Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O
objetivo do regime iraniano neste momento, como ao longo da década
recente, não é provocar uma guerra direta com o Ocidente e seus aliados,
mas semear incertezas e instabilidades
Os governantes autocráticos do Irã podem
ter nas mãos um dos palitos de fósforo capazes de incendiar seu pavio:
um “eixo de resistência”, uma rede de aliados violentos por toda a
região.
O regime iraniano passou duas décadas construindo essa
capacidade no Iraque, no Líbano, na Síria e no Iêmen.
Teerã preda lugares onde a política local é fraca, onde é fácil enviar
operadores e armas e onde nenhum ator externo é capaz de desafiá-lo, de
acordo com o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, um centro
de análise com sede em Londres.
A capacidade do Irã de provocar caos à
distância — por meio do Hamas, do Hezbollah, da infinidade de milícias
xiitas no Iraque e dos houthi, no Iêmen — pode dar mais peso a Teerã do
que suas capacidades militares convencionais, que são relativamente
fracas.
O
objetivo do regime iraniano neste momento, como ao longo da década
recente, não é provocar uma guerra direta com o Ocidente e seus aliados,
mas semear incertezas e instabilidades. No mesmo momento que trafega
num limite para se tornar uma potência nuclear, o Irã também mantém uma
ambiguidade estratégica com o eixo.
Teerã nega estar no comando ao mesmo
tempo que fornece armamentos a grupos armados, como os houthis,
dando-lhes treinamento e usando-os como fachada para conduzir ataques —
como o ataque a mísseis contra a Saudi Aramco, em 2019, que fez diminuir
temporariamente em 5% a produção global de petróleo.
O propósito é
intimidar o Ocidente tanto quanto complicar seu cálculo.
Ainda assim,
pareceu capitalizar sobre as atrocidades do Hamas e mobilizar o eixo de
resistência.
Hezbollah e Israel trocaram fogo com o apoio explícito,
respectivamente, do Irã e dos EUA.
Ao menos 19 combatentes do Hezbollah
foram mortos.
Os houthis, que controlam a capital do Iêmen, lançaram
três mísseis de cruzeiro de médio alcance e vários drones, recentemente
adquiridos do Irã, contra a cidade portuária de Eilat, em Israel
(interceptados por um destróier americano).
E milícias xiitas apoiadas
por Teerã na Síria e no Iraque ampliaram seu conflito atacando
repetidamente, com foguetes e drones, bases que abrigam soldados
americanos (Washington retirou sua presença diplomática do Iraque como
resultado).
Os aiatolás do Irã, xiitas, não podem suportar a
ideia de ser isolados enquanto Estados liderados por sunitas e Israel
passam a cooperar mais. O impulso iraniano para deslegitimar os Acordos
de Abraão continua: em uma região com ministros de Relações Exteriores
muçulmanos na Arábia Saudita,
em 18 de outubro, o Irã instou os países muçulmanos a impor um embargo
de petróleo contra Israel.
Teerã está apoiando pedidos para que o Egito
receba palestinos de Gaza, talvez na esperança de agravar tensões entre
Israel e seu mais antigo aliado árabe.
A
turbulência regional também significa mais dinheiro para o Irã, pelo
menos por agora. O preço do barril de petróleo subiu mais de US$ 5 desde
7 de outubro.
Os EUA estão ansiosos para conter a inflação
anteriormente à eleição no país, no próximo ano, e têm permitido
tacitamente ao Irã exportar mais petróleo, apesar de formalmente
manterem as sanções. “Esses barris iranianos são muito importantes” para
Joe Biden,
afirma Ahmed Mehdi, analista do setor petroleiro radicado em Londres.
A
produção chegou a 3 milhões de barris ao dia, seu nível mais alto desde
que o governo Trump impôs sanções, em 2018. Ano após ano, afirma Mehdi,
as exportações aumentaram mais de um terço.
Mas
a guerra por procuração em escalada contra os americanos e seus amigos
implica em grandes riscos para o Irã. Em Teerã, as autoridades gabam-se
afirmando que voltaram a ser “estadistas”; o presidente Ebrahim Raisi — considerado por muitos no Ocidente um pária linha-dura — conversou com o presidente francês, Emmanuel Macron, nos dias recentes. Os iranianos comuns estão menos impressionados.
A população do Irã está cansada das aventuras de seu regime no exterior e relutante em suportar mais sofrimento pela Palestina.
Protestos convocados pelo governo têm tido baixo comparecimento. Um
minuto de silêncio numa partida de futebol em Teerã pelos mortos em Gaza
foi interrompido por gargalhadas sonoras. “Nem Gaza, nem Líbano”,
entoaram manifestantes das janelas de suas residências. “Nós
sacrificamos nossas vidas pelo Irã.”
A guerra nas sombras do Irã é um jogo delicado, e a capacidade de Teerã de controlar seus aliados não é clara. Desde
que os EUA assassinaram Qassem Suleimani, um dos formuladores do eixo
de resistência, três anos atrás, a autonomia dos satélites iranianos.
Conforme lançam ameaças de guerra juntamente com seus foguetes, eles
poderão achar difícil recuar de sua retórica. Cada um estabeleceu
“limites” para determinar intervenção contra Israel e o Ocidente. Não
responder poderia ferir sua credibilidade com apoiadores locais. Uma
invasão terrestre de Israel a Gaza poderia fazê-los forçar a mão.
Os
aliados do Irã também têm de equilibrar suas aspirações militares com
os interesses dos países que os abrigam. De acordo com autoridades
iranianas, o presidente sírio, Bashar Assad, disse ao Hezbollah
que não tem nenhum desejo de acudir aos seus chamados por ataques
contra Israel de seu território. Do ponto de vista de Assad, o Hamas o
traiu quando se aliou à rebelião contra seu regime, em 2011, após ele
ter permitido ao grupo permanecer em segurança na Síria. Agora, Assad
não quer lutar pelo Hamas.
O
Líbano teme ser mais um peão de sacrifício. Seus xiitas são o maior
grupo religioso do país, mas suas outras 17 denominações sectárias
oficiais formam maioria. Reveladoramente, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah,
famoso por seus discursos beligerantes, evitou expressar-se
publicamente de seu bunker em Beirute desde que os combates começaram.
A
ameaça de guerra pôs fim à esperança de uma ressuscitação do turismo no
Líbano.
A firma de seguros Lloyd’s sinalizou que poderá retirar
cobertura no país, e a Middle East Airlines, maior empresa aérea
libanesa, está estacionando parte de sua frota na Turquia.
Os EUA
aconselharam seus cidadãos a deixar o Líbano. O primeiro-ministro
libanês afirmou que “a decisão sobre guerra e paz” não está em suas
mãos.
Se os
aliados do Irã atacarem interesses dos EUA, ou possivelmente Israel, o
mais provável é que os americanos retaliem inicialmente contra eles em
vez de seu financiador. Ainda assim, a aposta iraniana é alta. A decisão
do Irã de mobilizar o eixo de resistência sinaliza que, no longo prazo,
o regime ruma ao isolamento e à autocracia.
Apenas um mês atrás, Teerã
celebrava uma troca de prisioneiros com Washington e a iminente
transferência para o Irã de US$ 6 bilhões em rendimentos do petróleo
congelados.
O aiatolá Ali Khamenei
abençoou pela primeira vez conversas diretas desde que o governo Trump
abandonou o pacto nuclear.
Alguns falavam de uma nova trégua. Agora essa
perspectiva se arruinou — e as chances de uma guerra maior,
catastrófica, mesmo que ainda baixas, são perigosamente altas. /
TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO
O ex-deputadoRoberto Jefferson, presidente do PTB e figura de maior destaque na direita brasileira de hoje, diz coisas horríveis do Supremo Tribunal Federal, dos seus ministros,do presidente do Senado, da “CPI da Covid”,
dos governadores de Estado e de muita outra coisa grande que forma as
“instituições brasileiras”.
Quantas pessoas, no Brasil de hoje, pensam
exatamente como ele a respeito de tudo o que tem dito?
Ninguém fez a
conta ainda, mas está na cara que é gente que não acaba mais –o que faz
de Jefferson o homem mais incômodo do País para o STF e o sistema
político que existe em torno de suas decisões.
Roberto Jefferson,
sem dúvida, é um barril de pólvora à espera de um fósforo – mas ser
incômodo, ou falar o diabo do Supremo, da CPI, etc. não é crime. Ou
passou a ser? Para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e para o seu inquérito destinado a investigar “atos antidemocráticos”,é crime, sim – motivo pelo qual mandou prender o ex-deputado, que a partir de agora está na cadeia sem data para sair,
[a prisão preventiva é uma pena perpétua "à brasileira", se sabe quando entra e não se sabe a data da saída.
Nem o 'refresco' que favoreceu o Lula - condenações anuladas - pode ser aplicado, não há condenação = não se anula o que não existe.] e sem direito de defesa pleno, como aconteceu com outros indiciados
pelo ministro.Por que não?
Se até deputado em exercício do mandato foi
preso nesse inquérito (o homem está com tornozeleira até hoje) e a
Câmara aceitou sem dar um pio, um cidadão como Jefferson, que não tem
imunidade nenhuma, não é o menor problema para o STF.
O
inquérito do ministro Moraes, naturalmente, não considera que Roberto
Jefferson, durante este tempo todo, está só falando – o que poderia
levar a acusação para os delitos de calúnia, injúria ou difamação,os
únicos que se pode cometer da boca para fora, e não permitem a prisão de
ninguém. Embora a peça de acusação contenha páginas e páginas com uma
maçaroca de declarações que Jefferson fez à imprensa nos últimos tempos,
o que os acusadores querem é outra coisa.
Eles querem demonstrar, isto
sim, que o ex-deputado não apenas fala, mas faz. Faz o quê?Atos contra o
STF, o Congresso e o estado de direito em geral – incluindo, por
exemplo, discursos de incentivo para a população invadir o Supremo e
tocar os ministros para fora de lá a tapa, mesma receita que tem para a
“CPI da Covid” e outros componentes das “instituições”. Ao fazer isso,
estaria agindo para acabar com a democracia no Brasil – e, aí, é
proibido por lei.
Como aconteceu com outras prisões decretadas
por este inquérito,não há sinal, quanto a Roberto Jefferson, de que ele
esteja organizando, secretamente, um grupo armado para tomar o governo –
como os bandos de “luta armada” que existiam antigamente.
Não se provou
a ocorrência de reuniões clandestinas, nem a distribuição de tarefas
“revolucionárias”.
Não se descobriu gente usando codinome.
Não foram
encontrados, até agora, depósitos de armas e munições.
Não há indícios
de operações financeiras ou movimentação de dinheiro para pagar as
despesas que a derrubada da democracia exige.
Há dinheiro, incentivo e
ações para organizar movimentos de protesto contra STF, Congresso, etc. –
mas nada disso está fora do direito de fazer manifestações de protesto
em público.
Em suma: fala-se muito, e Jefferson é realmente um
homem que fala com teores de TNT que ninguém mais tem, nem de longe, na
política brasileira de hoje.
Mas de atos efetivos contra a democracia,
como esses descritos acima,
nada. Onde está a conspiração?
Onde estão,
além dos discursos, entrevistas e postagens nas redes sociais, os atos
efetivamente antidemocráticos?
É o contrário. Ato contra a democracia,
por ser contra a lei, é prender Roberto Jefferson – e manter vivo o
inquérito ilegal do ministro Moraes e do STF.É defender a democracia
destruindo a democracia.