Em discurso na Assembleia Geral da Organização das
Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro fez apelo à comunidade
internacional “pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”. A
declaração, realizada na última terça-feira, 22, levantou debates
acerca da existência do preconceito contra cristãos. Para alguns, o
conceito é equivocado, pois, segundo afirmam, “ninguém morre por ser
cristão no Brasil”. Outros acreditam que o termo é uma tentativa de
negar o extremismo religioso. Mas, afinal, o que seria a cristofobia?
De acordo com o padre Rafhael Maciel, sacerdote eleito pelo papa como Missionário da Misericórdia, o termo cristofobia se refere à aversão ou ridicularização pública de uma pessoa, em razão da sua fé em Jesus Cristo. “A igreja é repleta de mártires, vários santos no passado foram perseguidos porque acreditavam em Cristo. Naqueles primeiros tempos, não chamávamos de cristofobia”, esclarece o padre, recordando que a perseguição contra os cristãos se tornava testemunho de fé.
Em 2019, de acordo com o Vaticano, foram mortas 29 pessoas que decidiram não negar sua fé em Jesus Cristo, segundo o VaticanNews. Também no ano passado, 260 milhões de cristãos foram perseguidos em todo o mundo, segundo dado divulgado pela agência de notícias AFP, a partir de um relatório publicado em janeiro pela organização não governamental Open Doors (em português, Portas Abertas).
Os principais tipos de perseguição contra cristãos listados pela entidade são por motivos de autoritarismo, paranoia ditatorial, antagonismo étnico, opressão islâmica e nacionalismo religioso. Anualmente, a Organização divulga a lista dos 50 países mais perigosos para os cristãos, a partir de levantamento realizado por instituições ligadas à promoção da liberdade religiosa. Entenda a metodologia.
Discurso de extrema direita
Para Christian Dennys, professor do Departamento de
Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), que estuda religião há
25 anos, o conceito de cristofobia é um termo que tem sido utilizado
por supremacistas de direita para afirmar que maiorias cristãs são
vítimas “das esquerdas”. Segundo o pesquisador, o termo ganhou novo
significado a partir da midiatização (via redes sociais) e da
judicialização (via bancadas evangélicas). [FATO: a perseguição aos cristãos ocorre de forma mais exacerbada em países dominados pela esquerda, de igual modo nos países que não cultuam valores como a FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES, e o ateísmo é sempre a 'religião' principal de tais regimes.
Aliás, o comunismo impõe o ateísmo como 'religião' única do estado.]
Para Christian Dennys, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), que estuda religião há 25 anos, o conceito de cristofobia é um termo que tem sido utilizado por supremacistas de direita para afirmar que maiorias cristãs são vítimas “das esquerdas”. Segundo o pesquisador, o termo ganhou novo significado a partir da midiatização (via redes sociais) e da judicialização (via bancadas evangélicas). [FATO: a perseguição aos cristãos ocorre de forma mais exacerbada em países dominados pela esquerda, de igual modo nos países que não cultuam valores como a FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES, e o ateísmo é sempre a 'religião' principal de tais regimes.
Aliás, o comunismo impõe o ateísmo como 'religião' única do estado.]