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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Rejeição aos cristãos perseguidos

O verdadeiro preconceito do Ocidente: rejeição aos cristãos perseguidos


Finalmente depois de anos de apatia e imobilismo, Washington está estendendo a mão amiga, deveras necessária, aos cristãos do Oriente Médio.  

O presidente dos EUA, Donald Trump anunciou recentemente que será dada prioridade aos cristãos perseguidos quando se tratar de aplicar o status de refugiado nos Estados Unidos.  Cristãos e yazidis estão sendo expostos ao genocídio nas mãos do ISIS e de outros grupos islâmicos, que estão empenhados em uma campanha de grandes proporções para escravizar as minorias não muçulmanas remanescentes e destruir o seu patrimônio cultural.


 Representantes da ONG Open Doors, juntamente com outras ONGs concederam uma entrevista coletiva à imprensa para apresentar um relatório intitulado "Ataques Motivados pela Religião Contra Refugiados Cristãos na Alemanha" em 2016.

Em 2006 o estudioso Hannibal Travis salientou:  "Lamentavelmente o Ocidente rejeitou a ideia de solidariedade para com os cristãos do Oriente Médio priorizando a diplomacia baseada em interesses petrolíferos e no conflito árabe-israelense. Assim sendo, os Estados Unidos, Grã-Bretanha e França têm ignorado as perseguições aos cristãos do Iraque, Líbano, Egito e Sudão, ao mesmo tempo em que correm para salvar os países muçulmanos ricos em petróleo como a Arábia Saudita e o Kuwait, bem como as minorias sitiadas como curdos, bósnios e kosovares. Até o dia de hoje sabe-se que as tropas americanas acantonadas no Iraque nem sempre intervêm para impedir a perseguição aos cristãos, talvez por não quererem ser vistos como "tomando o partido dos cristãos" e com isso provocar retaliações".

Por esta razão os assim chamados liberais no Ocidente -- e até mesmo cristãos -- começaram a se opor à medida.  Cristãos autóctones no Iraque e na Síria não só estão sendo expostos ao genocídio nas mãos do Estado Islâmico (ISIS) e de outros grupos islamistas, como também tiveram seus pedidos de imigração para os países ocidentais postos em segundo plano pela ONU, vergonhosamente, sem causar nenhuma surpresa.

Um grupo de armênios do Iraque, por exemplo, fugiu de suas casas depois que o ISIS apareceu. Optaram por ir para Yozgat, Turquia. Em 21 de dezembro de 2015 o jornal Agos publicou a seguinte matéria sobre eles: "Eles vivem em condições subumanas. A ONU não pode agendar nenhuma entrevista para pedido de imigração antes de 2022. Eles não sabem como irão sobreviver nestas condições por mais sete anos. A única coisa que eles querem é se reunir com seus parentes".

Yozgat, uma das cidades da Anatólia onde os armênios foram submetidos aos assassinatos mais abomináveis e exílio nas mãos dos muçulmanos durante o genocídio de 1915, é o lugar onde armênios se encontram novamente, desta vez lutando pela sobrevivência em meio ao desemprego, miséria, perseguição, intolerância e doença.
Sant Garabedyan, 23, disse que aos cristãos não são oferecidos empregos.  "Estive em Yozgat por dois meses. Somos em oito morando na mesma casa... Ninguém me contrata porque sou cristão. Minha esposa é caldeia e não usa crucifixo porque tem medo."