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terça-feira, 31 de outubro de 2023

País está gerando menos emprego, mas governo não para de gastar mais - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

País está gerando menos emprego, mas governo não para de gastar mais
Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Há muita discussão sobre se o país está crescendo, se está ou não está se desenvolvendo. Há um indicador que está entre os principais: o emprego com carteira assinada.  
Foram divulgados os dados do Caged referentes a setembro, com saldo positivo de vagas entre admissões e demissões. 
Mas, comparando os nove primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado, o país criou 26,6% menos empregos com carteira assinada.
 
Não quero assustar ninguém, mas todo mundo vive a realidade do Brasil, vê a sua realidade e a de seus amigos. 
O que vemos é uma cobrança cada vez maior de impostos para sustentar um Estado inchado, e que inchou mais ainda: eram 22 ministérios, agora são 38, para dar lugar a políticos. 
Antes o ministério tinha técnicos, como Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo. Mas agora as vagas do primeiro escalão são para políticos, como aconteceu há pouco na presidência da Caixa Econômica Federal: uma funcionária de carreira foi demitida para dar lugar a um indicado do presidente da Câmara.

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Inquérito do aeroporto está todo errado, mas a PGR resolveu reagir
Essa é a situação que vivemos agora no Brasil,
enquanto temos problemas sérios de insegurança jurídica, que leva a insegurança geral e social. 
Agora mesmo, duas integrantes da Procuradoria-Geral da República foram ao Supremo com recurso para invalidar mais uma decisão do ministro Dias Toffoli completamente fora do devido processo legal, como foi a criação, em 2019, do “inquérito do fim do mundo”, nas palavras do ex-ministro Marco Aurélio.
O Supremo é ofendido, ele próprio investiga, denuncia, condena e julga.  
Como está acontecendo agora com os réus do 8 de janeiro, que invadiram o Supremo e o próprio Supremo está julgando. 
Algo totalmente fora de propósito em qualquer princípio jurídico. A procuradora-geral interina, Elizeta Ramos, e a vice-procuradora-geral Ana Borges Coêlho estão protestando porque Alexandre de Moraes, o suposto ofendido no aeroporto de Roma, se tornou assistente de acusação por decisão do ministro Dias Toffoli, que ao mesmo tempo proíbe que sejam divulgadas as imagens fornecidas pela polícia italiana e que estão sob segredo dentro do Supremo.
Um ministro do Supremo ofendido deveria ser caso para outro tribunal julgar.  
No entanto, o que aconteceu com a família Mantovani foi uma coisa desesperadora; eles foram totalmente submetidos a uma devassa, busca e apreensão de computadores, celulares e até o carro, como se eles fossem grandes criminosos. 
Mas as imagens estão mostrando que não é o que se disse, nem o que a histeria da mídia publicou. 
As duas procuradoras alegam que o ministro Dias Toffoli contrariou o Código de Processo Penal, uma vez que não há nem sequer acusação formal, além de manter o sigilo das imagens.

O Ministério Público é o fiscal da lei. 

É obrigação do Ministério Público denunciar quando a lei é ofendida, e o MP é essencial na função jurisdicional do Estado, como diz o artigo 127 da Constituição; e o artigo 129 ainda diz que é de competência privativa do Ministério Público a ação penal. 
Vemos tudo errado por aí, e vejo que nós, jornalistas, de modo geral, estamos calados diante disso. Nunca foi assim: eu fui do Jornal do Brasil, fui da Manchete, no tempo do governo militar, não nos calávamos, denunciávamos o que estava errado.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

É preciso ouvir dos argentinos as boas notícias do Brasil, que não saem por aqui - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia - VOZES

Crescimento econômico

Circulam nas redes sociais comentários da TV argentina sobre o Brasil. Admirados com o desempenho brasileiro. Aqui não sai, né? Aqui a gente torce contra o país
A gente quer ver o país lá embaixo, como fizemos, nós, os jornalistas, durante toda a pandemia. 
A gente queria ver você em casa, trancado, morrendo de medo, um pano na cara, sem respirar direito, e sem trabalhar, sem produzir, sem renda, sem poder sair para a rua.
 
Meu Deus, a gente apoiou cada coisa. Rasgaram a Constituição e a gente apoiou. Mandaram a gente tomar uma experiência, e a gente foi atrás. Disseram que não tinha tratamento, e a gente acreditou, meu Deus do céu. E agora, o resultado da nossa teimosia. 
Daquilo que chamavam negacionismo, quando negacionismo é exatamente o contrário. Nos acusaram daquilo que eles são.

Tá aí. O Brasil derrubando a inflação, subindo o PIB. E a Europa e os Estados Unidos fazendo exatamente o oposto, subindo a inflação, subindo os preços, havendo até escassez, queda de produção de alimentos. Subindo juros, subindo inflação e caindo o PIB.

Empregos criados equivalem a todos os da Argentina
Aí volto a falar dos argentinos. Gustavo Segré, citado pela excelente Revista Oeste, diz assim: “O Brasil voltou a ser a décima economia do mundo. É o sexto mercado do mundo em recepção de investimentos diretos do exterior, e o índice de desemprego é 9,3%, o menor desde 2015. Somados os quase 5 milhões de empregos com carteira assinada, que serão criados até o fim do governo Bolsonaro, foram 4,5 milhões em três anos e meio. O Brasil terá criado tantos empregos formais quanto os existentes na Argentina. Que são 5,8 milhões”.

Outro dado impressionante está no número de empresas. No Brasil, só nos últimos dezesseis meses foram abertos 3,4 milhões de empreendimentos comerciais. Nesse ritmo, chegará ao fim deste ano com 20 milhões de empresas ativas. Isso representa 33 vezes a quantidade total de empresas existentes na Argentina, compara Segré.

Resultados vêm antes mesmo do efeito do Auxílio Brasil

A gente tem que ouvir a Argentina, porque, aqui, a militância está cada vez mais desesperada. Principalmente agora que a gente constata, no Nordeste, que quem não está empregado está ganhando mais como autônomo. 
O sujeito prefere ganhar 5 mil sem carteira assinada a ganhar 1,2 mil com carteira assinada. Está se procurando gente para trabalhar no Nordeste. As vendas subindo. As indústrias de confecções, de alimentos, de laticínios.  
Todo mundo trabalhando em hora extra para entregar o produto. 
As vendas crescendo, ou seja, o consumidor tá comprando. Isso que nem começou ainda o novo Auxílio Brasil.

Isso explica as recepções que o presidente está tendo no Nordeste
Em Recife, no fim de semana, foi uma loucura.
Em seguida foi para Belo Horizonte; antes estava no norte de Minas. Então, é o novo Brasil. Estou falando aqui porque o pessoal omite, esconde. A boa notícia é escondida. [a mídia militante esconde até manifesto em defesa das  liberdades e de Bolsonaro - MANIFESTO À NAÇÃO BRASILEIRA - DEFESA DAS LIBERDADES E DE BOLSONARO - e divulga cartinhas da esquerda = somando as assinaturas de todas ainda não alcançaram um milhão; já o favor do presidente Bolsonaro, lançado dias após, e sem nenhuma divulgação da velha imprensa já ultrapassou 800.000 assinaturas.]

É uma coisa incrível que a boa notícia seja escondida.

Eu queria lembrar, porque é pitoresco. Presidente Bolsonaro, óbvio, se vai comemorar 200 anos da Independência, tem que ser uma grande comemoração. E a data nacional não é uma data militar
Data militar é o Dia do Soldado, 25 de Agosto.  
O 7 de Setembro é uma data cívica, vai se comemorar no país inteiro, em todas as casas desse país, em todos os carros desse país.


Por que não fazer o 7 de Setembro em Copacabana?

Eu lembro, quando se comemorou o sesquicentenário, 150 anos, se trouxe o corpo de Pedro I, o príncipe que proclamou a Independência, que está depositado lá no monumento, no Riacho Ipiranga, em São Paulo. 
Agora vai vir o coração dele, que ficou em Portugal, porque ele é herói de Portugal também, lá ele é Pedro IV. 
Então, tem que comemorar. A Avenida Presidente Vargas fica longe do povo. Centro do Rio de Janeiro, pouca gente frequenta em feriado. Agora, Copacabana enche no réveillon, porque não fazer em Copacabana?
 
E a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para o Bolsonaro explicar por que sugere isso. Vai ter que perguntar para o prefeito do Rio de Janeiro, é a prefeitura que autoriza desfile em logradouro público municipal. Meu Deus do céu. Estamos discutindo a festa maior nacional. Teve uma juíza que não queria usar bandeira, agora mais uma. Não é iniciativa da Cármen Lúcia, ela nem pode tomar iniciativa nenhuma. 
É iniciativa de um partido que tem um senador e dois deputados. Incrível
 
De Brasília, Alexandre Garcia - Gazeta do Povo - VOZES
 


terça-feira, 28 de junho de 2022

Brasil bate recorde de empregos com carteira assinada

Artur Piva

Saldo do governo Bolsonaro está positivo em quase 2 milhões de vagas

Quase 5 milhões de empregos foram criados em meio à covid-19
Quase 5 milhões de empregos foram criados em meio à covid-19 | Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O número de empregos com Carteira de Trabalho no Brasil bateu recorde em maio de 2022. A quantidade de vagas ocupadas ficou em 41,8 milhões a maior nos registros do Caged (do Ministério do Trabalho), iniciados em dezembro de 2012. A segunda melhor marca foi registrada em 2014, no mês de setembro: 41,7 milhões.

Em maio de 2021, pouco mais de 39 milhões de trabalhadores estavam em vagas de empregos formais no Brasil. Desse modo, a expansão se aproximou de 7% nos últimos 12 meses.

Apenas no mês passado, aproximadamente 280 mil vagas foram criadas. Ou seja: 40% mais que a expansão de 200 mil registrada em abril.

Com o início das medidas de restrição em razão da pandemia, houve a redução dos postos de trabalho. Em abril de 2020, pouco mais de 37 milhões de trabalhadores tinham empregos formais no Brasil. Desse modo, a recuperação do mercado de trabalho em meio à covid-19 está próxima de 5 milhões de vagas.

Em dezembro de 2021, último mês antes de o presidente Jair Bolsonaro assumir o poder, o país tinha pouco menos de 40 milhões de empregos com carteira assinada. Assim, o saldo do governo atual está em 1,7 milhão de novos empregos.

 Revista Oeste

 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Mercado de trabalho: melhor agora e ainda mais no futuro - VEJA - Blog do Mailson



Por Maílson da Nóbrega

Desempregados chegam a 11,6 milhões, muito menos do que no desastroso período recessivo. Mudanças estruturais trarão resultados melhores nos próximos anos

Houve acréscimo de 1,8 milhão de pessoas empregadas, das quais 720 mil no setor privado com carteira assinada e mais 800 mil por conta própria 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada há pouco pelo IBGE indicou que a taxa de desemprego (ou de desocupação) ficou em 11% em 2019. Apesar de elevado, o dado permite leitura otimista, seja em comparação com resultados recentes, seja em relação às expectativas. Assim, é possível esperar melhora nesse campo nos próximos anos, a menos que haja uma surpresa desfavorável nos mercados interno e internacional (por exemplo, os efeitos do Coronavírus na economia chinesa e na atividade econômica mundial).

Em dezembro, a população desempregada atingiu 11,6 milhões de pessoas, nível cada vez mais distante dos quase 13 milhões do auge da recessão provocada pelos equívocos de política econômica do governo Dilma. A massa salarial cresceu 2,5% acima da inflação em 2019, consequência da combinação de ganhos de salários reais (0,4%) e da elevação do número de pessoas ocupadas. De acordo com a Pnad, houve acréscimo de 1,8 milhão de pessoas empregadas, das quais 720 mil no setor privado com carteira assinada e mais 800 mil por conta própria. Isso evidencia que os resultados do Caged métrica que deriva de informações passadas pelas empresas se assemelha aos da Pnad, que é realizada nos domicílios e que não tem preocupação com a formalização. Neste momento, as duas pesquisas se tornam mais comparáveis, ao contrário do que se pensava até agora.

O aumento do emprego tem duas explicações. A primeira delas advém da recuperação cíclica da economia, aquela que resulta da ocupação da capacidade ociosa, aumentando a demanda por trabalhadores. A segunda vem de uma mudança estrutural que se observa no mercado de trabalho, provocada pela reforma trabalhista.
De fato, é crescente o número de contratos de trabalho temporário, o que tem levado donas de casa e outros que têm disponibilidade de tempo a aceitar ofertas de emprego dessa natureza. Nesse sentido, é muito provável que tal mudança contribua para acelerar a taxa de ocupação nos próximos anos, à medida que amadurecem os efeitos da reforma.

Dois lados da pesquisa merecem registro. Primeiro, um dado preocupante: a taxa de desocupação da força de trabalho alcançou 24%. Essa massa é constituída das pessoas que não encontram emprego e das que trabalham menos do que gostariam. Segundo, a taxa de desemprego, a qual teria sido menor não fosse o aumento da população economicamente ativa, o que normal em processos de recuperação da atividade econômica. Isso resulta da percepção de melhora do mercado de trabalho, o que anima as pessoas a procurar emprego e, assim, a aumentar o contingente dos que querem trabalhar. No balanço de todos esses números, o resultado da Pnad é muito positivo nas condições atuais da economia brasileira.


Blog do Mailson - Maílson da Nóbrega, economista - VEJA


domingo, 26 de janeiro de 2020

A recuperação do emprego formal – Editorial - O Estado de S. Paulo

Há sinais promissores de que o aumento de empregados com carteira assinada poderá ser mais rápido do que o de trabalhadores informais

Além da gradual redução da taxa de desemprego que vem registrando, o mercado de trabalho pode começar a mostrar também uma melhora qualitativa. Há sinais promissores de que, com a recuperação da confiança dos consumidores e dos investidores, que tende a estimular o crescimento da atividade econômica, o aumento do número de trabalhadores empregados com carteira assinada poderá ser mais rápido do que o de trabalhadores informais. A recuperação do emprego formal foi expressiva no ano passado. Em 2019, o mercado de trabalho criou 644.079 empregos com carteira assinada, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na sexta-feira passada pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. É o melhor resultado do mercado de trabalho formal – que oferece empregos de melhor qualidade, com mais garantia para os trabalhadores e com remuneração em geral mais alta do que os do mercado informal – desde 2013, quando o descalabro político, administrativo e fiscal do governo Dilma Rousseff ainda não era claro.

O número de postos de trabalho com carteira assinada abertos no ano passado ultrapassa em 115 mil o do ano anterior e elevou para 39 milhões o número de empregos com vínculo formal, isto é, com todos os registros exigidos pela legislação e, consequentemente, com as garantias e as obrigações definidas em lei. É uma recuperação ampla. Todos os setores da economia registraram saldo positivo de emprego formal no ano passado. O destaque do ano ficou com o setor de serviços, que abriu liquidamente 382.525 postos; as novas vagas oferecidas pelo comércio somaram 147.475 mil e pela construção civil, 71.115. O menor resultado foi o da Administração Pública, que abriu 822 vagas no ano passado. Pode ser um sinal de que, se não por racionalidade administrativa, o setor público contratou menos por notórios problemas financeiros.

A melhora é ampla também regionalmente. O emprego formal fechou o ano passado com saldo positivo em todas as cinco regiões do País. Com a geração de 184.133 postos de trabalho com registro em carteira, São Paulo foi o Estado onde mais se contratou no ano passado; em seguida vêm Minas Gerais, com 97.720, e Santa Catarina, com 71.406. Em dezembro, houve também ganho no salário médio de admissão, que cresceu 0,63% em relação a novembro e alcançou R$ 1.626,06; e no salário médio de desligamento, de R$ 1.791,97, ou 0,7% maior do que o do mês anterior.

O resultado líquido de contratações em dezembro foi negativo, como ocorre normalmente na época, em razão do desligamento dos contratados nos meses imediatamente anteriores para o atendimento da demanda de fim de ano. Mesmo assim, a redução do emprego formal em dezembro de 2019, com o fechamento de 307.311 postos, foi menor do que a do ano anterior (redução de 334.462 empregos).
 
Economistas de empresas e consultorias privadas atribuem o bom resultado do Caged no ano passado ao aumento da confiança do empresariado na retomada da economia e na política fiscal do governo. O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, evitou fazer previsões para 2020, mas disse que “a tendência é clara, o crescimento tem sido mais vigoroso”. No cenário mais otimista, de crescimento de 3% do PIB em 2020, o número de novos empregos formais pode chegar a 1 milhão.

As projeções predominantes no setor privado são bem mais modestas, mas, mesmo assim, a estimativa mais clara é a de que neste ano o PIB crescerá mais do que nos três anos anteriores, quando foi pouco maior do que 1%. Considerada essa hipótese e levando-se em conta também as perspectivas melhores para o desempenho da economia e o aumento do contingente ocupado aferido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, deve se intensificar a migração da informalidade para a formalidade. Ainda que tardia, será uma migração bem-vinda: até agora, as ocupações informais vêm liderando a geração de vagas.
 
Editorial -  O Estado de S. Paulo 
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Emprego tem melhora tímida perto do que o país precisa - Míriam Leitão

O Globo

Os juros subsidiados do BNDES ficaram caros

por Marcelo Loureiro

Uma operação tem chamado a atenção no mercado financeiro. Empresas brasileiras estão emitindo títulos de dívida para pagar os financiamentos tomados no BNDES. Ou seja, a taxa de mercado hoje está mais em conta que os juros subsidiados de alguns anos atrás. As companhias têm usado títulos chamados de debêntures.

Esse movimento tem duas virtudes. Com o pagamento antecipado, o BNDES pode acelerar a devolução de recursos ao Tesouro, recursos que têm ajudado a reduzir o déficit fiscal. O outro ponto positivo é que a iniciativa privada está assumindo o financiamento das empresas, que antes eram escolhidas pelo banco estatal. Essa relação gerou investigações sobre corrupção em operações do BNDES.   
Nesta terça-feira o GLOBO informou que a redução do risco-país barateou o financiamento para empresas brasileiras, que aproveitam o momento para trocar dívidas mais cara por financiamentos mais baratos.  



[o mais importante são os números do desemprego em queda - pior era quando além da qualidade do emprego piorar, crescia o número dos que não tinham sequer esse emprego de pior qualidade.

O mais importante é que o número de desempregados não aumente.

O crédito mais fácil e os juros abaixo dos do BNDES - matéria acima, colabora para um denário que muitos insistem de desfazer, desvalorizar. Apesar de tudo, a soma do governo Bolsonaro, ao final deste ano, será positiva.]
 
A volta da recessão de 2015 e 2016 é a mais longa e dolorosa que o país já acompanhou. O desemprego ficou quase estável no terceiro trimestre. A taxa foi para 11,8%, ou 0,1 ponto menor que um ano antes. A melhora lenta que está ocorrendo é puxada pelo emprego informal, de menor qualidade.

Os desempregados são 12,5 milhões, ou 251 mil a menos que no segundo trimestre. Nessa época, o desemprego costuma encolher com as contratações para o fim de ano. De fato há mais gente trabalhando. Na comparação com 2018, a população ocupada cresceu em 1,5 milhão. Mas os empregos são de baixa qualidade.

O país tem 33,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o mesmo que um ano antes ou que no terceiro trimestre. Já os sem carteira bateram recorde. Agora os que trabalham sem todas as garantias são 11,8 milhões, ou 384 mil a mais que um ano antes. Os que trabalham por conta própria são 24,4 milhões, também o número mais alto da série. Em um ano, um milhão de pessoas entraram para esse grupo.

Os números conseguem mostrar uma melhora lenta. Mas é um ganho tímido perto do que o país precisa. No auge do mercado de trabalho, em 2014, o Brasil tinha 3,6 milhões de pessoas a mais com carteira assinada.

Míriam Leitão, jornalista - Coluna em O Globo

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Utilidade Pública - Caixa e BB começam a pagar hoje as cotas do PIS/Pasep

Clientes dos bancos serão os primeiros a ter direito aos recursos; medida retira a exigência de idade mínima para movimentação do dinheiro


Trabalhadores que tiveram carteira assinada entre 1971 e 1988 podem sacar a partir de hoje as cotas do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Ao todo, há 22,7 bilhões de reais disponíveis e que podem ser sacados por 11,9 milhões de trabalhadores. A liberação dos recursos é parte do programa “$aque Certo” do governo federal, que também flexibilizou o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Na medida, o governo retirou as exigências para que trabalhadores com cotas no PIS/Pasep pudessem sacar o dinheiro. Antes, era preciso ter ao menos 60 anos de idade ou se aposentar. Agora, todos podem pegar as cotas e não há prazo limite para que os beneficiários possam pegar o dinheiro das cotas. A cota do PIS/Pasep é única. Então, só tem dinheiro a receber quem não fez o saque anteriormente.
A estimativa do Ministério da Economia é que a liberação das cotas do PIS/Pasep injete cerca de 2 bilhões de reais na economia em 2019.

As liberações serão feitas por meio de calendários definidos pelos bancos que administram os recursos. Os trabalhadores da iniciativa privada sacam o dinheiro na Caixa Econômica Federal, que administra o PIS. Nesta segunda, o dinheiro será disponibilizado a pessoas que têm conta poupança no banco. Os maiores de 60 anos receberão o depósito a partir de 26 agosto e aqueles com até 59 anos serão os últimos a ter acesso aos recursos, a partir do dia 2 de setembro. O valor médio das cotas, segundo o banco, é de 1.400 reais. 

No caso do Pasep, administrado pelo Banco do Brasil, cerca de 30.000 participantes receberão automaticamente o dinheiro hoje. O Pasep atende a servidores públicos, militares e trabalhadores de empresas estatais. Os cotistas clientes de outras instituições financeiras, com saldo de até 5.000 reais, poderão transferir o saldo da cota por meio de Transferência Eletrônica de Documento (TED), sem nenhum custo, a partir de 20 de agosto. Os demais cotistas poderão realizar os saques diretamente nas agências do BB, a partir de 22 de agosto.

Herdeiros de trabalhadores que tiveram carteira assinada na época ou foram servidores públicos no período de depósito das cotas do PIS/Pasep também podem pegar o dinheiro. A MP facilita o saque de herdeiros. Será preciso apresentar declaração de consenso entre as partes e a declaração de que não existem outros herdeiros conhecidos para movimentar o dinheiro do fundo.

FGTS

O saque de até 500 reais por conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, liberado pela MP 889/2019, começam no próximo dia 13. A MP 889/2019 irá liberar os recursos antes para quem tem conta poupança na Caixa Econômica Federal, semelhante à medida do PIS. O calendário é dividido conforme o mês de aniversário do trabalhador. Ao contrário do PIS, há prazo para pegar o recurso: 31 de março de 2020.


quarta-feira, 31 de julho de 2019

Desemprego cai a 12% no segundo trimestre e atinge 12,8 milhões - Veja

Veja

Segundo o IBGE, população disponível para trabalhar mais horas atingiu maior valor desde 2012


O desemprego no país caiu de 12,7% para 12% no segundo trimestre do anoabril, maio e junho –, em comparação aos três meses imediatamente anteriores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, cerca de 12,8 milhões de pessoas sofrem com a falta de trabalho. Apesar da redução, a população subocupada, aquela que gostaria de trabalhar mais horas, atingiu a marca de 7,4 milhões, maior já registrada na série histórica, iniciada em 2012.

A taxa de desemprego também apresentou queda na comparação com o mesmo período de 2018. No ano passado, cerca de 12,4% da população estava sem trabalho no segundo trimestre do ano, o que mostra uma queda de 0,4 ponto porcentual em 2019.

Além disso, foram preenchidas mais 294 mil vagas com carteira assinada, um aumento de 0,9% na comparação com o trimestre anterior, totalizando 33,2 milhões de trabalhadores com carteira. Por outro lado, a população sem carteira chegou a 11,5 milhões de empregados, um aumento de 3,4% nessa mesma comparação. Segundo o diretor-adjunto de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, “o número de empregados com carteira assinada nunca cresceu tanto desde o trimestre terminado em junho de 2014. É uma variação significativa”, afirma ele.

Em Veja, MATÉRIA COMPLETA

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Desemprego e subemprego

É possível identificar várias tendências positivas nos dados do mercado de trabalho mostrados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua relativa ao trimestre móvel janeiro-março de 2019. Números relevantes, como os relativos a total de pessoas empregadas, qualidade do emprego e renda, mostram avanço em relação aos dados de um ano antes. São indicações de que o mercado de trabalho melhorou em relação à situação de 2018. Mas a melhora tem sido lenta e não há, por enquanto, sinais de que ela possa se acelerar nos próximos meses, pois a abertura de postos de trabalho, especialmente os de melhor qualidade e que oferecem remuneração mais alta, está condicionada à retomada dos investimentos e do crescimento, mudança por sua vez condicionada à confiança dos investidores e das famílias. Quando não o agrava, essa lentidão retarda a superação de um quadro socialmente dramático decorrente da falta de emprego e que, sob alguns aspectos, vem se deteriorando. Se há motivos para algum otimismo, há outros que causam preocupação. O fato de faltar trabalho para 28,3 milhões de pessoas é apenas um deles.

A taxa de desocupação no País ficou em 12,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com a Pnad Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado é melhor do que o de um ano antes, quando a taxa de desemprego atingiu 13,1%, mas pior do que o do último trimestre de 2018, de 11,6%. A taxa do trimestre janeiro-março indica que havia 13,4 milhões de pessoas desempregadas no período.

Em relação a igual período de 2018, há uma melhora no mercado, com a queda de 0,4 ponto porcentual na taxa de desocupação. E há razões sazonais para explicar o aumento do desemprego no período janeiro-março em relação ao trimestre anterior, pois parte das pessoas contratadas no período das festas de fim de ano é dispensada nos primeiros meses do ano seguinte. Também positiva é a comparação do número de vagas com carteira assinada no setor privado. No período de um ano, 81 mil postos de trabalho formais - isto é, com carteira assinada e garantias trabalhistas - foram abertos no setor privado. O aumento foi de 0,2%.

Aumento maior foi registrado no emprego sem carteira no setor privado (4,4%) e no trabalho por conta própria (3,8%). Com isso mais 466 mil pessoas se somaram ao contingente de trabalhadores informais no setor privado e outras 879 mil passaram a trabalhar por conta própria. Esta última modalidade de trabalho, que implica riscos e oscilações bruscas de rendimento, vem sendo procurada principalmente por trabalhadores que não encontraram forma de sustento mais estável. Se não houvesse essas duas opções de ocupação, mais brasileiros estariam engordando as estatísticas de desemprego.

Mas outros números relativos ao mercado de trabalho são expressivos o suficiente para montar, a partir deles, um quadro social preocupante. A Pnad Contínua constatou que a taxa de subutilização da força de trabalho, de 25%, no período, é a maior da série histórica. Esse indicador inclui os trabalhadores desocupados, aqueles subocupados por insuficiência de horas de trabalho e os que compõem a força de trabalho potencial, formada por pessoas que não estão em busca de trabalho, mas estão disponíveis para trabalhar. A população subutilizada no trimestre janeiro-março, de 28,3 milhões de pessoas, é a maior da série calculada pelo IBGE. Essas pessoas compõem o que também se chama de mão de obra desperdiçada pelo País.

“Um quarto da força de trabalho ampliada está subutilizada”, observou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. “Como pode chamar de situação favorável se você tem a maior taxa de subutilização da força de trabalho da série?” A recuperação mais sensível do mercado de trabalho depende de uma combinação benigna de avanço das reformas, retomada de confiança de empresários e consumidores e aceleração dos investimentos.
 
 
 

sábado, 30 de março de 2019

Desemprego sobe para 12,4%, e população subutilizada é recorde

Brasileiros que desistem de procurar emprego também chegam ao maior número da série, iniciada em 2012

A taxa de desemprego no Brasil fechou em 12,4% nos três meses até fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29).
O percentual está acima dos 11,6% registrados nos três meses até novembro. Projeção da Bloomberg para a taxa de desemprego era de 12,5%. Os números divulgados nesta sexta representam a entrada de 892 mil pessoas na condição de desocupação, totalizando 13,1 milhões de trabalhadores nessa situação no país.
"Metade dessa perda ocorreu no setor privado e a outra parte no setor público. No privado, veio da indústria e construção; no público, principalmente de atividades voltadas para a educação. Isso é normal acontecer no início do ano", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

No período até fevereiro, a população subutilizada –grupo que inclui desocupados, quem trabalha menos de 40 horas semanais e os disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego– chegou ao pico da série, iniciada em 2012, ao atingir 27,9 milhões de pessoas. Outro recorde foi o número de pessoas desalentadas –aquelas que desistem de procurar emprego. Nesses três meses, 4,9 milhões de brasileiros se encontravam nessa condição. "A pessoa vê toda hora na televisão notícias sobre crise política, crise econômica, desemprego aumentando. Ela acaba se colocando na situação de não procurar trabalho porque acha que não vai conseguir. Até porque isso tem um custo, de transporte, impressão de currículo", afirmou Azeredo.
O número de trabalhadores no setor privado com carteira assinada permaneceu estável, enquanto os empregados sem carteira assinada caiu 4,8%, na comparação com o trimestre anterior –uma redução de 561 mil pessoas nesse grupo. "O início do ano é marcado pela dispensa mesmo. Como o mercado se encontra numa situação desfavorável, isso tende a se potencializar, com baixa retenção de trabalhadores temporários e baixa efetivação." O rendimento médio mensal real também chegou ao seu patamar mais alto, em R$ 2.285, em um aumento de R$ 35 em relação ao trimestre encerrado em novembro. A principal explicação, segundo Azeredo, seria o aumento do salário mínimo.
 
Arthur Cagliari - Folha de S. Paulo
 

sábado, 19 de maio de 2018

Governo antecipa Caged para contrapor dados negativos do IBGE

O governo federal antecipou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para se contrapor aos dados negativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em discurso em São Paulo, o presidente Michel Temer comemorou que foram criados 115.989 vagas com carteira assinada no mês de abril, mais do que foi registrado nos últimos meses. Os números do Ministério do Trabalho, porém, não sairiam esta semana. O Palácio do Planalto está muito incomodado com as informações sobre o aumento do número de pessoas sem emprego do instituto de pesquisa.


Temer não entendia o motivo de o Caged dar resultados positivos, enquanto o IBGE divulgava índices negativos.  


Em entrevista ao Correio, o presidente classificou a diferença de números de desocupados como “algo curioso”. “Sempre se diz que o desemprego não diminuiu. E diminuiu. Em janeiro deste ano houve cerca de 79 mil carteiras assinadas, fevereiro, 69 mil, em março, 59 mil carteiras assinadas”, afirmou. “O IBGE disse que aumentou, e não entendi bem aquilo”, completou. Nesta quinta (18/5), o instituto mostrou que falta emprego para 27,7 milhões de pessoas, o maior resultado da série histórica, iniciada em 2012. O contingente conta com um número recorde de desalentados (4,6 milhões), que são aqueles que têm idade e condições de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por falta de oportunidades.

Por isso, Temer chamou os técnicos do Ministério do Trabalho e da equipe econômica para explicar os números. “Me explicaram o seguinte: quando você está muito desalentado e não tem chance de emprego, eles não procuram. Quando surge um certo alento, as pessoas procuram”, alegou. “Também não tem emprego para todo mundo, e quando não tem, o IBGE contabiliza como desempregado. É claro que, mesmo no cálculo do IBGE, caiu o desemprego”, acrescentou.

Durante discurso em fórum da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Revista Exame, em São Paulo, o emedebista enalteceu que a economia está melhorando e enfatizou que é a maior geração de empregos nos dados mensais até o momento. “Acabo de receber que, em abril, tivemos 115 mil e 898 postos”, destacou.

Aos empresários, Temer pediu mais confiança no processo de retomada do crescimento da economia. “De vez em quando, vejo uma ideia pessimista que a bolsa de valores caiu para 83 (mil pontos). Era 48. Chegou a 87. Quando há uma variação, que é mais do que natural, é porque essas coisas são assim. É diferente de cair. Cair seria voltar aos padrões de dois anos atrás, disse.  O momento, avalia o emedebista, é de ter uma mensagem de olhar para frente. “Temos que ter esta mensagem que eu encontro aqui neste encontro, neste congresso. A ideia de que estamos olhando o futuro, e não apegados ao passado e olhando o presente”, declarou.



Blog do Vicente - CB


sexta-feira, 20 de abril de 2018

País cria 56 mil vagas em março, melhor resultado para o mês desde 2013

Saldo de emprego formal foi positivo em 56.151 vagas em março, mostra Caged

O Brasil abriu 56.151 vagas de emprego formal em março, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho. Foi o terceiro mês de aumento consecutivo no número de vagas com carteira assinada.  

Para meses de março, este é o melhor resultado desde 2013, quando foram geradas 112.450 vagas. O saldo positivo decorre de 1,340 milhão admissões e 1,284 milhão demissões. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de fechamento de 34.961 vagas a abertura de 73.500 vagas, com mediana positiva em 41.495 vagas.
Apesar de positivo, o desempenho do mês passado foi inferior às contratações líquidas registradas em fevereiro (65.058 vagas) e janeiro (82.855 vagas), já considerando o ajuste nos resultados desses meses. Em março de 2017, houve um fechamento de 57.594 postos de trabalho.  No acumulado do primeiro trimestre do ano, houve abertura de 204.064 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses até março, há um saldo positivo de 223.367 vagas.

Setores
O resultado mensal foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 57.384 postos formais em março, e pela indústria de transformação, que abriu 10.450 novas vagas com carteira assinada. Em seguida, tiveram desempenhos positivos a construção civil (7.728 vagas), a administração pública (3.660), a extração mineral (360) e os serviços industriais de utilidade pública (274).
Por outro lado, tiveram saldo negativo a agropecuária (17.872 postos) e o comércio (5.878). Segundo o ministério, o resultado foi positivo em 16 das 27 unidades da Federação.

IstoÉ
 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Caged foi pior do que o previsto, mas corte de empregos formais é menor do que há um ano



A previsão era de um saldo positivo, mas o Caged revelou perda de 12.292 vagas em novembro. O registro de trabalhadores formais, que vinha de uma série de sete altas consecutivas, agora acumula a criação de 299 mil vagas em 12 meses. A situação do mercado de trabalho já foi muito pior, mas permanece complicada.

No ano passado, o fechamento de vagas com carteira assinada em novembro foi pior, de 116 mil; em 2015, naquele mês o mercado de trabalho havia fechado 130 mil postos de trabalho formais. O cenário já foi pior do que o atual. Esse mesmo indicador registrava, no acumulado em 12 meses até março de 2016, saldo negativo de 1,8 milhão. 

Mas o panorama permanece complicado.  O dado negativo de novembro lembra o ritmo dessa recuperação. Há sempre um resultado negativo rondando os indicadores. A saída da crise é devagar. Depois desse tropeço em novembro, em dezembro o dado muito provavelmente será negativo, como costuma acontecer no Caged.   O comércio foi o único setor a fechar o mês passado com saldo positivo, de 68.602. Tanto a indústria de transformação quanto a construção civil e a agropecuária fecharam mais de 20.000 vagas no mês.

O Caged acompanha um universo de 38,5 milhões de pessoas com carteira assinada. É apenas um pedaço do mercado de trabalho; na contagem do IBGE, o país tem algo como 92,2 milhões de pessoas trabalhando. O que se vê, contudo, é que o emprego não se recuperou completamente e não vai melhorar de maneira significativa nos próximos meses. Ainda é cedo para constatar os efeitos da reforma trabalhista, que começou a vigorar exatamente em novembro.

Coluna da Miriam Leitão - O Globo