Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador mergulho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mergulho. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de março de 2022

Assentamento de mentiras - Gazeta do Povo

Luís Ernesto Lacombe

Ele não anda pelas ruas. Escolhe bem aonde ir e com quem se encontrar.

Mentiroso confesso e contumaz, ele já não arrasta multidões, desde que seu partido arrastou bilhões de reais de empresas estatais para os próprios bolsos, amplos, largos, fundos. Seus apoiadores onde estão? É incerto onde se aglomeram. Lula não emociona, é um emplastro.

Nas ruas, por ele, estão apenas aqueles que os funcionários de empresas de pesquisas eleitorais descobrem. Estatisticamente, pelo menos, são muitos. Devem aguardar ansiosamente o encontro com Lula. No meio do povo, de novo...

Poderia ter sido na praia... Lula queria dar um mergulho no mar, mas achou melhor interditar o seu pedação de areia. Ele já não sai por aí, já não mora em São Bernardo do Campo, já não quer esbarrar com qualquer um. Questões de segurança. Seu povo aguarda, obediente e compreensivo, a hora de saudar e aplaudir o chefe, de estar perto dele. E a hora chega, o jornal anuncia: “Lula, de novo nos braços do povo”. Encontro marcado para Londrina, no Paraná. O pré-candidato quer ser abraçado, quer abraçar milhares de pessoas, antes dos milhões das pesquisas eleitorais.

Era tanta vontade de estar com todos, mas não teve rua, praça pública, estádio de futebol. Não teve multidão. Lula visitou apenas um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na cidade paranaense. Falou para uma gente comportadamente uniformizada, simples, humilde. Repetiu, em discurso, o que lhe disseram, que "a agricultura familiar tem capacidade para alimentar nosso país". É tão lindo: querem produzir em larga escala alimentos não transgênicos, sem o uso de defensivos agrícolas... E querem proteger as florestas ao mesmo tempo! Povo, não dá. Seria preciso aumentar assustadoramente a área plantada, desmatar, desmatar muito.


Veja Também: Quando? Quem? Por quê?
  

Lula nunca parece mesmo disposto a se encontrar com a verdade... e com o povo. A ida a Londrina não valeu, claro, como um “teste das ruas”. É compreensível, para alguém condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias, por nove juízes. Lula é como um produto estragado, vencido, que foi retirado da prateleira do supermercado e, porcamente, estão querendo colocar de volta. Assim como o MST, ele representa a ilegalidade. Ou alguém vai dizer que invadir propriedade privada, depredar, destruir plantações, benfeitorias, que nada disso é crime?
 
Assim como o MST, Lula representa a mentira e o atraso, o que não tem como dar certo. Do outro lado está um governo que reduziu drasticamente o número de invasões de fazendas, que assegurou aos proprietários a defesa de suas áreas, que cortou o financiamento de ONGs ligadas aos sem-terra e à falsa proteção do meio ambiente
No governo Bolsonaro, foram 24 invasões de propriedades rurais até agora
Nos dois governos Lula, foram 1.968! 
E o atual presidente distribui, como nenhum outro, títulos de regularização fundiária: 128 mil só no ano passado
Ainda bem que o povo de verdade, nas ruas de verdade, não se engana, ainda bem que o povo nas ruas sabe de tudo.
 
Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Nos tempos de cadete, Bolsonaro era bom atleta e médio em Economia - O Estado de S. Paulo

Luiz Maklouf Carvalho

[Curiosidades sobre o atleta, o cadete, aspirante, mergulhador, montanhista, paraquedista, capitão do Exército,  político e presidente da República Federativa do Brasil: Jair  Bolsonaro.
O criticam por não reconhecer o racismo onde não existe, mas foi ele que arriscando a própria vida salvou um soldado do Exército brasileiro, conhecido por 'Celso Negão'.]

Durante a formação militar, presidente eleito se destacou em educação física e atletismo, mas teve notas regulares em disciplinas financeiras e psicologia

As notas mais baixas do cadete 531, Jair Messias Bolsonaro, no terceiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1976, foram 5,4 em Psicologia II, e 5,9 em Economia e Finanças. No quarto ano, final do curso, ele tornou-se aspirante a oficial de artilharia como 12.º lugar entre 69 cadetes. Seu maior destaque, em toda a carreira militar, esteve no atletismo e na educação física, inclusive como instrutor. Como atleta, participou de inúmeros torneios militares, como pentatlos, conquistando prêmios em alguns, e elogios dos superiores em todos. Fez curso de paraquedismo, de montanhismo e de mergulho. Em fevereiro de 1987 somava 44 saltos em aeronaves militares em voo.

Ele próprio destacou esse lado de atleta em sua defesa no Superior Tribunal Militar, onde foi julgado (e inocentado) por fazer ameaça terrorista. No ponto em que foi chamado de ambicioso, por ter ido a um garimpo no interior da Bahia, em 1983, escreveu um autoelogio: “A admiração pela garimpagem bem demonstra a coragem de um oficial paraquedista que foi 1.º da turma na Escola de Educação Física do Exército, e 1.º lugar no curso de mergulho autônomo promovido pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro”.

No mesmo documento, em que dispensou a presença de advogado, sublinhou o depoimento do segundo-sargento Jorge Mion, uma de suas testemunhas de defesa, sobre ter salvado o soldado Celso quando era aspirante, em 1978. “Não foi um salvamento qualquer”, escreveu Bolsonaro. “Foi um salvamento de um soldado do Exército brasileiro, durante uma instrução.” Repetiu, então, o que disse o sargento Mion: “o soldado caiu de uma corda, no meio da lagoa da pista, e teria morrido afogado, não fosse a pronta ação do então aspirante Bolsonaro, que, no meio de vários militares presentes, foi quem, arriscando a própria vida, lançou-se n’água e salvou a vida do soldado Celso. Foi por esse episódio, de 40 anos atrás, que o Exército o medalhou, recentemente, por bravura, alavancado por sua eleição a presidente. O soldado chamava-se Celso Nunes, e era conhecido por “Negão Celso”.

Uma outra testemunha de defesa, o tenente Djalma Antônio de Souza Filho, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, foi instrutor do capitão em um estágio de mergulho autônomo. Ele contou que, em setembro de 1985, Bolsonaro foi voluntário na queda de um ônibus Cometa, no córrego do Vigário, “tendo trabalhado durante dois dias seguidos, realizando mergulhos de até vinte metros, sem revezamentos e em condições adversas”. Segundo essa testemunha, ele próprio pediu para não oficializar sua participação, por estar de férias.

Os nove elogios individuais que recebeu de superiores imediatos, como cadete da Aman, apontam, ao longo de quatro anos, “esforço, tenacidade, fibra, zelo e dedicação nos treinamentos físicos, inteireza moral, elevado grau de responsabilidade no cumprimento de suas obrigações, assiduidade, pontualidade, elevado padrão de consciência profissional, amor à carreira e desprendimento”.

As folhas de alterações registram três acidentes no mesmo período, nenhum mais grave. Em um deles, na tarde de 11 de março de 77, em uma sessão de educação física, “o cadete 531 bateu com a testa em uma árvore ao lado do campo, sofrendo um corte logo acima do supercílio esquerdo”. Levou quatro pontos.

Depois de servir no 21.º Grupo de Artilharia de Campanha, no Rio de Janeiro, em 1978, o segundo-tenente Bolsonaro foi transferido, a pedido, para o 9.º GAC, na longínqua Nioaque, em Mato Grosso do Sul. Ao sair do 21.º GAC, seu superior registrou que era um “oficial sincero em suas manifestações e atitudes, inteligente, sério, discreto, dotado de excepcional preparo físico e resistência à fadiga”. Ficou em Nioaque por alguns anos – período em que se casou com Rogéria Nantes, em Resende (RJ) –, sem prejuízo de viagens para dar cursos de instrução em educação física e participar de competições militares.

Serviu em Nioaque até o fim de 81, já pai de Flávio Nantes Bolsonaro, o hoje senador eleito. O coronel Ubirajara Souto Mayor, comandante do 9.º GAC, o elogiou pela “valiosa cooperação e eficiente participação nas atividades de instrução da unidade”, e por ter “cumprido corretamente, em seus mínimos detalhes, a desativação da usina de força e luz”.

Notas. Em 82, no Rio de Janeiro, Bolsonaro era aluno da Escola de Educação Física do Exército. Concluiu o curso no fim do ano, com nota 8,7, conceito Muito Bom, e primeiro colocado entre 37. As folhas de alteração mostram que o conceito se repetiu nos cinco quesitos avaliados: valor intelectual, aptidão para a chefia, aptidão para o trabalho em grupo, devotamento, espírito militar e resistência física.

Na conclusão do curso na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no fim de 1987, já às voltas com a apuração da Beco sem saída, o Muito Bom só se manteve em resistência física. Os demais quesitos ficaram em Bom e Regular, este último em aptidão para trabalho em grupo e espírito militar. A nota final foi 7,68, o 28.º entre 49 alunos. Com essa bagagem é que saiu do Exército e entrou para a política.

O Estado de S. Paulo - Política - 01 de janeiro de 2019