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segunda-feira, 6 de junho de 2022

O único (quase) acerto de Lula - Rodrigo Constantino

O ex-presidiário Luís Inácio Lula da Silva só diz bobagem, mente que nem sente, inventa números, distorce a realidade e abusa da retórica sensacionalista. Mas ele quase acertou o alvo pela primeira vez. Foi quando disse que o PSDB acabou, morreu. Claro que, em essência, não é bem assim. Mas a ideia vai na direção certa: os tucanos derreteram, não só com Doria, mas com sua postura em geral.

A farsa da estratégia das tesouras chegou ao fim. Na pandemia, governadores e prefeitos tucanos se mostraram tão autoritários quanto os petistas. Na defesa do liberalismo econômico, os tucanos parecem tímidos demais. Nas pautas de costumes, eles aderiram em peso ao credo "progressista". E quando o tucano mais "conservador", que alertou que Lula pretendia voltar à cena do crime, acabou fechando chapa com o próprio larápio, o descrédito do tucanato foi no limbo.

Claro que há bons quadros no PSDB, gente mais liberal, alguns antipetistas de fato. Mas as lideranças, como o ex-presidente FHC, adoram incensar Lula, elogiar o corrupto, enquanto demonizam Bolsonaro. É uma esquerda acovardada, sem coragem de sair do armário, e que se vende como muito diferente porque usa terno melhor e perfume francês. Não engana mais tanta gente assim.

Quem não gostou da fala de Lula, porém, foi o jornalismo tucano. O Estadão, o jornal mais tucano de todos, publicou seu editorial de hoje condenando a fala "antidemocrata" de Lula. Diz o jornal: "Lula pretende se apresentar como ‘salvador da democracia’ no País, mas sua natureza autoritária se impõe, ao debochar do PSDB e da inteligência do eleitor. O chefão petista diz e repete que pretende ser líder de um amplo movimento suprapartidário para nada menos que “salvar a democracia”, mas, quando está entre os seus, deixa claro o que entende por “democracia”: um regime em que o PT governa sem oposição.

Em seguida, o jornal passa a elogiar as gestões tucanas, e alfineta Lula: "O perigo de uma eventual vitória de Lula não se manifesta somente nos momentos em que reafirma sua vocação autoritária. Preocupa igualmente sua visão tacanha de mundo. Em vários momentos, Lula parece que está disputando a direção de um centro acadêmico, não a Presidência da República". E conclui: "Esse é o Lula – irredutível demagogo e incorrigível autoritário – que quer ser visto como o redentor do Brasil".

O Estadão está certo sobre Lula, claro, mas chega a ser patética a defesa apaixonada que faz do PSDB. No fundo, o que os tucanos não aceitam é o desprezo de Lula por eles, que no fundo tentam tanto formar essa "frente ampla" contra Bolsonaro. Se ao menos Lula fosse mais tolerante com a turma da social-democracia, que não enxerga tanto defeito assim no socialismo ideológico do PT, mas que fica desesperada com o egoísmo e a gula de seu líder. Poxa, era só Lula elogiar um pouco o PSDB que todos os parentes esquerdistas seriam tão felizes juntos...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 


sábado, 28 de maio de 2022

Imbecis do mundo, uni-vos! - Revista Oeste

 Flávio Gordon

Graças à internet, o cidadão comum deixou de ser apenas olhos e ouvidos, adquirindo uma boca, pela qual passou a emitir opiniões inconvenientes aos outrora monopolistas do mercado de ideias 


Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 
 
“É possível que nenhum de nós saiba nada do que é bom e belo, mas, enquanto ele julga saber algo, eu, como nada sei, nada julgo saber. E nisto parece-me que sou um pouco mais sábio que ele, por não julgar saber as coisas que não sei”

Platão, Apologia de Sócrates

“A internet deu voz aos imbecis”resmungou Alexandre de Moraes, ganhando os holofotes midiáticos com sua pose de bastião da democracia. Embora carregando as marcas distintivas de nossa República lagosteira, no geral constituída por material humano de quinta categoria, a fala apenas manifesta em escala nacional um fenômeno que é de ordem global. Recorrendo ao título da obra clássica do historiador norte-americano Christopher Lasch, poderíamos caracterizá-lo como uma “revolta das elites”, hoje voltada especialmente contra a democratização do debate público propiciada pelas redes sociais.

Antes acostumados a controlar a opinião pública por meio de uma imprensa amestrada e incrivelmente homogênea em termos político-ideológicos —, no mundo todo os representantes daquelas elites política, financeira e cultural crisparam-se de pânico reacionário ante o contato direto com um público. Se antes ele lhes servia apenas como objeto de uma retórica demagógica, agora virava sujeito concreto de interlocução, dispensando a função mediadora (donde media, em inglês; médias, em francês; mídia, em português etc.) tradicionalmente exercida pelo velho jornalismo.

Os barões da opinião pública
Graças à internet, o cidadão comum deixou de ser apenas olhos e ouvidos passivos, adquirindo uma boca, pela qual passou a emitir opiniões inconvenientes aos outrora monopolistas do mercado de ideias. 
O que era antes uma cômoda relação Eu-Isso para citar a clássica oposição do filósofo Martim Buber virou uma desconfortável relação Eu-Tu, carregada de tensão e imprevisibilidade. E com isso os barões da opinião pública não souberam lidar.

Uma anedota facilitará a compreensão do leitor sobre a mentalidade do clubinho. Há muitos e muitos anos, numa galáxia temporal distante, pré-internet, lembro-me de assistir a uma entrevista de bastidor na qual um jornalista veterano dizia a um colega: “Só maluco escreve para as Cartas dos Leitores”. Num tempo em que a seção de Cartas dos Leitores era o único canal de comunicação entre as redações e o público, que então podia ser facilmente domesticado pela editoria, esse tipo de deboche com os missivistas era quase uma tradição profissional no jornalismo. Daí que, na referida entrevista, ambos os jornalistas, mutuamente estimulados pelo senso corporativo de superioridade, tenham se permitido gargalhar da piadinha interna. Compreende-se que, hoje, o seu humor tenha mudado para pior, uma vez que os “malucos” já não se limitam a escrever cartas fatalmente destinadas à lixeira, mas confrontam o jornalista — e o acadêmico, e o político, e o magistrado — diretamente em seu perfil na rede social, tal como selvagens (maus selvagens!) a invadir um salão aristocrata.

Pois bem. Ao longo de décadas, aquela democracia de faz de conta, fundada sobre um debate público postiço e manietado, refletia-se não raro em eleições com cartas marcadas, nas quais as opções de voto consistiam numa versão “hard e numa versãosoft de uma só cultura política previamente estabelecida, ambas as versões rivalizando à superfície do mesmo establishment profundo. No Brasil, por exemplo, o eleitor passou duas décadas tendo de escolher entre petistas e tucanos, naquilo que o professor Olavo de Carvalho batizou de "estratégia das tesouras”, o mecanismo pelo qual socialistas marxistas e socialistas fabianos — hoje finalmente fundidos na chapa “Caipirinha de Chuchu” — repartiram os espólios da assim chamada Nova República.

A gota d’água para as elites globais
Tudo mudou a partir de 2016, quando a descentralização do mercado de informação e opinião deu sinais claros de repercussão no terreno da disputa política, trazendo para dentro da “festa de democracia” um “bando de deploráveis” egressos de “guetos pré-iluministas”, que deveriam ter sido mantidos do lado de fora. Isso foi a gota d’água para as elites globais, que, vendo dificultado o trabalho de edição da opinião pública, buscavam agora uma via direta de controle, uma forma de “editar um país inteiro”, objetivo que finalmente viria a ser alcançado em 2020, com a pandemia de covid-19.

Mas ali, em 2016, fenômenos como o Brexit e a eleição de Donald Trump para a Presidência dos EUA deixaram claro que o “consórcio” midiático já não controlava totalmente o fluxo de informações, pois nem mesmo uma das maiores campanhas de propaganda e infowar de que se tem notícia foi capaz de convencer a maioria da população britânica e norte-americana a votar conforme a vontade política dos donos do poder. Perplexa e ressentida com a insubmissão do cidadão comum às suas orientações, a classe falante pró-establishment reagiu muito mal, com um elitismo quase caricato. Primeiro, execrou a massa de novos atores recém-chegados ao debate público. Em seguida, como a demofobia escancarada não pegasse bem, amaldiçoou a internet livre, o próprio meio pelo qual, à revelia dos tradicionais mediadores (ou gatekeepers) da informação, essa massa lograra ascender à posição de sujeito das próprias opiniões. Na alma das elites globais, fervilhava um intenso sentimento de vingança contra 2016, o verdadeiro ano que não terminou.

Da demofobia saltou-se diretamente à demagogia condescendente, e o povo, antes objeto de ódio, passou a ser descrito como vítima passiva — de desinformação, de fake news, de discurso de ódio. Nesse sentido, uma fórmula foi consagrada no jornalismo de opinião: o apoio ao Brexit e a políticos como Trump havia sido um “grito” do povo contra o statu quo. Sim, um grito — no sentido de algo produzido de maneira inarticulada, à guisa de interjeição, como resposta mecânica a uma situação aflitiva. Enquanto o representante da elite iluminada se exprime de maneira articulada e autoconsciente, o povo emite um ruído, que lhe brota da garganta quase que à revelia. Quando vota, o membro do establishment fala. Já o povo, grita. Ou — quem sabe? — urra, guincha, grasna, bale… Produz, enfim, um som que é da ordem da natureza, não da cultura.

Hoje, já não há dúvidas de que essas agências de fact-checking, longe de instituições ideologicamente neutras, são agentes políticos de destaque no cenário global

A primeira reação, demofóbica, é ilustrada pela literatura produzida por intelectuais orgânicos do establishment global em reação aos acontecimentos do fatídico ano de 2016. Destacam-se nesse material o livro Contra a Democracia, do filósofo norte-americano Jason Brennan, e o artigo “Chegou a hora de as elites se erguerem contra as massas ignorantes”, do jornalista James Traub, cujos títulos são autoexplicativos.

No lugar de uma democracia “em crise” — marcada por “decisões estúpidas” como o Brexit e a eleição de Trump —, Brennan propunha a instauração de uma epistocracia, o governo dos “bem informados”. Traub, por sua vez, afirmava que a grande divisão política do futuro não se daria entre a esquerda e a direita, mas entre “os sãos” e “os raivosos descerebrados”, ou entre “o partido dos que aceitam a realidade” e o “partido dos que a negam”. As análises de Brennan e Traub são documentos históricos relevantes, por dizer às claras aquilo que a maioria do establishment sentia naquele momento, mas que raramente admitia em público.

Intelligentsia enfurecida
A segunda reação,
demagógica e condescendente, começou a se organizar em 17 de novembro daquele mesmo ano, em imediata resposta à vitória de Trump, cuja eleição foi atribuída à disseminação de “fake news” — um argumento que seria repetido no Brasil para explicar a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, que contrariou expectativas e enfureceu a intelligentsia
Foi então que duas dezenas de agências de fact-checking, com sede em diversos países, enviaram a Mark Zuckerberg uma carta aberta propondo uma parceria para “encontrar e desmontar informações falsas” na internet. Sem qualquer legitimidade para tanto, os signatários — dentre os quais as agências brasileiras Lupa, Aos Fatos e Pública-Truco — apresentavam-se como guardiões do “debate público sadio”. Afinal de contas, aquele animal irracional que “gritara” contra o statu quo por meio do voto em Trump precisava ser protegido de si mesmo, já que o excesso de liberdade nas redes poderia feri-lo.

Todas as agências signatárias da carta a Zuckerberg integravam uma Rede Internacional de Fact-Checking (“International Fact-Checking Network”), sediada no Poynter Institute, entidade sem fins lucrativos dedicada formalmente a aprimorar (e, informalmente, a homogeneizar e instrumentalizar) a prática jornalística ao redor do mundo. O grosso do financiamento do Poynter Institute provinha basicamente de duas grandes fundações “filantrópicas”: a Omidyar Network, de Pierre Omidyar, idealizador do eBay, e a Open Society, do megainvestidor George Soros. Em junho de 2017, por exemplo, as duas juntas haviam doado um total de US$ 1,3 milhão ao Poynter, com o fim declarado de incrementar as ações da Rede Internacional de Fact-Checking.

Um dos nós da Rede Internacional de Fact-Checking era o site PolitiFact, responsável por “checar” os discursos de campanha de Trump e, com isso, criar a narrativa segundo a qual quase todas as declarações do candidato republicano consistiam em “fake news”. Embora fosse mencionado de maneira neutra no noticiário brasileiro — como se checasse imparcialmente todo tipo de discurso político —, o PolitiFact jamais foi algo além de uma ferramenta de agitprop manejada por Soros e Omidyar, dois ferrenhos inimigos de Donald Trump, que fizeram de tudo para impedir a sua eleição e, num segundo momento, para boicotar-lhe o governo (ver aqui e aqui).

Hoje, já não há dúvidas de que essas agências de fact-checking, longe de instituições ideologicamente neutras, são, ao contrário, agentes políticos de destaque no cenário global contemporâneo. Em coordenação com os conglomerados tradicionais de mídia, com as big techs e com o establishment político globalista, integram uma vasta reação epistocrata à livre circulação de ideias nas redes, com efeitos palpáveis. Páginas e perfis de indivíduos e grupos posicionados no campo não esquerdista do espectro político têm o seu alcance reduzido, quando não são sumariamente banidos em processos kafkianos, nos quais não se concede ao acusado direito de defesa, nem sequer informações claras sobre o crimideia cometido. Postagens “subversivas” somem misteriosamente, graças ao mecanismo conhecido como “shadow banning”, o bloqueio do conteúdo postado por um usuário que, sem se dar conta de ter sido bloqueado, não entende por que, de um dia para o outro, as curtidas em seus posts despencam da casa dos milhares para a das dezenas. E assim por diante.

Ministério da Verdade anabolizado
Essa é a realidade atual de milhões de “imbecis” usuários das redes, cuja liberdade de expressão se tornou uma ameaça concreta aos monopolistas da palavra, diretores desse Ministério da Verdade anabolizado. O ódio incontido de Alexandres de Moraes e que tais advém da percepção recalcada de que, num debate franco e descentralizado, eles não teriam a menor chance de moldar a opinião pública à sua imagem e semelhança, pois ninguém os leva a sério. Carentes de boas ideais e bons valores, destituídos de qualquer mérito próprio senão o de bem se adaptar às panelinhas do poder, resta-lhes o exercício do mais puro autoritarismo, sempre presente ali onde falta autoridade legítima. O que a sua pulsão censora nos revela é um profundo e, aliás, plenamente justificado — complexo de inferioridade moral e intelectual.

Por fim, vale recordar a etimologia de “imbecil”, cuja semântica não é necessariamente negativa. A palavra vem do latim imbecillus, formada pelo prefixo de negação in– (“sem”) mais o vocábulo bacillum, diminutivo de baculum (“bastão, cajado”). Etimologicamente, portanto, imbecil significa “sem bastão”, com o sentido original de algo frágil, débil, carente de apoio.

Vista de outro ângulo, contudo, essa carência bem pode significar falta de necessidade, transmutando a fragilidade em fortaleza, a dependência em autossuficiência. Nesse sentido, um “imbecil” seria alguém que, para se manter de pé, com a espinha ereta, não depende de apoio externo, dispensando bastões, cajados e muletas — bastões como os mediadores da informação, cajados como os checadores de fatos, muletas como os editores da sociedade. Para vendedores de apoio, a perspectiva de uma tal imbecilidade é decerto perturbadora. Para o restante de nós, pode ser libertadora.

Sejamos, pois, imbecis! Imbecis do mundo, uni-vos! Nada tendes a perder senão as muletas! E que os epistocratas nos perdoem a impertinência de, não lhes obedecendo, ousar andar com as próprias pernas e pensar com os próprios miolos. Os cães ladram, mas a caravana fala…

Leia também “A negação da democracia”

Flávio Gordon, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Esquerda renovando a “estratégia das tesouras” para as eleições de 2022 - Sérgio Alves de Oliveira

Um segredo que a esquerda conseguiu esconder do povo durante muitos anos, mas que finalmente veio à tona ,chama-se “Pacto de Princeton”,assinado entre o “tucano” Fernando Henrique Cardoso, representando o “Diálogo Interamericano”, e Lula da Silva,o ”deus” do Partido dos Trabalhadores-PT,em nome do “Foro San Pablo”, na cidade de Princeton, Estados Unidos,em 1993.

No citado “Pacto de Princeton”, essa dupla “dinâmica” inspirou-se na chamada “Estratégia (ou política)-das- Tesouras”,uma artimanha político-eleitoral concebida nas filosofias dialéticas de Hegel (1770-1831) e Karl Marx (1818-1883), que teve o seu apogeu através da ação do líder “bolchevique” Vlademir Lenin ,na Revolução Russa de outubro de 1917.

Essa “genial” artimanha esquerdista consistia numa política “faz-de-conta”,em que dois “cumpanheros”, da mesma linha ideológica, passam a disputar uma determinada eleição ,um dos quais declaradamente representando os interesses esquerdistas progressistas/socialistas/comunistas, e o outro, de idêntica linha ideológica,se passando,falsamente,”fingidamente”, por direitista/conservador/ “moderado”.

A esquerda já vinha dominando a política brasileira,mesmo que aos “trancos-e-barrancos”, desde 1985, fim do Regime Militar, oportunidade em que os derrotados no contragolpe cívico-militar de 31 de março de 1964 se reaglutinaram para retomada do poder com mais “apetite” que um bando de urubus esfomeados quando se deparam com alguma carniça “apetitosa”.

Quem “escancarou” as portas para retorno da esquerda em 1985 foi aquela “praga” política que jamais esteve afastada do poder, e que teve importante destaque na “maldição” que contaminou a política brasileira, ”chamado” José Sarney, que era “vice” de Tancredo Neves,  Presidente eleito em 1984, que não chegou a tomar posse porque faleceu antes,e acabou sendo substituído, primeiro ”temporária”, depois “definitivamente”, pelo seu “vice”,José Sarney, numa “manobra”que muitos consideram até hoje um “golpe”(militar), engendrado pelo então Ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves.

A “estratégia das tesouras”,na versão “tupiniquim” do “Pacto de Princeton”,acabou consolidando o domínio político da esquerda,que já vinha acontecendo desde 1985,porém com muito mais “tecnologia” política. E funcionou tão bem que o primeiro presidente “parido” pelo “Pacto de Princeton” foi justamente o “tucano” FHC,um dos subscritores do referido “pacto”,ao lado de Lula, e que tomou posse em janeiro de 1995. A partir daí, até 2018, a esquerda sempre venceu as eleições, invariavelmente “polarizadas” entre o PSDB e o PT. Todos sabiam de antemão que ganharia um ou outro. FHC teve dois mandatos presidenciais (1995 a 2003),Lula outros dois (2003 a 2010), Dilma uma mandato e meio (2010 a 2016), sendo o segundo mandato completado por Michel Temer,em virtude do impeachment de Dilma.

As linhas gerais da nova “Estratégia das Tesouras” da esquerda par as eleições presidenciais que se avizinham (2022) já estão no “ar”. Mudaram, na verdade, alguns “atores”. Deverão surgir novamente dois candidatos fortes de esquerda,com alguns outros candidatos “fracotes” também de esquerda somente para “tapear”, dando a impressão de uma “verdadeira” democracia,e satisfazer a vaidade pessoal de alguns em “concorrer” e poder “aparecer”.

Pessoalmente acredito que Lula será liberado pelo “seu” STF para concorrer pelo PT. Os Ministros “de Lula” estariam só aguardando o momento mais oportuno, na “última hora”.  Seria o candidato da esquerda “radical”. Enquanto isso,o candidato da esquerda “moderada” já começou a ser desenhado na luta à “ tapas” entre João Doria, Luciano Huck e Sérgio Moro, todos com algum “cheiro” de FHC/PSDB. O primeiro contaria com o “patrocínio” chinês, o segundo da “mamãe Globo”, o terceiro talvez dos “lavajajistas”. E tudo leva a crer que Jair Bolsonaro será o candidato à reeleição pelo “conservadorismo”. [somando os votos dos três - o caixeiro viajante dos chineses, o animador de auditório e o genérico EX tudo - não se alcança metade dos votos do presidente Bolsonaro. Quanto ao multicondenado puxando cadeia ou em liberdade, estará acabado politicamente = obtendo 10% dos votos, será considerado favorecido por um milagre. .

E a “estória” se repetirá ? O povo brasileiro cairá novamente nessa armadilha nada original e muito cretina montada pelos “bandoleiros” da esquerda ?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A trapaça da esquerda com a “estratégia das tesouras” - Sérgio Alves de Oliveira

É preciso que se faça um passeio na história para que se encontre os reais  motivos do atoleiro moral, político, social e econômico em que foi metido o Brasil pelos governos e pela política  de esquerda que comandaram o país de 1985 até 2016 (com Sarney, Collor/Itamar, FHC, Lula e Dilma), em substituição ao Regime  Militar, que havia  sido implantado  em 31 de março de 1964. Os trapaceiros políticos da esquerda que se apropriaram do país após 1985  foram buscar inspiração para se  manter no poder por longo tempo  lá nos Séculos 18 e 19, na filosofia  dialética de Hegel (1770-1883),que por seu turno  influenciou Karl Marx (1818-1883).

Para Hegel, ”toda ideia (tesis) pode ser contestada através de uma ideia contrária, a ‘antítese”. Segundo o pensador, é na  disputa entre a ideia e antítese que se configura  a dialética. Enquanto Hegel afirmava que o mundo era movimentado pelas ideias, a dialética de Marx atribuía essa “movimentação” à luta de classes e às relações de produção. Por isso, enquanto a dialética hegeliana ficava restrita ao plano das ideias, Marx transportava a dialética para o mundo real. Hegel dizia que não era possível criar um movimento histórico  linear, e que seria preciso estimular duas forças políticas em disputa, e controlar as duas, ao mesmo tempo, o que chamava de “mecanismo dialético”. 

As dialéticas de Hegel e Marx acabaram gerando o que foi chamado de “estratégia (ou política) das tesouras”, usada com maestria pelo russo Vladimir “Lenin”, líder bolchevique, que chefiou com mãos de ferro  a Rússia nos primeiros anos após a tomada do  poder pela Revolução de Outubro de 1917, ou seja, até 1924. É de se presumir, portanto, que a “estratégia das tesouras” de Hegel, Marx e Lenin  já tivesse sido utilizada em face dos  dois grandes grupos revolucionários que  buscavam implantar o comunismo na Rússia, de um lado os “mencheviques”, e  de outro os “bolcheviques”. Embora esses dois grupos  disputasem a primazia “revolucionária” entre si, o objetivo era comum, o mesmo, ou seja, a derrubada do regime dos Czares, a tomada do poder na Rússia, e a implantação, primeiro nesse país, depois no mundo, das ideias concebidas  por Karl Marx, o  grande teórico do socialismo/comunismo.

Igual a primatas que não têm ideias próprias, mas que são oportunistas e espertos o suficiente para “copiar” e “adotar” ideias proveitosas alheias, de outros, alguns políticos brasileiros foram beber “sabedoria” política nas filosofias dialéticas de Hegel, Marx e Lenin, adotando à plenitude a “estratégia das tesouras”, e conseguindo implantar no Brasil uma prisão ideológica, alternando no poder dois partidos políticos que, igual a lâminas de uma tesoura, só aparentemente se opondo uma à outra, na verdade têm o mesmo objeto.

A política das tesouras  “tupiniquim” acabou se tornando realidade  na cidade de Princeton, Estados Unidos, em 1993,através do então chamado “Pacto de Princeton”, acertado  por representante  do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, e  Luis Inácio Lula da Silva, pelo Partido dos Trabalhadores, o primeiro em nome do  “Diálogo Interamericano”, e o segundo em nome do “Foro San Pablo”, uma organização clandestina e marginal que busca implementar o socialismo na América Latina, fundado  em 1990 por Fidel Castro e Lula.

Desse “pacto” restou a tomada do poder no Brasil pela esquerda, utilizando  duas caras  iguais na mesma  “moeda”, a partir de 1995,dois anos após o “Pacto de Princeton”. Um deles o PT, o partido esquerdista “radical”; o outro, o PMDB, o partido de esquerda  “moderado”- ”na aparência ” um partido de “centro”, com traços da social-democracia, da democracia cristã e do liberalismo econômico e social-  porém ambos seguindo a mesma agenda política da esquerda.

É por essa razão  que desde 1985,até 2016  (ou 2018,se incluirmos o Governo Temer), PSDB e PT, o partido esquerdista moderado, e  o partido esquerdista radical, revezaram-se no poder, implementando no país a mesma agenda comunista, eliminando a direita do jogo político. Nesse período a democracia brasileira passou a ser uma discussão meramente da esquerda. Os “inconvenientes foram “incorporados”, ou eliminados. O povo totalmente marginalizado, excluído, só sendo lembrado nas “promessas” e nos dias de eleições para escolher um ou outro.

O “balanço” da era PSDB/PT, da “política das tesouras”, deixou um saldo dramático para o povo brasileiro. Para início de conversa, os esquerdistas e seus  comparsas ladrões ”assaltaram” os cofres públicos em quantia estimada em 10 trilhões de reais (o PIB brasileiro é de 7,3  trilhões). Essas  “tesouras” deram aos bancos fantásticos lucros como em nenhum outro lugar do mundo, daí a explicação para a corrida dos maiores bancos do mundo colocarem agências no Brasil. Enquanto isso, serviço público foi “inchado”, e os privilégios da casta dominante reforçados. As privatizações acabaram se  transformando em oligopólios. 

Nessa maldita política, a classe média desceu alguns degraus da pirâmide social, sendo totalmente marginalizada. Os impostos foram “às nuvens”, num verdadeiro terrorismo tributário, tornado-se os mais elevados do mundo, na relação “cobrança-retorno”, porém fazendo “fundos” para a roubalheira e sustentação da folha de pagamentos  dos marajás do serviço público, inigualável no mundo. Além disso incentivaram o abortismo, a ideologia de gênero e a propaganda comunista nas escolas e universidades. Também incrementaram a libertinagem sexual, mutilaram a cultura brasileira, os valores da família e judaico-cristãos, marginalizando os pequenos empresários. Aparelharam o Estado, as leis, o serviço público, a Igreja e as instituições públicas e privadas. Criminosos e terroristas foram privilegiadosinclusive com a proteção da Corte de Justiça maior do país, o STF. A liberação das drogas e do narcotráfico chegaram a patamares nunca vistos. A população foi desarmada, ficando refém da criminalidade.

Nos dias das eleições, só havia, com viabilidade eleitoral, duas opções: a tesoura radical e a moderada, o PT, ou o PSDB. A vitória presidencial de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro de 2018 de certo modo surpreendeu a esquerda, que até hoje não se conformou com essa  derrota. Mas apesar dos esforços do novo Presidente para acabar com a corrupção no governo federal, o “aparelhamento” que a esquerda deixou nas leis e no Estado  está dificultando essa iniciativa. Quase tudo depende de novas leis. Mas a competência para aprovar leis é do Poder Legislativo, que continua  dominado pela esquerda, com a proteção  e  até conluio do STF.

Se os brasileiros não se conscientizarem sobre os reais culpados da trágica situação hoje vivida, e novamente entregarem o poder à esquerda nas eleições que se avizinham, inclusive na presidencial de 2022,estarão   com certeza fazendo jus ao enquadramento preconizado por  Nelson Rodrigues, no sentido de que “A MAIOR DESGRAÇA DA DEMOCRACIA É QUE ELA TRAZ  À TONA A FORÇA NUMÉRICA DOS IDIOTAS QUE SÃO A MAIORIA DA HUMANIDADE”.

Os Estados Unidos estão na  mesma situação do Brasil.  O próximo dia 3 de novembro será  decisivo, entre Trump e Biden. Se Trump  na verdade não chegou a ser nenhuma  “maravilha”, e por isso quiserem se  “livrar” dele, com certeza a alternativa “Biden”, apoiado pela unanimidade de todas as esquerdas mundiais, será muito pior, em poucas palavras, uma “tragédia” para o povo americano, que acabará entregando todas as suas  riquezas, construídas através dos séculos, aos  comunistas parasitas que jamais construíram algo de positivo por onde passaram, e só “produzem” discursos.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo