Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador dinheiro de propina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dinheiro de propina. Mostrar todas as postagens

domingo, 28 de agosto de 2016

A delação que Janot jogou no lixo

VEJA - Exclusivo: a delação que Janot jogou no lixo

PGR anula acordo do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, descartando revelações pesadíssimas contra Lula - e que mencionam também Dilma, Aécio e Serra

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tomou a decisão mais controversa da Operação Lava-Jato na semana passada. Diante da repercussão da reportagem de capa de VEJA, Janot informou que as negociações de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, estão encerradas. O vasto material produzido ao longo de cinco meses de tratativas entre a Procuradoria e o empreiteiro foi enviado para o incinerador, eliminando uma das mais aguardadas confissões sobre o escândalo de corrupção na Petrobras.

Para quem vive atormentado desde 2014, quando surgiu a Lava-­Jato, a decisão de Janot representa um alívio ou até a salvação. Léo Pinheiro se preparava para contar os detalhes de mais de uma década de simbiose entre o poder e a corrupção. Em troca de uma redução de pena, o empreiteiro ofereceu aos investigadores um calhamaço com mais de setenta anexos. São capítulos que mostram como a corrupção se apoderou do Estado em diversos níveis.

VEJA teve acesso ao conteúdo integral de sete anexos que o procurador-­geral decidiu jogar no lixo. Eles mencionam o ex-­presi­den­te Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff e, ainda, dois expoentes do tucanato, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra. A gravidade das acusações é variável. Para Lula, por exemplo, as revelações de Léo Pinheiro são letais. Lula é retratado como um presidente corrupto que se abastecia de propinas da OAS para despesas pessoais. O relato do empreiteiro traz à tona algo de que todo mundo já desconfiava, mas que ninguém jamais confirmara: Lula é o verdadeiro dono do famoso tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo comprado, reformado e mobiliado com dinheiro de uma conta em que a OAS controlava as propinas devidas ao PT.

O tríplex do Edifício Solaris é o tema de um dos anexos que narram crimes praticados pelo ex-presidente. O empreiteiro conta que, em 2010, soube, por intermédio de João Vaccari, então tesoureiro do PT, que Lula teria interesse em ficar com o imóvel no prédio. Vaccari, que está preso, pediu ao empreiteiro que reservasse a cobertura para o ex-presidente. Não perguntou o preço. E quem pagou? Léo Pinheiro responde: “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”. Ou seja: dinheiro de propina pagou esse pequeno luxo da família Lula. Para transformar o que era um dúplex em um tríplex mobiliado, a conta, segundo a perícia, ficou em pouco mais de1 milhão de reais. Pinheiro esclarece até mesmo se Lula sabia que seu tríplex era produto de desvios da Petrobras. “Perguntei para João Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente”, diz o anexo.

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no iba clube.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Dinheiro de propina abasteceu a campanha de Dilma em 2014, diz Andrade Gutierrez

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, acusação consta da delação premiada de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da construtora
Dinheiro proveniente de propinas foi utilizado pela construtora Andrade Gutierrez para abastecer as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e seus aliados em 2010 e 2014, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira (7).

A informação, de acordo com a publicação, consta da delação premiada de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, e foi apresentada por ele à Procuradoria-Geral da República. Segundo a Folha, em 2014, a construtora doou R$ 20 milhões à campanha de Dilma. A delação, que também traz informações referentes às campanhas de 2010 e 2012, incluiria dados sobre uma doação de R$ 10 milhões vinculados à participação da Andrade Gutierrez em obras públicas da Petrobras e do sistema elétrico.

Todos os valores foram colocados em uma planilha por Azevedo e pelo ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra. Eles teriam sido declarados, posteriormente, como doações legais às campanhas políticas do PT. As propinas teriam relação com execução de obras no Complexo Petroquímico do Rio, com a usina nuclear de Angra 3 com a hidrelétrica de Belo Monte. Segundo Azevedo, as doações incluíam a parte de "compromissos com o governo", como ele classificou a propina, e a "parte republicana" - as doações "normais" feitas pelas empresas aos partidos políticos.

Fonte: Redação IstoÉ