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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Joesley informa à PF que, por razões pessoais, não vai depor nesta terça-feira em Brasília

O empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, informou à Polícia Federal (PF) que não irá comparecer no depoimento marcado para esta terça-feira (5) na superintendência da corporação, em Brasília, para tratar das operações Bullish e Greenfield.

O encontro havia sido marcado antes da abertura da investigação na Procuradoria Geral da República (PGR) para apurar a omissão de informações na delação premiada do dono do grupo J&F, controlador do frigorífico JBS, e de outros colaboradores da empresa. [segundo o jornal Hoje Joesley alegou razões pessoais, o que constitui crime de desobediência,  que por si só já justificaria condução coercitiva.]

Fonte: Blog do Matheus -  G1

 

 

 

 


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Grupo JBS e BNDES são alvos de nova operação da Polícia Federal

Ex-presidente do Banco, Luciano Coutinho, é um dos investigados.

A Polícia Federal, em conjunto com o MPF do Distrito Federal, inicia hoje a Operação Bullish, para investigar irregularidades em operações do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. São 37 mandados de condução coercitiva no Rio e em São Paulo, além de buscas e apreensões. A ação investiga favorecimento ao grupo frigorífico JBS em operações que somam R$ 8,1 bilhões entre 2007 e 2011.

O juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal de Brasília, determinou ainda o bloqueio das contas correntes dos envolvidos. O ex-presidente do Banco, Luciano Coutinho, é um dos investigados. Uma das suspeitas é que a contratação de empresa de consultoria ligada ao petista Antonio Palocci favoreceu o esquema de concessão de serviços do banco sem as normais garantias e prazos mais curtos do que os requeridos para operações semelhantes. Negociações de debêntures da BNDESPar podem ter gerado prejuízo de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

O grupo alimentício JBS informou, por meio de nota, que não foi favorecido em qualquer operação financeira envolvendo a BNDESPar.  “Bullish” é um termo que designa a tendência de valorização das ações de uma determinada empresa. Os aportes do BNDES teriam favorecido a valorização dos papéis da JBS, segundo a PF.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA 

 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O banqueiro que virou um dos homens mais ricos do país


André Esteves: um banqueiro controvertido que virou um dos homens mais ricos do Brasil


A trajetória do financista no mercado é recheada de manobras suspeitas e tacadas agressivas 

 


O banqueiro André Esteves, preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira (25), em São Paulo, sob a acusação de querer prejudicar as investigações da operação Lava Jato, é uma das figuras mais bem sucedidas da arena financeira do país nos anos 2000 e também uma das mais controversas.

Nascido e criado na Tijuca, bairro de classe média no Rio de Janeiro, Esteves, de 46 anos, ergueu um império com ramificações nos principais centros financeiros internacionais, como Nova York, Londres e Hong Kong. Num setor dominado por gigantes globais, ele fez do BTG Pactual o maior banco de investimento da América Latina e se tornou um dos homens mais ricos do Brasil, com uma fortuna estimada hoje em cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,6 bilhões). “Sou muito bom para ganhar dinheiro, mas não para gastar”, afirmou a ÉPOCA numa entrevista exclusiva realizada em 2012, logo depois de concluir uma bem sucedida operação de lançamento de ações do BTG na Bolsa de Valores de São Paulo.


Apesar do sucesso que alcançou, Esteves afirma que costuma levar uma vida reservada, mais voltada para o trabalho e para a família, com quem costuma passar suas (poucas) horas de folga. Ele diz trabalhar de dez a 12 horas por dia. Em geral, tira apenas duas semanas de férias por ano. Uma no Carnaval e outra no meio do ano. Seu jato particular, um Dassault Falcon 7X, avaliado em US$ 50 milhões, é uma ferramenta de trabalho, que Esteves usa para se deslocar com agilidade e privacidade pelo país e pelo exterior. Normalmente, faz apenas uma ou duas viagens com o jato por ano com a família.

Bem relacionado e influente, Esteves conversa com os principais empresários do país como se estivesse falando com a turma do colégio. Numa das entrevistas que concedeu a ÉPOCA, pediu licença para atender um telefonema do banqueiro Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, fundador do extinto banco Garantia, vendido ao Credit Suisse em 1998, e hoje principal acionista do grupo AB InBev, maior fabricante de cervejas do mundo, que controla a Ambev no país. Ao final de um almoço com a reportagem da revista, Esteves acelerou sua saída para atender pessoalmente o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabucco Cappi.


Por sua desenvoltura na mesa de operações, Esteves já foi chamado de “o George Soros brasileiro”, embora se considere mais um “homem de negócios” que um “financista”. Ao contrário dos banqueiros Amador Aguiar (1904-1991), fundador do Bradesco, Olavo Setubal (1923-2008), do Itaú, e Walther Moreira Salles (1912-2001), do Unibanco, Esteves não construiu seu banco com base em agências na rua, concentrado no crédito ou na prestação de serviços financeiros. Ele se inspirou em banqueiros como John Pierpont Morgan, fundador do J.P. Morgan, o banco que ajudou a financiar o crescimento americano nos séculos XIX e XX, e em Jorge Paulo Lemann. Ambos se dedicavam às operações de mercado de capitais, voltadas para as grandes e médias empresas que precisam de recursos para crescer. Ou para a gestão de recursos de clientes.

Ao longo de sua carreira meteórica no mundo das finanças, Esteves deixou claro que não costuma medir esforços para conseguir o que quer. Em 1999, quando comandava a área de renda fixa do antigo Pactual, que deu origem ao BTG Pactual, ele liderou um levante com mais três sócios para expelir da sociedade seu principal acionista, Luiz Cesar Fernandes, e se tornou o comandante do banco. “Sempre tive consciência de que ele venderia a mãe para ter o poder”, afirmou Fernandes a ÉPOCA certa vez. “O André é ambicioso e tem uma liderança muito forte.”

No auge da crise global, em 2008, quando Esteves trabalhava na base londrina do banco suíço UBS, para quem havia vendido o Pactual dois anos antes, ele não se fez de rogado. Aproveitando a fragilidade do UBS, uma das instituições mais atingidas pela hecatombe financeira global, chegou a fazer uma proposta para comprá-lo na bacia das almas.

Chegou a procurar Jorge Paulo Lemann para apoiá-lo na iniciativa, mas o comando do UBS não gostou de seus movimentos e ele acabou deixando o banco. Esteves voltou, então, ao Brasil e fundou o BTG, uma empresa de investimentos. Pouco tempo depois, recomprou com alguns sócios o velho Pactual do próprio UBS, que precisava fazer caixa, e  formou, então o BTG Pactual, unindo as duas operações.

Não é de hoje que seus negócios com o governo despertam a atenção. Em fevereiro, ÉPOCA publicou em primeira mão, com base na delação premiada do doleiro Alberto Youssef na Lava Jato, que Esteves usou de sua influência para que a BR Distribuidora, principal subsidiária da Petrobras, “embandeirasse” a rede de postos de combustíveis da DVBR, da qual o BTG é sócio, e realizasse os elevados investimentos necessários ao à empreitada.


A boa relação cultivada por Esteves com os ex-ministros da Fazenda, Guido Mantega, e Antonio Palocci, desde quando eles estavam no governo, também foi alvo de muito ti-ti-ti no mercado financeiro. Ele é acusado de ter recebido informações privilegiadas para usá-las em benefício próprio e do banco. No final dos anos 1990, quando era apenas um operador de mercado, Esteves já era acusado por seus adversários de ganhar milhões com o uso de informações privilegiadas relacionadas ao comportamento dos juros e às ações do Banco Central.

Em 2012, dias antes do lançamento de ações do BTG Pactual na Bolsa de Valores de São Paulo, a Consob, o xerife do mercado de ações italiano, multou o banco em 350 mil euros pelo uso de informação privilegiada em negócios com ações da Creminini, empresa que negociava uma parceria com o frigorífico JBS. O BTG foi suspenso por seis meses como administrador de empresas na Itália e ainda teve um valor equivalente ao lucro que teria sido obtido com a operação bloqueado pela Consob.

Em 2007, teve de fazer um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil para encerrar um processo envolvendo irregularidades na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), hoje parte da BM&F Bovespa. Acusado de ter feito operações para transferir lucros do Pactual para uma empresa estrangeira chamada Romanche Investment Corporation, ele teve de se comprometer a pagar uma multa de R$ 8,1 milhões, com Aldo Santos Laureano Junior, também executivo do banco.

Agora, com o com sua prisão pela força-tarefa da Lava Jato, Esteves sofre seu maior revés, cuja extensão só poderá ser medida precisamente com o tempo. Desde já, o seu BTG Pactual acusou o golpe, com uma queda de 21% nas cotações dos papéis do banco na Bolsa de São Paulo nesta quarta-feira.

Fonte: Revista Época

 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

CPI do BNDES pode virar mico

CPI do BNDES blinda poderosos e corre o risco de virar mico

Com avanços tímidos, comissão pode terminar sem que qualquer informação relevante sobre a atuação do banco de fomento no Brasil e no exterior tenha sido levantada

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) corre o risco de terminar sem que qualquer informação relevante seja apurada pelos deputados, seja por meio de documentos ou depoimentos de envolvidos com os negócios do banco.

Em curso desde 6 de agosto, a Comissão teve avanços tímidos. Até hoje, ela não dispõe sequer de técnicos suficientes para analisar todo o material enviado pelo banco. Enquanto a Câmara dos Deputados liberou verba farta para a contratação da multinacional Kroll para analisar os documentos da CPI da Petrobras, no caso do BNDES, ainda não houve sucesso em sequer deslocar técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) ou Controladoria Geral da União (CGU) para passar um pente fino nas pilhas de arquivos enviadas pelo BNDES.

Deputados encontram-se à deriva com calhamaços de informação. Nos órgãos de controle, técnicos se esquivam para não serem escalados para a tarefa devido à dificuldade do trabalho de análise dentro de um prazo curtíssimo para a entrega de relatórios. Os trabalhos da CPI devem ser concluídos em três meses. Aventou-se a possibilidade de contratação da Fundação Getúlio Vargas para a tarefa de auditar os números. Mas, diferentemente do caso da Petrobras, o uso do caixa da Câmara para bancar técnicos privados não foi aprovado pela presidência da Casa.

Se as dificuldades técnicas são fartas, as políticas não ficam atrás. Na sessão deliberativa desta quinta-feira, em que deputados blindaram o ex-presidente Lula de ser convocado a depor, representantes do BNDES comemoravam ao final da reunião, sem qualquer constrangimento: "É isso! Eles só têm onze votos. Não conseguem mais que isso". Os representantes do banco faziam referência aos 11 votos a favor da convocação de Lula, que significaram a derrota para os 16 votos contra. No início do mês, quando os executivos da JBS também foram alvo de blindagem, 15 parlamentares votaram contra a convocação e nove a favor.

A linha de frente de Lula na Comissão é composta pelos parlamentares petistas, peemedebistas e do PR. A oposição fica a cargo de tucanos e do PPS. Com a derrota desta quinta, membros da oposição armam estratégia para tentar cooptar peemedebistas. Uma das frentes é atrair parlamentares insatisfeitos com as negociações do líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani, com o governo, em troca de ministérios. Outra opção é detectar os deputados que já vislumbram desembarque do grupo de Eduardo Cunha, diante das novas informações sobre o envolvimento do presidente da Câmara no petrolão.

A origem da blindagem - A blindagem a determinados nomes e as dificuldades para obter verba para financiar o corpo técnico capaz de auxiliar a CPI são encaradas por parlamentares como obra de Cunha, que teria interesse em evitar que a CPI se tornasse mais um duto de escândalos. O presidente da Comissão, o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), foi escolhido por Cunha, de quem é fiel aliado.

Causa perplexidade aos parlamentares, por exemplo, o fato de o BNDES ter empreendido uma ampla atuação de financiamento a empresas, tendo emprestado mais de 300 bilhões de reais nos últimos anos, sem que empresários tenham sido convocados a depor. O único a ter sido convocado até o momento foi Graciano Roberto Russo, ex-dono do frigorífico Independência, que faliu e foi vendido à JBS.

Até o momento, os únicos ouvidos pela CPI foram diretores, ex-diretores e o atual presidente do banco, Luciano Coutinho. Na fila de depoimentos de empresários a serem colhidos estão o de Dalton Avancini, da Camargo Correa, e Eike Batista, do grupo EBX. As convocações, contudo, são encaradas com descrença, devido ao fato de os empresários serem alvos de escândalos já amplamente difundidos: ou seja, é baixa a probabilidade de falarem algo 'incendiário', que tire a CPI do buraco.

Fonte: Estadão