O novo chefe da Polícia Federal escolhido pelo presidente
Michel Temer, Fernando Segóvia, era o candidato defendido por
políticos para ocupar o posto de Leandro Daiello, que está no cargo desde 2011,
o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff. Entre os
políticos que fizeram campanha para Segóvia estão o ministro-chefe da Casa
Civil, Eliseu Padilha, e o subchefe de assuntos jurídicos da pasta e um dos
principais conselheiros do presidente, Gustavo Rocha.
O delegado Fernando Segóvia será o novo diretor-geral da Polícia Federal - Zeca Ribeiro / Agência Câmara 20/08/2013
O candidato apoiado por Daiello era é diretor-executivo da corporação Rogério Galloro. O nome dele chegou até a mesa do presidente Temer, mas enfrentou forte resistência da classe política que apoiava Segóvia. Na avaliação da atual cúpula da PF, Temer não faria nenhuma troca de chefia antes que a segunda denúncia contra ele fosse votada na Câmara dos Deputados. O presidente anuncia a escolha de Segóvia menos de um mês após a votação que enterrou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República.
Não é só
o grupo de Daiello que vê a nomeação de Segóvia como um ato de grande
influência política. Nos bastidores, a Associação dos Delegados da Polícia
Federal (ADPF) tem a mesma avaliação. A
associação não apoiava Daiello e chegou a fazer uma lista com nomes de
delegados para ocupar o cargo de diretor-chefe da PF. No entanto, passou a
apoiar que ele permanecesse à frente da corporação até o fim do governo Temer
depois que tomou conhecimento da mobilização dos políticos para nomear Segóvia. Segóvia
foi superintendente da Polícia Federal no Maranhão e tem proximidade com
políticos locais como o ex-presidente José Sarney.
Transcrito de O Globo
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