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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A mais recente carta do Foro de São Paulo

Na quinta-feira 2, o Foro de São Paulo, que hoje atende pelo nome Grupo de Puebla, divulgou uma carta classificando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como “golpe”. “Foi o início de uma escalada fascista contra a democracia e as instituições democráticas brasileiras”, observou o ajuntamento de extrema esquerda, ao citar o de 8 de janeiro. “Um acontecimento político de enorme magnitude e consequências, que renasce nos atos de violência e destruição que o mundo presenciou há algumas semanas em Brasília.”

O Foro de São Paulo pede ainda para que o suposto golpe “não se apague da memória” das pessoas. Segundo o grupo, “não se pode relativizar essa aberração democrática”. “Ela lançou as bases para o surgimento de discursos fascistas que, com ações violentas e desestabilizadoras, negam a democracia e as instituições que a sustentam”, afirmou o Foro. O ajuntamento aproveitou para citar uma “carta” de “centenas” de juristas que estariam a favor de Dilma.[a teoria estúpida, absurda e idiota que o impeachment da 'engarrafadora de vento' foi golpe não se sustenta, pela simples razão de que o presidente de todo o processo de impeachment no Senado Federal, foi conduzido por Ricardo Lewandowski,  então presidente do STF, leal ao atual presidente do Brasil - foi o apedeuta quem indicou Lewandowski para o STF, atendendo a pedido da falecida Marisa Letícia.]

Líderes internacionais estão entre os 28 nomes que assinaram o documento. São eles o presidente da Argentina, Alberto Fernández, o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente da Espanha José Luis Zapatero.

Desde o início do governo Lula, o petista tenta caracterizar do processo contra Dilma como um “golpe”. No site do Palácio do Planalto, o termo é usado para definir o impeachment. O tema voltou à tona em outras ocasiões.

Redação - Revista Oeste


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

O ego de Lula


Lula não consegue soar democrático nem quando isso poderia favorecer o campo petista. Sua carta é uma reafirmação das mistificações que fazem de Lula um dos demagogos mais perniciosos da história nacional

Por mais que o PT tenha se esforçado para fingir que seu candidato à Presidência, Fernando Haddad, não é um mero preposto de Lula da Silva, há algo que nenhum truque de marketing será capaz de mudar: o PT sempre foi e continuará a ser infinitas vezes menor do que o ego de Lula. Na reta final da campanha eleitoral, justamente no momento em que Haddad mais se empenha para buscar apoio fora da seita lulopetista, o demiurgo de Garanhuns, decerto inquieto na cela em que cumpre pena por corrupção, resolveu divulgar uma carta para exigir - a palavra adequada é essa - que todos reconheçam a inigualável grandeza de seu legado como governante e que votem no seu fantoche se estiverem realmente interessados em salvar a democracia brasileira, supostamente ameaçada pelos “fascistas”.

O tom da mensagem é o exato oposto do que seria recomendável para quem se diz interessado em angariar a simpatia daqueles que, embora não tenham a menor inclinação para votar em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente, tampouco gostariam de ver o PT voltar ao poder. Para esses eleitores, somente se o PT reconhecesse, de maneira honesta e sem adversativas, seu papel preponderante na ruína econômica, política e moral do Brasil nos últimos anos, cujos frutos mais amargos foram o empobrecimento do País e a desmoralização da política, talvez houvesse alguma chance de mudar de ideia. Mas isso é impossível, em se tratando de Lula da Silva, que se considera o mais importante brasileiro vivo e o maior líder que este país jamais terá.

Na carta em que diz que “é o momento de unir o povo, os democratas, todos e todas em torno da candidatura de Fernando Haddad, para retomar o projeto de desenvolvimento com inclusão social e defender a opção do Brasil pela democracia”, Lula não reserva uma única vírgula ao desastre econômico do governo de Dilma Rousseff, outra de suas inesquecíveis criações. Ao contrário: afirma que Dilma sofreu impeachment em razão de uma imensa conspiração de “interesses poderosos dentro e fora do País”, incluindo “todas as forças da imprensa” e “setores parciais do Judiciário”, para “associar o PT à corrupção” - omitindo escandalosamente o fato de que Dilma foi cassada exclusivamente por ter fraudado as contas públicas com truques contábeis e pedaladas. O petrolão, embora tenha sido motivo mais que suficiente para que o PT fosse defenestrado do poder para nunca mais voltar, não foi levado em conta no processo.

Como jamais teve compromisso real com a democracia - que pressupõe respeito a quem tem opinião divergente, para que seja possível o consenso - e também nunca reconheceu a legitimidade de nenhum governo que não fosse o seu ou de seus títeres, Lula não consegue soar democrático nem quando isso poderia favorecer o campo petista. A carta, ao contrário, é uma reafirmação de todas as mistificações que fazem de Lula um dos demagogos mais perniciosos da história nacional.

Lá estão as patranhas que tanto colaboraram para fazer do antipetismo um movimento tão sólido e vibrante, conforme atestam as pesquisas de opinião. Lula, sempre no plural majestático, diz que “fizemos o melhor para o Brasil e para o nosso povo” e por isso “tentam destruir nossa imagem, reescrever a história, apagar a memória do povo”. O sujeito desse complô, claro, é indeterminado, mas unido no que Lula chamou de “ódio contra o PT”. Tudo porque, diz Lula, “tiramos 36 milhões de pessoas da miséria”, porque “promovemos o maior ciclo de desenvolvimento econômico com inclusão social”, porque “fizemos uma revolução silenciosa no Nordeste” e porque “abrimos as portas do Palácio do Planalto aos pobres, aos negros, às mulheres, ao povo LGBTI, aos sem-teto, aos sem-terra, aos hansenianos, aos quilombolas, a todos e todas que foram discriminados e esquecidos ao longo de séculos”. Nada mais, nada menos.

Esse panegírico só serve para mostrar que Lula é mesmo incorrigível - e que seu arrogante apelo para “votar em Fernando Haddad” e assim “defender o estado democrático de direito” contra a “ameaça fascista que paira sobre o Brasil” não vale o papel em que está escrito.

Editorial - O Estado de S. Paulo