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quinta-feira, 19 de abril de 2018

“O mundo gira e os partidos rodam”

Ciro Gomes só ganhará força se tiver apoio do PT, Marina Silva e Joaquim Barbosa estão indecisos, Alckmin não decola, e Bolsonaro tem pouco tempo de tevê [Bolsonaro só necessita que o povo saiba que é candidato - os que não gostam de ladrões, de pedófilos, de estupradores e de corjas similares votarão nele em outubro/2018 e seus eleitores serão mais que suficientes para dispensar o segundo turno.]


Aécio, não faz muito tempo, era candidato forte em 2018. Hoje é réu e perdeu de 5×0 no Supremo. Temer é o presidente, a inflação caiu em seu Governo, mas não há Viagra eleitoral que levante sua popularidade. Lula, com toda a papagaiada em torno de sua prisão, caiu nesta semana seis pontos percentuais: de 37 para 31%. Não faz muita diferença, porque é barrado não pela baixa aceitação, e sim pela Lei da Ficha Limpa mas como será hoje sua capacidade de transferir votos a nulidades, depois da experiência Dilma? Alckmin vai mal, embora sempre tenha tido votos em São Paulo. E Meirelles, João Amoedo, Álvaro Dias, Flávio Rocha, Manuela d’Ávila, Guilherme Boulos, Aldo Rebelo? Juntando o carisma e a popularidade de cada um, nem juntando todos se conseguiria um candidato.

Há Ciro Gomes, mas só ganharia força se tivesse o apoio do PT. O PT, porém, só aceita apoios, rejeitando apoiar quem não seja do partido. Há os salvadores da Pátria, como Marina Silva e Joaquim Barbosa, que estão bem num início de campanha. [os dois já estão derrotados; Marina Silva cada vez que abre a boca mostra ser um desperdício ocupar bytes com seu nome na urna eletrônica - tem falado pouco mas o pouco que tem falado confirma ser sem rumo e sem noção; diz que não quer ser vice, mas, será que algum candidato aceitará ter a falsidade materializada como sua vice?] Mas Marina Silva sempre despencou no meio do caminho (aliás, Ciro Gomes também). Joaquim Barbosa tem boa imagem, mas é autoritário e intratável. Como isso se refletirá em sua campanha? [caso ele inicie a campanha o reflexo será simples: a cada aparição cairá um décimo de ponto;  o que para quem não alcançará, quando a campanha começar, sequer 5 pontos é um desastre. Caso seja candidato de verdade e não renuncie antes do fim da campanha terminará como um traço.]
Bolsonaro, então? Depende: como se comportará com pouquíssimo tempo de TV? Como reagirá aos ataques pessoais que irá receber? Às vezes se descontrola. Isso já tirou candidatos em eleições anteriores. Aguentará? [VENCERÁ e muito provavelmente no primeiro turno. Ele é a solução para os principais problemas do povo brasileiro.]

Tira, põe
A ala paulista de Geraldo Alckmin tem o controle do PSDB. Mas não há político, tucano ou não, que fique tranquilo com candidato fraco. Há quem pense em sair com João Doria e lançar Alckmin ao Senado (com o abono de segurar o apoio do cacique socialista Márcio França, com o que Barbosa perderia seu próprio partido em São Paulo). Doria tem hoje a vantagem de ser um tucano da gema: depois de trair Alckmin e solapar a aliança do PSB paulista com o PSDB, Doria já é odiado por todos os seus amigos.
Nada mais tucano: o PSDB é um partido de amigos formado 100% por inimigos.

Deixa ficar
O PMDB é o maior partido brasileiro, com tradição e presença em boa parte dos municípios. Mas candidato… Temer, Meirelles, Paulo Skaf? Não dá: é por isso que o PMDB normalmente não lança candidato e dá apoio ao que ganha. Os caciques estaduais fazem suas próprias alianças, sem levar em conta as alianças nacionais. Renan Calheiros, por exemplo, fecha com o PT; Eunício, amigo de Temer, tenta juntar-se ao PT no Ceará. O PMDB não se preocupa com as aparências: sempre usa todas as vantagens.

Tempo rei
O fato é que, a poucos meses das eleições, é complicado escolher seu candidato. Só um pouco mais perto de outubro o quadro fica mais estável.

Aécio no sexto
Indiciado por corrupção passiva e obstrução à Justiça, Aécio é o sexto senador a enfrentar o Supremo em consequência da Lava Jato. Os outros são Gleisi Hoffmann, Agripino Maia, Romero Jucá, Valdir Raupp e Fernando Collor, uma do PT, dois do PMDB, um do DEM, um do PTC. Mas calma: as coisas andam devagar. A denúncia sobre o Quadrilhão que envolve quatro senadores (Romero Jucá, Valdir Raupp, Renan Calheiros e Garibaldi Alves Filho), do PMDB, e o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, foi encaminhada ao Supremo em agosto de 2017; e ainda não foi analisada. Demora para que passem a ser chamados de Guerreiros do Povo Brasileiro. A propósito, o ex-presidente José Sarney, que na semana que vem completa 88 anos, está entre os denunciados.

Sem teto, com ônibus
Os participantes da invasão do apartamento à beira-mar que gerou a primeira condenação de Lula são sem-teto, mas chegaram à praia em ótimos ônibus alugados. Pularam a cerca do Edifício Solaris, onde fica o triplex que Lula diz que não é dele, renderam o vigia, subiram ao apartamento, arrombaram a porta e se instalaram. O grupo que não entrou no prédio demarcou a praia para montar suas barracas. Só não levou em conta que Alckmin deixou o Governo para se candidatar à Presidência, e seu sucessor, Márcio França, é mais disposto. Avisou que o prédio tinha de ser desocupado na hora, ou os invasores seriam presos. Saíram todos e não quiseram nem tentar acampar na praia. O problema agora é fazer com que paguem os danos causados ao prédio e ao apartamento que não é de Lula.

Vão tomar banho!
A Câmara Federal está abrindo licitação para a troca das banheiras de hidromassagem e outros equipamentos hidráulicos de parte dos imóveis  postos à disposição dos deputados. São aquecedores, chuveiros, duchas higiênicas, pias de granito. Custo? Quem quer saber de custo, numa hora em que é preciso lavar até reputações? Só R$ 3 milhões. Baratinho.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Novo chefe da Polícia Federal agrada a políticos e teve apoio de Padilha e assessor de Temer



O novo chefe da Polícia Federal escolhido pelo presidente Michel Temer, Fernando Segóvia, era o candidato defendido por políticos para ocupar o posto de Leandro Daiello, que está no cargo desde 2011, o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff.  Entre os políticos que fizeram campanha para Segóvia estão o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o subchefe de assuntos jurídicos da pasta e um dos principais conselheiros do presidente, Gustavo Rocha.
O delegado Fernando Segóvia será o novo diretor-geral da Polícia Federal - Zeca Ribeiro / Agência Câmara 20/08/2013

O candidato apoiado por Daiello era é diretor-executivo da corporação Rogério Galloro. O nome dele chegou até a mesa do presidente Temer, mas enfrentou forte resistência da classe política que apoiava Segóvia.  Na avaliação da atual cúpula da PF, Temer não faria nenhuma troca de chefia antes que a segunda denúncia contra ele fosse votada na Câmara dos Deputados. O presidente anuncia a escolha de Segóvia menos de um mês após a votação que enterrou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República.



Não é só o grupo de Daiello que vê a nomeação de Segóvia como um ato de grande influência política. Nos bastidores, a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) tem a mesma avaliação.  A associação não apoiava Daiello e chegou a fazer uma lista com nomes de delegados para ocupar o cargo de diretor-chefe da PF. No entanto, passou a apoiar que ele permanecesse à frente da corporação até o fim do governo Temer depois que tomou conhecimento da mobilização dos políticos para nomear Segóvia. Segóvia foi superintendente da Polícia Federal no Maranhão e tem proximidade com políticos locais como o ex-presidente José Sarney.

 Transcrito de O Globo












quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Oito notas de Carlos Brickmann

Na Política, Temer parece chamar a Lava Jato a cada instante. Perde-se em bobaginhas


Governo faz, desfaz e desfaz
O problema do Brasil definitivamente não é a falta de Governo. Só em Brasília há três, que jamais poderiam conviver se não fossem, os três, presididos simultaneamente pelo mesmo Michel Miguel Elias Temer Lulia. Ou talvez sejam três os Michel Temer, mudando conforme o tema. Na Economia, as coisas andam: pode-se discordar dos seus rumos, mas é certo que há objetivos, e que vêm sendo alcançados sem grandes turbulências, sob o comando de gente do ramo, de boa reputação. Nesse clima, mesmo notícias ruins, como o desemprego em alta, acabam sendo bem aceitas.

Na Política, Temer parece chamar a Lava Jato a cada instante. Perde-se em bobaginhas. O caso Geddel, do ministro que caiu porque queria mexer no gabarito de um prédio na praia, só não é exemplar porque não serviu de exemplo. Temer repete Dilma, que quis nomear Lula ministro para dar-lhe foro privilegiado: nomeia Moreira Franco para salvá-lo de Moro.

O restante do Governo parece descoordenado. Insistir em Edison Lobão, que responde a inquérito autorizado pelo Supremo, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, é atrair tempestades. Elevar Alexandre de Moraes ao Supremo, ele que, em sua tese de doutoramento, já deu os argumentos para não ser nomeado? Eleger Eunício, citado em delação, para presidente do Senado, é contratar uma crise futura.
Na disputa dos três Michéis, quem é o Michel verdadeiro?

Sejamos sérios
Esta coluna levantou uma questão para cada leitor examinar e decidir. Mas sem maldade: fica feio dizer que o Michel verdadeiro é o Michelzinho.

Em busca do escorregão
Eunício, Alexandre de Moraes, Édison Lobão? Há mais gente. O PMDB do Mato Grosso do Sul indicou o deputado federal Carlos Marum para presidir a comissão especial sobre a reforma da Previdência. Marum é uma pedra solta aguardando um tropeção: sempre foi o maior defensor de Eduardo Cunha na Câmara. Cunha hoje está preso.

Nesta data querida
Na prática, já é Carnaval. Terminados os festejos, a Operação Lava Jato estará completando três aninhos de vida. Na área empresarial, a Lava Jato entrou como um furacão. Na área política, está bem mais para brisa. Condenou um político de peso, Delcídio do Amaral. Só um. 

Outros políticos, como Eduardo Cunha, aguardam julgamento. Há os que foram condenados em processos anteriores, como José Dirceu. OK, nunca houve clima tão tenso nos meios políticos, nunca houve tantas Excelências atrás das grades, somando Petrolão, Mensalão e Lava Jato. Mas não dá para comparar o andamento dos casos que envolvem políticos com o avanço dos processos contra empresários, a cargo de juízes de primeira instância. Com a homologação das delações (só na Odebrecht, são 78 especialistas que prometem contar cada caso como o caso foi), tudo fica mais lento.

Muitos anos de vida
Imagine que cada delator premiado da Odebrecht entregue só um nome (uma expectativa das mais conservadoras). De repente, caem sobre o Supremo mais 78 inquéritos, que revelarão outros nomes de suspeitos. Como farão os ministros para enfrentar o excesso de trabalho, eles que já têm milhares de processos aguardando decisão? Não haverá o risco de transformar julgamentos importantes, didáticos, em simples estatísticas?

Mais e mais
E, por falar em risco de soterrar o Supremo sob uma avalanche de julgamentos, a delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, gerou quatro pedidos de abertura e inquérito ao Supremo: sobre José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e o próprio Machado. Imaginemos o que vem das 78 delações da Odebrecht – em que o setor de pixulecos era estabelecido e organizadíssimo – e de outras empreiteiras, além de personalidades como Eike Batista. A menos que seja possível multiplicar a velocidade dos julgamentos, como fazer com que todos se realizem?

Bis repetita
Há poucas semanas, o ex-presidente José Sarney informava que não mais se candidataria ao Senado pelo Amapá. Questão de idade, dizia. Aos 87 anos, teria chegado a hora de se aposentar. Há alguns dias, amigos de Sarney garantiram que a eleição seria facílima e ele não teria de se esforçar para ganhar. Pois é. Será que o pedido do procurador-geral Janot nada tem a ver com a possível mudança de posição de Sarney diante da eleição?

A voz da experiência
Anúncio de Sérgio Cabral nas eleições de 2006: “Sérgio Cabral é o mais preparado para governar o Rio de Janeiro porque tem um compromisso com a eficiência. Compromisso em fazer as coisas bem feitas, falar com as pessoas direito e tratar o dinheiro público com honestidade e respeito”.

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

‘Fatos são gravíssimos’, diz juiz sobre polícia do Senado - O juiz Vallisney vai se antecipar ao Sérgio Moro e mandar prender o Lula primeiro

Vallisney Oliveira explicou que as prisões foram necessárias para impedir novos crimes

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara do Distrito Federal, afirmou que são “gravíssimas” as suspeitas de que agentes da Polícia Legislativa do Senado agiram para atrapalhar operações da Polícia Federal, entre elas a Lava Jato. Foi o juiz quem assinou os mandados de prisão temporária (válidas por cinco dias) contra os quatro policiais detidos nesta sexta-feira na Operação Métis, entre eles o diretor da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho. 

“Os fatos são gravíssimos e há indícios de funcionamento da associação liderada pelo primeiro investigado [Pedro Ricardo], havendo fundadas razões de autoria e participação nos supracitados delitos”, escreveu o magistrado em sua decisão, a qual o site de VEJA teve acesso. Além das prisões, ele autorizou buscas nos endereços dos investigados e nas instalações da polícia Legislativa no Senado.

O magistrado explicou que as ações foram necessárias para juntar mais provas do caso e para impedir que os alvos continuem praticando os crimes investigados — associação criminosa, corrupção passiva privilegiada e embaraços à investigação. Ele também determinou que os policiais fossem afastados de suas funções públicas, uma vez que têm experiência em práticas de contrainteligência. “O objetivo precípuo para a concessão da medida extrema de encarceramento temporário é resguardo da eficácia das investigações, (…) havendo fundadas razões de que, soltos, os referidos investigados poderão nesse início de coleta de prova in loco criar embaraços, porquanto treinados para detectar, identificar, avaliar, analisar e neutralizar as ações adversas, nelas contemplando, por óbvio, aquelas que os alcançam de maneira direta”, escreveu Vallisney.

Ao individualizar a conduta de cada investigado no texto, o juiz destacou que Pedro Ricardo foi o principal responsável pelas diligências, realizadas em 2014, 2015 e 2016, com o intuito de “embaraçar conscientemente notória Operação conduzida no âmbito do Supremo Tribunal Federal”. O diretor da polícia legislativa teria acatado a pedido até de “quem não exercia mandato de senador”, conforme escreveu Vallisney no texto, numa possível alusão ao ex-presidente José Sarney. Além de Sarney, os senadores Fernando Collor (PTB), Edison Lobão (PMDB) e Gleisi Hoffman (PT-PR) também teriam sido beneficiados pelo grupo.

Fonte: Revista VEJA