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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

A facada que elegeu, reelegerá? - Sérgio Alves de Oliveira

É claro quer pelo título desse artigo já dá para ver que estarei me reportando à “lucrativa” (politicamente) facada recebida pelo então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, às vésperas da eleição de 2018, em Juiz de Fora/MG, que ao que tudo indica  teria sido “decisiva” para a  sua vitória nas urnas. Mas  tudo numa abordagem  talvez um pouco diferente.
 
Na índole mental brasileira, não sei até que ponto  ligada ao tão repudiado “complexo de vira-latas”, se eventualmente procedente,o chamado “coitadismo” teria papel de destaque. Isso porque no Brasil o “coitadinho” tem tudo que é direito, faz o que bem entende, e não está sujeito   a cumprir as leis,nem às punições como todos as outras pessoas. Ser “coitadinho” sempre é um bom “álibi” levado na “manga-do-colete” para obter plena liberdade de cumprir,ou não,a lei. É precisamente que nesse sentido que o “ coitadinho” se equipara aos políticos com foro privilegiado, só havendo diferenças em relação às “instâncias”  da apreciação dos seus eventuais delitos  ou contravenções penais.
 Dilma maluca - Dilma maluca added a new photo.
 [Pergunta feita a Dilma e respondida com o cérebro - imagine as que ele decidir responder com a bunda.]
Tanto o “coitado” propriamente dito, o autêntico, o verdadeiro, aquele que não teve forças, capacidade, ou oportunidade válida de vencer na vida,quanto o falso coitado,ou seja,aquele que se faz de “coitadinho” para “passar bem”,para “lucrar”,entrando, “com-bola-e- tudo” no coração dos brasileiros, trata-se mais ou menos de um adepto  da chamada “lei do gerson”,o “tal”que sempre procede na expectativa última de levar alguma  vantagem em tudo que faz, podendo até ser um mal,porém  que tem  a aparência  superficial de ser  um bem,situação essa  muito bem esmiuçada por Emmanuel Kant,na “Crítica da Razão Prática”,onde o filósofo  pondera sobre a riqueza do idioma alemão,comparado com a “pobreza”das línguas derivadas do latim,a partir de “bonum e malum”,o que acarretaria muita confusão conceitual.    
 
توییتر \ ERICKTAZ در توییتر: "@LulaOficial Preso na “Ditadura” e preso na  Democracia. https://t.co/MagtDvVm00"
[Imagine se Bolsonaro precisa de facada ou qualquer outro truque  para vencer a coisa acima.]
 
 Kant observa com extrema eloquência que o idioma alemão possui uma bifurcação de sentidos ,tanto para “bonum”,quanto para “malum”,o que evitaria muita confusão. ”Bonum”e “malum”, bifurcam-se no alemão em dois conceitos inteiramente diversos:”bonum”, em ”gute” e “wohl”,e “malum” ,em “bose” e” ubel”(ou “weh”). Por conseguinte,”gute” e “bose” seriam proposições equivalentes ao “bem” e ao “mal” verdadeiros,julgados pela “razão”,ao passo que “wohl” e “ubel”,ao contrário,seriam meras relações,respectivamente, com o estado de “satisfação”,ou “desagrado” da pessoa ,sempre ligados à sensibilidade e aos sentimentos de prazer e de dor que produzem,podendo ser falsos. 
                     
Segundo Kant,o bem e o mal verdadeiros  seriam os únicos objetos da “razão prática”. O mal “ubel” poderia  significar o bem “gute”. Kant exemplifica;”quem suporta um procedimento cirúrgico,experimenta isso como mal “ubel”,mas ele próprio e todos serão unânimes em proclamar que  se trata de um bem “gute”,,,e se alguém se diverte molestando os outros e ao fim de certo tempo lhe é ministrada uma sova de pau,esse fato se constitui...para ele um mal “ubel”,mas todo mundo o aplaude considerando-o um bem “gute”...”.
 
Na sabedoria popular de todas as gerações,toda essa filosofia de Kant resume-se em “há males que vêm para o bem”,e o contrário,de que “há bens que trazem o mal”. Não há,portanto,como escapar da conclusão que dentro do raciocínio da “crítica da razão prática”,a facada dada pelo lunático Adélio Bispo em Bolsonaro se enquadraria com perfeição dentro da hipótese do “mal” que pagou altos “dividendos”,portanto, um “bem político” que,em troca do derramamento de algum sangue, valeu a eleição presidencial no país que detém  a sétima colocação no PIB mundial,talvez até alimentando um “ego” pelo poder.
 
Mas esse polêmico episódio da “facada”em Bolsonaro  saiu completamente do normal de uma “facada” em alguém. Uma facada “mata”, ou não mata, podendo normalmente gerar ferimentos ou lesões corporais que não passam de dias ou meses para curar. Mas a facada em Bolsonaro não matou nem curou nos prazos normais. Já dura mais de três anos. E inexplicavelmente aparecem “recaídas” da facada sempre que haja  algum dano na “imagem política”do Presidente, ou um mero “reforço” à campanha (“antecipada”?) pela reeleição.
 
Seria tudo isso investimento político numa  possível  índole “coitadista”do povo brasileiro,com vistas a uma pretendida “reeleição” em outubro de 2022? Em política deve-se pensar e decidir através do cérebro? Ou da “bunda”? Todavia,mesmo passando por cima de tudo o que aqui foi ponderado,evidentemente o povo brasileiro não terá outra alternativa em relação ao “beco-sem-saída” político em que está, para que evite  a reinstalação da  sua desgraça política,que não seja a de optar pela candidatura de Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno em que o  “outro” competidor venha a ser o ex-Presidente, ex-condenado,e ex-presidiário Lula da Silva.o maior de todos os corruptos que já passaram pela política brasileira,também conhecido como “encantador de burros”.
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
 
 

sábado, 25 de julho de 2020

Paradoxos e paraquedas - Nelson Motta

Militares são preparados para matar e morrer

Desde sua origem nos guerreiros da Antiguidade, os militares são treinados para matar. Para cumprir as ordens de seus superiores, conquistar novos territórios, e defender com a própria vida a pátria e os cidadãos que lhes pagam os salários. Exige-se grande disciplina e respeito à hierarquia, um general não discute suas ordens com um capitão, não há nem pode haver “democracia interna” em um exército coeso e unido. [aliás, democracia, especialmente em excesso, não combina com um combate exitoso ao coronavírus.]

Com a evolução das guerras e do poder destrutivo, exércitos históricos como o de Alexandre, o Grande, as legiões romanas de Júlio César e a máquina militar nazista desenvolveram especialistas em logística, engenharia, química, física, medicina, comunicações, tecnologia, armamentos, veículos de combate. Das armaduras medievais aos macacões e capacetes de astronauta antivírus e antirradiação, os militares são preparados para matar e morrer e para obedecer à Constituição como um soldado a um general. Numa democracia não se cumprem ordens, a não ser as judiciais, debate-se com os representantes da sociedade e vota-se o que é melhor para o país.

Com sua vocação para a piada e os paradoxos, o Brasil tem um capitão expulso do Exército por planejar ações terroristas por maiores salários que manda em todos os generais.
[nada contra a democracia, apenas a frase anterior da matéria, mostra que o pensamento de Winston Churchill "...a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao longo da história.", elogia uma forma de governo que tem falhas graves, por criticar que o presidente Bolsonaro, eleito com quase 60.000.000 de votos, em eleições realizadas no Brasil, país  que apregoam vive sob o 'estado democrático de direito', mande em todos os generais.
Se vivemos em uma democracia a vontade soberana do Povo precisa e deve ser respeitada.
E uma das 'virtudes' apregoadas da democracia é que o Poder Militar se subordina à Consituição e esta atribui ao Presidente da República o comando supremo das Forças Armadas. 
A propósito: não esqueçam que o capitão foi absolvido das acusações pela mais instância da Justiça Militar de União = Superior Tribunal Militar.]  
Militarizou seu governo num aparelhamento igual ao do PT, só que o PT comandava sindicatos e movimentos sociais, e Bolsonaro comanda oficiais com tropas armadas. Ninguém duvida que ele se arriscaria a criar uma crise institucional, arrastando o que ele acha ser o “seu” Exército, para livrar os filhos da cadeia. Não chega a ser uma causa nobre, digna do Exército de Caxias.

Homens e mulheres do povo que chegaram por seus próprios méritos aos mais altos postos da hierarquia militar têm arraigada consciência de seus deveres com as instituições civis e democráticas. Estudaram e trabalharam muito a serviço de nossa soberania e das nossas instituições, e não parecem dispostos a participar das aventuras de um paraquedista lunático que caiu de paraquedas no poder.

Nelson Motta, colunista - O Globo