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domingo, 8 de outubro de 2017

O Brasil que contrata: indústria puxa retomada do emprego formal, com carteira assinada

Fábricas abriram 136 mil vagas no segundo trimestre. Banco prevê alta de 740 mil postos com carteira em 2018

- A contratação com carteira assinada começa a dar sinal de vida nas estatísticas de emprego. E é a indústria que vem puxando esse movimento. Foram mais de 136 mil vagas abertas no segundo trimestre pela atividade. A taxa de desemprego cai desde abril — passou de 13,7% naquele mês para 12,6% em agosto —, numa queda que vinha sendo sustentada até agora só pelas ocupações informais como os conta própria e trabalhadores sem carteira. Mas o quadro começou a mudar, a ponto de o Banco Itaú prever a criação de 740 mil vagas formais no ano que vem, afirmando que o emprego com carteira assinada vai liderar a geração de postos em 2018. Do emprego formal criado este ano, 40% vieram da indústria de transformação, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A economista Maria Andréia Parente, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lembra que a indústria cortou muito pessoal:  — A indústria passou momentos ruins, com substituição por importações e, agora, que começa a voltar a produzir com mais força, precisa contratar. Como a grande maioria das empresas está no mercado formal, isso aparece nas estatísticas.

Ela diz que a exportação está ajudando a indústria. A cada mês, mais setores planejam contratar nos próximos seis meses, segundo a CNI. Dos 27 setores acompanhados pela confederação, em julho, cinco previam admissões. Em agosto, o número subiu para sete e, em setembro, foram nove. — As indústrias farmacêutica, química, de móveis, de confecção e bebidas estão contratando. A alta ainda é mais localizada, mas a ocupação parou de cair, depois de muito tempo de queda — afirma Marcelo Azevedo, economista da CNI.

PREVISÃO DE CRESCIMENTO DE 2,2% NO ANO QUE VEM
De outubro de 2014 a dezembro de 2016, foram eliminados 2,2 milhões de postos na indústria.
Para o Itaú Unibanco, o emprego formal vai contribuir cada vez mais para a queda da taxa de desemprego. No ano que vem, em média, deve aumentar 2,2% a geração de vagas com carteira. No fim de 2018, a alta será de 3,2%, nas previsões do banco, intensificando a recuperação no mercado. — O setor formal, pela primeira vez desde 2014, contribuiu para a queda na taxa de desemprego em agosto. A retomada da economia vem melhorando o mercado de trabalho, provocando a virada no emprego formal — disse Artur Passos, economista do Itaú, que revisou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 de 2,7% para 3%.

NO COMÉRCIO, OITO SETORES COMEÇAM A CONTRATAR
No momento de virada do emprego formal, as indústrias têxteis, de material de transporte, de alimentos e bebidas, madeira e mobiliário lideram a contratação, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A melhora mais evidente é na categoria de têxtil e vestuário, que viu o saldo negativo de 4,9 mil postos de trabalho de janeiro a agosto de 2016 mudar para uma criação de 24,2 mil vagas no mesmo período deste ano.

A contratação também começa a engatinhar na indústria automobilística. O aumento da produção de 7,4% este ano, com mais 111 mil veículos fabricados de janeiro a setembro, trouxe estatística inédita. Pela primeira vez desde setembro de 2013, houve dois meses seguidos de alta na contratação em julho e agosto. O número ainda é baixo: 1.156 admissões. A indústria ainda está chamando trabalhadores que estavam em layoff. O processo de recuperação já começou. Até setembro, os resultados da produção são muito bons. A exportação deve fechar 2017 com alta de 50%, o maior salto da história da indústria. O consumo interno deve crescer 11%. É uma reação do emprego que tem base, sustentação — afirma João Morais, economista da Consultoria Tendências especializado no setor.

No comércio, de acordo com levantamento exclusivo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), a reação do emprego formal já se mostra mais clara em agosto. Dos 11 setores acompanhados, oito já contratam. Um avanço frente ao desempenho dos últimos 12 meses, em que apenas a metade dos setores apresenta resultados positivos. Em agosto, foram 10.721 contratações em comparação com julho. Lojas de material de escritório e informática, de artigos de uso pessoal, hiper e supermercados — ramo que responde por 30% do emprego no comércio — artigos farmacêuticos, livros, jornais e revistas, veículos e material de construção admitiram com carteira.
— No total do varejo, ainda estamos prevendo o fechamento de 20 mil vagas no conjunto deste ano. A reação não foi suficiente para compensar a perda de vagas no início do ano. Só em janeiro, foram 63 mil vagas fechadas — afirmou Fabio Bentes, chefe interino da Divisão Econômica da CNC.

73 MIL TEMPORÁRIOS NO NATAL
O Natal vai melhorar as estatísticas. A estimativa da confederação é de 73 mil temporários absorvidos de setembro a dezembro, com a efetivação de um percentual de 27%. Em 2015 e 2016, a parcela dos que conseguiram emprego permanente foi de 15%.  — Inflação baixa, crédito menos caro e alguma recuperação da confiança devem melhorar esses números — diz Bentes.

O ex-funcionário público Robert Wallace Pereira, de 43 anos, ajudou a melhorar o resultado do emprego no setor. Decidiu se tornar empreendedor e gerou dois postos de trabalho. Com dois sócios, ele abriu uma unidade da franquia Lava e Leva na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O investimento foi de R$ 100 mil. Até o fim do ano, pretende contratar pelo menos mais quatro pessoas, por ter percebido aumento da demanda pelo serviço. — Nossa ideia era contratar só uma pessoa, mas surgiram duas pessoas para a vaga e resolvemos apostar, até para dar uma oportunidade. Foi uma boa estratégia. O movimento aumenta a cada semana — conta Pereira.

Para Ana Maria Moreira da Silva, de 51 anos, uma das contratadas, a carteira de trabalho é uma chance de garantir a aposentadoria e ter acesso a crédito. Ela estava há cinco meses parada.

— Com carteira, você é bem vista — resume.
Já Andréa Heloísa Rodrigues, de 40 anos, buscava emprego há sete meses:
— Tenho três filhos. Quem estava ajudando em casa era minha filha, de 20 anos.

Fonte: O Globo

 


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Taxa de desemprego recua para 12,8% em julho, com 13,3 milhões sem emprego

Queda foi maior que a estimada pelo mercado

 Com aumento de informalidade e contratações nas prefeituras, o desemprego recuou no país. A taxa de desemprego caiu para 12,8% no trimestre encerrado em julho, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE. Ao todo, o país tem 13,3 milhões de desempregados. No trimestre imediatamente anterior (que inclui os meses de fevereiro, março e abril), a taxa ficou em 13,6%, com um total de 14 milhões sem emprego. O número de julho, no entanto, ainda é maior do que o registrado em igual mês do ano passado, quando estava em 11,6%.

O contingente de 13,3 milhões de desempregados representa uma queda de 5,1% ou 721 mil pessoas frente ao trimestre anterior, mas é 12,5% maior que igual trimestre de 2016, com 1,5 milhão de pessoas a mais. A expectativa de analistas era que o desemprego se mantivesse em 13%, de acordo com pesquisa da Bloomberg com 31 economistas. Nos últimos meses, especialistas têm indicado que a fase mais aguda da crise no mercado de trabalho começou a ficar para trás. A taxa chegou a 13,7% no trimestre encerrado em março. No segundo trimestre, a taxa de desemprego estava em 13%, com 13,5 milhões de desempregados.

AUMENTO DA INFORMALIDADE
Assim como observado em meses anteriores, a queda na taxa de desemprego foi impulsionada pelo aumento da informalidade. Em julho, enquanto o número de empregados com carteira assinada ficou estável em 33,3 milhões, o contingente de trabalhadores sem carteira cresceu 4,6%, em relação ao trimestre anterior (encerrado em abril), para 10,7 milhões de pessoas. Na comparação com o ano passado, o salto foi ainda maior, de 5,6%.  — É uma recuperação, mas sobre uma plataforma informal — resume Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

O aumento no número de trabalhadores sem carteira ajudou a impulsionar o número de pessoas ocupadas. Em julho, houve um aumento de 1,6%, em relação ao trimestre imediatamente anterior (fechado em abril). O país tinha em julho 90,7 milhões de pessoas ocupadas. Já o contingente de pessoas na força de trabalho, composta por ocupados e desempregados, cresceu 0,7% na comparação trimestral e 1,6%, frente ao ano passado, o que significa um acréscimo, no ano, de 1,7 milhões de pessoas nesse grupo, hoje estimado em 104 milhões de trabalhadores.  — Foi a primeira vez desde outubro de 2015 que a população ocupada não cai, na comparação anual. De lá para cá, todos os trimestres registraram redução da população ocupada. Isso significa que esse efeito que a gente está tendo de recuperação no início do ano está tendo impacto até mesmo na comparação anual — destaca Cimar Azeredo.


No trimestre encerrado em julho, os números de mercado de trabalho também foram beneficiados por uma recuperação do emprego no setor público. O setor representou um terço do aumento do número de ocupados, na comparação com o trimestre encerrado em abril, com alta de 3,8%, ou 423 mil trabalhadores a mais no funcionalismo público. Segundo o IBGE, esse movimento está relacionado às novas contratações nas prefeituras, após as eleições municipais do ano passado.

RENDIMENTO ESTÁVEL
O rendimento médio real ficou praticamente estável, em R$ 2.106. Já a massa de rendimento real cresceu para R$ 186,1 bilhões, uma alta de 1,3% frente ao trimestre encerrado em abril, variação não considerada estatisticamente relevante, de acordo com a metodologia da pesquisa.

Os dados do IBGE são divulgados semanas após o Ministério do Trabalho informar que o país criou 35,9 mil vagas em julho, o quarto mês consecutivo de geração de empregos com carteira assinada. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores que mais abriram postos de trabalho foram a indústria de transformação e o comércio.

Fonte: O Globo


sexta-feira, 24 de março de 2017

Novos ares na economia

Depois de 22 meses de retração do mercado de trabalho, Brasil cria mais de 35 mil postos de emprego e reduz a inadimplência. As boas notícias dão fôlego extra ao governo, enquanto arde alta a fogueira política 

 A deterioração do mercado de trabalho no Brasil avançou de forma alarmante nos últimos dois anos. Segundo relatório do banco Credit Suisse, o País entrou para o grupo de recordistas mundiais do chamado desemprego ampliado, indicador que leva em conta quem não se considera fora do mercado de trabalho por estar vivendo de bicos ou por ter desistido de procurar emprego. Por essa conta, o desemprego no Brasil seria de 21,2% no final de 2016 – quase o dobro do índice oficial de 11,8% divulgado pelo Ministério do Trabalho. 

Depois de 22 meses seguidos de demissões, as empresas brasileiras voltaram a contratar. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quinta-feira 16, em fevereiro foram criadas 35.612 vagas formais. A última vez que o País registrou um número positivo assim foi em março de 2015, quando 19.282 pessoas tiveram suas carteiras de trabalho assinadas. A reviravolta positiva na taxa de empresa é um sinal claro de que a economia do País está em recuperação. Felizmente, não é o único.


A alta do desemprego faz o orçamento cair e, muitas vezes, virar quase zero. Todos esses fatores, somados, obrigam as pessoas a fazer uma escolha: selecionar as contas mais urgentes para quitar, como aluguel, alimentação e outras mais emergenciais. O problema é que algumas acabam ficando para depois e o débito com os credores aumenta gradativamente até que em um dia qualquer, entre todas as correspondências, chega um comunicado do Serasa informando que o nome está “negativado” e, com isso, até que a dívida seja quitada, o CPF não será aceito para aprovação de compras de bens de maior valor, contratos de aluguel de imóveis, financiamentos e nem mesmo abertura de conta em banco.
35,6 mil empregos com carteira assinada foram criados em fevereiro. foi a primeira alta desde março de 2015

Em 2016, o Brasil abriu o ano com o recorde de 59 milhões de inadimplentes. Este ano, o cenário é outro. Segundo dados da Boa Vista SCPC, empresa que atua na prevenção contra fraudes financeiras e oferece soluções para , a inadimplência do consumidor atingiu queda de 8% no comparativo com janeiro deste mesmo ano. No acumulado dos últimos 12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017), a redução foi de 3,5%. A publicitária Ana Laura Oliveira, de 25 anos, entra nessa estatística. Entre janeiro e fevereiro, ela percebeu que o seu cartão de crédito estava bloqueado. Quando foi ao banco, descobriu que seu nome estava negativado pelo Serasa por conta de uma dívida de mais de R$ 700 de uma mensalidade da faculdade em que se formou em 2015, em Minas Gerais. Sem dinheiro para para quitar o débito, Ana entrou em desespero. Para sanar as contas do apartamento que mora com o namorado, ela se divide entre o trabalho formal e outros como “freelancer”. “Infelizmente, tive que pedir para o meu pai pagar para mim e ele fez o parcelamento em sete vezes”, conta. Para não correr o risco de ter seu CPF sujo novamente, ela economiza o máximo que pode. “Graças aos freelas, sempre conseguimos sair das dívidas.”

RECUO NOS PEDIDOS DE FALÊNCIA
Segundo Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC, as adversidades ocorridas na economia ao longo dos últimos anos geraram cautela nas famílias, o que fez diminuir o consumo. Além disso, a retração do crédito também auxiliou na queda da inadimplência. “O consumidor está tomando menos créditos e o comércio varejista está em queda”, explica Calife. “Tudo isso acaba gerando menos dívidas.”  Para Fábio Araújo, sócio e diretor de Operações da MFM, empresa de desenvolvimento de softwares que atende o mercado de crédito e cobrança, a tecnologia também é primordial para diminuir as novas dívidas.“O mercado de recuperação de crédito trabalha com margens baixas e alto risco, com isso, é praticamente obrigatório o investimento em novos meios de cobrar o devedor”, diz Fábio. “O mote deve deixar de ser apenas ‘recuperar o crédito’ ou simplesmente ‘cobrar’. O objetivo deve ser restabelecer a relação de consumo.”


“Há uma tendência de melhora do mercado de trabalho ao longo do ano e isso ajuda nas condições de pagamento dos consumidores” Flávio Calife, economista da Boa Vista SCPC

Para os próximos meses, a perspectiva é que o cenário continue sendo de menos dívidas e mais vagas de emprego para os brasileiros. “Nós achamos que esses números devem continuar”, diz Calife. “Há uma tendência de melhora do mercado de trabalho ao longo do ano e isso ajuda nas condições de pagamento dos consumidores.” O otimismo é reforçado por outra boa notícia divulgada pela msma Boa Vista SCPC: os pedidos de falência recuaram 13,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2016.

Fonte:  IstoÉ