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sábado, 3 de março de 2018

"Bala perdida"

Uma dessas coisas que só existem no Brasil, como a mula sem cabeça e o adicional de moradia que os juízes recebem para viver na própria casa, é a “bala perdida”.  
 
No resto do mundo as armas de fogo nunca disparam sozinhas; se uma bala acerta alguém, é porque um ser humano deu um tiro, de propósito ou por acidente. Aqui não. Toda hora uma pistola ou fuzil abrem fogo, mas ninguém atira. O fato é que nas favelas do Rio de Janeiro e suas vizinhanças a bala perdida se tornou hoje a principal culpada por homicídios de autoria desconhecida. Mas não seriam os criminosos locais que estariam dando esses tiros que matam cada vez mais gente, sobretudo crianças? É uma hipótese que parece não ocorrer nunca no noticiário, e muito menos em qualquer avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil, da Anistia Internacional, dos partidos de “esquerda” e outras entidades que se empenham em defender os direitos da população pobre dos morros — no momento ameaçada, segundo elas, pela presença de tropas do Exército nas ruas da cidade. Pelo que dá para entender daquilo que dizem, não há realmente bandidos matando gente nas favelas. Quem mata é “a polícia” ou, então, a bala perdida. [nunca a bala que matou uma criança foi disparada por um traficante (exatamente para a polícia ser responsabilizada); sempre ou foi disparada pela 'policia' ou então uma bala perdida.
Acrescentamos mais: no dia em que criança for morta por uma bala e tal certeza estiver fundamentada em sólidas bases, mesmo assim, a OAB e a Anistia Internacional dirão - em entrevista amplamente divulgada e destacada como a expressão da mais genuína verdade - que o traficante foi forçado a disparar seu fuzil devido estar sendo atacado por policiais.
Relembramos o cinismo, a desfaçatez a pouca vergonha de duas ONGs internacionais que apresentaram relatórios destacando que a polícia brasileira é violenta, que as prisões estão em péssimas condições, mas em nenhum momento falaram sobre os 134 policiais militares assassinados em 2017 ou os quase vinte já assassinados este ano.]

Eis aí uma maneira muito eficaz de esconder quem são os verdadeiros responsáveis pelo massacre em câmera lenta que os moradores mais pobres do Rio de Janeiro estão sofrendo há anos. Se eles são assassinados pela bala perdida, então ninguém é culpado, certo? Afinal de contas, não dá para dizer que a PM mata todo mundo; também ficaria chato dizer que há quadrilhas em guerra, pois isso poderia “criminalizar a pobreza” e reforçar “preconceitos” contra as “comunidades” que cobrem os morros cariocas. Assim, quando os bandidos trocam tiros de AK-47, que podem acertar uma pessoa a 1,5 quilômetro de distância, e acabam matando alguém que não conseguiu se esconder, como é comum acontecer com bebês e crianças pequenas, o assassino é a bala perdida. Pronto — problema resolvido. Todo mundo já pode voltar ao palanque para continuar pregando que o inimigo do pobre é a polícia, agora também o Exército e, se bobear, o juiz Sergio Moro e os desembargadores do TRF4, de Porto Alegre. Pensar desse jeito parece loucura — e é mesmo loucura. Mas, quando se veem as coisas com um pouco mais de atenção, dá para perceber muito bem que existe um método nessa loucura.

A “bala perdida” vem da mesma matriz onde se fabrica a linguagem politicamente correta, no Brasil de hoje, para tratar da questão do crime. Tome cuidado: utilizar um vocabulário diferente pode fazer de você um “fascista”, “direitista”, “golpista”, a favor da “ditadura militar” e sabe-se lá quantos pecados mais. Nessa linguagem o criminoso é sempre descrito como “suspeito”, mesmo que seja pego em flagrante assaltando alguém no meio da rua. Quando a polícia atira contra aqueles que estão de arma na mão em público, ou atirando contra ela, os delinquentes nunca são chamados de bandidossão “rapazes”, “moradores” ou “pessoas. Por exemplo: “A PM atirou ontem contra um grupo de rapazes no Complexo da Maré”. Nunca acontecem tiroteios entre quadrilhas de marginais; são “disputas entre facções”. Estão em vigor, também, regras bem claras para estabelecer diferenças morais entre militares e criminosos quando ambos praticam um mesmo ato; basicamente, para quem não quer correr o risco de parecer um extremista de direita, o mais seguro é dizer que a conduta dos militares é do mal e a dos bandidos é do bem, ou neutra.

Quando delinquentes armados invadem uma casa da favela, obrigando seus moradores a escondê-los da polícia durante tanto tempo quanto quiserem, os defensores dos direitos da “comunidade” não abrem a boca. Também não dizem nada quando cidadãos inocentes são forçados a ocultar armas ou drogas em sua residência. Quando o Exército faz uma revista domiciliar, a coisa muda: aí é uma violência contra a privacidade da população. Há grande preocupação da Ordem dos Advogados etc. com o fato de que os militares pedem e fotografam documentos de identidade, na tentativa de localizar foragidos da Justiça. Os bandidos sabem mais sobre os moradores dos morros do que o Exército, a polícia e a Justiça jamais saberão; sabem seus nomes e sobrenomes, endereço, ocupação, família, quanto dinheiro têm, quando devem pagar pela eletricidade, gás ou televisão a cabo, e mais tudo o que queiram saber. Não há lembrança de que isso tenha causado algum dia qualquer protesto por parte dos seus protetores nas classes intelectuais.

É “assim mesmo”, dizem eles — como a bala perdida.
 
J. R. Guzzo - Revista VEJA 
 

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O que fazer no meio de um ataque com arma de fogo?



Especialistas listam conduta indicada para situações de perigo com atiradores

Quando o atirador Stephen Paddock abriu fogo contra uma multidão em Las Vegas, nesta segunda-feira, parte dos espectadores do festival country correu para longe do palco e vários resolveram se abaixar para sair da mira dos disparos. Os fãs de música country pensavam se tratar de fogos de artifício, o que tardou a resposta instintiva em meio à tragédia. O massacre, que deixou ao menos 50 mortos e mais de 400 feridos, trouxe à tona a dúvida: o que fazer em meio a um tiroteio?

Público se amontoa em meio a tiros em Las Vegas - SOCIAL MEDIA / REUTERS



O portal "Lifehacker" ouviu especialistas da área de segurança sobre as atitudes mais indicadas no caso de situações de perigo, principalmente aqueles que envolvem armas de fogo. Analistas destacaram que o primeiro passo é tentar não entrar em pânico, o que atrapalha a capacidade de tomar decisões conscientes na hora da tensão, e confrontar o suspeito apenas em último caso. A regra, para eles, é clara: corra ou se esconda antes de ajudar alguém, chamar a polícia ou resolver enfrentar o atirador.

Mantenha a calma
De acordo com os especialistas, uma mente focada e consciente é o ativo mais valioso em situações de emergência. Embora seja desafiador manter a calma em meio ao perigo de morte, é preciso evitar que a emoção tome conta e conduza reações impulsivas. O ideal, dizem os analistas, é deixar o instinto "lutar pela vida" de lado e ativar a área lógica do cérebro para fugir do local o mais rapidamente possível.

Saiba o que há em volta
Parte da reação bem-sucedida a uma situação de perigo começa antes mesmo da tensão. Os analistas destacam que é fundamental prestar atenção no que está em volta logo que a pessoa chegar a qualquer local: notar as saídas, os frequentadores, as ações ao redor, os lugares de refúgio. Não se trata de ser paranóico, apenas observador. A dica parece redundante, mas é ainda mais relevante em tempos de transeuntes que caminham nas ruas e até dirigem focados nos smartphones. Se algo de fato ocorrer, você estará mais preparado para fugir ou se esconder.

Corra ou se esconda antes de lutar
Os analistas ressaltam que, em situações de perigo, a ameaça em geral não está clara, e o pânico toma conta. Assim, a indicação é precisa: corra, se esconda e, em último caso, lute. O objetivo principal, na visão dos especialistas, é fugir do local ameaçado ou se refugiar de alguma forma até o perigo passar. Correr, mesmo ferido, é a melhor opção, sem se importar com pertences deixados para trás. Caso não seja possível, é aconselhável ficar atrás de grandes objetos sólidos, que protegem e tiram do campo de visão do atirador. Neste caso, o silêncio é fundamental: nada de falar, gritar ou deixar o celular com som ligado.

Em último caso, lute
Se não é possível fugir do perigo ou se esconder dele, os analistas preevem a possibilidade de enfrentar o atirador. Trata-se do recurso último para salvar a própria vida, o que pode ser melhor organizado se houver um grupo de pessoas. Neste caso, os especialistas aconselham a pegar objetos, como cadeiras ou lâmpadas, para servir de arma. Caso a arma do suspeito precise ser recarregada, aproveite para correr.

Só ligue para a polícia quando estiver em segurança
Há uma visão popularizada de que o primeiro passo é ligar para a polícia e relatar o incidente. Os analistas, no entanto, ressaltam que o objetivo principal é garantir a segurança de quem vai depois avisar as autoridades ou ajudar outras pessoas. Isso, porque falar ao telefone pode levar a pessoa à mira do atirador. Também porque a pessoa que está correndo em pânico não conseguirá passar informações concretas e conscientes aos policiais. É importante ainda se manter escondido mesmo se ouvir ou avistar policiais na situação de perigo. A presença dos agentes não é sinônimo de perigo resolvido. Só saia quando receber ordens.

Fonte:  "Lifehacker" - Reuters
 

terça-feira, 14 de março de 2017

Em depoimento, Lula diz que teme ser preso - medo de ser preso é um sentiumento comum a qualquer criminoso

Lula diz que teme ser preso e que é 'vítima quase de um massacre'

Segundo Lula, todos os dias são publicadas notícias de que ele será citado em novas delações premiadas, o que gera apreensão. "Nos últimos anos tenho sido vítima quase de um massacre", lamentou

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (14/3), em depoimento à Justiça Federal, que teme ser preso. "O senhor sabe o que é levantar todo dia achando que a imprensa está na porta da minha casa porque eu vou ser preso?", questionou o petista ao juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal. [Lula, teus advogados já deveriam ter explicado que qualquer criminoso tem que estar preparado para ser preso a qualquer momento e você é um criminoso, réu em diversos processos, e pode  ser preso por diversos motivos.
Tua situação é a mesma de qualquer criminoso foragido ou não. Se acostume que é algo que fatalmente vai ocorrer com você - Dirceu não esperava se tornar preso quase que em regime de prisão perpétua, mas, agora já se acostumou.
Você também se acostuma. Fica frio.]
 
O interrogatório de Lula começou por volta das 10h10. Esta é a primeira vez que o ex-presidente é questionado em juízo como réu em ação penal relacionada à Operação Lava Jato. O petista é acusado de ser o mandante da tentativa de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo Lula, todos os dias são publicadas notícias de que ele será citado em novas delações premiadas, o que gera apreensão. "Nos últimos anos tenho sido vítima quase de um massacre", lamentou. [Lula, quem deve, teme. Se você acredita nos rumores de que será citado em delação premiada é por ter absoluta certeza de que está envolvido.
Dependendo de quem vai depor, do processo, você já sabe se será citado ou não.
Aqui no Blog fizemos uma enquete entre alguns colaboradores e nenhum de nós tem o menor receio de ser citado em uma delação premiada.
Nada fizemos, nada devemos e por isso não tememos ter nossos nomes envolvidos em delação premiada.]
 
Fonte: Correio Braziliense 
 
 

 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Tamanho e quantidade de fossas dificultam busca por corpos em Alcaçuz

A busca por mais corpos na penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísea Floresta, Rio Grande do Norte, esbarra em um obstáculo invisível às câmeras da imprensa que, desde o massacre de 26 presos na semana passada, vigiam diariamente a unidade. São as 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.

Na primeira operação depois do massacre, 15 corpos foram resgatados sem cabeça e duas cabeças sem corpo. Identificadas as combinações entre as partes, restaram 13 mortos a serem completados. Ontem (21), o ITEP recolheu mais duas uma delas incompleta – e um fragmento de crânio já em estado avançado de decomposição. O material será analisado para saber se correspondem a algum dos cadáveres já recolhidos ou se seriam de mortos ainda não contabilizados. Com o resultado positivo restariam ainda 11 cabeças a serem encontradas. Facções rivais disputam o controle do presídio.

Hoje (22), o diretor do presídio informou ao diretor do Itep que os presos apontaram uma fossa onde estaria mais uma delas. Ainda se espera a confirmação do local para que seja feita uma nova operação de resgate. No entanto, a grande quantidade de fossas e o tamanho delas, segundo Marcos Brandão, vai dificultar esse tipo de trabalho, a ponto de tornar provável que algumas cabeças fiquem para sempre debaixo daquele solo.  “São fossas muito grandes, 18 metros cúbicos, e são muitas. Demorou um dia inteiro só para esgotar uma delas. Lógico que as buscas vão continuar, mas acredito que não vamos achar todas. Em regra, nas fossas existe a parte líquida, mas tem a parte de lama que fica embaixo e não dá para tirar. E a cabeça em decomposição começa a soltar osso e fica muito difícil achar”, explica Brandão. “A gente tem que trabalhar com isso em mente”.

Atualmente existem quatro corpos dos 26 mortos no massacre do dia 14 de janeiro que ainda não foram identificados. Três deles, de presos que foram carbonizados, precisam de exames mais complexos. Caso as cabeças não sejam encontradas, as famílias vão receber os corpos assim mesmo. “É como em um acidente aéreo, que às vezes só se entrega uma mão”, compara. “Pelo menos vai haver a identificação de que houve a morte, que isso é importante”. O prazo legal para manter os cadáveres no Itep é de 45 dias, ou até que as buscas sejam encerradas.

Na avaliação de Brandão, é pouco provável que existam mais cadáveres ainda no interior do presídio, pois a área onde poderiam estar foi mapeada e analisada e nada foi encontrado. A vistoria, no entanto, só pôde ser feita nos prédios onde não há presos, já que os detentos controlam alguns pavilhões.  O diretor do Itep disse ainda que foram identificadas várias fogueiras na área. “Ainda vamos examinar se nessas fogueiras há algum material humano, porque lá realmente não deu para verificar. Mas elas foram feitas com muito combustível inflamável que tiraram da fábrica de bolas que tinha no presídio, solventes, essas coisas. Recolhemos um material que vamos analisar para saber se é corpo, mas não foi uma quantidade substancial. Se tiverem queimado pode ter sido um. Mas isso a gente ainda vai analisar, não estou dizendo nada conclusivo”, disse.

Ossos antigos
Na operação de ontem também foram encontrados fragmentos de ossos na fossa. Esse material, no entanto, não continha restos humanos, o que indica, de acordo com o diretor do Itep, que eles podem ser provenientes de uma rebelião anterior.

Fonte: Agência Brasil


 

sábado, 7 de janeiro de 2017

Líder de massacre no AM começou roubando 600 reais de mercadinho



Aos 21 anos, Marcio Ramalho Diogo pegou sete anos e oito meses de prisão por assalto; aos 34, se tornou o 'xerife' da 2ª maior matança de presos do país

[a Justiça agiu corretamente: o marginal cometeu o crime de roubo, bem mais grave que furto, e não havia atenuantes. O erro foi da legislação que não permitiu punir que os crimes posteriores cometidos pelo bandido fosse punidos com penas mais severas, entre elas a 'pena de morte'.]
 TODOS POR UM - Garrote (de boné vermelho) e seus matadores: selfie para comemorar o massacre (Divulgação)

Marcio Ramalho Diogo tinha 21 anos quando foi condenado a sete anos e oito meses de prisão por ter roubado 600 reais de um mercadinho em Manaus. Sem ensino fundamental, filho de uma empacotadora e um pai sem profissão, morador de favela, iniciou ali uma carreira no crime que incluiu assalto, formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. 

No início da semana, foi apresentado ao Brasil em uma foto na qual aparecia ladeado por comparsas armados de pistolas e facões após ter ordenado a matança de 56 rivais no Compaj, presídio do Amazonas. Agora como Garrote, o jovem que assaltava mercadinho é, aos 34 anos, um dos homens da cúpula da Família do Norte, facção que briga com o Primeiro Comando da Capital pelo controle do tráfico de drogas no país. E foi o “xerife” da segunda maior barbárie da história do sistema carcerário do país.

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