Ciro Gomes só ganhará força se tiver apoio do PT, Marina Silva e Joaquim Barbosa estão indecisos, Alckmin não decola, e Bolsonaro tem pouco tempo de tevê [Bolsonaro só necessita que o povo saiba que é candidato - os que não gostam de ladrões, de pedófilos, de estupradores e de corjas similares votarão nele em outubro/2018 e seus eleitores serão mais que suficientes para dispensar o segundo turno.]
Aécio, não faz muito tempo, era candidato forte em 2018. Hoje é réu e perdeu de 5×0 no Supremo. Temer é o presidente, a inflação caiu em seu Governo, mas não há Viagra eleitoral que levante sua popularidade. Lula, com toda a papagaiada em torno de sua prisão, caiu nesta semana seis pontos percentuais: de 37 para 31%. Não faz muita diferença, porque é barrado não pela baixa aceitação, e sim pela Lei da Ficha Limpa ─ mas como será hoje sua capacidade de transferir votos a nulidades, depois da experiência Dilma? Alckmin vai mal, embora sempre tenha tido votos em São Paulo. E Meirelles, João Amoedo, Álvaro Dias, Flávio Rocha, Manuela d’Ávila, Guilherme Boulos, Aldo Rebelo? Juntando o carisma e a popularidade de cada um, nem juntando todos se conseguiria um candidato.
Há Ciro Gomes, mas só ganharia força se tivesse o apoio do PT. O PT, porém, só aceita apoios, rejeitando apoiar quem não seja do partido. Há os salvadores da Pátria, como Marina Silva e Joaquim Barbosa, que estão bem num início de campanha. [os dois já estão derrotados; Marina Silva cada vez que abre a boca mostra ser um desperdício ocupar bytes com seu nome na urna eletrônica - tem falado pouco mas o pouco que tem falado confirma ser sem rumo e sem noção; diz que não quer ser vice, mas, será que algum candidato aceitará ter a falsidade materializada como sua vice?] Mas Marina Silva sempre despencou no meio do caminho (aliás, Ciro Gomes também). Joaquim Barbosa tem boa imagem, mas é autoritário e intratável. Como isso se refletirá em sua campanha? [caso ele inicie a campanha o reflexo será simples: a cada aparição cairá um décimo de ponto; o que para quem não alcançará, quando a campanha começar, sequer 5 pontos é um desastre. Caso seja candidato de verdade e não renuncie antes do fim da campanha terminará como um traço.]
Bolsonaro, então? Depende: como se comportará com pouquíssimo tempo de TV? Como reagirá aos ataques pessoais que irá receber? Às vezes se descontrola. Isso já tirou candidatos em eleições anteriores. Aguentará? [VENCERÁ e muito provavelmente no primeiro turno. Ele é a solução para os principais problemas do povo brasileiro.]
Tira, põe
A ala paulista de Geraldo Alckmin tem o controle do PSDB. Mas não há
político, tucano ou não, que fique tranquilo com candidato fraco. Há
quem pense em sair com João Doria e lançar Alckmin ao Senado (com o
abono de segurar o apoio do cacique socialista Márcio França, com o que
Barbosa perderia seu próprio partido em São Paulo). Doria tem hoje a
vantagem de ser um tucano da gema: depois de trair Alckmin e solapar a
aliança do PSB paulista com o PSDB, Doria já é odiado por todos os seus
amigos.Nada mais tucano: o PSDB é um partido de amigos formado 100% por inimigos.
Deixa ficar
O PMDB é o maior partido brasileiro, com tradição e presença em boa
parte dos municípios. Mas candidato… Temer, Meirelles, Paulo Skaf? Não
dá: é por isso que o PMDB normalmente não lança candidato e dá apoio ao
que ganha. Os caciques estaduais fazem suas próprias alianças, sem levar
em conta as alianças nacionais. Renan Calheiros, por exemplo, fecha com
o PT; Eunício, amigo de Temer, tenta juntar-se ao PT no Ceará. O PMDB
não se preocupa com as aparências: sempre usa todas as vantagens.
Tempo rei
O fato é que, a poucos meses das eleições, é complicado escolher seu
candidato. Só um pouco mais perto de outubro o quadro fica mais estável.
Aécio no sexto
Indiciado por corrupção passiva e obstrução à Justiça, Aécio é o
sexto senador a enfrentar o Supremo em consequência da Lava Jato. Os
outros são Gleisi Hoffmann, Agripino Maia, Romero Jucá, Valdir Raupp e
Fernando Collor, uma do PT, dois do PMDB, um do DEM, um do PTC. Mas
calma: as coisas andam devagar. A denúncia sobre o Quadrilhão que
envolve quatro senadores (Romero Jucá, Valdir Raupp, Renan Calheiros e
Garibaldi Alves Filho), do PMDB, e o então presidente da Transpetro,
Sérgio Machado, foi encaminhada ao Supremo em agosto de 2017; e ainda
não foi analisada. Demora para que passem a ser chamados de Guerreiros
do Povo Brasileiro. A propósito, o ex-presidente José Sarney, que na
semana que vem completa 88 anos, está entre os denunciados.
Sem teto, com ônibus
Os participantes da invasão do apartamento à beira-mar que gerou a
primeira condenação de Lula são sem-teto, mas chegaram à praia em ótimos
ônibus alugados. Pularam a cerca do Edifício Solaris, onde fica o
triplex que Lula diz que não é dele, renderam o vigia, subiram ao
apartamento, arrombaram a porta e se instalaram. O grupo que não entrou
no prédio demarcou a praia para montar suas barracas. Só não levou em
conta que Alckmin deixou o Governo para se candidatar à Presidência, e
seu sucessor, Márcio França, é mais disposto. Avisou que o prédio tinha
de ser desocupado na hora, ou os invasores seriam presos. Saíram todos e
não quiseram nem tentar acampar na praia. O problema agora é fazer com
que paguem os danos causados ao prédio e ao apartamento que não é de
Lula.
Vão tomar banho!
A Câmara Federal está abrindo licitação para a troca das banheiras de
hidromassagem e outros equipamentos hidráulicos de parte dos imóveis
postos à disposição dos deputados. São aquecedores, chuveiros, duchas
higiênicas, pias de granito. Custo? Quem quer saber de custo, numa hora
em que é preciso lavar até reputações? Só R$ 3 milhões. Baratinho.
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