Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O conglomerado oposição política histérica/STF/TSE/velha imprensa segue armando as guilhotinas necessárias para a imposição do silêncio geral
O sistema anda se estrebuchando. E não estou falando do velho e
carcomido sistema político em Brasília que, desde 2018, vem demonstrando
— de maneira óbvia e vexaminosa — que até hoje não aceitou o resultado
das eleições presidenciais de 2018.
O sistema de que falo é o
conglomerado oposição política histérica/STF/TSE/velha imprensa.
Cada um no seu quadrado, de maneira estratégica, mas juntos e
misturados, seguem armando as guilhotinas necessárias para a imposição
do silêncio geral.
Além de povo na rua vocês querem falar também?
Programa Os Pingos nos Is | Foto: Montagem Revista Oeste/Reprodução/Shutterstock
Diante da mais clara perda do monopólio da informação, já que produto ruim encalha mesmo, nesta semana, a parte da velha imprensa do conglomerado do antibolsonarismo psicótico partiu para mais um ataque. O alvo?
A Jovem Pan, o programa Os Pingos nos Is e os jornalistas da emissora que vêm tirando o sono das concorrentes com os espetaculares números de audiência na TV, no YouTube e no rádio.
Em mais uma jogada ensaiada — muito vista e já manjada aqui nos EUA — um veículo do conglomerado escreve um “hit job”, uma peça no melhor estilo “fontes disseram”, “há indícios” e “diz leitor”, para que um alvo seja atingido.
Em uma “pesquisa” publicada numa “matéria” e espalhada por uma “jornalista”,a encomenda do ataque à Jovem Pan — que parece até ter saído de um certo jantar em Brasília quando senadores, ministros do STF e asseclas reclamaram do programa Os Pingos nos Is, dizendo que “era preciso dar um jeito naquela gente que anda falando demais!” — traz lamentações como: “O YouTube privilegia vídeos pró-Bolsonaro em recomendações aos usuários,diz estudo”. A choradeira continua: “Levantamento da UFRJ mostra que plataforma sugere mais conteúdos bolsonaristas publicados pela Jovem Pan; (…) o algoritmo do YouTube privilegia a Jovem Pan e vídeos a favor do presidente Jair Bolsonaro em suas recomendações, indica um estudo da UFRJ; (…) Em levantamento, os canais da Jovem Pan foram indicados 14 vezes mais na página inicial do YouTube com um ou mais vídeos sugeridos. O mais recomendado aos usuários foi a participação de Jair Bolsonaro no programa Pânico no dia 26 de agosto”.
O programa teve mais de 600 mil acessos ao vivo e menos de 24 horas após sua transmissão já havia mais de 3 milhões de visualizações.
Os missionários do bom ladrão A acusação contra o YouTube é que a plataforma estaria empurrando propositalmente conteúdo que possa beneficiar o presidente Jair Bolsonaro.
Agora vejam vocês o horror: uma plataforma que monetiza com seus anúncios recomendar os vídeos que são mais assistidos.
Vídeos que milhões de pessoas acessaram e em que deixaram a marca de que o conteúdo é relevante. A turma que não tem mais relevância, que fala apenas para uma bolha isolada de narcisistas que se lambem 24 horas por dia sem ter o menor contato com a realidade, com o povo e com as mazelas do nosso país, agora quer guilhotinar quem está em contato com o que — de fato — importa para o Brasil, e não para uma casta de ungidos da elite política.
Os missionários do bom ladrão (by Guilherme Fiuza) estão chateados que a Jovem Pan — que, diga-se de passagem, tem em seu quadro jornalistas e comentaristas de todos os lados do espectro político-ideológico —agora encabeça a liderança no campo das notícias, deixando inclusive os antigos campeões de audiência no retrovisor durante boa parte do dia.
A Jovem Pan caiu nas graças do povo por não compactuar com tanta baboseira dita nos outros canais. A convivência promíscua de políticos/STF/TSE/velha imprensa, que sempre usaram e abusaram de soberba e pedantismo, agora tem de encarar uma receita simples, mas fatal para o seu antigo monopólio da informação: o compromisso com a audiência em relatar o que os nossos olhos estão vendo, sem subestimar a inteligência de quem está do outro lado da tela ou do rádio.
No programaOs Pingos nos Is,do qual faço parte com imensa honra, gratidão e orgulho, não há feitiçaria política, promessas fajutas, nem tapinhas na cara — há apenas a verdade. Verdades que eram proibidas de serem ditas: STF aparelhado e ativista, exposição de perseguições pessoais por parte de ministros do Supremo e suas abjetas inconstitucionalidades, mentiras propagadas pelos togados como “o brasileiro quer a volta da cédula de papel nas eleições”, questionamentos pertinentes sobre integridade eleitoral, vacinas, tratamentos, números da economia, e todas as mentiras e mais mentiras de um ex-presidiário que quase destruiu o Brasil nuas e cruas.
Mas o ódio que os falsos democratas têm — ódio mesmo, bem intenso “a là Marilena Chaui” — é que, além de nunca termos normalizado uma candidatura fake de um corrupto de estimação, também não fazemos parte da imprensa de necrotério e noticiamos as boas ações do atual governo. Já tecemos críticas e pontos que podem ser melhorados no futuro, mas nunca com o intuito de afundar o barco em que todos nós estamos. Não somos pica-paus.
Brasil decolando economicamente de maneira ímpar e perante um mundo que está sofrendo com altos índices inflacionários e recessões — como os EUA, por exemplo; taxas elevadas de emprego, várias áreas apresentando crescimentos significativos devido ao excelente solo para investimento estrangeiro preparado pelo ministro Paulo Guedes; povo nas ruas pedindo respeito à Constituição, adquirindo liberdade social, econômica, intelectual… Pensando bem, quando as Cassandras pedem que nosso conteúdo tenha um aviso de conteúdo sensível, eles têm razão:
- não há censor jacobino irrelevante que aguente ver a caravana passar sem se importar com o tilintar das guilhotinas. Parem os algoritmos! O país está despiorando.
Uma trágica heroína shakespeariana O que tentaram fazer com a Jovem Pan nesta semana, trouxe a lembrança de um episódio famoso no esporte olímpico. Em 6 de janeiro de 1994, a poucos meses da Olimpíada de Inverno da Noruega, o mundo acompanhou pela TV o que se tornaria um dos maiores escândalos esportivos da história. O incidente envolveu as duas maiores patinadoras dos EUA da época: Nancy Kerrigan e Tonya Harding. Kerrigan foi atacada com um bastão de madeira — como um taco de beisebol — após um treino em Detroit, Michigan, e quase ficou de fora do Jogos Olímpicos daquele ano.
Em 1991, três anos antes dos Jogos, Tonya Harding havia vencido Nancy Kerrigan no Campeonato de Patinação Artística Americano. No mesmo ano, ela triunfou novamente, ganhando a prata no Campeonato Mundial na Alemanha. Apesar de Tonya parecer mais forte naquele momento, as duas patinadoras eram conhecidas rivais técnicas e tinham looks, estilos e personalidades diferentes. Enquanto Nancy era elegante no gelo, Tonya era durona. Enquanto Nancy conquistava o público e patrocinadores com seu carisma, boa educação e boa atuação no gelo, Tonya não recebia da audiência o mesmo carinho e atenção, apesar da capacidade atlética. Kerrigan tinha elegância. Harding tinha agressividade. A rivalidade das duas patinadoras também foi lançada por muitos na época como a já exaurida batalha de classes marxista: “a riqueza de Kerrigan” contra a “pobreza de Harding”.
No programa Os Pingos nos Is não há feitiçaria política, promessas fajutas, nem tapinhas na cara — há apenas a verdade
(...)
Com Nancy fora de ação, Tonya ficou em primeiro lugar no Campeonato em Detroit, mas não pôde aproveitar a glória por muito tempo, já que o FBI não demorou muito para chegar ao mandante do ataque, Jeff Gillooly, marido de Harding.
Em 1º de fevereiro de 1994, Jeff concordou em testemunhar contra Tonya em troca de um acordo com a Justiça enquanto a patinadora se juntava à sua rival nos Jogos Olímpicos de Inverno de Lillehammer, na Noruega, onde ambas competiram. O frenesi da mídia em torno do casal se intensificou, mas Tonya continuava a negar qualquer envolvimento no incidente, afirmando que não tinha conhecimento de nenhum detalhe sobre o plano para atacar Nancy.
(...)
Com uma pilha de provas contra Tonya, ela se declarou oficialmente culpada de participação no ataque, recebeu a pena de três anos em liberdade condicional e foi multada em US$160 mil dólares. Alguns meses depois, seu título de campeã nacional de 1994 foi revogado e ela foi banida da Federação Americana de Patinação para sempre. Com exceção de Harding, todos os outros envolvidos no ataque de Kerrigan, seu marido e os homens que executaram o ataque e a fuga, cumpriram pena de prisão.
(...)
Inveja, nunca Olavo de Carvalho costumava dizer que a gente confessa ódio, humilhação, medo, tristeza, cobiça. Mas não inveja. “Inveja, nunca”, ele dizia. “A inveja admitida se anularia no ato, transmutando-se em competição franca ou em desistência resignada. A inveja é o único sentimento que se alimenta de sua própria ocultação”, disse o professor.
Para as Tonyas, Veras e Mônicas espalhadas por aí, a meritocracia, a justiça e a democracia só são perfeitas sem a presença do outro, que, irritantemente, insiste em incomodar com trabalho duro, comprometimento com a verdade e com a realidade que nossos olhos veem.
Há uma frase de Winston Churchill muito boa para a ocasião: “Você tem algum inimigo? Bom. Isso significa que você já lutou por algo em algum momento de sua vida”.Na Jovem Pan e aqui, em nossa querida RevistaOeste, seguimos juntos de vocês e com a certeza de que estamos com soldados que dividem as mesmas trincheiras, que defendem os mesmos princípios e com a mesma assembleia de vozes, como Churchill. Talvez se Churchill fosse mineiro, ele diria que juntos somos como massa de bolo; quanto mais batem, mais crescemos.
No
último sábado, 11 de junho, o jornalista Allan dos Santos, exilado nos
EUA desde 2020, esteve presente na motociata organizada em Orlando por
apoiadores do presidenteJair Bolsonaro,
então em viagem ao país para participar da Cúpula das Américas.
Em sua
12.ª conta no Instagram – pois as anteriores foram censuradas por ordem
judicial –, Allan publicou um vídeo desafiando o ministro Alexandre de Moraes,
que, ávido por vingança, move contra o jornalista uma implacável
perseguição de natureza não apenas política como pessoal. “O Xandão não
queria que eu participasse de motociata no Brasil. E aí o que Deus faz?
Traz a motociata pra cá”, ironizou o fundador do portal Terça Livre.
Bolsonaro durante motociata realizada em Orlando, na Flórida (EUA), no último dia 11. - Foto: Alan Santos/Presidência da RepúblicaAgindo sempre como lavanderia do STF, e firmemente imbuída da missão de prejudicar Bolsonaro “fingindo fazer jornalismo” (como admitiu em 2018 Fernando de Barros e Silva, então diretor de redação da revista Piauí),
a autoproclamada imprensa “profissional” – do tipo que trata
pejorativamente por “blogueiros” os novos concorrentes surgidos com a
internet – pareceu mais furibunda que o próprio Moraes.
Diante do
ocorrido, dedicou-se à prática de seu esporte preferido, numa jogada
ensaiada que tem se repetido à exaustão: a estigmatização estratégica
dos alvos políticos da corte antibolsonarista, de modo a legitimar toda e
qualquer ação perpetrada contra eles pela militância togada.
Foi
então que Allan dos Santos passou a ser invariavelmente descrito como
“foragido”da Justiça, uma pessoa cuja presença na motociata
comprometeria o presidente da República. Ilustrativo dessa postura
foram, por exemplo, os textos que Josias de Souza publicou em sua coluna
no UOL. Num deles, intitulado “Allan dos Santos une Biden e Bolsonaro na cruzada de desmoralização do STF”,o blogueiro antibolsonarista(viu como é bom, Josias?) repreende o
presidente americano por permitir que Allan permaneça “na vizinhança do
Mickey Mouse sem ser incomodado”. Em seguida, confronta-o com a
alternativa entre conceder asilo político ao jornalista brasileiro ou enviar o “fugitivo” para uma cadeia no Brasil. Se Biden
nada fizer, diz o blogueiro do UOL, isso só pode significar uma adesão
sua “à cruzada de Bolsonaro para desmoralizar o Supremo, o TSE e Moraes”. Como se vê, a gravidade da síndrome do antibolsonarismo psicótico não deve ser subestimada.
O
esporte preferido da autoproclamada imprensa “profissional” tem sido a
estigmatização estratégica dos alvos políticos da corte
antibolsonarista, de modo a legitimar toda e qualquer ação perpetrada
contra eles pela militância togada
Mas Josias de Souza não se limitou a pressionar o presidente americano a juntar-se à causa antibolsonarista. Noutro artigo,
resolveu também dar um ultimato aos militares brasileiros,impondo-lhes
um prazo de quatro meses para “optar entre a Constituição e Bolsonaro”.
A tese do articulista é que, ao pôr em dúvida o sistema eleitoral
brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro prepara um golpe de Estado, e
que, ao ecoar “as críticas infundadas do presidente às urnas”, as Forças
Armadas estariam embarcando na aventura golpista.
A exemplo de Josias de Souza –que, antes de ser pautado pela psicose antibolsonarista, chegava até a manifestar razoável preocupação com o crescente autoritarismo do STF –, também Vera Magalhãesexasperou-se diante das imagens de Allan dos Santos na motociata. “Evento do presidente da República no exterior com um foragido da Justiça posando para selfies. Chegamos a mais este ponto” – tuitou a ferrenha antibolsonarista.
[A jornalista Vera deve ter tido severo ataque no seu equilíbrio emocional, quando leu que no jornal O Globo, no qual se encontra prestando serviços, Editorial,expressando preocupação com o ativismo do Supremo.] E, de modo geral, foi assim que o grosso da imprensa tratou o colega de
profissão politicamente não alinhado: como um criminoso de alta
periculosidade, um “foragido da Justiça”. Simples assim.
Mas
essa é mais uma das tantas mentiras repetidas pela blogosfera
antibolsonarista, ambiente que inclui a maioria dos veículos da imprensa
autoproclamada “profissional”. Em primeiro lugar, a fim de
estigmatizá-lo como “foragido”, essa imprensa precisou inverter a ordem
temporal dos fatos, como se Allan tivesse viajado aos EUA depois
de decretada a prisão preventiva, com o objetivo calculado de fugir da
cadeia. Na verdade, Allan já estava nos EUA quando Alexandre de Moraes
determinou a prisão, tanto que a ordem foi acompanhada de um risível
pedido de extradição para o Brasil,obviamente ignorado pelas
autoridades americanas, já que nada do que fez o jornalista exilado
consta como crime no tratado de extradição assinado entre os dois países (e, de resto, tampouco na legislação brasileira, hoje substituída pela vontade dos ministros supremos).
Pior
ainda, os blogueiros antibolsonaristas jamais mencionam o fato de que o
decreto de prisão – bem como todas as demais medidas de força tomadas
contra o jornalista e a sua empresa –tem um vício insanável de origem,
pois decorre de um inquérito ilegal: o de número 4.781, conhecido como
“inquérito das fake news” e, graças justamente às suas ilegalidades, apelidado pelo ex-ministro Marco Aurélio Mello
de “inquérito do fim do mundo”.
Que o inquérito é ilegal não é difícil
de constatar. Se mesmo um leigo (como eu) consegue notar a aberração de
um inquérito aberto pela autoproclamada vítima, que assume também as
funções da promotor e juiz, o que dizer dos juristas honestos,
obviamente horrorizados com tamanha teratologia jurídica?(Sobre o
assunto, aliás, recomendo o livro O Inquérito do Fim do Mundo,
em especial os capítulos 2 e 3, nos quais a juíza Ludmila Lins Grilo e o
procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, respectivamente, expõem
didaticamente as muitas ilegalidades do inquérito).
Cabe lembrar que, um mês após a sua abertura por Dias Toffoli,a então procuradora-geral Raquel Dodge determinou o arquivamento do
inquérito, alegando que o procedimento violava o devido processo legal e
o sistema penal acusatório consagrado na Constituição de 1988, segundo o
qual o Ministério Público é titular exclusivo da ação penal. Sendo
assim, o inquérito jamais poderia ter sido aberto de ofício (sem
provocação) pelo STF. “O sistema penal acusatório é uma conquista antiga
das principais nações civilizadas, foi adotado no Brasil há apenas 30
anos, em outros países de nossa região há menos tempo e muitos países
almejam esta melhoria jurídica. Desta conquista histórica não podemos
abrir mão, porque ela fortalece a justiça penal” –observava Dodge em
sua manifestação pelo arquivamento,
uma prerrogativa exclusiva do Ministério Público. Contudo, como se
sabe, a ordem de arquivamento foi ignorada por Alexandre de Moraes,
relator do inquérito.
Recorde-se também que, na
qualidade de titular da ação penal, a PGR manifestou-se contrariamente à
prisão do fundador do Terça Livre. E, mais uma vez, a manifestação foi
ignorada por Alexandre de Moraes. Tendo, pois, começado ilegalmente, o
inquérito assim prossegue até hoje, estendendo-se de modo indefinido, a
fim de servir de instrumento de intimidação e perseguição política, tal
como a que sofre Allan dos Santos.
Os
militantes de redação estão sendo forçados a contorcionismos cada vez
mais dramáticos para sustentar a mentira e manter a pose de bastiões de
uma “democracia” marcada por censura, presos políticos e exilados
Ademais
de reiteradamente estendido em termos de prazo, o inquérito do fim do
mundo – e outros que lhe são correlatos, como o “inquérito das milícias
digitais” (outrora “inquérito dos atos antidemocráticos”) – baseia-se em
acusações estrategicamente genéricas e subjetivas, a maioria das quais
referentes a crimes nem sequer tipificados em lei, e instituídos a
golpes de retórica chinfrim.
Foi nesse terreno, aliás, que a imprensa
autoproclamada “profissional” desempenhou um papel crucial, agindo quase
que em parceria com o STF, ao criar e repetir incessantemente os
estigmas (“blogueiro bolsonarista”, “miliciano digital”, “disseminador
de fake news”, “antidemocrático” etc.) com que, na ausência de
qualquer materialidade delituosa, os inquéritos têm sido bizarramente
fundamentados.
STF e imprensa “profissional”têm
sabido explorar bem essa mutualidade de matriz antibolsonarista mútuo,
cada qual visando aos seus interesses próprios. Por um lado, os supremos
inquisidores(agentes de um sistema inquisitório, e não mais
acusatório) apoiam-se na narrativa midiática para dar ares de legalidade
e legitimidade à perseguição política contra os estigmatizados,
confiantes de que, aos olhos da opinião pública formatada pelo establishment
midiático, os “bolsonaristas” são cidadão de segunda classe, párias
sociais contra os quais passa a valer tudo. Por outro, ao colar o rótulo
de “bolsonarista” em quem bem entenda (e, para ser bolsonarista, basta
não ser antibolsonarista), essa imprensa consegue indicar aos
inquisidores os alvos a serem incluídos nos inquéritos.
Ao
caracterizar Allan dos Santos como “blogueiro bolsonarista”, por
exemplo, o objetivo é privar-lhe das garantias legais – entre elas a do sigilo de fonte – reservadas aos jornalistas, um procedimento que até mesmo o esquerdista Glenn Greenwald, desafeto de Allan,julgou temerário.
A imprensa “profissional” faz isso por razões tanto de ordem
político-ideológica, por ser majoritariamente formada por militantes de
esquerda, quanto de ordem mercantil-monopolista, para esmagar a
concorrência, livrando-se de novos veículos como o Terça Livre,que, até
ser fechado por obra de Alexandre de Moraes, tinha mais audiência que
boa parte dos meios de comunicação tradicionais.
É
claro que, conquanto circunstancialmente interessante, a parceria com o
poder absoluto acaba legando a essa mesma imprensa um fardo difícil de
carregar no longo prazo, sobretudo na medida em que os abusos de
autoridade vão se tornando mais escandalosos e menos legitimáveis,
forçando os militantes de redação a contorcionismos cada vez mais
dramáticos para sustentar a mentira e manter a pose de bastiões de uma
“democracia” marcada por censura, presos políticos e exilados. A
percepção incipiente desse fardo talvez explique, por exemplo, o ambíguo
editorial que O Globo publicou hoje, 15 de junho.
Com
o título “Ativismo do STF representa risco preocupante”, o texto
principia por negar qualquer fundamento às críticas de Bolsonaro à
corte, apenas para, em seguida, apontar a politização do STF – ou o jogo
“fora das quatro linhas da Constituição”, como costuma dizer o
presidente – como um risco à democracia. “A Corte, que deveria manter-se
equidistante e alheia às paixões, parece a cada dia mais contaminada pelo noticiário, como se devesse prestar contas à opinião pública, não à lei ou à Constituição” – escreve o editorialista.
Terá sido um surto de má consciência de O Globo?
Não sei. Sei que, apesar de tardia, a preocupação da imprensa
“profissional”com a contaminação do STF pelo noticiário seria deveras
salutar caso viesse acompanhada do interesse complementar pela
contaminação do noticiário pelo antibolsonarismo da corte. Como não vem,
resta a impressão de que o inusitado editorial de O Globo,
antes que expressão de um zelo sincero pelo bom funcionamento das
instituições republicanas, revela um desejo de apagar as pistas da
participação do jornal na criação do monstro, no exato instante em que,
com apetite cada vez mais incontrolável, a criatura ameaça estender seus
tentáculos para além do bolsonarismo, até então o solitário boi de
piranha da juristocracia que se agiganta sobre a nação.