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quinta-feira, 15 de julho de 2021

A pandemia silenciosa que mata 5 milhões por ano

Enquanto você lê, a pandemia da covid-19 contabiliza quase 540 mil mortos e mais de 19 milhões de casos confirmados no Brasil. Por isso, uma das medidas mais importantes para frear a pandemia foi o isolamento social. Contudo, o isolamento contribuiu também para reduzir a atividade física e aumentar o sedentarismo, um comportamento que mata 5 milhões de pessoas por ano em todo o mundo.

Pesquisas revelaram uma queda global de 10% a 40% das atividades físicas e um aumento de 126 dólares por pessoa nos gastos anuais em saúde para cada hora adicional de comportamento sedentário. A prevalência de comorbidades como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão entre outras, que são agravantes para a covid-19, se acentuam com o sedentarismo.

Por essa razão, os benefícios da atividade física durante o isolamento social são muito relevantes. Fato que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a lançar novas diretrizes, enfatizando que todas as pessoas, de todas as idades e em qualquer condição física, podem ser fisicamente ativas e que todo tipo de exercício conta.

Seja como parte do trabalho, um esporte, o lazer, a dança, as brincadeiras, seja como tarefas domésticas diárias: todo movimento conta. Estudos da OMS mostraram que, além dos inúmeros benefícios para a saúde, manter-se fisicamente ativo também beneficia a economia. Estima-se que o custo em assistência médica direta, relacionado ao sedentarismo é de US$ 54 bilhões e a perda de produtividade onera a economia em US$ 14 bilhões em todo o mundo.

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O número de mortes por covid-19, sem nenhuma dúvida, é aterrorizante e nos faz, quase que sem intenção, não focarmos em outras pandemias, como a do sedentarismo. Estamos atentos às consequências da covid-19 e do longo período de isolamento social ao qual estamos sujeitos. Porém, também estamos com a atenção redobrada nas causas e nos efeitos dilacerantes que a ausência da atividade física tem causado em nossa população. Quando vamos começar a olhar também para essa letargia que assola boa parte dos brasileiros sedentários? Gente que está morrendo diariamente por doenças que poderiam ser evitadas por meio de uma rotina de exercícios.

O Brasil precisa abrir os olhos de forma urgente para este assunto, caso contrário ainda vamos enfrentar anos com a qualidade de vida cada vez mais deficitária, com os hospitais lotados e com mortes que poderiam ter sido evitadas. Esse não é o país que desejamos para nós nem para nossos filhos. Chegou o momento de darmos as mãos e nos mexermos para tratarmos hoje dos problemas do amanhã. Mas isso só será possível se vencermos essa guerra contra o sedentarismo. Essa é uma batalha em favor da vida.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA 


sábado, 17 de novembro de 2018

UTILIDADE PÚBLICA - Sexo, café e mais 6 hábitos que aumentam a expectativa de vida

Fazer sexo duas vezes por semana pode reduzir em 50% o risco de morte, para se ter uma ideia




É comum as pessoas pensarem em saúde preventiva, na alimentação balanceada e na prática de exercícios quando o assunto é longevidade. Claro que tudo isso é importantíssimo. Mas poucos lembram de quesitos com papel fundamental no planejamento do tempo. O sexo é um deles.
O site especializado Daily Mail preparou uma lista com os hábitos com maior impacto sob ponto de vista da ciência. Confira:

1. Durma, mas não exagere

Diversos estudos já indicaram que indivíduos que não dormem o bastante têm a expectativa de vida reduzida – o mesmo vale para quem dorme demais. Relatório publicado em 2010 analisou um milhão de pessoas em oito países e descobriu que dormir menos de seis horas por noite pode aumentar em 12% o risco de morte prematura. Quem dorme mais de nove horas apresentou risco ainda maior: 30%. Por isso, especialistas recomendam de 7 a 8 horas de sono por noite para garantir saúde e longevidade.
“Os efeitos colaterais da privação do sono incluem obesidade, doenças cardíacas, hipertensão e depressão. No entanto, dormir muito pode ser um sinal de que o corpo está lutando com uma doença subjacente ou depressão”, explicou Nerina Ramlakhan, especialista em sono, ao Daily Mail. Para ela, indivíduos que respeitam as necessidades do corpo podem reduzir até 30% a probabilidade de morrer prematuramente.

2. Exercite-se

A atividade física já é requisito obrigatório para quem pretende elevar a expectativa de vida. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, orienta um mínimo de 150 minutos semanais de caminhada para quem deseja ter boa saúde – o exercício fortalece a força muscular e melhora a saúde cardiovascular. Além disso, pesquisadores americanos e suecos descobriram que pessoas acima dos 40 anos que fazem caminhadas regulares ​​vivem mais (até quatro anos e meio de vida) em comparação com aquelas que são sedentárias.

Infelizmente, todos esses benefícios podem ser perdidos para indivíduos que passam muito tempo sentado. Por isso, se você trabalha em escritório, a recomendação é sempre que possível optar pela caminhada, seja para ir ao supermercado, ao shopping ou ao parque. 

3. A velhice está na mente

De acordo com pesquisadores, o segredo da longevidade reside muito mais no prazer pela vida do que nos genes. Isso porque um estudo revelou que a genética representa apenas 10% do envelhecimento, enquanto os outros 90% estão relacionados ao estilo de vida. Outra pesq
uisa, que avaliou 660 participantes acima dos 50 anos, mostrou que indivíduos com percepção mais positiva da própria idade e do envelhecimento chegam a viver em média sete anos e meio a mais, levando em consideração também renda, idade e saúde.
Já um estudo norte-americano apontou que pessoas que vivem além dos 80 anos costumam ser mais positivos, mais sociáveis e se mantêm trabalhando por mais tempo. Especialistas sugerem que o pensamento positivo tem sido associado à redução do stress, o que ajuda a impulsionar o sistema imunológico. “Crenças e atitudes negativas levam a inatividade, isolamento, depressão e doenças evitáveis”, comentou Sir Muir Gray, consultor de saúde pública da Universidade de Oxford, no Reino Unido, ao Daily Mail.

4. Adie a aposentadoria

Um estudo de 2016, realizado pela Oregon State University, nos Estados Unidos, estabeleceu que indivíduos que se aposentaram com 66 anos ou mais têm um risco 11% menor de morte por todas as causas se comparados àqueles com a mesma idade que haviam se aposentado mais cedo. Essa descoberta ainda é válida para trabalhadores que exerciam atividades insalubres (que colocam em risco à saúde): a probabilidade era 9% menor considerando apenas um ano a mais de trabalho. “As descobertas parecem indicar que as pessoas que permanecem ativas e engajadas se beneficiam com isso”, escreveram os pesquisadores.

5. Vida sexual ativa

Segundo estudo realizado no País de Gales, fazer sexo duas vezes por semana pode reduzir em 50% o risco de morte. Aliás, outra pesquisa ainda revelou que homens que têm pelo menos 350 orgasmos por ano vivem em média quatro anos a mais. As mulheres também podem se beneficiar com uma vida sexual ativa: a relação sexual regular aumenta o tamanho dos telômeros – um componente do DNA que indica longevidade, ou seja, quanto mais longo ele for, maior é a vida útil da mulher. Além disso, o sexo ajuda a elevar os níveis de desidroepiandrosterona, conhecido como hormônio da juventude, e de oxitocina; ambos ajudam a reduzir o stress e aumentam os níveis de imunoglobulinas, responsáveis pelo combate a infecção no sangue.

6. Tenha filhos

Para aqueles que já têm filhos, uma excelente notícia: pode parecer que as crianças estão te deixando velho antes do tempo, mas não é verdade. De acordo com pesquisa do ano passado, pais e mães vivem pelo menos dois anos a mais se comparados a quem não têm filhos (talvez seja um benefício inesperado da constante preocupação). “Os sentimentos emocionais podem ser tão relevantes para a nossa saúde quanto os fatores físicos em geral”, disse Elizabeth Webb, pesquisadora do AgeUK, ao Daily Mail.

7. Café grego

Você conhece alguma receita de café grego? Talvez os apaixonados por café queiram saber mais sobre ele se quiserem viver mais. Isso porque, de acordo com estudo, a população da ilha de Ikaria, na Grécia, tem a maior taxa de longevidade do mundo e essa realidade está associada ao consumo de café. O café grego é rico em substâncias químicas chamadas polifenóis – que ajudam a prevenir uma série de doenças, como câncer, Alzheimer e doenças cardiovasculares – e antioxidantes – que ajudam a eliminar os radicais livres no sangue. Além disso, os níveis de cafeína são relativamente baixo.
A pesquisa, que analisou o consumo de café de 673 habitantes acima de 65 anos, mostrou que 87% dos moradores ingeriam café grego (finamente moído e cozido em uma panela alta e estreita). Os pesquisadores ainda revelaram que o consumo diário pode melhorar a saúde cardiovascular.

8. Fique fora do hospital

Às vezes ir ao hospital é uma questão de urgência. Entretanto, estudos apontaram que pacientes internados por muito tempo (qualquer que seja o motivo) estão mais propensos a morte prematura – e não apenas porque já estavam doentes. “As configurações do hospital são lugares perigosos porque você pode pegar superbactérias como MRSA [Staphylococcus aureus resistente à meticilina] ou C Difficile com mais facilidade. Bons hospitais tentam fazer com que as pessoas sejam dispensadas o mais rápido possível”, alertou Webb.

Uma pesquisa realizada na Inglaterra e no País de Gales constatou que 7.800 mortes extras ocorreram entre julho de 2014 e junho de 2015 depois que idosos foram mantidos no hospital por mais tempo do que o necessário. Relatório americano ainda mostrou que cerca de um terço dos pacientes acima dos 70 anos e mais da metade dos pacientes com mais de 85 anos deixam o hospital mais incapacitado do que quando chegam. Portanto, cuide melhor da sua saúde para evitar internações. 
 
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