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domingo, 22 de outubro de 2023

Homem gosta mais de sexo que a mulher, vagina não precisa de lubrificante: especialistas derrubam 8 mitos sexuais

Isso se deve à variabilidade na educação sexual, nas escolas e até nas faculdades de medicina, ou ao fato de que muitos adultos acham difícil falar sobre sexo com a pessoa que os vê nus regularmente. Seja qual for o motivo, a desinformação sobre sexualidade e desejo é comum.“Existem tantos mitos por aí”, afirma Laurie Mintz, professora emérita de psicologia da Universidade da Flórida que se concentra na sexualidade humana. E, acrescentou ela, podem “causar muitos danos”.

Então, a seção Well procurou um grupo de terapeutas sexuais e pesquisadores e pediu-lhes que compartilhassem um mito que desejavam que desaparecesse.

Listado abaixo está o que eles disseram, os 8 mitos sexuais:

Mito 1: Todo mundo está fazendo mais sexo do que você

— Estranhamente, esse mito persiste ao longo da vida — enfatiza Debby Herbenick, diretora do Centro de Promoção da Saúde Sexual da Escola de Saúde Pública da Universidade de Indiana e autora de “Sim, seu filho: o que os pais precisam saber sobre os adolescentes de hoje e Sexo".

Muitos adolescentes pensam que “todo mundo está fazendo isso”, destacou Debby, o que os leva a mergulhar no sexo para o qual simplesmente não estão preparados. Esse mito também pode fazer com que as pessoas mais velhas em relacionamentos de longo prazo se sintam péssimas — como se fossem as únicas em um chamado período de seca, quando podem simplesmente estar experimentando o fluxo e refluxo natural do desejo.

— É bastante comum descobrir que cerca de uma em cada três pessoas não teve relações sexuais no ano anterior — afirma Debby, se referindo a vários inquéritos representativos a nível nacional. Ela também aponta pesquisas nas quais trabalhou, mostrando que a atividade sexual diminuiu nos últimos anos por razões que não são totalmente compreendidas (os investigadores levantaram a hipótese de que o declínio tem a ver com fatores como o aumento do sexting e da pornografia online, bem como a diminuição do consumo de álcool entre os jovens).

— Isso pode ajudar a normalizar esses períodos de pouco ou nenhum parceiro sexual. Dito isto, para quem procura alguma longevidade na vida sexual do parceiro, é importante pensar no sexo de uma forma holística — explica a diretora. Acrescentando ainda que isso significa cuidar de sua saúde física e mental, "e conversar sobre seus sentimentos com seu parceiro para manter um senso de intimidade e conexão".

Mito 2: Sexo significa penetração

Os terapeutas sexuais muitas vezes lamentam que as pessoas sejam apanhadas em certos “roteiros sexuais” ou na ideia de que o sexo deve acontecer de uma maneira particular – normalmente, um pouco de preliminares que levam à relação sexual.

Mas “precisamos ir além da definição de sexo por um único comportamento”, lembra Ian Kerner, terapeuta sexual e autor de “She Comes First”. Ele observou que este tipo de pensamento estreito contribuiu para a lacuna de prazer de longa data entre homens e mulheres em encontros heterossexuais. Por exemplo, um estudo descobriu que 75% dos homens heterossexuais disseram ter orgasmo sempre que tiveram relações sexuais no último mês, em comparação com 33% das mulheres heterossexuais.

Uma pesquisa descobriu que 18% das mulheres tiveram orgasmo apenas com a penetração, enquanto 37% disseram que também precisavam de estimulação do clitóris para ter orgasmo durante a relação sexual. Em vez de correr para a relação sexual, o foco deveria estar na “exterior”, pontua Kerner, que é um termo genérico para qualquer atividade sexual que não envolva penetração:— Se você olhar para a maioria dos filmes convencionais, a imagem é de mulheres tendo orgasmos rápidos e fabulosos com a penetração, e as preliminares são apenas o caminho para esse evento principal. Isso é, na verdade, cientificamente, muito prejudicial e falso.

Ao pesquisar milhares de mulheres para seu livro “Becoming Cliterate”, Laurie descobriu que a porcentagem de mulheres que disseram ter orgasmo apenas com a penetração era de 4% ou menos.

Igualar sexo com penetração também deixa de fora as pessoas que fazem sexo de outras maneiras. Lexx Brown-James, terapeuta sexual, disse que essa visão também ignora as pessoas com certas deficiências, bem como aquelas que simplesmente não gostam de penetração. Muitas pessoas encontram maior satisfação sexual em coisas como sexo oral ou “mesmo apenas contato corporal”, destaca a professora.

Mito 3: As vaginas não deveriam precisar de lubrificante extra

As mulheres na pós-menopausa às vezes descrevem a dor que sentem durante o sexo com penetração como uma sensação de “lixa” ou “facas”. “Mas embora a secura vaginal afecte mais as mulheres mais velhas, pode acontecer em qualquer momento da vida", lembra Debby, o que tem implicações na vida sexual das mulheres.

Estima-se que 17% das mulheres entre 18 e 50 anos relatam secura vaginal durante o sexo, enquanto mais de 50% a experimentam após a menopausa. Ela observou que também é mais comum durante a amamentação ou durante a perimenopausa, e que certos medicamentos, incluindo algumas formas de controle de natalidade, podem diminuir a lubrificação.— Como costumo dizer aos meus alunos, as vaginas não são florestas tropicais — afirmou Debby, observando que a sua investigação descobriu que a maioria das mulheres americanas já usou um lubrificante em algum momento:— Podemos nos sentir excitados ou apaixonados e ainda assim não lubrificar da maneira que queremos.

Mito 4: É normal que o sexo doa

Embora o lubrificante possa ajudar algumas mulheres a sentir mais prazer durante o sexo, é importante lembrar que o sexo não deve doer. Estima-se que 75% das mulheres experimentam sexo doloroso em algum momento das suas vidas, o que pode ter muitas causas profundas: problemas ginecológicos, alterações hormonais, tratamento de câncer, trauma – a lista continua.

Shemeka Thorpe, pesquisadora e educadora de sexualidade especializada no bem-estar sexual de mulheres negras, alerta que muitas mulheres acreditam que a dor durante ou após o sexo é um sinal de bom sexo.— Sabemos muitas vezes que as pessoas que acabam tendo algum tipo de distúrbio de dor sexual mais tarde na vida, na verdade, tiveram dor sexual durante a primeira relação sexual e continuaram a sentir dor sexual ou dor na vulva. Eles não perceberam que isso era um problema — conta a pesquisadora.

Os homens também podem sentir dor durante a relação sexual . Os especialistas enfatizam que é importante que qualquer pessoa que sinta dor durante o sexo consulte um médico.

Mito 5: Os homens sempre querem mais sexo do que as mulheres

A discrepância de desejo é o problema número 1 com o qual lido em minha prática, e de forma alguma o parceiro com maior desejo é sempre do sexo masculino. Mas por causa desse mito, os homens muitas vezes sentem vergonha de sua falta de desejo e uma pressão para sempre iniciar — afirma Debby.

A diretora observou também que este mito está relacionado ao pensamento de que as mulheres não se masturbam, o que, segundo ela, as impede de explorar plenamente sua sexualidade. Mas embora existam dados que sugerem que os homens se masturbam com mais frequência do que as mulheres, não é verdade que as mulheres não queiram sexo, ou que os homens sempre o façam, destaca o terapeuta Brown-James. Por exemplo, um estudo recente descobriu que o desejo das mulheres tende a flutuar mais ao longo da vida, mas que homens e mulheres experimentam flutuações de desejo muito semelhantes ao longo da semana.

Mito 6: O desejo deve acontecer instantaneamente

Os terapeutas sexuais e pesquisadores geralmente acreditam que existem dois tipos de desejo: o espontâneo, ou a sensação de querer sexo do nada, e o responsivo, que surge em resposta a estímulos, como o toque.

As pessoas tendem a pensar que o desejo espontâneo – que é o que muitos amantes experimentam no início dos relacionamentos – é de alguma forma melhor.

Mas Lori Brotto, psicóloga e autora de “Better Sex Through Mindfulness” (na tradução literal para o português: Sexo é melhor através da atenção plena), diz que muito do trabalho que ela faz é normalizar o desejo responsivo, especialmente entre as mulheres e aquelas que têm relacionamentos de longo prazo. Ela os ajuda a compreender que é possível fazer sexo sem desejo espontâneo, desde que haja vontade e consentimento. Lori compara isso a ir à academia quando você não está com vontade:— Suas endorfinas começam a fluir, você se sente muito bem e depois fica grato por ter ido depois.

Mito 7: Sexo planejado é chato

Lori também discorda da ideia de que “sexo planejado é sexo ruim”, porque o torna “clínico, seco e chato”.

Essa visão é “muito prejudicial”, segundo a psicóloga. E isso faz com que muitas pessoas tratem o sexo como uma reflexão tardia, "fazendo-o apenas tarde da noite, quando estão exaustos ou distraídos, se é que encontram tempo para isso", exemplifica.

Quando os pacientes se irritam com o conselho da prática de agendar sexo, ela pergunta: Existem muitas outras atividades em sua vida que você ama ou que são importantes para você e que você nunca planejou ou colocou no calendário? A resposta, segundo ela, geralmente é não.

O sexo programado também pode se prestar ao desejo responsivo, destaca Lori, dando “tempo para a excitação esquentar”.

Mito 8: Seu pênis não é bom ou grande o bastante

Os homens estão sob certa pressão quando se trata da aparência ou funcionamento de seus pênis, afirma Kerner. De acordo com terapeuta sexual, os homens mais jovens acreditam que não deveriam ter disfunção erétil, enquanto os homens mais velhos recebem a mensagem de que a ejaculação precoce é algo que eles superam com a idade e a experiência.

Os dados contam uma história diferente. Embora a disfunção erétil – que é definida como uma incapacidade consistente de alcançar ou manter uma ereção, e não apenas problemas ocasionais de ereção – tenda a aumentar com a idade, ela também afeta cerca de 8% dos homens na faixa dos 20 anos e 11% daqueles na faixa dos 20 aos 30 anos. E 20% dos homens com idades entre 18 e 59 anos relatam ter ejaculação precoce.Não temos uma pequena pílula azul para fazer desaparecer a ejaculação precoce, por isso não estamos tendo a mesma conversa cultural que temos com a disfunção erétil. Ficamos apenas com os mitos de que caras com ejaculação precoce são ruins na cama ou sexualmente egoístas — explica o terapeuta.

Da mesma forma, estudos mostram que muitos homens – gays e heterossexuais – se preocupam com o fato de os seus pênis não serem de um tamanho suficiente, embora muitos parceiros digam que não preferem um pênis especialmente grande.

Sexo em parceria é complexo. Envolve tocar, sintonizar, conectar, comunicar — orienta Kerner.

Saúde - O Globo  

 


terça-feira, 26 de setembro de 2023

Aborto, questão de saúde. Sexo também. - Percival Puggina

 

         Outro dia, a empresa de energia fez uma poda nas árvores de minha rua para liberar os fios de sua rede de distribuição. Enquanto apreciava o trabalho desde o terraço na frente de minha casa, percebi que eles cuidadosamente contornavam determinado galho que, se fosse seccionado, facilitaria o acesso aos galhos circunvizinhos
Ao final, ficou visível o motivo: havia um pequeno ninho ali escondido entre as folhas e os operadores dos serrotes e motopodadores com cabo telescópico cuidaram de preservá-lo, com seus ovinhos, na execução do turbulento serviço. Assim que se faz.  
     
O que indiscutivelmente vale para um pequeno passarinho invisível, mas cuja presença é sabida dentro de um ovo, parece não valer para um ser humano no útero em que foi gerado. Ali, ele é coisificado e disponibilizado para abate. [o mais diabólico: com a concordância, muitas vezes por iniciativa da própria mãe - a quem cabe o DEVER de preservar a vida do SEU filho.]
Não existe qualquer bem imaterial que seja de meu apreço e não seja combatido pela artilharia esquerdista mundo afora e no nosso mundinho brasileiro adentro. O respeitoso e zeloso apreço à vida humana é um deles. Por isso, o mesmo sistema de saúde que desejam acionar para execução de abortos em proporções industriais, deveria ser acionado para evitá-los e atender as mães grávidas em suas necessidades.
 
As vozes abortistas afirmam, com razão, que aborto é uma questão de saúde pública. 
É uma pena que voltem sua atenção ao ato abortivo enquanto silenciam sobre o modo irresponsável como a sexualidade humana é tratada em ambientes formadores de opinião e influentes sobre os costumes:  comunicação social, cultura e educação.
 
As consequências são terríveis na propagação de doenças sexualmente transmissíveis, na gravidez precoce, na perplexidade com que adolescentes e jovens olham para seu teste positivo de gravidez como se não soubessem que “aquilo” poderia realmente acontecer. 
Elas também são percebidas na instabilidade dos casamentos e das estruturas familiares. 
Elas gritam no silêncio sobre as responsabilidades inerentes à sexualidade humana enquanto a meninada recebe aulas sobre anatomia e fisiologia do ato sexual.
 
Mais cedo ou mais tarde, todos aprendem que a irresponsabilidade, assim como a imprudência, em qualquer de suas infinitas manifestações, tem seu preço. E pagam esse preço
É moralmente insustentável que ele seja pago por seres inocentes com o não solicitado sacrifício das próprias vidas.  

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Médico cristão é demitido por não usar pronome trans

David Mackereth disse que é impossível uma pessoa mudar de sexo

 O médico cristão David Mackereth, demitido por não usar pronomes trans para se referir a alunos, disse que seu caso não é isolado. A demissão ocorreu em 2019, e o docente britânico se manifestou apenas nesta segunda-feira, 12, em entrevista à Fox News.
 
médico trans 2

Médico britânico cristão foi demitido por não se recusar a usar pronomes de preferência de um paciente trans hipotético | Foto: David Mackereth/Christian Legal Centre

Mackereth disse também que pediu a médicos e profissinais de fé que “se levantem” e “afirmem a verdade” nas batalhas contra a ideologia de gênero. O professor tem 60 anos e perdeu o emprego de médico de pronto-socorro depois de se recusar a usar os pronomes preferidos de um paciente transexual.

“Disse a eles: ‘Como um cristão em boa consciência, eu não poderia fazer isso’”, contou o médico, referindo-se ao episódio que culminou em sua demissão. Seu empregador da época disse que, se o professor deixasse de usar os pronomes preferidos dos pacientes, tal atitude seria considerada “assédio” pela Lei de Igualdade do Reino Unido de 2010.

Médico demitido por não usar pronomes trans diz que é impossível para alguém mudar de sexo

médico trans
Pronomes de preferência transexual foram a causa da demissão do médico britânico David Mackereth | Foto: Freepik

Mackereth entrou com uma ação no Tribunal do Trabalho contra seu ex-empregador por discriminação religiosa. Três meses depois, o médico saiu derrotado da disputa judicial. A Corte decidiu que suas crenças bíblicas sobre gênero eram “incompatíveis com a dignidade humana”.

“Se o Cristianismo não é protegido pela Lei da Igualdade aqui no Reino Unido, então certamente a Lei da Igualdade é inútil”, disse Mackereth.

O veredicto foi parcialmente anulado em maio de 2022, pelo Tribunal de Recursos do Trabalho. Porém, o Judiciário ainda considerou que sua demissão foi justificada. O médico é assessorado juridicamente pelo Centro Jurídico Cristão, uma empresa privada que defende a liberdade religiosa.

Mackereth acredita que a “ideologia transgênero” precisa ser combatida no Ocidente e argumenta que seu caso é importante para todos, no que se refere à liberdade de expressão. “Como um médico cristão, coloco a verdade no fundamento do que faço”, disse. “É simplesmente impossível para uma pessoa mudar de sexo. Então, não posso concordar com isso.”

Brasil vai produzir 1 bilhão de notas de peso argentino

 

Redação - Revista Oeste

 


terça-feira, 13 de junho de 2023

Assassinos, estupradores e pedófilos em liberdade - Joice Maffezzolli

Revista Oeste [Cortesia]

Determinação do CNJ pode deixar doentes mentais criminosos abandonados à própria sorte

Foto: Shutterstock

Estação de metrô Sé, uma das mais movimentadas da capital paulista. Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014, por volta das 7 horas. Um homem olhava atentamente os usuários esperando o próximo trem na plataforma de embarque. Quando a composição chegou, ele furtivamente se aproximou de uma desconhecida e a empurrou sobre os trilhos. Na queda, Maria da Conceição de Oliveira, de 27 anos, perdeu o braço e, por sorte, sobreviveu.
Segundo testemunhas, o homem saiu “correndo e sorrindo”. Naquele momento, Eduardo Rodrigues da Silva Camargo, 36 anos, estava feliz. Ele havia atendido ao pedido de uma voz em sua mente que dizia: “Você tem que matar alguém hoje”.

Eduardo tem esquizofrenia, o mesmo diagnóstico da mãe, e, antes de ser preso, teve nove registros de agressão, quatro deles no metrô. 
Hoje, está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) Professor André Teixeira de Lima, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, uma das três unidades de custódia do Estado. Em maio de 2024, Eduardo pode estar novamente nas ruas, caso se concretize a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que determina o fechamento de todos os 28 hospitais do tipo existentes no país. [DÚVIDA ATROZ - perguntar, não ofende: o CNJ é o supremo do Supremo? ou o Legislativo SUPREMO? AFINAL, o CNJ interfere nas mais diversas áreas e todos cumprem o que manda - de forma mais submissa do que quando a decisão emana da Suprema Corte.]HCTP Professor André Teixeira de Lima, fundado em 1933 | Foto: Reprodução Internet

Ao lado do Parque Estadual do Juquery, numa área cercada por verde, o hospital se divide em oito pavilhões, com dormitórios, refeitório, enfermaria e área de lazer. Os leitos de emergência estão vazios, os pacientes estão ocupados com outros afazeres.

(...)

Em abril deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou, por meio da Resolução 487/2023, o fechamento das 28 unidades de custódia no Brasil até maio de 2024. As instituições abrigam mais de 4.600 doentes mentais, segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen)

(...)

O aposentado Luciano Gomes da Silva, de 57 anos, conhecido como “Zé Marreta”, foi posto em liberdade depois de ficar 18 anos no HCTP de Franco da Rocha por ter matado a noiva, em 1993. Na época da prisão, testes indicaram em Luciano “deficiência mental, consistente em esquizofrenia paranoide, doença congênita, permanente e irreversível”. Em 2018, contudo, sua pena foi extinta por decisão judicial. Solto, ele voltou a atacar. Em 2021, Luciano matou a marretadas a auxiliar de limpeza Roseli Dias Bispo, de 46 anos, dentro de um dos trens da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo. 

Segundo os seguranças que o detiveram, Luciano alegou ter ouvido “vozes” e achou que a auxiliar de limpeza, que ia para o trabalho, o havia chamado de “mulher ou gay”. Em liberdade, Zé Marreta deveria ter sido amparado pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps) ou pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps), órgãos indicados na resolução do CNJ para acompanhar os doentes mentais criminosos que forem soltos.

“Esses órgãos não vão ficar 24 horas por dia com o paciente para saber se ele está tomando a medicação, diferentemente das casas de custódia, onde o medicamento é vigiado pelo profissional para não correr o risco de o interno jogá-lo fora”, afirma Calvo. “Se o Caps e o Raps tivessem capacidade, isso não teria acontecido.”

Outro caso bastante conhecido é o de Francisco da Costa Rocha, o Chico Picadinho, agora com 81 anos, condenado por matar e esquartejar duas mulheres. 
O primeiro assassinato foi em 1966, aos 24 anos, no centro de São Paulo. A vítima foi a bailarina austríaca Margareth Suida, de 38 anos, que fazia programas. 
Depois de uma noite de muita bebida, drogas e sexo, ele se tornou violento e a estrangulou, primeiro com a mão e, depois, com o cinto. Para se livrar do corpo, Chico Picadinho esquartejou a mulher e a colocou em uma sacola. 

Dez anos depois do crime, liberado por bom comportamento, voltou a estuprar, matar e estrangular outra mulher. A cena se repetiu em 1976 com a prostituta Ângela Silva, conhecida como “Moça da Peruca”, 34. Depois de espancá-la e estrangulá-la, ele a esquartejou e tentou jogar os pedaços do corpo pelo vaso sanitário. Picadinho fugiu para o Rio de Janeiro e foi preso 28 dias depois. 

(...) 

É comum, no momento da prisão, o suspeito dizer que não é responsável por seus atos, porque é usuário de drogas ou tem transtorno mental, mas o psiquiatra tem a capacidade de identificar cada caso. “É muito complexo”, afirma Palomba. “Juízes e psicólogos não têm noção, mas o psiquiatra sabe. Quando a pessoa pode ficar internada dois meses só para medicação, por exemplo, a gente indica um hospital comum. Quando é crônico, não tem respaldo familiar ou social e não adere à medicação, indica-se uma internação mais prolongada.”

A média de tempo de permanência dos pacientes no HCTP de Franco da Rocha é de três anos. Quando saem, o hospital aciona a Raps ou o Caps e faz acompanhamento fora dos muros por seis meses. No período de internação, além do tratamento clínico e psiquiátrico, os internos têm assistência odontológica e complementar, com núcleo de educação, recreação e terapia ocupacional. Os detentos ainda trabalham no ateliê de costura, em reforma de móveis escolares, conservação e jardinagem.

Entidades médicas contra o fim

A resolução do CNJ regulamenta a Lei Antimanicomial (2001), que já previa o atendimento desses pacientes na rede pública de saúde, como Raps e Caps. Mas é preciso entender que há uma diferença entre o doente mental e o doente mental criminoso. O primeiro pode conviver com a família, em sociedade e ser tratado. O segundo precisa de internação por tempo indeterminado.

Guido Palomba explica que a maioria dos doentes mentais não é portadora de periculosidade. “Estamos falando de uma minoria, da mesma forma que a maioria das pessoas não é criminosa”, garante. “Essa turma acaba estigmatizando o doente.”

Enquanto associações de psiquiatria e de direitos humanos defendem a aplicação da política antimanicomial, até como forma de pôr em prática o que hoje diz a lei, entidades médicas lançaram uma nota contra a resolução. Um texto assinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e a Federação Médica Brasileira (FMB) diz que a medida não foi debatida com médicos e que haveria risco para a segurança pública.

“O sistema público de saúde e o sistema prisional comum não estão preparados para receber todas essas pessoas, por isso haverá abandono do tratamento médico, aumento da violência, aumento de criminosos com doenças mentais em prisões comuns, recidiva criminal, dentre outros prejuízos sociais”, informa a nota.

“É uma irresponsabilidade acabar com a instituição de custódia que está habituada com o paciente que comete crimes, que é muito diferente da psiquiatria comum”, afirma Paulo Sérgio Calvo. “Tanto as terapêuticas quanto o tratamento são diferentes.”

(...)


Champinha: o caso do criminoso não se enquadra na resolução do CNJ
Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, é autor de um dos crimes mais aterradores já cometidos no Brasil. Aos 16 anos, ele torturou e matou o casal de namorados Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Caffé, de 19, em Embu-Guaçu, na Região Metropolitana de São Paulo. 
Champinha | Foto: Reprodução

Era novembro de 2003. Liana e Felipe planejavam passar o fim de semana acampados perto de um sítio abandonado em Embu-Guaçu quando foram surpreendidos por Champinha e Paulo César da Silva Alves, o Pernambuco. Quando a dupla de criminosos percebeu que os adolescentes tinham pouco dinheiro, resolveram sequestrar Liana e Felipe. 

Os quatro foram para a casa de Antônio Matias de Barros, outro comparsa, que serviu de primeiro cativeiro para o crime. Na primeira noite, Liana foi violentada sexualmente por Pernambuco, enquanto Felipe permanecia no quarto ao lado. No dia seguinte, Pernambuco percebeu que Felipe não seria útil e o matou com um tiro na nuca. O corpo foi abandonado na mata e o criminoso fugiu para São Paulo.

Liana foi levada para a casa de outro comparsa, Antônio Caetano da Silva. No primeiro dia, Champinha a estuprou e, nos dias seguintes, o estupro passou a ser coletivo, com a participação de Antônio Caetano da Silva e Aguinaldo Pires.

Na madrugada do dia 5 de novembro, Champinha levou a vítima para o mesmo matagal em que Felipe havia sido morto. Ele tentou degolá-la e, ao falhar, desferiu golpes de faca nas costas e no tórax. Liana morreu de traumatismo craniano, quando Champinha golpeou sua cabeça com o lado cego da faca. Os corpos das vítimas foram encontrados cinco dias depois. Os assassinos foram localizados e presos em 10 de novembro.

Felipe Silva Caffé e a namorada, Liana Friedenbach | Foto: Reprodução
Aguinaldo Pires foi condenado a 47 anos e três meses de reclusão por estupro. 
Antônio Caetano da Silva recebeu 124 anos de reclusão por diversos estupros, e Antônio Matias de Barros foi sentenciado a seis anos de prisão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por cárcere privado, favorecimento pessoal, ajuda à fuga dos outros acusados e ocultação da arma do crime. 
Pernambuco pegou 110 anos e 18 dias por homicídio qualificado, sequestro, estupro e cárcere privado. 

Mesmo sendo menor de idade, Champinha era o líder do bando. Ele foi condenado a três anos na Fundação Casa. Ao completar 21 anos, no entanto, o Ministério Público requereu sua interdição civil depois que um laudo psiquiátrico apontou que ele tem doenças mentais graves, como transtorno de personalidade antissocial e leve retardo mental, sendo que pode apresentar risco à sociedade. 

ÍNTEGRA DA MATÉRIA - Revista Oeste


Leia também “Perversidade jornalística”

 

Joice Maffezzolli, colunista - Revista Oeste 

 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Cristofobia não é tolerância - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Hoje se comemora o Dia dos Namorados no Brasil. Praticamente ninguém liga se um casal homossexual for comemorar no restaurante ao lado de um casal heterossexual. Não é um "issue"
Claro, muitos vão exigir discrição, mas isso de ambos os casais, pois a vulgaridade incomoda a maioria independentemente do sexo. 
É questão de educação. Tanto que existem leis contra atentado ao pudor, e não fazem distinção de inclinação sexual.

Digo isso pois talvez no passado algo assim pudesse "chocar", e aí havia alguma razão de ser no movimento gay, que depois virou LGBT. Era uma defesa da liberdade individual e do amor, ainda que expresso de forma diferente, fora do tradicional e do normal (ou da curva normal, estatística). O que essas pessoas pleiteavam lá atrás era respeito e tolerância, pois queriam também amar, eventualmente constituir famílias.

Agora pergunto: o que esses movimentos atuais com a sopinha inteira de letrinhas têm a ver com isso? Alguém que vai numa "parada LGBTQWZ$#%@ acha mesmo que seus organizadores estão pregando o amor, o respeito e a tolerância ao diferente? Claro que não! É pura mensagem obscena, hedonista, feita para agredir, dividir, provocar, desrespeitar.

Crianças são levadas por pais irresponsáveis para ver cenas de sadomasoquismo, ou gente doente simulando sexo ... . Isso é cristofobia, o único preconceito não só tolerado, mas aplaudido na era pós-moderna. 

É o denominador comum que une tantos movimentos radicais e raivosos, que falam muito de tolerância e respeito, mas cospem nos pilares da civilização ocidental, a mais tolerante e livre de todas.

É tanta incoerência e contradição que dá até "bug" na turma
Como quando muçulmanos ou africanos rejeitam abertamente e com veemência a pauta gay. 
Como fazer nesse caso? Chamar o Islã de homofóbico? Mas aí não vira islamofobia? Complicado...
 
No fundo muita gente vai nessas paradas para simular falsa virtude, para se sentir moderninho e descolado, desprovido de preconceitos.  
Mas por alienação essa turma não se dá conta de que está sendo feita de inocente útil de uma causa nada amorosa ou tolerante. 
Indecência perante crianças é absurdo, inaceitável e até demoníaco. Desmoralizar os símbolos sagrados da religião mais importante do Ocidente é preconceito e intolerância.
 
Esses movimentos se perderam faz tempo. Ainda há quem não tenha notado, e está lá fazendo coro a uma agenda nefasta se achando o tolerante. 
Mas quando até a Casa Branca participa da coisa, estendendo uma bandeira trans entre as bandeiras americanas para o presidente senil não ser acusado de "transfobia", é sinal de que tudo foi longe demais. 
Ou a maioria reage com firmeza para fazer valer os valores ocidentais, ou não haverá mais o que conservar na civilização ocidental, tomada por intolerantes autoritários disfarçados de "liberais".

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


segunda-feira, 10 de abril de 2023

FINALMENTE !!! Após CEM DIAS, governo Lula começa a trabalhar: cria grupo para debater o sexo na Carteira de Identidade

Intenção é incluir campo para 'nome social' na nova carteira de identidade

Novo decreto deve incluir campo para 'nome social' [são normas dessa natureza que desmoralizam as leis brasileiras = todos lembram da lei que pretendia impor o uso do termo presidenta.]

O governo do presidente Lula criou um grupo de trabalho para debater os campos “sexo” e “nome social” na carteira de identidade. A resolução da Câmara-Executiva Federal de Identificação do Cidadão, órgão vinculado à Casa Civil, prevendo a criação do grupo, foi publicada nesta segunda-feira, 10, no Diário Oficial da União (DOU).

A intenção é alterar decreto editado em fevereiro do ano passado, no governo de Jair Bolsonaro, que regulamentou os requisitos para a expedição do novo RG pelos Estados. O decreto do ex-presidente previu campos para o nome, filiação, sexo, nacionalidade e o local e data de nascimento.

Já o governo Lula, cita resoluções de 2015 e 2016 sobre o uso de “nome social”, quer garantir um campo para o “reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais”. A resolução da Câmara-Executiva menciona, ainda, decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), “que permitiu a alteração de gênero no assento de registro civil de transexual, mesmo sem a realização de procedimento cirúrgico de redesignação de sexo”.

O grupo de trabalho será formado por representantes dos seguinte órgãos:

  • um da Casa Civil da Presidência da República;
  • um do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos;
  • um do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
  • um da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil;
  • um do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania; e
  • um do Conselho Nacional dos Diretores de Órgãos de Identificação (Conadi).

A resolução estabelece prazo de um mês para o grupo apresentar uma proposta de alteração do decreto de Bolsonaro e “outras sugestões que se revelem pertinentes”.

Redação - Revista Oeste


terça-feira, 4 de abril de 2023

O mundo precisa de homens fortes - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Homens reais são pessoas com quem os outros podem contar. Seja simplesmente para fazer o que disseram que fariam, seja para estar no lugar certo na hora certa 

Foto: Shutterstock

 Foto: Shutterstock 

Milhões de pessoas ao redor do mundo consideram março “o mês da mulher”. Uma bobagem, na minha opinião. Para mim, um dia ou um mês da mulher não passam de uma grande bobagem. Nosso dia é todo dia. Assim como de nossos parceiros. Essa falsa celebração é estratégica e visa à divisão, que vai além de homens vs. mulheres
Hoje, o movimento que finge enaltecer as mulheres não prega a verdadeira contribuição feminina na sociedade, mas empurra uma agenda nefasta que vai da matança de bebês nos ventres de suas mães à demonização do sexo masculino.
 
É patético, para dizer o mínimo, que durante todo o mês de março, essa gente que “celebra a mulher e seu papel na sociedade” colocou em campanhas publicitárias por todo o mundo mulheres trans, homens que se sentem como mulheres e que querem ser vistos como mulheres. 
Como cada indivíduo quer viver sua vida é uma prerrogativa pessoal e, claro, tem de ser respeitada na sociedade. 
No entanto, vamos estabelecer alguns pontos que muitos, aterrorizados com as guilhotinas virtuais dos histéricos jacobinos justiceiros de teclados, têm medo de abordar: mulheres trans são homens que, por razões pessoais, não se identificam com o sexo biológico;
todos podem escolher como querem viver suas vidas, mas isso não cria direitos; eu não sou uma mulher “cis” ou uma mulher “biológica”, eu sou apenas mulher.
 
Um homem não pode se tornar uma mulher diminuindo sua testosterona. E os direitos das mulheres não devem terminar onde os sentimentos de alguns começam. 
Não tenho nenhum problema ou ressalva em chamar alguém de “ela” ou “ele” se esse acordo foi selado entre a pessoa em questão e eu — e não por que uma turba quer ditar o que todos devem dizer.  
Não caiam na corrupção da linguagem misógina dos novos jacobinos, que sequestram uma agenda virtuosa de cooperação entre homens e mulheres para empurrar segregação e ódio ao sexo masculino.
O mais ridículo dessa agenda de “celebração da mulher”, aliada à insana seita do politicamente correto, é o silêncio das feministas com a realidade de mulheres em lugares como Afeganistão e Irã, que sofrem sob um duro regime de opressão com o sexo feminino. 
O silêncio da turba que enaltece o mês da mulher celebrando ditadores não é exclusivo para o assunto que aborda mulheres que sofrem sob regimes totalitários, mas o feminismo de butique que diz lutar pelo sexo feminino ficou calado durante anos em relação ao avanço de atletas transexuais, homens contemplados com anos de testosterona, competindo, invadindo e espancando mulheres aos aplausos dos seguidores do politicamente correto.
 
No meio dessa loucura, que vai de meninas perdendo bolsas universitárias para meninos à perda de medalhas e premiações em grandes competições, vimos essa semana um sopro de bom senso e sanidade em relação ao justo e sagrado lugar das mulheres em competições femininas: o Conselho Mundial de Atletismo proibiu transsexuais de competirem na categoria feminina em eventos internacionais. Presidido pelo espetacular ex-atleta e medalhista olímpico Sebastian Coe, a entidade estabeleceu, até que estudos sérios e longos sejam feitos, que nenhum atleta transgênero que passou pela puberdade masculina terá permissão para competir em competições do ranking mundial feminino a partir de hoje, 31 de março. 
Coe acrescentou que a decisão foi guiada pelo princípio abrangente que é proteger a categoria feminina: “As decisões são sempre difíceis quando envolvem necessidades e direitos conflitantes entre diferentes grupos, mas continuamos a ter a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações”. A lenda do atletismo mundial completou: “Seremos guiados pela ciência em torno do desempenho físico e da vantagem masculina. À medida que mais evidências estiverem disponíveis, revisaremos nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental”.

Ufa! Finalmente alguém do porte e da importância de Coe para recolocar o assunto no patamar de onde nunca deveria ter saído — da biologia humana, único pilar importante no esporte. E, vejam a ironia, um homem saiu na justa defesa das mulheres no esporte! Em uma sociedade tomada pelo medo de se expressar, pelo medo dos injustos cancelamentos, segurar uma bússola publicamente e apontar onde está o norte virou um ato de coragem. A atual agenda neomarxista não apenas demoniza homens e coloca mulheres em uma covarde espiral de silêncio — ela visa a destruir a relação de confiança entre eles.

Manual de destruição da sociedade
No “mês da mulher”, vimos mulheres trans, homens, dinamitando os lugares de outras mulheres em comerciais e ganhando “menções honrosas” em legislaturas. Não se enganem, a elevação misógina de trans ao posto de “mulheres do ano” e invadindo campanhas publicitárias é apenas mais uma página no manual de destruição da sociedade pela agenda marxista. Em 2019, a Gillette, famosa fabricante de lâminas e produtos de limpeza do gigante Procter & Gamble, soltou uma peça que os produtores provavelmente imaginaram ser a atitude-padrão dos homens (ideia compartilhada pela turba da extrema esquerda mundial): estuprar, assediar, agredir e oprimir. 
 
 Outras narrativas absurdas são apresentadas no comercial, facilmente encontrado na internet, e profanadas por celebridades desmioladas que precisam de aceitação diária. Ali, a empresa propõe a todos os homens o mantra atual de uma sociedade sem virtudes e que parece não saber do passado: “Barbear sua masculinidade tóxica”. Alguns analistas comportamentais acreditam que a mudança teria começado com os movimentos feministas radicais, como o “Me Too”, o mesmo que demorou 20 anos para se levantar dos sofás das produtoras de Hollywood para gritar contra os assediadores do mundo do entretenimento. Curioso como nunca ocorreu que estuprar, assediar ou agredir era errado na época em que algumas das mesmas atrizes do movimento se empanturravam de dinheiro dos produtores predadores.

Em nossos encontros semanais, tento abordar diferentes assuntos com a perspectiva de uma boa prosa, como diria o meu pai. É claro que, em uma sociedade que parece não ter um norte moral, os dias podem ser desanimadores. Será que entregaremos um mundo tão corrompido e corroído aos nossos filhos? Será que o seio familiar, principal ambiente da formação de caráter, está permanentemente fragmentado? Eu não acredito. E uma pontinha de uma grande esperança veio, nesta semana, de vocês, leitores queridos.

Foram homens bons que lutaram pela liberdade que todos nós temos hoje, inclusive para inundar a sociedade de tanta bobagem e insanidade

Depois de escrever sobre o aniversário de Oeste e os homens maravilhosos de que tive e tenho a sorte de estar rodeada, uma enxurrada de mensagens inundou a área de comentários aqui em Oeste e nas minhas redes sociais. Muitos escreveram palavras emocionantes de como o artigo, escrito pelo coração, havia tocado o cotidiano de alguns. Mas o que de fato inundou nossa comunicação, e essa é a parte mais maravilhosa dessa minha interação com vocês, foi a quantidade de relatos das relações extraordinárias que as pessoas têm ou tiveram com seus pais — homens sábios, marcantes, pilares importantes não apenas da família, mas de uma sociedade saudável e comprometida com a verdadeira relação entre homens e mulheres, aquela que engrandece e fortalece o presente para que um futuro menos caótico seja entregue aos filhos.

(...)
 
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Leia também “Oeste é isso”

Revista Oeste

 


Presidente de Uganda: ‘África precisa salvar o mundo da homossexualidade’

Yoweri Museveni vai sancionar lei que estabelece pena de morte para homossexuais   

 

Na conferência realizada entre os dias 31 de março e 1º de abril, em Entebbe, Uganda, o presidente Yoweri Museveni pediu aos líderes africanos que rejeitem a promoção da homossexualidade. Ele argumentou que a África deve liderar a luta contra o que chamou de “degeneração e decadência”.

O presidente também sugeriu que vai sancionar o projeto de lei anti-homossexualidade aprovado pelo Parlamento ugandês no mês passado. A proposta estabelece pena de morte para “homossexualidade agravada” e prisão perpétua para “recrutamento, promoção e financiamento” de “atividades do mesmo sexo”.

A conferência, que contou com a presença de políticos de 22 países africanos, incluindo Zâmbia, Quênia e Serra Leoa, tinha como tema a preservação dos valores familiares e da soberania
Parlamentares britânicos também teriam participado do evento

Museveni elogiou os parlamentares de Uganda por aprovarem o projeto de lei “antigay” e prometeu nunca permitir a promoção e divulgação da homossexualidade em Uganda. Ele enfatizou que isso nunca vai ser tolerado no país.

Na conferência, foi feito um apelo específico a Zâmbia, Tanzânia e Gana, para que “rejeitem a influência norte-americana.” O pedido ocorreu pelo fato de esses países terem sido visitados recentemente pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Redação - Revista Oeste

 


quarta-feira, 15 de março de 2023

Uma imposição avassaladora - Alex Pipkin, PhD

       Não sou homofóbico nem me correspondem quaisquer outros adjetivos empregados para desqualificar todos aqueles que pensam distintamente de membros politiqueiros de grupos que compõem a sigla LGBTQIA+, e outras letrinhas.

Onde chegamos! Hoje é preciso afirmar essas coisas… Tenho amigos e conhecidos gays, visto que para mim o que importa é o caráter da pessoa.

Verdadeiramente não existe gênero, existe sexo, que biologicamente só pode ser masculino ou feminino.

O que os componentes dessas tribos identitárias fazem entre quatro paredes, eu não tenho nada a ver com isso! Aliás, como esses se comportam, não é problema meu.

O que tenho notado mesmo, é uma peleia forte entre mulheres, trans e gays, situação que creio eu, não poderia se dar de forma distinta.  No entanto, o que estamos presenciando a olhos nus, é a tentativa de promoção, e de maneira ainda mais nefasta, a imposição dos valores dessa minoria identitária a toda sociedade.

Eu respeito às escolhas individuais das pessoas, mas isso não quer dizer que eu concorde com a pressão e a influência de interesseiros, no sentido de acabar com a hegemonia dos valores civilizacionais judaico-cristãos, a fim de impor uma outra hegemonia baseada na ideologia de gênero.

Aparenta que essa minoria tem um lobby gigantesco para desbancar aqueles que agora são considerados discrepantes. Nem me fingindo de idiota e de ignorante, posso eu concordar, por exemplo, com mulheres trans competindo contra “frágeis” mulheres nas mais diversas atividades esportivas? Escárnio.

Desnecessário aprofundamentos, é singelo observar o aspecto físico, a trivial questão biológica. Entretanto, para os “guerreiros sociais” da igualdade, aqui não há tipo algum de anomalia. Porém, por óbvio, igualdade significa ausência de diferença.

O Brasil necessitando de crescimento econômico e social, de geração de maiores e de melhores oportunidades para todos, e o foco tupiniquim - quase sempre na contramão - se centra nessa construção social politizada da ideologia de gênero.

O que se está fazendo com à cabeça - e os corpos - de crianças, além do que se pretende executar, é absolutamente destruidor.

Respeito pelo que o outro quer ser, sim; manipulação irresponsável da infância, evidentemente não. Para muitos o que parece ser um caminho “progressista”, a continuar o esforço e a manipulação exercida, irá factualmente nos conduzir a vanguarda do atraso e do retrocesso.

Alex Pipkin - PHD

 

 

 

terça-feira, 5 de julho de 2022

Sexo, gênero e militância - José Luiz Martins

Sendo muito sincero, pouco me importa se você mantém relações sexuais com homens ou com mulheres, desde que sejam adultos e a relação seja consensual. [e não queira convencer que você está certo - cada um no seu quadrado.]

Também não tenho o menor interesse se você se veste como homem, como mulher ou como um esquimó. Isso é uma questão sua e não vou me intrometer. No máximo, posso dar risada, se eu achar engraçado - e não venha censurar o bom humor alheio. Não é nada contra você, todos temos nossos aspectos risíveis - admita os seus.

Viva como bem entender e conte com meu total apoio contra quem quiser se meter no seu modo de vida. Não é porque você não se parece comigo, que vou te atacar. Pelo contrário: a diversidade costuma ser bastante enriquecedora.

Só não queira entortar a verdade para fazer política barata. Em primeiro lugar, crianças não estão prontas para a sexualidade
Apresentar o sexo para elas, seja hétero, homo ou bissexual, é muito complexo e pode fazer uma confusão danada na cabeça delas. Respeite o ritmo das crianças e espere alguns anos. 
 
Outra coisa: não é porque você matava aulas na escola, que a biologia não existe. 
 O fato de você ignorar algo não faz com que isso deixe de existir. 
Um dos meus maiores aprendizados como deficiente físico foi entender e aceitar meu corpo como ele é. 
Uso próteses e muletas para potencializar meu desempenho físico, não para tentar me transformar em algo que não sou, nem nunca serei.
 
Finalmente, não se faça de vítima. Todos nós temos nossas diferenças - com todas as vantagens e desvantagens que isso traz. Porém reduzir-se a um único aspecto de sua vida apenas empobrece a alma
Somos mais que nossos hábitos sexuais. A menos que você transe 24 horas por dia, você é um monte de outras coisas além do sexo.

Uma coisa é lutar contra o preconceito - e conte com meu apoio, eu tenho bastante experiência nisso, pode acreditar. Outra, completamente diferente, é depender de aprovação alheia pra viver. Boa sorte.

Texto publicado sem título pelo autor em sua página no Facebook.           .

 José Luiz Martins

 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Por que o sexo pode causar morte súbita em homens e mulheres jovens - O Globo

Estudo sugere que em pessoas com menos de 50 anos, as principais causas de óbito durante a atividade sexual são a síndrome da morte súbita arrítmica ou as cardiomiopatias
 
Uma vida sexual ativa está associada a um estilo de vida saudável. Em geral, o sexo tem muitos benefícios físicos e psicológicos, incluindo redução da pressão alta, melhorar o sistema imunológico e ajudar a dormir melhor. O ato libera oxitocina, substância conhecida como hormônio do amor, que é importante na construção da confiança e do vínculo entre as pessoas. Mas há um lado sombrio: é possível morrer durante ou logo após o sexo, mesmo se você for uma pessoa jovem.

Saiba mais:Reposição hormonal não é o ‘elixir da vida’

Segundo informações do site especializado The Conversation, a incidência disso, felizmente, é extremamente baixa e representa 0,6% de todos os casos de morte súbita. Na maioria dos casos, a morte associada à atividade sexual é causada pelo esforço físico, medicamentos prescritos (como aqueles para tratar a disfunção erétil) ou drogas ilegais, como cocaína – ou ambos.

O risco aumenta à medida que as pessoas envelhecem. Um estudo feito na Alemanha, que analisou 32.000 mortes súbitas, durante um período de 33 anos, descobriu que 0,2% dos casos ocorreram durante a atividade sexual. Em geral, as vítimas eram homens, com em média 59 anos de idade e a causa mais frequente foi um ataque cardíaco. Trabalhos de morte súbita cardíaca e atividade sexual dos EUA, França e Coréia do Sul mostram achados semelhantes

Pessoas jovens também correm risco
ataque cardíaco

Entretanto um estudo recente, publicado na revista JAMA Cardiology, mostrou que esse fenômeno não se limita apenas aos homens de meia-idade. Pesquisadores da Universidade de Londres investigaram a morte súbita cardíaca em 6.847 casos encaminhados ao centro de patologia cardíaca de St George's entre janeiro de 1994 e agosto de 2020.

Destes, 0,2% ocorreram durante ou dentro de uma hora após a atividade sexual. A idade média média das vítimas foi de 38 anos e 35% dos casos ocorreram em mulheres, o que é maior do que em estudos anteriores

Queiroga:'Quero que a história me defina como o homem que acabou com a pandemia'

Outro dado interessante: essas mortes geralmente não foram causadas por ataques cardíacos, como visto em homens mais velhos. Em metade dos casos (53%), o coração foi estruturalmente normal, mas um ritmo cardíaco anormal súbito chamado síndrome da morte arrítmica súbita ou SADS foi a causa da morte

A dissecção da aorta apareceu como a segunda maior causa, responsável por 12% dos óbitos. O problema ocorre quando as camadas na parede da grande artéria do coração que fornece sangue ao redor do corpo se rompem e o sangue flui entre as camadas, fazendo com que ele inche e estoure.

Alerta:Na maior UTI de Covid-19 do Brasil, mais de 90% dos casos graves são em não vacinados

Os casos restantes foram devidos a anomalias estruturais, como cardiomiopatia (uma doença do músculo cardíaco que torna mais difícil para o coração bombear sangue para o resto do corpo) ou de um grupo raro de condições genéticas conhecidas como canalopatias.

Apesar dos resultados, David C Gaze, professor sênior de Patologia Química na Universidade de Westminster ressalta, em artigo publicado no The Conversation, que a baixa incidência de morte nesses estudos sugere que o risco de morte súbita durante o sexo é muito baixo, mesmo em pessoas com problemas cardíacos existentes. Ele também recomenda que adultos jovens que foram diagnosticados com essas condições, procurem aconselhamento de um cardiologista sobre o risco associado à atividade sexual.

Saúde - Ciência - O Globo


terça-feira, 20 de julho de 2021

Daimocracia - Sugestão de uma humilde cidadã ao ministro Barroso e seus colegas progressistas


Bruna Frascolla

 
Ao abrir a primeira página desta Gazeta do Povo, fui apanhada de surpresa por uma manchetona segundo a qual um tal de Lira quer transformar o Brasil num país semipresidencialista – palavra que o meu corretor ortográfico grifa, sinal de que nem deve constar no Houaiss. Quem é mesmo esse Lira, com tanta importância para pautar, sozinho, os rumos deste país? Não votei nele. De certa forma, pode-se dizer que o elegi Presidente por meio de eleições indiretas, pois ele preside a Câmara federal. Voto em deputados federais, os quais, em conjunto, elegeram Lira presidente dessa casa legislativa. No entanto, se eu meio que elegi Lira, isso não faz dele um semipresidente.

Mas semipresidente é só metade da história. “Já que estamos discutindo reformas eleitorais, que a gente já possa prever que em 2026 mude definitivamente esse sistema no Brasil. Em vez de presidencialismo, para semipresidencialismo ou parlamentarismo”, diz Lira.

Já tivemos em 1993 um plebiscito para decidir se seríamos um país presidencialista, parlamentarista ou monarquista. Decidimos que seríamos presidencialistas. Mas, desde 2005, com o plebiscito do desarmamento, sabemos que plebiscito não vale nada mesmo. Sabemos que a plebe ignara não pode decidir coisa alguma, de modo que plebiscitos servem somente para o povo ter a chance dizer “sim” e facilitar a vida de progressistas abnegados que se esforçam para levar este país rumo à Idade da Razão. Quando o resultado é “não”, aí cabem uns tapinhas condescendentes na cabeça do povo e a negligência do plebiscito.
Ideia de Barroso




Tendo aprendido isto muito bem, fiquei aliviada ao ver que a ideia na verdade era do ministro Luis Roberto Barroso. Com Barroso, sim, venho aprendendo muitas coisas sobre a Constituição e a vontade popular.


Quem é o responsável por turbinar o fundão eleitoral: governo, oposição ou Centrão?

Nos Estados Unidos,  juízes progressistas usam o fato de a Constituição ser do século XVIII para dar tratos à bola, atualizar o espírito das leis para o século XX e, depois, para o século XXI. No Brasil, cuja Constituição é de 1988, detalhadíssima e subscrevente da Declaração Universal dos Direitos Humanos feita no pós-guerra, usa-se da mesma estratégia.

Eu achava meio esquisito. Até entender que 1988 é um tempo remotíssimo, talvez mais próximo do século XVIII do que do século XXI. Afinal, em 1988, se um caminhoneiro barbado chegasse ao cartório dizendo que se autodeclarava mulher, seria tido por doido. No século XXI, entende-se (o STF entendeu) que o eventual barbado não só não é doido como é uma violação da dignidade humana negar-lhe a liberdade de determinar o próprio sexo, aliás, o próprio gênero. Pois o homem, digo, a pessoa do século XXI é tão evoluída, tão próxima dos anjos, que nem tem mais sexo: tem gênero.

A marcha do progresso caminha inelutavelmente para o futuro. Se a plebe não quiser acreditar em espectro de gênero, caso se apegue à ideia primária de que a humanidade se divide em machos e fêmeas (homem e mulher), tal como os demais mamíferos (macaco e macaca, cachorro e cadela, gato e gata, e assim por diante, excetuadas as onças, pois, sendo sempre do gênero feminino, na certa são todas lésbicas, reproduzindo-se quando uma onça transgênero engravida uma onça cisgênero), se a plebe se apegar a noções tão atrasadas e obscurantistas, dizia eu, é preciso que um Guia Supremo nos pegue pela mão e nos leve ao futuro.
 

Constituição com cachimbo na boca
Assim, na democracia do século XXI, cabe ao Supremo, munido de sua alta hermenêutica e profunda inteligência, decifrar o espírito da Constituição. Se nós, simplórios, líamos que nenhum brasileiro pode ser discriminado em função de raça e entendíamos que não pode ter cota racial, o Supremo interpreta e entende diferente. Se lemos que há liberdade de ir e vir, o Supremo mostra que não é bem assim.

O curioso nisso tudo é que, tendo sido redigida em 1988, por gente atrasada, a Constituição ainda assim tem um espírito progressista que só os muito expertos (sic) conseguem decifrar. A única explicação que consigo divisar para isso é a de que o Espírito da Constituição é uma entidade mágica que baixa, dá uns tragos no cachimbo e pontifica em privado para os sacerdotes do Supremo Tribunal Federal. Ele dizia uma coisa aos constituintes e agora diz outra aos ministros.

Assim, minha sugestão para os ministros do STF é que deixem Lira de lado. Quem pode tanger o povo não pode tanger o Congresso por quê? Joguem búzios, consultem o Espírito da Constituição e decidam-se logo pelo semipresidencialismo. Aproveitem e perguntem logo pelo nome do próximo semipresidente, pois no século XXI democracia virou daimocracia, com o poder na mão de um daimon (espírito) progressista.

Bruna Frascolla, colunista - Gazeta do Povo - VOZES