Em demonstração de força, Seul simula ataque à base nuclear de Kim Jong-un
A Coreia do Sul alertou nesta segunda-feira que a Coreia do Norte
prepara um novo lançamento de míssil, que poderia ser um artefato
balístico intercontinental. O Ministério da Defesa de Seul vem
detectando sinais sobre a provável nova ofensiva desde domingo, quando o
regime de Kim Jong-un realizou o seu sexto teste nuclear. Em forte
demonstração de força, o governo sul-coreano simulou um ataque à base
nuclear da nação vizinha com exercícios do Exército e das Forças Aéreas.
Seul não revelou o momento em que poderia acontecer o novo
disparou de Pyongyang, mas anunciou que reforçará suas táticas de
proteção militar (o escudo de defesas antimísseis THAAD) junto com
Washington. Embora tenha conduzido os recentes exercícios sozinho, o Sul
planeja novas manobras conjuntas com os Estados Unidos, numa tentativa
de lembrar o Norte do seu poder militar, segundo autoridades.
"Muito em breve serão deslocados temporariamente outros quatro lançadores restantes, após consultas entre Coreia do Sul e Estados Unidos, para contra-atacar as crescentes ameaças nucleares e de mísseis procedentes do Norte", disse o governo sul-coreano.
Pyongyang provocou uma grande consternação na comunidade internacional no domingo ao executar o seu teste nuclear mais potente até hoje. Especialistas estimaram que a explosão tenha chegado aos 100 kiloton — ou seja, cinco vezes mais potente do que a bomba nuclear lançada contra a cidade japonesa de Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, que instantaneamente matou 70 mil pessoas —, além de ter provocado um terremoto de magnitude 6,3.
O regime afirmou ter testado com sucesso uma bomba de hidrogênio, cuja capacidade de destruição é muito elevada em comparação às bombas de fissão. Se confirmada a declaração, que analistas já prevêem como verdadeira, a Coreia do Norte terá alcançado um nível de tecnologia até então exclusiva de apenas cinco potências militares: EUA, Reino Unido, China, França e Rússia (à época, União Soviética) — que, atualmente, são os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Outros países, embora desenvolvam aparatos explosivos, possuem apenas bombas atômicas, e não as de hidrogênio.
ONU DEBATE MAIS SANÇÕES
Também nesta segunda-feira, o Sul disse acreditar que o Norte conseguiu miniaturizar com sucesso uma arma nuclear para o tamanho de uma ogiva. Se confirmado, isso significa que Pyongyang seria capaz de colocar disparar uma bomba nuclear, possivelmente para o território dos EUA. A Coreia do Sul acredita que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear, ao tamanho de uma ogiva, declarou nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Song Young-Moo. "Acreditamos que entra em um míssil balístico intercontinental", afirmou Song Young-Moo aos deputados no Parlamento, um dia depois do teste nuclear mais potente de Pyongyang até o momento.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas terá uma reunião de emergência nesta segunda-feira para discutir a aplicação de novas sanções contra o isolado regime de Kim Jong-un. No entanto, especialistas questionam quão efetivas novas punições podem ser, uma vez que diversas medidas semelhantes já foram tomadas antes, mas não são capazes de frear o avanço nuclear da Coreia do Norte, um regime altamente isolado na comunidade internacional e aliado à China
O presidente dos EUA, Donald Trump, cogita recorrer a uma reação militar e já pediu aos seus assessores que o informem sobre suas opções, segundo o Departamento de Defesa americano. Ontem, o Pentágono ameaçou uma resposta militar maciça às ameaças norte-coreanas, evocando seu poder de provocar "aniquilação total" do país asiático. Além disso, no domingo, levantou a possibilidade de um embargo total à Coreia do Norte: "Os Estados Unidos consideram, além de outras opções, parar todas as suas trocas comerciais com qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte", disse Trump pelo seu Twitter.
Em 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, Pyongang lançou
o seu primeiro míssil balístico intercontinental. O projétil Hwasong-14
aterrissou na Zona Econômica do Mar do Leste no Japão, após sobrevoar
933 km por quase 40 minutos. Segundo especialistas, o artefato poderia
atingir o Alasca. A Coreia do Norte, por sua vez, anunciou que poderia
inserir uma bomba de hidrogênio na sua ogiva. Após 24 dias, o regime
disparou mais um míssil balístico intercontinental.
Além disso, no início de agosto, após o Conselho de Segurança da ONU ter decidido, por unanimidade, ampliar as sanções à Coreia do Norte, Pyongyang afirmou que revisava planos de atacar alvos militares em Guam, um território dos Estados Unidos na Micronésia que abriga bases da Marinha, Guarda Costeira e Força Aérea americanas. As ameaças levaram Trump a ameaçar responder às provocações com "fogo e fúria" jamais vistas pelo mundo.
"Muito em breve serão deslocados temporariamente outros quatro lançadores restantes, após consultas entre Coreia do Sul e Estados Unidos, para contra-atacar as crescentes ameaças nucleares e de mísseis procedentes do Norte", disse o governo sul-coreano.
Pyongyang provocou uma grande consternação na comunidade internacional no domingo ao executar o seu teste nuclear mais potente até hoje. Especialistas estimaram que a explosão tenha chegado aos 100 kiloton — ou seja, cinco vezes mais potente do que a bomba nuclear lançada contra a cidade japonesa de Nagasaki durante a Segunda Guerra Mundial, que instantaneamente matou 70 mil pessoas —, além de ter provocado um terremoto de magnitude 6,3.
O regime afirmou ter testado com sucesso uma bomba de hidrogênio, cuja capacidade de destruição é muito elevada em comparação às bombas de fissão. Se confirmada a declaração, que analistas já prevêem como verdadeira, a Coreia do Norte terá alcançado um nível de tecnologia até então exclusiva de apenas cinco potências militares: EUA, Reino Unido, China, França e Rússia (à época, União Soviética) — que, atualmente, são os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Outros países, embora desenvolvam aparatos explosivos, possuem apenas bombas atômicas, e não as de hidrogênio.
ONU DEBATE MAIS SANÇÕES
Também nesta segunda-feira, o Sul disse acreditar que o Norte conseguiu miniaturizar com sucesso uma arma nuclear para o tamanho de uma ogiva. Se confirmado, isso significa que Pyongyang seria capaz de colocar disparar uma bomba nuclear, possivelmente para o território dos EUA. A Coreia do Sul acredita que a Coreia do Norte miniaturizou com sucesso uma arma nuclear, ao tamanho de uma ogiva, declarou nesta segunda-feira o ministro da Defesa, Song Young-Moo. "Acreditamos que entra em um míssil balístico intercontinental", afirmou Song Young-Moo aos deputados no Parlamento, um dia depois do teste nuclear mais potente de Pyongyang até o momento.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas terá uma reunião de emergência nesta segunda-feira para discutir a aplicação de novas sanções contra o isolado regime de Kim Jong-un. No entanto, especialistas questionam quão efetivas novas punições podem ser, uma vez que diversas medidas semelhantes já foram tomadas antes, mas não são capazes de frear o avanço nuclear da Coreia do Norte, um regime altamente isolado na comunidade internacional e aliado à China
O presidente dos EUA, Donald Trump, cogita recorrer a uma reação militar e já pediu aos seus assessores que o informem sobre suas opções, segundo o Departamento de Defesa americano. Ontem, o Pentágono ameaçou uma resposta militar maciça às ameaças norte-coreanas, evocando seu poder de provocar "aniquilação total" do país asiático. Além disso, no domingo, levantou a possibilidade de um embargo total à Coreia do Norte: "Os Estados Unidos consideram, além de outras opções, parar todas as suas trocas comerciais com qualquer país que faça negócios com a Coreia do Norte", disse Trump pelo seu Twitter.
Além disso, no início de agosto, após o Conselho de Segurança da ONU ter decidido, por unanimidade, ampliar as sanções à Coreia do Norte, Pyongyang afirmou que revisava planos de atacar alvos militares em Guam, um território dos Estados Unidos na Micronésia que abriga bases da Marinha, Guarda Costeira e Força Aérea americanas. As ameaças levaram Trump a ameaçar responder às provocações com "fogo e fúria" jamais vistas pelo mundo.
Fonte: O Globo