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quarta-feira, 7 de julho de 2021

A DEMOCRACIA BRASILEIRA É UMA FARSA - Percival Puggina

Se fizermos uma lista de tudo que deploramos em nosso país, ela será imensa. Pouco, muito pouco, de nossas instituições políticas ficaria em pé. Por vezes, eu as vejo como espectros mal-assombrados, pousados nos telhados da pátria como aqueles demônios que dão o que pensar nos beirados de diversas catedrais medievais que visitei.

Somos contra essa democracia de embromação, essa farsa que nos concede o extraordinário privilegio de sermos “o poder soberano” (durante nove horas de votação, a cada quatro anos). Ou seja, vivemos numa falácia em que nossa fatia no poder nacional corresponde a um milésimo do tempo que dele dispõem, para próprio gozo, os poderes de Estado. Não preciso dissertar sobre a importância que dão à nossa pobre e mal vista opinião ao longo desse tempo, fazendo quase tudo ao contrário do que queremos.

Se somos conservadores e/ou liberais, somos contra o esquerdismo, o falso progressismo e suas narrativas, a Nova Ordem Mundial, a falta de pluralismo na difusão de ideias nos meios educacionais, culturais e de informação. Somos contra o empenho fanático pela implantação da  ideologia de gênero nas escolas e escolas com partido, a universidade com politburo. Somos contra a privatização das estatais pelos quadros funcionais, a corrupção política e administrativa, a impunidade, a obstrução ao nosso direito de autodefesa e os desrespeitos ao direito de propriedade. Somos contra o aborto, o “multiculturalismo” que exclui a cultura ocidental, a “diversidade” que discrimina a maioria e a põe sob severa suspeita. Somos contra o voto não auditável, não impresso, não recontável.

Como tudo isso está bem representado nesse puxadinho do PT em que se transformou o STF! 
Afinal, essa é a tenebrosa visão de mundo do "progressismo" internacional.
 Uma das causas – se não a principal delasdessa desgraceira toda está na alfaiataria constitucional brasileira. Péssima qualidade! Tudo anda assim por absoluto favorecimento das regras e do poder que desde as sombras comanda o país. Por isso, precisamos ter bem claro: naquele nosso espasmo de participação política chamado eleição, deveremos conceder nosso apoio e votos a candidatos que explicitem com muita clareza o que querem para o Brasil. Aponte a porta da rua, amigo leitor, para o candidato que lhe aparecer com o polinômio “Saúde, Educação, Trabalho e Segurança”! 
Ou, pior ainda, se lhe apresentar como credencial um sorridente selfie ao lado de quem quer que seja.

Não basta que ele apoie nosso candidato a presidente se não estiver comprometido até o fundo da alma com elevados valores morais, profunda reforma institucional, voto distrital, recall para os parlamentares com mau desempenho, redução do tamanho do Estado, direito de defesa, liberdade de opinião e expressão, direito à vida desde a concepção, direito de propriedade, reforma do ensino e da gestão universitária, desaparelhamento do Estado, privatizações, reforma geral do STF, fim do financiamento público aos partidos e campanhas eleitorais. Abençoe Deus cada eleitor brasileiro nos meses por vir, orientando-nos para o sincero e efetivo amor a Ele, ao Brasil e ao seu povo.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


domingo, 22 de dezembro de 2019

Natalinas - O Globo

Dorrit Harazim

Numa média de cinco mortes a cada dia, a clemência natalina só não será pior por (ainda?) não incluir milicianos

Poucos atos de um mandatário são tão radicais, por definitivos, quanto a canetada que sacramenta o indulto presidencial. Trata-se do instrumento supremo de poder, pois o ato não é sujeito à aprovação pelo Congresso, tem implementação rápida e decide sobre o que os eventuais beneficiados têm de mais valioso — a liberdade. Cada país segue normas de indulto mais ou menos elásticas, sendo que no Brasil elas podem ser redefinidas a cada ano, costumeiramente na época natalina.

Esta semana, às vésperas de estrear sua assinatura no decreto que passará a reger a concessão de perdão presidencial, Jair Bolsonaro já foi adiantando que a medida deve incluir, pela primeira vez, toda uma categoria. A partir da publicação do texto oficial, serão beneficiados policiais e agentes de segurança presos por crimes cometidos em serviço, em confrontos, ou por legítima defesa em situação de “excesso”. Uma antecipação simplificada do indigesto “excludente de ilicitude” embutido no pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. [é indiscutível, democrático e principio humanitário que a Lei Penal só retroaja para benificiar condenados;
assim, o decreto presidencial, obrigatoriamente, se estende a todos os condenados que atendam seus requisitos - o que inclui bandidos, policiais e os chamados milicianos.
O decreto de indulto é norma constitucional, tendo o presidente da República e a todos os brasileiros o DEVER de  bem e fielmente cumpri-lo.
O que inclui, sem limitar sua aplicação obrigatória aos já condenados e que seja considerado, no que couber, em condenações futuras, ainda que por crimes praticados antes da vigência da norma presidencial.]

“Tem muito policial no Brasil que foi condenado por pressão da mídia”, avisou o presidente meses atrás, “e esse pessoal, no final do ano, se Deus me permitir e eu estando vivo, vai ser indultado”. Caso contrário, não daria indulto algum. Sob esta ótica poderão ser contemplados pela misericórdia presidencial os agentes envolvidos na matança dos 111 detentos do presídio do Carandiru,  [criminosos contumazes, pergigosos e só a ação enérgica e exemplar da polícia acabou como novas rebeliões, que estavam se tornando rotina nos presídios do Brasil.]  e na chacina de 1996 que fez 19 sem-terra mortos em Eldorado dos Carajás. [invasores de terra, criminosos, assassinos covardes de inocentes proprietários das terras que invadiam e que estavam bloqueando rodovia, que foram tratados de forma exemplar pelo valorosa Polícia Militar do Pará e, desde então, não mais ocorreraminvasões absurdas, com bloqueio de rodovias, na região.] Considerando-se que só no Rio de Janeiro o número de mortes causadas por policiais nos dez primeiros meses de 2019 foi de 1.546 pessoas, numa média de cinco mortes a cada dia, a clemência natalina só não será pior por (ainda?) não incluir milicianos.

Também em outros países o histórico de perdões presidenciais, alguns famosos, outros infames, rende vasta literatura. Alguns mandatários usam este poder de forma abrasiva, para beneficiar ladravazes amigos, comprar gratidão/silêncio eternos ou resolver problemas familiares. Bill Clinton, por exemplo, indultou o irmão Roger, que fora preso por envolvimento com drogas. Outros, como Jimmy Carter, usaram a caneta para promover a conciliação nacional”, como escreveu um dos founding fathers dos Estados Unidos, Alexander Hamilton. Carter estendeu o perdão presidencial a 200 mil jovens que haviam fugido do alistamento militar para não combater na Guerra do Vietnã. Franklin Roosevelt foi pródigo em clemência executiva: assinou mais de 3.700 atos em seus quatro mandatos.

Contudo, antes de Donald Trump, nenhum governante de país democrático tivera a audácia de pensar, e ainda menos de defender em público o “direito absoluto” dele se conceder um autoperdão, se necessário. A aberração jurídica lhe ocorreu no ano passado, durante um período de extrema exasperação por estar sendo investigado por conluio e outros malfeitos eleitorais. Para sorte de todos, a tentativa extrema de autoanistia não se fez necessária — aquele turbilhão de 2018 passou, agora são tempos de impeachment e as ferramentas são outras. Em compensação, no mês passado, Trump abriu um precedente aterrador ao perdoar um membro das Forças Armadas acusado pelos membros do próprio pelotão de ter cometido crimes de guerra no Iraque.

A história é escabrosa. Edward Gallagher, 40 anos, é sargento da unidade de elite Seals, da Marinha americana. Estava em sua oitava missão de guerra e atendia pelo apelido de “Blade”, lâmina. Comandava os 22 integrantes do Time 7, pelotão Alfa, aquartelado em Mossul, com missão de apenas assessorar os combatente iraquianos na guerra contra o Estado Islâmico. De acordo com o “New York Times”, tinha por talismã uma machadinha e uma faca de caça personalizadas, que prometeu “tentar enfiar no crânio de alguém”. Ao saber que um militante islâmico havia sido preso, transmitiu uma ordem: “Ninguém mexe nele. É meu”.

O prisioneiro adolescente estava esquálido. A equipe médica entrara em ação, sedara o jovem e havia feito uma traqueostomia de emergência para que pudesse respirar. Foi quando Gallagher, para horror de seus comandados, sacou a faca e a cravou na garganta do prisioneiro inerte. Em seguida postou selfie do morto erguido pela cabeleira. Antes disso, ele já fora alvo de inúmeras denúncias de comportamento errático, mirar em alvos civis, atirar a esmo movido a Tramadol. Submetido à corte marcial, foi inocentado das acusações de homicídio e outros malfeitos graves por pressão de Trump, mas rebaixado de patente e teve soldo reduzido. Foi quando o comandante em chefe dos Estados Unidos ordenou, por twitter, que Gallagher tivesse soldo, patente e identidade Seal restituídas.

De uma só vez Trump sinalizou que nas Forças Armadas dos Estados Unidos crimes de guerra não contam, e que o Código Uniforme de Justiça Militar americano está sujeito aos humores do presidente. Não deixa de ser uma interpretação de excludente de ilicitude. A mais radical.

 
 

Dorrit Harazim, jornalista - O Globo



sábado, 7 de janeiro de 2017

Líder de massacre no AM começou roubando 600 reais de mercadinho



Aos 21 anos, Marcio Ramalho Diogo pegou sete anos e oito meses de prisão por assalto; aos 34, se tornou o 'xerife' da 2ª maior matança de presos do país

[a Justiça agiu corretamente: o marginal cometeu o crime de roubo, bem mais grave que furto, e não havia atenuantes. O erro foi da legislação que não permitiu punir que os crimes posteriores cometidos pelo bandido fosse punidos com penas mais severas, entre elas a 'pena de morte'.]
 TODOS POR UM - Garrote (de boné vermelho) e seus matadores: selfie para comemorar o massacre (Divulgação)

Marcio Ramalho Diogo tinha 21 anos quando foi condenado a sete anos e oito meses de prisão por ter roubado 600 reais de um mercadinho em Manaus. Sem ensino fundamental, filho de uma empacotadora e um pai sem profissão, morador de favela, iniciou ali uma carreira no crime que incluiu assalto, formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. 

No início da semana, foi apresentado ao Brasil em uma foto na qual aparecia ladeado por comparsas armados de pistolas e facões após ter ordenado a matança de 56 rivais no Compaj, presídio do Amazonas. Agora como Garrote, o jovem que assaltava mercadinho é, aos 34 anos, um dos homens da cúpula da Família do Norte, facção que briga com o Primeiro Comando da Capital pelo controle do tráfico de drogas no país. E foi o “xerife” da segunda maior barbárie da história do sistema carcerário do país.

Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

terça-feira, 14 de junho de 2016

O estupor que não existiu? o sexo grupal que saiu de controle?

Delegada vai pedir a anulação da prisão de dois suspeitos do estupro coletivo no Rio

Eles são investigados por divulgarem nas rede sociais o vídeo em que a vítima aparece desacordada e nua, o que não justifica a prisão temporária, segundo a delegada

A delegada Cristiana Onorato Bento, que investiga o caso de estupro da adolescente de 16 anos no Rio, disse nesta segunda-feira que pedirá a revogação da prisão temporária de dois suspeitos de participar do crime. De acordo com a titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), não foram descobertas provas contra Marcelo da Cruz Miranda Correa, de 18 anos, e Michel Brasil da Silva, de 20, em relação ao estupro.

Os dois suspeitos, que estão foragidos, são suspeitos de divulgar em redes sociais vídeos em que a vítima aparece desacordada e nua. "Isso [a revogação das prisões, no caso de a Justiça concordar com a delegada] não vai impedir que eles continuem sendo investigados e sejam condenados na esfera penal por espalhar esses vídeos. Mas este crime não justifica uma prisão temporária", disse ela.

A delegada afirmou que já tem provas suficientes para indiciar pelo crime de estupro os acusados Raí de Souza, de 22 anos; Raphael Belo, de 41 anos, e os traficantes Perninha e Moisés de Lucena, o Canário. Raí foi reconhecido pela bermuda que vestia em uma filmagem, feita em seu celular. Raphael fez a selfie com a adolescente nua e tocou em suas partes íntimas nas filmagens. Canário foi reconhecido pela vítima. Perninha, cujo nome não foi revelado pela delegada, teria sido o responsável pelas gravações. Policiais disseram já ter pistas de seu paradeiro.

Com Estadão Conteúdo


 

 

domingo, 10 de janeiro de 2016

'VOLUME MORTO' DO JORNALISMO BRASILEIRO FAZ SELFIE COM A SUPOSTA 'PRESIDENTA"

O Antagonista anotou o seguinte sobre a foto que está aí acima:
“Os jornalistas que participaram do café da manhã com Dilma Rousseff aproveitaram para fazer um selfie. 
É o retrato de boa parte da imprensa brasileira: servil, provinciana e aduladora.”
 
Os alegres rapazes e raparigas da grande mídia brasileira fazem selfie com a "presidenta" no Palácio do Planalto. Foto de O Antagonista
 
Esta informação serve para corroborar o que tenho reiterado aqui neste blog, ou seja, que a esmagadora maioria dos jornalistas brasileiros, além de escrever muito mal, compõe o pelotão avançado do PT dentro das redações.
 
São esses tipos, formados nessas espeluncas denominadas cursos de jornalismo, mas que não passam de madraçais destinados à doutrinação comunista, que dominam as redações dos veículos da grande mídia.
 
São mais do que servis, provincianos e aduladores. Eles cumprem a missão delineada pelo Foro de São Paulo, mesmo aqueles que se se intitulam independentes. É que o cérebro desses jornalistas já foi lavado pelas escolas que, por sua vez, são também dominadas pelos andróides esquerdistas. 
 
Afinal, uma geração já foi formada sob a estrita orientação dos ideólogos do PT.  O fato mais interessante é que esse neo comunismo do século XXI nem precisa mais exercer a censura sobre os veículos de mídia porque todos os textos, com raras exceções, são vazados na novilíngua do politicamente correto e levam água ao moinho da “engenharia social” que tem em vista detonar os direitos individuais.
 
Só para se ter ideia da poderosa influência dessa engenharia social dia desses o próprio site O Antagonista ao referir-se à seca que castigou São Paulo no ano passado, mencionou a “crise hídrica”. Eis aí um jargão politicamente correto cunhado nos laboratórios de engenharia social da ONU, União Européia e das universidades. As próprias áreas tecnológicas das universidades já foram contaminadas pelo pensamento politicamente correto, graças à ação dos ecochatos, ditos “ambientalistas”. Tanto é que entraram nas engenharias por meio do curso de Engenharia Ambiental. Não se fala mais de Engenharia Sanitária ou coisa que valha. Não é à toa que os “marinheiros” bóiam reluzentes nas raias da Olimpíada sobre o mar que banha o Rio de Janeiro.
 
Como se vê, ao banir a palavra “seca” que designa um fenômeno meteorológico que castiga o planeta de forma permanente e alternada em diversos pontos, “engenheiros sociais” e ambientalistas, procuram culpar os cidadãos ou a suposta incúria da companhia que administra os reservatórios, pela falta d’água. Diferente da “seca” a “crise hídrica” seria gerada pela ação humana, se é que me entendem.
 
No caso de São Paulo, esse designativo politicamente correto serve também para culpar o governo paulista que atualmente é exercido pelo PSDB. Tanto é que a idiotia politicamente correta chegou a erguer “instalações” sobre o leito seco das barragens destinadas a criar cenários para fotos e filmagens pelos veículos de mídia. 
 
Caso análogo refere-se à terminologia “volume morto” sempre mencionada no lugar de “reserva técnica” dos reservatórios que é o termo técnico adequado.
 
Na verdade, “volume morto” é aquele grupo de idiotas fazendo selfie com a Dilma. 
 
E para concluir: desafio todos aqueles jornalistas que aparecem na foto paparicando a Dilma a escrever um texto como este que vocês acabaram de ler a partir de uma fotografia e uma frase de três linhas.
 
Tenho dito!
 
Transcrito do Blog do Aluizio Amorim