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domingo, 4 de dezembro de 2022

UM ARTIGO “mal-entendido” DA CONSTITUIÇÃO, o 142 - Sérgio Alves de Oliveira

Tem sido voz comum, uníssona, dentro da esquerda,da sua militância política,e de todas as instituições públicas e privadas aparelhadas por ela enquanto governou,contaminadas que foram por uma“lavagem cerebral” vermelha sem precedentes,de 1985 a 2018,inclusive dentro dos “aparelhos” dos tribunais superiores,que o direito/dever de  aplicação pelas Forças Armadas do artigo 142 da Constituição,deve ser interpretado restritivamente como se fosse somente para  garantia  da LEI e da ORDEM,validado,exclusivamente nessas situações,o emprego das Forças Armadas para (res)tabelecimentro  do império da lei e da ordem , em situações de conflitos internos, ou perturbações da ordem pública, que não consigam ser debeladas pelas forças militares e policiais dos órgãos repressivos e preventivos do Estado. Esse emprego  das Forças Armadas foi denominado de “GLO” (Garantia da Lei e da Ordem),sendo usado com certa frequência, até em “brigas de cachaceiros de boteco”, nas localidades controladas por traficantes de drogas e armas. [ em nossa opinião, toda a confusão no usa, não, pode isso, pode aquilo, dúvidas que tem sido objeto de dezenas, centenas mesmo, de palpites;
vamos usar o nosso DIREITO de dar também um palpite - a CONCLUSÃO fica por conta dos leitores, visto que tendo sido criado recentemente o CRIME DE CONCLUSÃO, estamos nos limitando a pensar, que ainda não é crime.
Constituição Federal 
Artigo 142

"....Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas...." (grifamos)

Não tivesse sido promulgada a Lei Complementar capacitada pela própria Constituição para estabelecer " normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas" haveria espaço para confusão,  os contra o cumprimento do artigo 142, diriam "depende de Lei Complementar, que ainda não foi promulgada"

Só que a  LC foi promulgada e se trata da LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE1999

Tem vários ordenamentos legais e vamos transcrever parte o artigo 15:

LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE1999 

"... 

CAPÍTULO V
DO EMPREGO

        Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação:

I - ao Comandante Supremo, por intermédio do Ministro de Estado da Defesa, no caso de Comandos conjuntos, compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos;                    (Redação dada pela Lei Complementar nº 136, de 2010).

...

  III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força.

        § 1o Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados. ..."

Tem ampla legislação derivada mas o cerne da questão  ao que PENSAMOS - não estamos concluindo nada - está em pesquisar e  concluir.

É O QUE PENSAMOS.]

No entanto,a “primeira” parte desse mesmo artigo 142 da  Constituição,que é a principal,e versa sobre e emprego das Forças Armadas para “intervir”em situações excepcionais  bem mais graves, como DEFESA DA PÁTRIA e dos  PODERES CONSTITUCIONAIS ,esse mandamento  constitucional tem sido literalmente,e na prática,  RISCADO da Constituição,como se nela não estivesse escrito,como se “letra morta” fosse. Totalmente “ignorado” pelos poderes constitucionais  que são sujeitos e objetos,ao mesmo tempo,desse mandamento constitucional. E ai daquele que suscitar o emprego das Forças Armadas para garantia da  integridade da Pátria,ou dos Poderes Constitucionais. 

Na mesma hora dessa “provocação”,constitucional,legal e legítima,o sujeito que invoca essa proteção constitucional  passa a ser perseguido pelos aparelhos repressivos do Estado,controlados à “cabresto” pelo órgão competente da “Justiça”, acusado de “GOLPISTA”,(ANTI)DEMOCRÁTICO, ”NAZISTA”,”FASCISTA”,e daí para mais,sujeito a ser processado e até preso,“manu militari”,por ordem de  agentes “togados”,da (pseudo)Justiça,”cassado” do  direito constitucional de  ampla defesa.

Poucos sabem,ou  lembram, que o mesmo dispositivo previsto no artigo 142  Constituição de 1988,repete mandamentos  também contidos nas constituições anteriores,de 1967,através do seu  artigo 92,e parágrafo 1º, e igualmente da Constituição de 1946,através dos  seus artigos 176 e 177.

Ou seja,as finalidade principais das Forças Armadas,sob autoridade Suprema do Presidente da República,por tradição constitucional,já previstas nas Constituições anteriores de 1946 e de 1967, se constituem na  DEFESA DA PÁTRIA,na GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS,da ORDEM e da LEI.

Mas nos tempos vividos sob comando da esquerda,após 1985,que inclusive “escreveu” a Constituição vigente, de 1988,através dos “constituintes” eleitos na sua maioria por força da fraude política  do “Plano Cruzado”,de 1986,que talvez “inadvertidamente ” tenham mantido as mesmas regras antes previstas nas Constituições de 1946 (artigos 146 e 147),e 1967 (artigo 92,e parágrafo 1ª),motivos determinantes de aplicação do artigo 142,por AMEAÇAS À PÁTRIA,não foram poucos. E as Forças Armadas sempre mantiveram um silêncio “sepulcral” frente a essas ameaças,que parece serão efetivamente consumadas a partir de 1º de janeiro de 2023,com a “possível”posse presidencial,pela terceira vez,de Lula da Silva,fundador,juntamente com Fidel Castro,em 1990,do tal “Foro San Pablo”,uma organização plurinacional,criminosa e clandestina que teria por principais objetivos implantar o socialismo na América Latina e Caribe,fundando a partir daí a“Pátria Grande”,”aleijando” as soberanias individuais das nações que aderissem a essa suposta “pátria socialista”.

Ora,o quadro “vermelho” ´pintado pelas últimas eleições nas “democracias” latino-americanas e caribenhas levam a concluir que o projeto socialista da “Pátria Grande”,ou mesmo o “deboche” da “URSAL”(União das Repúblicas Socialistas da América Latina),serão efetivamente levados a efeito “SE” Lula da Silva tomar posse na Presidência da República a partir de 1º de janeiro próximo.

E se essa “tragédia”da democracia acontecer de fato ,somado às suspeitas sobre a lisura das eleições de outubro de 2022,levantadas pela Comissão de Técnicos das Forças Armadas,os maiores “culpados” serão justamente as FORÇAS ARMADAS,e seu “Comandante Supremo”,em face das suas omissões em defender a PÁTRIA contra o deslocamento da soberania  brasileira para forças políticas e ideológicas “alienígenas”,descumprindo,por conseguinte,o mandamento estatuído no artigo 142 da Constituição.

Para terminar,confesso meu constrangimento em  me considerar  como “homem que usa calças”,frente às recentes e corajosas declarações da Deputada Federal  Carla Zambelli,que sequer  conheço. Mas, felizmente,  não uso “farda militar”. O que eu teria a dizer,se fosse o caso?

É evidente  que ninguém estaria saindo “fora das quatro linhas”da Constituição se propusesse ou aplicasse o comando do seu artigo 142 ,para prevenir a ameaça de entrega da soberania brasileira a organizações clandestinas plurinacionais.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo 


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

AVULSAS

 AGUARDANDO A AUTORIZAÇÃO DO CUMPANHERO MARCOLA

 

 

TSE INTERFERINDO NO TAMANHO DA PAJARACA

A DITADURA ESCANCARADA DO PTSE

[No sóbrio entendimento da Ana Paula Henkel, Revista Oeste,  com a criação do delito crime de conclusão, estamos obrigados após ler uma 'uma narrativa' a procurar uma autoridade competente, e indagarmos qual conclusão devemos tirar.]

VALEU, VALEU!

CAIU NA REAL

 

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAÍS !!!!!!

Com o PT de Lula é só destruição

 URGENTE - PT do LULA invade igrejas e queima carros de padres e freiras

 

domingo, 16 de outubro de 2022

Lobos em pele de cordeiros - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

Não bastou o novo “crime de opinião”. Agora temos o “crime de conclusão”! Você vai ver fatos reais, ler notícias verdadeiras — mas não pode tirar suas próprias conclusões 

 Ditador da Nicarágua, Daniel Ortega e Luiz Inácio Lula da SIlva | Foto: Wikimedia Commons 
Ditador da Nicarágua, Daniel Ortega e Luiz Inácio Lula da SIlva | Foto: Wikimedia Commons  
 

Explicar o Brasil. Essa tem sido uma tarefa impossível de ser realizada no meu cotidiano nos Estados Unidos. Se já era difícil durante a Lava Jato, ela ficou ainda mais complicada durante a manobra companheira do Supremo Tribunal Federal para soltar um corrupto condenado em três instancias. Agora, durante a era Alexandre de Moraes/TSE, essa tarefa é praticamente inexequível.

Acho curioso quando os iluministros do STF/TSE citam os “Pais Fundadores da América” com a pompa de quem tem o mínimo respeito por tudo aquilo que eles defendiam. A história da América mostra que os Pais Fundadores da nação mais próspera do mundo discordavam em vários pontos na estruturação do novo país nos tempos pós-revolucionários. Thomas Jefferson, por exemplo, almejava maior independência e autonomia dos Estados. Alexander Hamilton acreditava que o governo federal deveria ser o centro do poder e das grandes decisões. As discordâncias entre eles eram comuns e, talvez por isso, na respeitosa e rica troca de ideias por um bem maior, a nação mais livre do mundo tenha se formado em pilares sólidos e inegociáveis.

E, mesmo com algumas profundas discordâncias filosóficas, aqueles homens tinham um ponto de convergência sagrado na formatação do que seria vital na nova nação. A absoluta e irrestrita liberdade de se expressar. 
A Primeira Emenda à Constituição dos EUA protege a liberdade de expressão, religião e imprensa. Também protege o direito a protestos pacíficos e a peticionar ao governo. 
A emenda foi adotada em 1791, junto com outras nove emendas que compõem a Declaração de Direitos (Bill of Rights) — um documento escrito que protege exatamente as liberdades civis. 
A emenda, com quase 231 anos, é uma das mais protegidas até hoje, diz: “O Congresso não fará nenhuma lei a respeito de um estabelecimento de religião ou proibindo o livre exercício do mesmo; ou abreviar a liberdade de expressão ou de imprensa; ou o direito do povo de se reunir pacificamente e de pedir ao governo uma reparação de queixas”.

Benjamin Franklin, um dos Pais Fundadores, escrevia constantemente em seus artigos que a liberdade de expressão é o principal pilar de um governo livre e, que quando esse apoio é retirado, a constituição de uma sociedade livre é dissolvida e a tirania é erguida em suas ruínas. E ainda acrescentou: “Se todas as impressoras estivessem determinadas a não imprimir nada até terem certeza de que não ofenderiam ninguém, haveria muito pouco para impressão”.

Crime de conclusão
Pois bem, nessa minha árdua tarefa de explicar o inexplicável para o norte-americano, no capítulo desta semana tive de acrescentar as absurdas censuras do TSE a veículos de imprensa no Brasil. Nas canetadas vermelhas do tribunal-jaboticaba, trechos da história de nossa política que são mostrados em documentários da Brasil Paralelo terão de ser excluídos. Segundo a corte, eles são verdadeiros, masPASMEM! — podem levar o telespectador a conclusões falsas! Não bastou o novo “crime de opinião”, criado recentemente por esses monstros jurídicos. Agora temos o “crime de conclusão”! Você vai ver fatos reais, ler notícias verdadeirasmas não pode tirar suas próprias conclusões, apenas aquelas que os deuses do olimpo eleitoral permitirem!

Ah! Não podemos também falar do conteúdo da delação de Marcos Valério à Polícia Federal em que ele descreve as ligações pra lá de próximas entre o PT e o PCC. E aproveitando a bondade da tirania eleitoral na feira de censura, essa semana o PT acionou novamente o puxadinho-companheiro do STF com um pedido de retirada de conteúdo do site do jornal Gazeta do Povo que explica assim como a Brasil Paralelo, com fatos históricos — a relação do ex-presidiário Lula com o ditador nicaraguense Daniel Ortega.  

O partido também quer a censura prévia para que o jornal seja impedido de fazer novas reportagens que demonstrem a ligação de Lula com ditadores. No início do mês de outubro, o ministro da corte eleitoral Paulo de Tarso Sanseverino (ou assessor de imprensa do PT, como queiram) já havia determinado a remoção do tuíte de uma notícia publicada pela Gazeta do Povo cujo título era: “Ditadura apoiada por Lula tira sinal da CNN do ar”.

Nas ações do partido mais corrupto da história do Brasil, os asseclas legais de Lula alegam que: “As publicações dessa natureza são compartilhadas e espalhadas em velocidade exponencial, de modo a aumentar significativamente o alcance das desinformações aos eleitores e às eleitoras, ampliando, desta forma, o impacto negativo das publicações objeto desta representação”. O partido também deseja “que o Twitter, o Instagram e provedores de internet adotem todas as providências cabíveis quanto ao ponto — de modo a excluir essas e outras publicações que também versem sobre a fantasiosa relação de Lula com o ditador Ortega”.

“…fantasiosa relação de Lula com o ditador Ortega”.

Nada para ver aqui. Circulando. Os laços entre o ditador nicaraguense e o líder do PT e do Foro de São de Paulo são apenas imaginação da sua e da minha cabeça. Aliás, o Foro de São Paulo foi, durante muito tempo, apenas uma invenção, uma teoria conspiratória, daquele velho doido que morava na Virginia, aquele tal de Olavo de Carvalho.  
Não leia o que está escrito no documento do movimento que o TSE pode não gostar. Eu vou deixar aqui um resumo do que está lá, mas leia por sua própria conta e risco.
Reunião de membros do Foro de São Paulo. O grupo apoia a eleições 
de candidatos de esquerda em qualquer lugar da América Latina - 
 Foto: Reprodução

Os objetivos iniciais do Foro de São Paulo estão expressos na “Declaração de São Paulo”, documento que foi aprovado no final do primeiro encontro, na cidade de São Paulo, em 1990: “(…) o objetivo do foro é aprofundar o debate e procurar avançar com propostas de unidade de ação consensuais na luta anti-imperialista e popular, promover intercâmbios especializados em torno dos problemas econômicos, políticos, sociais e culturais que a esquerda continental enfrenta após a queda do muro de Berlim”. O documento afirma que o encontro foi inédito por sua amplitude política e pela participação das mais diversas correntes ideológicas da esquerda. A declaração também diz encontrar “a verdadeira face do Império” nas renovadas agressões a Cuba e também à Revolução Sandinista na Nicarágua, no aberto intervencionismo e apoio ao militarismo em El Salvador, na invasão e ocupação militar norte-americana do Panamá, nos projetos e passos dados no sentido de militarizar zonas andinas da América do Sul sob o pretexto de lutar contra o “narcoterrorismo”. E, assim, eles reafirmam sua solidariedade em relação à Revolução Cubana e à Revolução Sandinista, como seu apoio em relação às tentativas de desmilitarização e de solução política da guerra civil de El Salvador, além de se solidarizarem com o povo panamenho e com os povos andinos que “enfrentam a pressão militarista do imperialismo”.

Ok, é um documento do Foro de São Paulo que liga a esquerda em toda a América Latina. Ah, mas dizer que há uma relação de Lula com o ditador Daniel Ortega? Ah! Não… isso é coisa da cabeça de quem só quer sujar a reputação do ilibado ex-presidiário que também foi acusado, por mais de uma vez, por Mara Gabrilli, vice na chapa de Simone Tebet que hoje apoia Lula de estar envolvido diretamente no assassinato de Celso Daniel. [Ana, a do vôlei,  concluímos a leitura;  só que surgiu uma dificuldade: a quem devemos perguntar que conclusão devemos tirar da leitura?]

(Imaginou agora minha dificuldade em explicar a política do Brasil?)

Lula e Ortega
A desejada censura neste caso — com a ajuda do TSE e Alexandre de Moraes — se faz necessária porque os fatos que ligam Lula a Ortega são muito claros. 
Mais claro ainda é o regime totalitário do companheiro do PT que agora persegue e prende padres, freiras, persegue cristãos e fecha igrejas no país. A ditadura da Nicarágua está criminalizando a democracia, e a violência à qual os nicaraguenses estão sendo submetidos também está alimentando a migração ilegal desenfreada para os EUA, ajudando a causar a maior crise migratória da história norte-americana. 
Por que Lula não quer ser visto com o companheiro Ortega? 
Seria porque na Nicarágua de Ortega as empresas são extorquidas por policiais mafiosos, líderes católicos são perseguidos por apoiarem a democracia, moradores de todas as nacionalidades são detidos e condenados por décadas e organizações da sociedade civil foram fechadas? 
Ou porque essa dinastia familiar — assim como outra dinastia familiar companheira de Lula, os Castros — criminalizou a democracia, garantindo que a liberdade de expressão, a de participação política, movimento e crenças sejam legalmente eliminadas? Daniel Ortega e sua família transformaram a Nicarágua em um Estado pária.

O regime do amigo e parceiro de Lula eliminou todas as formas de pluralismo político e social. Cerca de 2 mil organizações sem fins lucrativos foram extintas por causa da proibição de liberdade de associação. Essas organizações trabalhavam em projetos de desenvolvimento social muito necessários, sendo que metade delas era focada na educação. As perdas materiais — em um país onde as crianças têm poucas oportunidades e a educação média está abaixo da 4ª série — chegam a pelo menos US$ 200 milhões por ano. Quase 60 organizações internacionais sem fins lucrativos também foram extintas e expulsas do país, afetando quase 1 milhão de beneficiários. No entanto, o impacto não é apenas material, mas ideológico. O regime redefiniu as regras da educação, subordinando o ensino à total obediência à ditadura, banindo livros, literatura e reescrevendo a história. Aqueles que desviarem do caminho imposto e ditado por Ortega são excluídos dos “direitos” aos serviços públicos (incluindo o acesso à saúde) e podem ser julgados por atos criminosos de conspiração contra o Estado.

As consequências do que o amigo do PT vem fazendo são terríveis para os nicaraguenses, que, através da imigração, fogem de maneira desesperada para os Estados Unidos. Desde 2018, pelo menos 200 mil pessoas escaparam da Nicarágua (em um cálculo conservador, quase 5% de sua população), especialmente após a fraude eleitoral em novembro de 2021. O inepto governo de Joe Biden testemunhou em primeira mão os ataques à imprensa, a autoridades religiosas, independência eleitoral, liberdade acadêmica e pluralismo, bem como ataques aos Estados Unidos. Dentre os vários mantras pregados por Ortega, o ditador acusa os Estados Unidos de conspirarem contra o regime. A resposta dos EUA incluiu sanções a 22 funcionários do governo de nível médio e menos de 100 tuítes condenando a repressão. Sim, tuítes… (Saudades do laranjão?)

Mas a caótica situação humanitária não é suficiente para um tirano que se preze. O revolucionário sandinista que se tornou ditador nunca foi favorável à Igreja Católica. A perseguição aos cristãos tem sido uma ocorrência comum em grande parte do Oriente Médio e na China, mas uma perseguição igualmente virulenta está exatamente sob o domínio do amigo de Lula — e com mínima atenção global.

Até hoje, os católicos espalhados pelo mundo, e atônitos diante das barbáries cometidas contra seus irmãos e irmãs na Nicarágua, aguardam uma palavra firme do papa Francisco contra as ações do ditador amigo de Lula

A Igreja Católica tem sido alvo comum de desprezo e acusações de minar o regime de esquerda, apesar das sementes firmemente plantadas da teologia da libertação e do ativismo pró-esquerda na Nicarágua. Ortega, que voltou ao poder em 2007 depois de governar a Nicarágua por mais de uma década na década de 1980, nunca foi favorável à Igreja Católica. Desde que o clero emprestou seu apoio aos manifestantes estudantis em 2018, no entanto, seu governo aumentou significativamente a perseguição contra qualquer setor da sociedade civil que se atreva a falar.                 E os católicos do país resolveram romper o silêncio para tantas barbaridades. Claro que por um preço alto. Até junho deste ano, Ortega mantinha mais de 200 presos políticos.

Perseguição aos católicos
Desde 2018, a Igreja Católica na Nicarágua enfrentou mais de 190 ataques distintos, desde incêndios criminosos, ataques paramilitares do governo e o exílio de proeminentes padres e figuras religiosas críticas ao regime de Ortega. 
Um total de 18 freiras católicas das Missionárias da Caridade foram destituídas de seu status legal em 28 de junho e escoltadas pela polícia para fora da Nicarágua e para o exílio na vizinha Costa Rica sob acusações de subversão política e apoio ao terrorismo. Em um relatório recente do Observatório Pró-Transparência e Anticorrupção, um grupo da sociedade civil da América Latina, a advogada Martha Patricia Molina Montenegro afirmou que o regime de Ortega “iniciou uma perseguição indiscriminada contra bispos, padres, seminaristas, religiosos, grupos leigos e a tudo o que tenha relação direta ou indireta com a Igreja Católica”.

Em resposta aos esforços da Igreja Católica para mediar os protestos em 2018 e defender os diretos civis, Ortega e seus aliados rotularam a igreja como “comprometida com os golpistas e parte do golpe”. Silvio Baez, monsenhor e um crítico proeminente do regime, foi forçado a fugir do país em 2019 depois de receber um telefonema da Embaixada dos EUA avisando-o de uma iminente tentativa de assassinato. Baez já havia sido espancado e esfaqueado por agressores desconhecidos. Antes de conseguir sair do país, ele recebia constantes telefonemas ameaçadores que falavam em tortura e morte. A Igreja Católica e seu clero têm sido críticos da corrupção e da violência do governo já há alguns anos, mas desde 2018 a violência tem sido mais direcionada, como visto pela situação com Baez. Embora os protestos que originalmente estimularam a repressão do governo nicaraguense tenham sido reprimidos em sua maior parte, o regime de Ortega continua a atacar a Igreja e seus crentes em uma busca para expurgar toda e qualquer dissidência.

O episódio mais recente dessa perseguição foi a prisão do monsenhor Rolando José Álvarez, bispo de Matagalpa, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, quando a polícia da ditadura Ortega o impediu de ir à Catedral para celebrar a missa. Como alguns andam querendo apagar ou reescrever as páginas da história, não custa apontar que não é a primeira vez que acontece todo esse pesadelo na Nicarágua. A marca local do comunismo, através do sandinismo, já perseguia os cristãos na década de 1980. Em 2003, Ortega pediu desculpas por isso quando estava na oposição. Uma vez que ele voltou ao poder, o líder comunista recuperou a campanha anticatólica. Parece familiar? Alô, Brasil!!

João Paulo II
Para quem me acompanha aqui em Oeste ou em outras mídias, faço sempre questão de expressar meu mais profundo respeito àquele que foi, em minha opinião, não apenas um líder religioso de histórica magnitude, mas um dos homens mais importantes da humanidade: o papa João Paulo II. E foi exatamente na Nicarágua que o santo pontífice demonstrou sua coragem e seu propósito. Em 4 de março de 1983, o papa pousou em Manágua para uma visita oficial. As autoridades da Junta Governativa Sandinista esperavam pelo líder religioso, incluindo o coordenador da junta, Daniel Ortega, e sua esposa, Rosario Murillo. O papa polonês havia chegado ao país que estava em uma época em que seus cidadãos estavam à beira de uma guerra civil.

No aeroporto, havia uma faixa que dizia “Bem-vindo à Nicarágua livre graças a Deus e à revolução”. Nesse cenário, Ortega fez um discurso de apoio ao regime sandinista. João Paulo II cumprimentou as demais autoridades que o esperavam, bem como Ernesto Cardenal, padre e ativista marxista da teologia da libertação que ocupava um importante cargo público como ministro da Cultura do regime, algo incompatível com o ministério dos padres católicos.

Papa João Paulo II, no Vaticano em 1991 | Foto: Wikimedia Commons

Quando Joao Paulo II chegou aonde Cardenal estava, o marxista tirou sua boina e ajoelhou para beijar o anel do pontífice. Joao Paulo II não deixou que ele beijasse o anel e, com dedo em riste, chamou a atenção, em absoluto tom de reprovação, do ativista disfarçado de padre. O vídeo correu o mundo logo após seu discurso de chegada em que o papa disse que “em nome Daquele que deu sua vida por amor pela libertação e redenção de todos os homens, desejo dar minha contribuição para que cesse o sofrimento dos povos inocentes desta região do mundo”.

Na época, Cardenal era um dos quatro padres que trabalhavam para o regime. Ele e seu irmão, o jesuíta Fernando Cardenal, serviam ao governo revolucionário sandinista além de Miguel d’Escoto, como ministro das Relações Exteriores, e Edgar Parrales, um diplomata. Cardenal acreditava que seu serviço como ministro da Cultura era uma extensão de seu ofício sacerdotal. João Paulo II, que viu e viveu de perto as dores do comunismo, discordava veementemente e fez questão de não esconder isso — mesmo em público.

O corajoso ato de Joao Paulo II foi uma prévia do restante da viagem do papa. Ele também não escondeu sua oposição ao governo sandinista que pregava a integração dos ideais cristãos e marxistas (absolutamente incompatíveis!), e sua desaprovação daqueles cristãos, como Cardenal — que, abjetamente, viram na revolução nicaraguense uma oportunidade para promover a nefasta doutrinação marxista através da “caridade”.

Quando os padres do governo da Nicarágua recusaram a exigência do papa de que deixassem seus cargos, eles foram excomungados e privados de suas faculdades sacerdotais. No caso de Cardenal, essa situação continuou até 2020, quando o papa Francisco lhe concedeu a “absolvição de todas as censuras canônicas”. Até hoje, os católicos espalhados pelo mundo, e atônitos diante das barbáries cometidas contra seus irmãos e irmãs na Nicarágua, aguardam uma palavra firme do papa Francisco contra as ações do ditador amigo de Lula.

A visita de João Paulo II à Nicarágua, em 1983, deixa lições até hoje — principalmente para o Brasil, que enfrenta a tentativa de total ruptura de um possível estado de ordem e liberdades, mesmo com a atual insegurança jurídica perpetuada pelo STF, a um absoluto caos revolucionário proporcionado pela possível volta do lulocomunismo ao poder. Durante a homilia de João Paulo II em Manágua, além dos fiéis aplaudindo o papa, grupos de sandinistas também gritavam slogans a favor de sua revolução: “Entre o cristianismo e a revolução não há contradição”, “Poder ao povo”, “O povo unido nunca será vencido”, “A Igreja do povo” e “Queremos a paz” foram algumas das palavras de ordem que gritavam.

Os gritos enfureceram o papa, que pediu silêncio mais de uma vez e finalmente lhes disse: “Silêncio. A Igreja é a primeira a querer a paz”. João Paulo II então saiu do roteiro e disse: “Cuidado com os falsos profetas. Eles se apresentam em pele de cordeiro, mas por dentro são lobos ferozes”.

Ah, santo homem… que falta o senhor faz entre nós.

João Paulo II tinha um profundo amor pelo Brasil. João de Deus, nessa hora de aflição e medo do mal que pode devorar nossa nação e nosso futuro, rogai por nós.

Leia também “A proteção à vida em 2023”

Ana Paula Henkel (@AnaPaulaVolei

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste