um policial a VEJA. Esses mesmos contatos estão sendo investigados pelo Ministério Público.

Foi justamente por meio de interceptações dos contatos de Adriano que a polícia chegou, pela primeira vez em dezembro, ao condomínio de luxo Quintas do Sauípe, no litoral baiano, onde as casas são avaliadas entre 2 e 3 milhões de reais. A mansão de número 14D foi alugada por Adriano no período de 26 de dezembro a 5 de fevereiro. Até 30 de janeiro era possível encontrar o ex-policial e a mulher, Julia, frequentando as áreas comuns do condomínio, como a academia. Além do casal e das filhas de 7 e 17 e 7, amigos e familiares do miliciano o visitaram no local, segundo relatou este policial a VEJA.

O bem-bom foi interrompido quando agentes da polícia baiana viram Adriano, de bermuda cargo bege e sem camisa, na propriedade. Ao perceber a movimentação suspeita, o miliciano fugiu pelo mangue nos fundos do condomínio. “Ele escolheu aquela casa por ser a única rota de fuga que não era monitorada por câmeras de segurança. Ainda não sabemos se deixou um carro no local planejando escapar ou se foi resgatado por alguém”, disse o policial.

(....)


HISTÓRICO DE FUGA
Entre janeiro e junho de 2019 a polícia e o Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público do Rio, ficaram completamente no escuro quanto a localização de Adriano. Não havia nenhuma pista sobre o desaparecimento dele. Nem mesmo o Disque Denúncia, que costuma receber informações anônimas sobre esse tipo de criminoso, havia registrado qualquer informação sobre o miliciano. Segundo fontes da Polícia Civil, Adriano teria passado uma temporada em Minas Gerais no meio do ano passado, entre junho e julho. Mas não parava muito em um único lugar. “Quando reunimos informações mais consistentes sobre seu paradeiro em Minas, já não dava mais tempo de alcançá-lo”.   Outra forte suspeita da polícia é de que Adriano esteve no Panamá. Mas também lá não teria ficado por muito tempo. “Sabíamos que ele não estava no Rio, mas acreditávamos que, mesmo tendo recursos para se manter no exterior, ele optaria por permanecer no Brasil para manter o controle dos negócios ilícitos que tocava: milícia, agiotagem e máquinas caça-níquel”, disse o mesmo policial a VEJA.

Em VEJA, MATÉRIA COMPLETA


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Conta outra, doutor - Elio Gaspari

O Globo
 

A vida e a morte de Adriano da Nóbrega, do Escritório do Crime, tornaram-se duas histórias mal contadas

Ganha um fim de semana em Rio das Pedras quem conseguir montar um cenário plausível para a seguinte situação:
Setenta policiais participam de uma operação para a captura doCapitão Adriano”, foragido desde o ano passado. Suspeitando-se que ele se escondeu na chácara do vereador Gilsinho da Dedé (PSL), alguns deles formam um triângulo e cercam a casa. Tratava-se de uma área rural, sem vizinhos.
Segundo a versão da polícia baiana, ratificada pelo governador Wilson Witzel (Harvard Fake ’15), “chegamos ao local do crime para prender mas, infelizmente, o bandido (Medalha Tiradentes ’05) que ali estava não quis se entregar, trocou tiros com a polícia e infelizmente faleceu”.

Conta outra, doutor. Ou, pelo menos, conta essa direito. Adriano da Nóbrega estava cercado. O bordão “trocou tiros” é um recurso gasto. Antes da chegada da polícia, o miliciano já fugira da casa onde estava com a família, na Costa do Sauípe, e do esconderijo onde se abrigara, numa fazenda próxima. Os policiais podiam ficar a quilômetros da casa, e o bandido poderia atirar o quanto quisesse, mas continuaria cercado. Se a intenção fosse capturá-lo vivo, isso seria apenas uma questão de tempo. Três dias depois da operação, as informações divulgadas pelas polícias foram genéricas e insuficientes para se entender o que aconteceu.

Na melhor da hipóteses, os policiais foram incompetentes. Na pior, prevaleceu o protocolo de silêncio seguido pelo ex-PM Fabrício Queiroz, chevalier servant da família Bolsonaro e administrador da “rachadinha” de seus gabinetes parlamentares, onde estiveram aninhadas a mãe e a mulher de Adriano. O silêncio de Queiroz é voluntário, o do miliciano foi inevitável. Fica no ar um trecho da fala triunfalista de Witzel, no qual ele disse que a operação “obteve o resultado que se esperava”.

Quando a polícia estava no rastro de Adriano, o ministro Sergio Moro vangloriou-se de ter organizado uma lista dos criminosos mais procurados. Nela estavam 27 bandidos, mas faltava o “Capitão Adriano”. No melhor burocratês, o ministério explicou: “As acusações contra ele não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”. Conta outra, doutor. Dois dos listados eram milicianos municipais do Rio de Janeiro. Ademais, a interestadualidade de Adriano foi comprovada na cena de sua morte, com policiais baianos e fluminenses. [Certamente, o ministro classifica interestadual, quando os atos criminosos dos listados foram praticados em mais de um estado.
O ex-capitão Adriano, do Bope da PMERJ, era acusado de crimes apenas no estado. Antes de críticas ao alcance da lista do ministro Moro, deve se verificar se nela tem algum criminoso de atuação restrita apenas a um estado.
Não havendo nenhum, se confirma o caráter interestadual da lista e justificada a não inclusão do ex-capitão.
Quanto a promessa de transparência do secretário de Segurança, abaixo, o que complica é governo petista - acreditar em petista é fria e o primeiro passo para ser enganado. ]

O secretário de Segurança do governo petista da Bahia prometeu transparência na investigação da morte do miliciano. Seria uma pena se a cena do tiroteio tiver sido alterada. Numa troca de tiros deveriam existir cápsulas da arma de Adriano. Seria razoável supor que a polícia disparou mais tiros, além dos dois que atingiram o bandido. A cena poderia ter sido filmada, mas isso seria pedir demais, mesmo sabendo-se que se tratava de uma operação de relevância nacional. A captura de Adriano lustraria a polícia e jogaria luz sobre suas conexões. A morte do ex-capitão serviu apenas para aumentar as trevas que protegem essa banda das milícias do Rio.

Faz tempo, uma patrulha do Exército perseguiu outro ex-militar foragido pelo interior da Bahia. Chamava-se Carlos Lamarca. Apesar de ter teatralizado a cena de sua morte, o oficial que comandava a patrulha não falou em troca de tiros. Narrou uma execução. [execução merecida: o executado era um desertor e traidor das Forças Armadas - o que se lamenta é que tenha sido abatido a tiros, quando o que merecia era a execução pelo garrote.]
 
 
O Globo - Coluna Elio Gaspari, jornalista
 
 
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Família de ex-assessor de Flávio Bolsonaro tem van de transporte irregular em favela

imo da cunhada do Queiroz que está devendo a quarta parcela do IPVA 2018 - a esquerda, com o apoio da imprensa que ainda não conseguiu engolir a vitória de Bolsonaro e nem se conformar que ele É, e SERÁ, pelos próximos quatro anos o pre4sidente do Brasil, pretende pedir o 'impeachment' do capitão.

A ilusão da corja esquerdista e da imprensa que a apoia é que acham que se Bolsonaro sair da presidência, o fracassado 'poste' de Lula, assumirá a presidência;

estão enganados, sendo Bolsonaro afastado por qualquer motivo, quem assume, com a proteção de Deus, é o vice-presidente da República, General Hamilton Mourão.

Plagiando Cid Gomes: vocês perderam, o Lula tá preso.]

A Coluna de Ancelmo Gois no Globo informa que a família de Fabrício Queiroz, o ex-assessor do enrolado Flávio Bolsonaro, é dona de uma van que faz transporte irregular em Rio das Pedras.
A comunidade é dominada pela milícia, que, ontem, foi alvo de operação da polícia e do MP estadual que prendeu um major da PM e mais quatro pessoas, completa o jornal.
[apesar de óbvio, vamos ser ululante e lembrar que JAIR BOLSONARO é responsável, única e exclusivamente, pelos atos que praticar.
Seus filhos, seus irmãos, a senhora sua mãe, toda a parentada dele  é totalmente responsável pelo que praticarem.

BOLSONARO é PRESIDENTE - o partido perda total acabou; Lula está preso.
Assim, relaxem e aceitem Bolsonaro, vai doer menos e os quatro anos passam mais rápidos - claro que vocês terão que se acostumar com a ideia de que o capitão vai fazer um bom governo e pode até aceitar ser reeleito.]