É preciso que se faça um passeio na história para que se
encontre os reais motivos do atoleiro
moral, político, social e econômico em que foi metido o Brasil pelos governos e
pela política de esquerda que comandaram
o país de 1985 até 2016 (com Sarney, Collor/Itamar, FHC, Lula e Dilma), em
substituição ao Regime Militar, que
havia sido implantado em 31 de março de 1964. Os trapaceiros políticos da esquerda que se apropriaram do
país após 1985 foram buscar inspiração
para se manter no poder por longo tempo lá nos Séculos 18 e 19, na filosofia dialética de Hegel (1770-1883),que por seu
turno influenciou Karl Marx (1818-1883).
Para Hegel, ”toda ideia (tesis) pode ser contestada através
de uma ideia contrária, a ‘antítese”. Segundo o pensador, é na disputa entre a ideia e antítese que se
configura a dialética. Enquanto Hegel
afirmava que o mundo era movimentado pelas ideias, a dialética de Marx atribuía
essa “movimentação” à luta de classes e às relações de produção. Por isso, enquanto
a dialética hegeliana ficava restrita ao plano das ideias, Marx transportava a
dialética para o mundo real. Hegel dizia que não era possível criar um
movimento histórico linear, e que seria
preciso estimular duas forças políticas em disputa, e controlar as duas, ao mesmo
tempo, o que chamava de “mecanismo dialético”.
As dialéticas de Hegel e Marx acabaram gerando o que foi
chamado de “estratégia (ou política) das tesouras”, usada com maestria pelo
russo Vladimir “Lenin”, líder bolchevique, que chefiou com mãos de ferro a Rússia nos primeiros anos após a tomada
do poder pela Revolução de Outubro de
1917, ou seja, até 1924. É de se presumir, portanto, que a “estratégia das
tesouras” de Hegel, Marx e Lenin já
tivesse sido utilizada em face dos dois
grandes grupos revolucionários que
buscavam implantar o comunismo na Rússia, de um lado os “mencheviques”, e de outro os “bolcheviques”. Embora esses dois
grupos disputasem a primazia
“revolucionária” entre si, o objetivo era comum, o mesmo, ou seja, a derrubada do regime
dos Czares, a tomada do poder na Rússia, e a implantação, primeiro nesse
país, depois no mundo, das ideias concebidas por Karl Marx, o grande teórico do socialismo/comunismo.
Igual a primatas que não têm ideias próprias, mas que são
oportunistas e espertos o suficiente para “copiar” e “adotar” ideias
proveitosas alheias, de outros, alguns políticos brasileiros foram beber “sabedoria”
política nas filosofias dialéticas de Hegel, Marx e Lenin, adotando à plenitude a
“estratégia das tesouras”, e conseguindo implantar no Brasil uma prisão
ideológica, alternando no poder dois partidos políticos que, igual a lâminas de
uma tesoura, só aparentemente se opondo uma à outra, na verdade têm o mesmo
objeto.
A política das tesouras
“tupiniquim” acabou se tornando realidade na cidade de Princeton, Estados Unidos, em
1993,através do então chamado “Pacto de Princeton”, acertado por representante do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, e Luis Inácio Lula da Silva, pelo Partido dos
Trabalhadores, o primeiro em nome do “Diálogo Interamericano”, e o segundo em nome do
“Foro San Pablo”, uma organização clandestina e marginal que busca implementar o
socialismo na América Latina, fundado em
1990 por Fidel Castro e Lula.
Desse “pacto” restou a tomada do poder no Brasil pela
esquerda, utilizando duas caras iguais na mesma “moeda”, a partir de 1995,dois anos após o
“Pacto de Princeton”. Um deles o PT, o partido esquerdista “radical”; o outro, o
PMDB, o partido de esquerda “moderado”-
”na aparência ” um partido de “centro”, com traços da social-democracia, da
democracia cristã e do liberalismo econômico e social- porém ambos seguindo a mesma agenda política
da esquerda.
É por essa razão que
desde 1985,até 2016 (ou 2018,se incluirmos o Governo Temer), PSDB e PT, o partido
esquerdista moderado, e o partido
esquerdista radical, revezaram-se no poder, implementando no país a mesma agenda
comunista, eliminando a direita do jogo político. Nesse período a democracia
brasileira passou a ser uma discussão meramente da esquerda. Os “inconvenientes
foram “incorporados”, ou eliminados. O povo totalmente marginalizado, excluído, só
sendo lembrado nas “promessas” e nos dias de eleições para escolher um ou
outro.
O “balanço” da era PSDB/PT, da “política das
tesouras”, deixou um saldo dramático para o povo brasileiro. Para início de
conversa, os esquerdistas e seus comparsas ladrões ”assaltaram” os cofres
públicos em quantia estimada em 10 trilhões de reais (o PIB brasileiro é de 7,3
trilhões). Essas “tesouras” deram aos bancos fantásticos
lucros como em nenhum outro lugar do mundo, daí a explicação para a corrida dos
maiores bancos do mundo colocarem agências no Brasil. Enquanto isso, serviço
público foi “inchado”, e os privilégios da casta dominante reforçados. As
privatizações acabaram se transformando
em oligopólios.
Nessa maldita política, a classe média desceu alguns degraus da
pirâmide social, sendo totalmente marginalizada. Os impostos foram “às
nuvens”, num verdadeiro terrorismo tributário, tornado-se os mais elevados do
mundo, na relação “cobrança-retorno”, porém fazendo “fundos” para a roubalheira e
sustentação da folha de pagamentos dos
marajás do serviço público, inigualável no mundo. Além disso incentivaram o
abortismo, a ideologia de gênero e a propaganda comunista nas escolas e
universidades. Também incrementaram a libertinagem sexual, mutilaram a cultura
brasileira, os valores da família e judaico-cristãos, marginalizando os pequenos
empresários. Aparelharam o Estado, as leis, o serviço público, a Igreja e as
instituições públicas e privadas. Criminosos e terroristas foram
privilegiados, inclusive com a proteção da Corte de Justiça maior do país, o STF.
A liberação das drogas e do narcotráfico chegaram a patamares nunca vistos. A
população foi desarmada, ficando refém da criminalidade.
Nos dias das eleições, só havia, com viabilidade
eleitoral, duas opções: a tesoura radical e a moderada, o PT, ou o PSDB. A vitória presidencial de Jair Bolsonaro nas eleições de
outubro de 2018 de certo modo surpreendeu a esquerda, que até hoje não se
conformou com essa derrota. Mas apesar
dos esforços do novo Presidente para acabar com a corrupção no governo
federal, o “aparelhamento” que a esquerda deixou nas leis e no Estado está dificultando essa iniciativa. Quase tudo
depende de novas leis. Mas a competência para aprovar leis é do Poder
Legislativo, que continua dominado pela
esquerda, com a proteção e até conluio do STF.
Se os brasileiros não se conscientizarem sobre os reais
culpados da trágica situação hoje vivida, e novamente entregarem o poder à
esquerda nas eleições que se avizinham, inclusive na presidencial de 2022,estarão
com certeza fazendo jus ao enquadramento
preconizado por Nelson Rodrigues, no
sentido de que “A MAIOR DESGRAÇA DA DEMOCRACIA É QUE ELA TRAZ À TONA A FORÇA NUMÉRICA DOS IDIOTAS QUE SÃO A
MAIORIA DA HUMANIDADE”.
Os Estados Unidos estão na
mesma situação do Brasil. O
próximo dia 3 de novembro será
decisivo, entre Trump e Biden. Se Trump na verdade não chegou a ser nenhuma “maravilha”, e por isso quiserem se “livrar”
dele, com certeza a alternativa “Biden”, apoiado pela unanimidade de todas as
esquerdas mundiais, será muito pior, em poucas palavras, uma “tragédia” para o
povo americano, que acabará entregando todas as suas riquezas, construídas através dos
séculos, aos comunistas parasitas que
jamais construíram algo de positivo por onde passaram, e só “produzem”
discursos.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo