A defesa do policial militar Giovane Gaspar da Silva, 1
dos seguranças acusados de matar João Alberto Silveira Freitas, nega que
tenha havido motivação racista no crime. O advogado David Leal levanta a
possibilidade de a morte ter ocorrido devido a 1 ataque cardíaco.
João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, era conhecido pelos amigos como Beto. Foi espancado e morto
nas dependências de uma loja do Carrefour em Porto Alegre (RS), na
noite de 19 de novembro de 2020, véspera do Dia da Consciência Negra.
[NADA, absolutamente nada, mostra ainda que remotamente a ocorrência de racismo e/ou injúria racial.
A impressão que os vários depoimentos (oficiais), os vídeos e as versões é que não houve nenhuma frase, palavra, gesto racista ou racialmente injurioso. O que se fortalece, os depoimentos poderão corroborar ou desmontar, é que houve algum tipo de atrito entre o Beto e seguranças/funcionários do hipermercado em data anterior e que no dia 19 o senhor João Alberto voltou ao Carrefour para um ajuste de contas - discutiu com uma funcionária, teve conduta incomum em outros momentos, não usou máscara constantemente, e com isso forçou uma ação enérgica dos funcionários, que não foi dosada de forma adequada resultando em uma morte, tudo indica desnecessária.
Mas, RACISMO e INJÚRIA RACIAL, são acusações que buscam estimular a militância adepta do racismo reverso e que nada somam para a PAZ e HARMONIA tão necessárias ao Brasil.]
O meu cliente não teve a intenção de matar. Ele não
agiu por nenhum motivo racista. Ele, inclusive, tem parentes negros, o
pai dele é pardo, e não tem de forma alguma qualquer preconceito quanto a
isso”, disse o advogado em nota enviada ao jornal gaúcho O Sul.
Segundo Leal, o segurança “está
sendo injustiçado por narrativas ideologizadas que ressaltam sua
capacidade ardilosa de instrumentalizar uma tragédia social”. “A
perícia também traz como provável causa 1 ataque cardíaco. Suspeita-se
também que o senhor João Alberto estaria sob efeitos de entorpecentes
tamanha a força que ele tinha no momento”, afirmou o advogado.
Perícia
dos departamentos de Criminalística e Médico Legal do IGP (Instituto
Geral de Perícias) divulgada na 6ª feira (20.nov) indica que João
Alberto foi asfixiado
pelos seguranças do supermercado. As análises iniciais colhidas na
autópsia ainda não são suficientes para declarar a asfixia como causa da
morte, já que ainda restam os resultados de exames laboratoriais.
“É
preciso colocar os pés no chão e pensar o caso a partir de seus
elementos objetivos, afastando tendências que mais fazem é levar ao erro
e ao aproveitamento político sobre 1 assunto que merece o olhar da
técnica”, falou Leal.
É com a lealdade que compõe nosso nome que afirmamos
nosso pesar pelo fato ocorrido no dia 19/11/2020, no interior do
estabelecimento Carrefour, que tragicamente resultou na morte do Sr.
João Alberto, e levou à prisão de dois seguranças que trabalhavam no
local.
“Por ter ocorrido a morte de um cidadão
após conflito corporal, a Brigada Militar foi acionada e conduziu os
envolvidos até à delegacia de homicídios. Os policiais realizaram o
procedimento de praxe e atualmente a investigação segue seu curso
natural.
“Alguém poderia imaginar que o caso
teria o tratamento de lesão corporal seguida de morte (esta na forma
culposa); e que após uma ligação misteriosa, o procedimento teve um
destino menos favorável, vindo a ser estampado aos autos o título de
Crime de Homicídio Doloso Triplamente Qualificado, quase como alguém que
é chamado por um nome que não é o seu.
“Mas
essa não é a narrativa oficial e não estamos dizendo que isso
aconteceu. Mas se alguém como o governador tivesse determinado algo
nessa linha, o excesso estaria aí iniciado. “De
fato, confiamos que as instituições continuem a atuar forma regular, de
acordo com os critérios da lei, fundamentando suas decisões e
respeitando os direitos fundamentais dos investigados.
“De nossa parte, pretendemos contribuir com o
esclarecimento dos fatos, primando pela defesa daquele que até agora não
foi ouvido, mas que pretendem a qualquer custo condenar sumariamente;
alguém que está sendo injustiçado por narrativas ideologizadas que
ressaltam sua capacidade ardilosa de instrumentalizar uma tragédia
social. Não podemos aceitar que se acabe com o direito a uma
investigação justa, a um processo justo. Menos que isso é a barbárie.
“A
perícia também traz como provável causa um ataque cardíaco. Suspeita-se
também que o senhor João Alberto estaria sob efeitos de entorpecentes
tamanha a força que ele tinha no momento. Ele também tinha os olhos
soltados e a íris expandida.
“O meu cliente
não teve a intenção de matar. Ele não agiu por nenhum motivo racista.
Ele, inclusive, tem parentes negros, o pai dele é pardo, e não tem de
forma alguma qualquer preconceito quanto a isso. O Brasil é um país que é
preconceituoso, com toda certeza. Existe racismo, mas, analisando,
concretamente, o fato não tem nada a ver com isso.
“Sobre
o discurso do racismo, necessário que se diga sem rodeios: o Brasil
guarda uma relação histórica com o racismo que é social e
institucionalizado.
O
caso possibilitou a cooptação de sua tragédia. Mas não nos deixemos
enganar por antagonismos artificialmente embrionados. Tanto o Sr. João
Alberto, quanto os seguranças são os verdadeiramente lesados. São eles
praticamente lançados no protagonismo de uma luta midiática, muitas
vezes para o benefício daqueles que, neste momento, se mantêm no
anonimato, no deleite de suas amplas vantagens em um mundo de consumo
exacerbado e culto ao capital.
“Nossa postura é
e será a da crítica a toda forma de abuso, de violência, inclusive,
daquele tipo de violência mascarada de ‘causa nobre’.
“Pune-se
os pobres e essa definição, mesmo que óbvia, precisa ser mantida como
um alerta aos motivos da violência social, que se vê no dia a dia, que
se viu nesse triste caso.
“Então, é preciso
colocar os pés no chão e pensar o caso a partir de seus elementos
objetivos, afastando tendências que mais fazem é levar ao erro e ao
aproveitamento político sobre um assunto merece o olhar da técnica.
“Nesse
rumo, para trazer maior segurança ao inquérito, será fundamental a
atuação do Instituto Geral de Perícias, fornecendo dados precisos sobre o
que levou à morte de João Alberto, segundo critérios científicos, algo
característico de seus peritos incansáveis que integram o órgão oficial
de perícias no Estado do Rio Grande do Sul.”
Poder 360 - Transcrito em 23 novembro 2020