Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador batedores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador batedores. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de julho de 2020

Sócio no fracasso - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Gilmar Mendes errou feio ao usar ‘genocídio’, mas acertou no diagnóstico e no alerta

Apesar de frágil, sempre por um fio, a trégua entre os três Poderes ia bem até ser ameaçada pela declaração impetuosa do ministro do Supremo Gilmar Mendes, de que “o Exército se associou ao genocídio” ao intervir no Ministério da Saúde e assumir a política negacionista do presidente Jair Bolsonaro na pandemia. Foi um deus nos acuda no governo, na Defesa e nos comandos de Exército, Marinha e Aeronáutica. Porém, o ministro do STF errou feio nos termos, mas acertou no diagnóstico.

O que realmente irritou as Forças Armadas foi o uso da expressão “genocídio” – na definição do Houaiss, “extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso” –, que define o crime mais grave do direito internacional, remete ao Holocausto e à morte de 6 milhões de judeus. É despropósito unir Exército e genocídio e não há, tecnicamente, como usar o termo para a ação de Bolsonaro na pandemia, por mais condenável que ela seja.

Assim, a irritação dos militares é compartilhada por magistrados e civis até de oposição, que elogiam a resistência firme do Supremo às investidas de Bolsonaro e às ameaças golpistas de seus filhos e seguidores, mas criticam Gilmar Mendes por “ter ultrapassado o limite”. Lembram que a palavra de um ministro do Supremo tem a força de uma sentença e os excessos vulgarizam, tiram peso, relevância e solenidade da função, que deve servir de reflexão para a Nação. [é de bom tom que magistrados falem apenas nos autos;
nos tempos atuais até ministros do Supremo, com exceções é claro,  de caçam microfones e fazem 'comícios' sobre matérias que poderão vir a julgar.
A loquacidade do ministro Gilmar Mendes e, tudo indica, um 'revide' a que, recentemente, visitou o Comandante do Exército, pretendendo  falar o que queria e terminou ouvindo o que não queria. 
Esperamos que a representação seja realmente apresentada à PGR e tenha o curso legalmente estabelecido.] 

Dito isso com todas as letras, não se pode negar que Gilmar Mendes não errou nos fatos, no conteúdo. Há um evidente desmonte do Ministério da Saúde, inadmissível em tempos normais e trágico durante uma pandemia avassaladora. Sem ministro há 60 dias, entregue a um general intendente da ativa e entupida de militares que nunca viram uma curva epidemiológica, a Saúde foi jogada na mesma vala do MEC e da Cultura.
A tática de Bolsonaro é clara: anular o ministério, usar um cumpridor de ordens e uma legião de batedores de continência para impor suas decisões mais estapafúrdias e fazê-los lutar contra a ciência, isolamento social, máscaras e bom senso, enquanto faz propaganda da cloroquina, que não é comprovadamente eficaz para a covid-19, mas tem efeitos colaterais que podem ser graves. O próprio paciente Bolsonaro se submete a eletrocardiogramas duas vezes ao dia. Se não é perigoso, por que essa “histeria”?

Para Gilmar Mendes, tudo isso é parte da estratégia de Bolsonaro: esperar o fundo do poço, com quase dois milhões de contaminados, mais de 70 mil mortos, economia esfacelada, empresas quebradas e alguns milhões de desempregados a mais, para jogar a culpa em governadores, prefeitos e no Supremo "que determinou que Estados e municípios não são obrigados a cumprir o que o governo federal manda". [sendo recorrente: 
o trecho grifado nos parece expressar uma interpretação da colunista,  ou do ministro,   do que o STF decidiu.
A decisão do STF foi no sentido de dar aos governadores e prefeitos poderes para conduzirem ação de combate à covid-19.
Foi um fracasso e só resta agora tentar as costas largas do presidente Bolsonaro - só que é difícil apagar, ou esquecer, uma suprema decisão.]

Assim, o termo “genocídio” foi agressivo e apelativo, mas Gilmar Mendes alertou para a manobra de Bolsonaro de usar militares para jogar seus erros e a própria culpa nos outros. Tanto é verdadeiro que a Defesa aumentou a pressão para o general Eduardo Pazuello, interino da Saúde, para passar para a reserva. Ele prefere ficar na ativa e sair da Saúde. A ver.

O ex-ministro Henrique Meirelles, atual secretário de Economia de São Paulo, destrói a manobra de Bolsonaro com uma única frase impecável: “O que afeta a economia é a pandemia, não as medidas para combater pandemia”. Bolsonaro deixou a pandemia correr solta, sem coordenação nacional, sem dar exemplo. A história poderia ser outra, com menos mortes e saída mais rápida. A economia não sofreria tanto. Só falta agora Bolsonaro dizer que não tem nada a ver com isso. Tem tudo a ver e, quanto antes o Exército se descolar do fracasso, melhor. [qualquer um que for contra o Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR BOLSONARO - essa citação do cargo leva muitos a um stress intenso -  se torna um frasista impecável, um  estadista.]

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo



sexta-feira, 22 de março de 2019

Líder do PCC, Marcola, será transferido para a Papuda, em Brasília

Ele será trazido a capital pela PF e ficará no presídio federal da Fazenda Papuda. Esquema de segurança no entorno do presídio é reforçado 

O Ministério da Justiça decidiu transferir Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, para o presídio federal da Fazenda Papuda, em Brasília, nesta sexta-feira (22/3). Ele é apontado pelas autoridades como líder do Primeiro Comando Capital (PCC). Marcola está se deslocando de Porto Velho em um jato da Polícia Federal. A previsão de chegada em Brasília é às 13h.

A transferência de traficantes que lideram a organização criminosa ocorre por conta do esquema de rodízio adotado pelo governo. A intenção é impedir que os chefes das facções deem ordens para que sejam realizados ataques por quem está do lado de fora das prisões. Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que o deslocamento dos presos foi feito pela Força Aérea Brasileira. E que policiais federais e do Depen, além de batedores e helicóptero da Polícia Rodoviária Federal integram o esquema de segurança. Além disso, a Força Nacional de Segurança Pública reforçará a proteção do perímetro das áreas que contornam a Penitenciária Federal de Brasília.
 
No mesmo dia em que a transferência de Marcola para o DF é anunciada, a Polícia Civil e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fazem uma operação que prende integrantes de facções criminosas acusadas de atuar dentro do presídio, em Brasília.   
 
Certificado de Batismo de um dos presos do PCC (foto: Divicom/Divulgação)
 
 
Primeira operação
A primeira operação coordenada pela Seopi, secretaria criada na atual gestão do Ministério da Justiça, ocorreu no dia 13 de fevereiro. A operação integrada entre o Governo Federal e o Governo do Estado de São Paulo, resultou na inclusão de 22 presos no Sistema Penitenciário Federal. Na ocasião, os líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), custodiados em São Paulo, foram transferidos com a escolta do Depen e da Polícia Militar de São Paulo para penitenciárias federais.

Correio Braziliense

LEIA TAMBÉM:  PCDF prende integrantes do PCC que buscam dominar presídios no DF

Por meio da 5ª Vara Criminal de Brasília, a Operação Continuum expediu sete mandados de prisão preventiva