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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Neymar será julgado, um mês antes da Copa do Catar, por corrupção em assinatura de contrato com o Barcelona [o acusado pode ser condenado a 7 anos de prisão.]

 O Globo — Barcelona

Neymar e outras cinco pessoas serão julgadas por supostas irregularidades na assinatura do contrato do jogador com o Barcelona, em 2013. A partir do dia 17 de outubro, um tribunal da Catalunha iniciará a análise do caso, com a promotoria local pedindo a pena de dois anos de prisão para o atleta. Segundo o jornal El País, ao lado do jogador no banco dos réus, estarão seus pais e dois ex-presidentes do Barcelona (Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu), todos acusados de corrupção entre particulares e fraude, além de um ex-diretor do Santos, clube do qual o jogador foi adquirido pela equipe espanhola.

Na ação, o Ministério Público da Espanha exige o pagamento de 8,4 milhões de euros, cerca de R$ 45,6 milhões. Ainda de acordo com El País, o julgamento é consequência de uma denúncia apresentada há sete anos pela DIS, empresa brasileira especializada no mercado de futebol, que se sentiu prejudicada na negociação entre Neymar e Barcelona. Antes da ida do jogador para a Europa, a empresa detinha 40% dos direitos federativos dele.

A DIS havia adquirido o percentual em 2009, quando o atacante tinha apenas 17 anos, por um preço equivalente a cerca de dois milhões de euros. A empresa considera que foi vítima de um “golpe” arquitetado por Neymar, seus parentes e pelo Barcelona e pede uma indenização superior a 150 milhões de euros — mais de R$ 815 milhões.

A empresa e o Ministério Público consideram que, em 2011, ocasião do acordo entre jogador e empresa, Neymar e o pai assinaram dois contratos simulados com o Barcelona, ignorando que parte dos direitos pertenciam à DIS. Um desses contratos, de 40 milhões de euros, teria servido para “amarrar” a assinatura antes de se tornar público, e teria sido feito sem o conhecimento da DIS.

“O Barcelona e o jogador quebraram as regras da Fifa e alteraram a livre concorrência no mercado de transferências”, disse a empresa em sua defesa em 2016, quando as acusações foram apresentadas.

Ainda segundo El País, embora o Ministério Público peça dois anos de prisão para Neymar e o pagamento de uma multa de 10 milhões de euros, a empresa ainda pede a pena de cinco anos de prisão para Neymar e que ele esteja impedido, pelo mesmo período, de jogar futebol.

A DIS também pede cinco anos de prisão para os pais do jogador. Nesse caso, o MP pede “apenas” dois anos de prisão para o pai e um para a mãe do atleta. [Considerando que na Espanha os acusados que são condenados ficam presos, caso o jogador seja condenado o Brasil será favorecido = um 'perna de pau' a menos, no elenco da seleção brasileira de futebol.]

Esportes - O Globo 

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O governo tem que facilitar, e não complicar

Levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo em postos de combustíveis no Brasil inteiro encontrou uma diferença de quase R$ 3 no litro do álcool hidratado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Um posto do Rio Grande do Sul está vendendo o álcool a R$ 7,80 o litro. E, em São Paulo, o preço médio nem é o preço mais baixo - o preço médio é R$ 4,90. A maior parte das refinarias de álcool estão em São Paulo. Mas quase, praticamente R$ 3, porque esse é o preço médio em São Paulo. E está mais baixo em São Paulo por que?  
Consequência de uma medida provisória do governo autorizando a venda direta da refinaria para o posto. 
Não precisa fazer uma viagem até a distribuidora, para depois voltar para o posto. Pode vender para qualquer bandeira. Liberação é isso: o governo tem que abrir, facilitar, e não prender, amarrar, complicar para ficar tudo mais caro. Para fazer passeio por aí.
 
Na semana antes do Natal, o preço caiu muito, na maior parte dos estados. Em 19 estados o preço do litro do álcool caiu. Em Mato Grosso, chegou a cair 15% - ao passo que, no Rio Grande do Sul, esse preço em média é R$ 7, enquanto a média em São Paulo é R$ 4,90. Só para a gente registrar, comparar, na hora de abastecer. Tem muita gente, eu já ouvi muito motorista se queixar de que está vindo pela BR-101, por Santa Catarina, indo em direção ao Rio Grande do Sul, e abastece antes de entrar na divisa do Rio Grande do Sul.  
Porque no Rio Grande do Sul o imposto estadual é mais alto do que em Santa Catarina, e o preço do combustível fica mais caro, qualquer combustível.


Chuvas e inundações

Bahia sofrendo com chuvas, e também Minas Gerais, outros estados. Muita chuva neste verão. 
E o presidente Bolsonaro assinou uma medida provisória criando um crédito extraordinário de R$ 200 milhões para refazer estradas destruídas pelas chuvas, pelas inundações 
R$ 80 milhões para estradas baianas. 
Mas também vai para estradas do Pará, de São Paulo, de Minas Gerais e do Amazonas. Há mais de 20 mortos e mais de 30 mil desabrigados só na Bahia. É uma grande tragédia numa época em que a gente costuma festejar o Natal e o fim de ano.


A vitória de Alex

Quem está festejando também é o jogador que começou no Grêmio, o Alex dos Santos Gonçalves, que estava enrolado na Indonésia, não podia sair, estava sem o passaporte.                                                          E o governo brasileiro entrou nessa dando apoio diplomático e jurídico ao atleta. E o clube em que ele jogava, unilateralmente, violou o contrato reduzindo o salário dele em 75%. Aí ele se queixou para a FIFA, e a FIFA puniu o clube e mandou o clube pagar as diferenças.                                  O clube ficou furioso e retaliou, dando uma queixa na polícia, dizendo que ele já estava com o visto de trabalho vencido na Indonésia, por isso estava em situação irregular e a situação ficou difícil para ele voltar para o Brasil em festas de fim de ano, para se reunir com a família.

O governo brasileiro entrou nessa, conseguiu a liberação dele também, e ontem eu vi um tweet do presidente Bolsonaro e do ministro de Relações Exteriores, o ministro França, anunciando que ele havia passado na alfândega, na migração em Jacarta. Estava em um voo da Emirates para Dubai, ia fazer escala em Dubai, de lá iria para São Paulo, e de São Paulo ia voltar para Porto Alegre onde ele começou a carreira esportiva.

 Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Liberdade de opinião não pode ser confundida com homofobia - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

O caso Maurício Souza

A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Luiz de Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos “politicamente corretos”. Foi um linchamento, puro e simples, da reputação e da carreira esportiva de um cidadão brasileiro que não fez absolutamente nada de errado, e nem outra coisa além de exercer o direito constitucional à expressão do seu próprio pensamento.

Maurício entrou, apenas pelo fato de manifestar uma opinião, na zona de tiro do “movimento gay” — foi executado, sem apelação ou direito de defesa, com o seu desligamento do Minas Tênis Clube por pressão dos patrocinadores Fiat e Gerdau. Ou seja: atleta desse clube não tem o direito de pensar como um cidadão livre — ou, então, tem de esconder aquilo que pensa.

O jogador não cometeu, nem em atos e nem em intenção, nenhum delito de “homofobia”, a acusação genérica que lhe foi feita e apresentada como motivo para a sua punição. O que ele fez? Apenas comentou, em suas redes sociais, que desaprova a entrada de um homem de 50 anos, pai de filhas e com o dobro do tamanho das outras jogadoras, numa equipe universitária de basquete nos Estados Unidos. Em sua opinião, não está certo admitir, em times femininos, homens que se descrevem como “transgêneros” após passarem por cirurgias — só isso.

Qual a lei, ou o mero código de conduta social, que Maurício poderia ter desrespeitado com as suas palavras? 
Ele não insultou ninguém. Não cometeu nenhum ato de discriminação. Não agrediu. Não agiu com desrespeito. 
Não violou o direito à orientação sexual de qualquer praticante de esportes — apenas disse que é contra a participação de homens biológicos em equipes de mulheres. É um ponto de vista, unicamente isso. Há gente a favor, há gente contra. Onde pode estar o crime?

O jogador da seleção brasileira também disse que não gostou do novo Superman gay — nem da “linguagem neutra” que a Rede Globo quer adotar numa de suas próximas novelas. Mas e daí? Por acaso alguém é obrigado a aprovar a última versão do super-herói, ou uma novela de televisão onde os personagens vão falar “ile”, “aquile” e “novéle”?

Estão construindo no Brasil, com o apoio de empresas como Fiat e Gerdau, e de clubes esportivos como o Minas, uma máquina de repressão à liberdade. Ser ”homofóbico”, segundo essa maneira de ver o mundo, não é mais praticar atos de violência, de discriminação ou de desrespeito aos homossexuais, conforme estabelecem as leis — é, simplesmente, desagradar a quem controla alguma das facções do “movimento gay”. Onde está o ódio, aí nas palavras de Maurício ou na sua punição?

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 24 de maio de 2021

A mídia passou da oposição a Bolsonaro ao ódio gramatical, sofre bloqueio psicológico e se alia a Renan Calheiros

Imprensa sofre bloqueio psicológico e se alia a Renan Calheiros

A mídia passou da oposição a Bolsonaro ao ódio gramatical, como descrito no dicionário, e do ódio a um estado de permanente excitação nervosa

 Tudo bem: a “CPI da Covid”, como se autonomeou a aglomeração de aproveitadores formada no bas fond do Senado Federal com a finalidade oficial de “apurar” o que houve de errado na administração da epidemia no Brasil, vai resultar, para qualquer efeito prático, no equivalente a três vezes zero. Como poderia ser diferente? Fez parte da mais legítima natureza dessa gangue política, composta por muito do que existe de pior na política nacional, agir, antes mesmo da sua primeira reunião, exatamente ao contrário do que pretendem ser tais “comissões” — pelo menos segundo o que está dito na lei. Para não tornar a conversa mais demorada do que que é preciso: pode haver uma comissão, formada por parlamentares, mas não há, nunca houve e nem vai haver inquérito nenhum.

Desde o primeiro minuto do que eles chamam de “trabalhos”, a “CPI da Covid” não fez inquérito sobre nada. Não foram investigadas quaisquer suspeitas sérias. Os inquisidores não foram capazes de demonstrar, ao longo dos interrogatórios feitos até agora, aquele mínimo de qualidade técnica que se exige da mais modesta delegacia de polícia do interior na condução de um inquérito. Não houve a procura, o processamento e o exame de fatos. Não houve, por parte dos senadores empenhados na acusação, o mais remoto sucesso, ou esforço, em comprovar alguma coisa, nem mal e mal, de tudo o que estão dizendo — até agora, a sua atividade vem se resumindo a exibir aos gritos uma suspeita e, depois, ficar repetindo os gritos que deram. Não houve, em suma, o menor talento em nada do que se fez. Sobrou apenas uma pasta de latidos sem coerência, sem direção e sem objeto determinado — uma operação amadora, incompetente e mal-intencionada.

Faz ruído entre os políticos e o mundinho que gira em seu redor, mas não leva a nada. 
Não vai se descobrir, não com o mínimo de provas que é necessário, absolutamente coisa nenhuma. Nenhum crime vai ser revelado — nem os crimes imaginários, pela simples razão de que não existem, nem os crimes reais, pela razão ainda melhor de que os senadores armaram essa farsa justamente para impedir que fosse apurada qualquer parcela da roubalheira maciça praticada em função da Covid-19 pelas “autoridades locais”. Nada vai mudar. Ninguém vai ser responsabilizado. Ninguém vai perder o emprego. Punição de verdade, então, nem pensar — como se vai punir o autor de um crime se não conseguem mostrar o crime? No mundo dos fatos reais, enfim, a CPI está morta — mortinha da silva. Nem dentro do Congresso Nacional, do Congresso como ele é, a coisa existe mais.
 
O que chama atenção, nisso tudo, é uma espécie de comorbidade que parece ter se desenvolvido entre os diversos vírus em circulação dentro da CPI e o comportamento da maior parte da mídia em relação a esse assunto. Falando francamente: parece que o cérebro da imprensa realmente cozinhou, como resultado direto da sua oposição cada vez mais incondicional contra o presidente da República e a tudo o que tenha relação com o seu governo.  
Na ânsia de combater o que os jornalistas parecem considerar a pior calamidade dos 500 anos de história do Brasil, a mídia começa a fazer qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo — inclusive aliar-se com alguém da categoria do senador Renan Calheiros, o “Atleta” da lista de políticos comprados que a empreiteira Odebrecht guardava nos computadores do seu “Departamento de Operações Estruturadas”, ou de corrupção, em português corrente. Renan, hoje, se reinventou como arquiduque da oposição nacional e faz a função de inquisidor-chefe da CPI. Na mesma balada, a imprensa se entrega a outro inimigo declarado do governo o presidente da comissão —, um senador investigado pela Polícia Federal por corrupção grossa na área da saúde do Amazonas, por sinal um dos Estados que tem mais denúncias por corrupção envolvendo Covid e “autoridades locais”.

Não é mais política, nem é raciocínio. É um tipo de ideia fixa
Os dois são hoje contra o governo — é tudo o que se precisa, no Brasil de 2021, para o sujeito virar herói da mídia. Não houve, desde o começo da história, a mínima menção — não se diga crítica, mas apenas uma menção de caráter informativo, só isso — sobre os processos de corrupção que se amontoam sobre o senador Renan há dez anos, tantos que nem os seus advogados saberiam dizer ao certo quantos são. Nem um pio, também, sobre o homem do Amazonas. Ele e Renan não são contra Bolsonaro? Então: os jornalistas ligam o piloto automático que determina hoje tudo o que escrevem ou falam, e eis aí os dois transformados em estadistas das primeiras páginas e do horário nobre, investigadores destemidos que fazem CPI, ameaçam um ex-ministro de prisão, como se fossem o guarda da esquina, e insultam abertamente um outro que é general do Exército brasileiro. A imprensa reproduz isso tudo como se Renan Calheiros e o outro fossem os políticos mais sérios do mundo.
Registra-se como episódio normal, também, que Renan quer contratar uma “agência de checagem” (ou de verificação de notícias tidas como “falsas”) para “checar” os depoimentos das pessoas que são interrogadas na “CPI” e para ajudar o Congresso Nacional na tarefa de descobrir fatos vitais sobre a passagem da Covid-19 pelo Brasil. Como assim? “Agência de checagem”? O Congresso Nacional vai gastar mais de R$ 10 bilhões em 2021; tem todo o tipo de serviços, recursos e pessoal para atender a qualquer exigência de trabalho. Por que raios precisaria de uma “agência de checagem”, coisa que não tem CNPJ próprio, nem endereço, nem composição, nem personalidade jurídica definidos? 
Imagina-se que a Polícia Federal, as 27 polícias estaduais e mais o resto da máquina oficial tenham condições de levantar qualquer informação dentro ou fora do Brasil — ou só as “agências de checagem”, grupos de militantes que denunciam como “falsas” meramente as notícias das quais não gostam, conseguem descobrir a verdade? (Não se sabe, obviamente, quanto poderia custar, em reais, esse tal contrato; as “agências de checagem” não vão checar.)

Na verdade, há um fato que está muito claro em tudo isso. A mídia passou da oposição a Jair Bolsonaro ao ódio gramatical, como descrito no dicionário, e do ódio a um estado de permanente excitação nervosa. Quando aparece uma “CPI” como essa, um número surpreendente de jornalistas coloca para fora, à vista de todos, o que parece ser uma coleção obscura de anseios — o de agente de polícia, em primeiro lugar.  Aparentemente, os circuitos mentais da maioria das pessoas que trabalham na imprensa, mesmo as que não tratam de política, não estão funcionando mais de maneira normal. 

Assim que os nomes “Jair” e “Bolsonaro” são transmitidos aos seus cérebros, o raciocínio lógico trava no ato — e, aí, pessoas que são perfeitamente capazes de pensar com coerência, trocar ideias de maneira construtiva e entender que há mais de um ponto de vista sobre as coisas, entram numa espécie de bloqueio psicológico e, subitamente, só são capazes de pensar “naquilo”. Não é mais política, nem é raciocínio. É um tipo de ideia fixa. Os analistas teriam um bocado de coisas a dizer sobre isso.

J.R. Guzzo, colunista - Jovem Pan 


terça-feira, 24 de novembro de 2020

Nos tempos de cadete, Bolsonaro era bom atleta e médio em Economia - O Estado de S. Paulo

Luiz Maklouf Carvalho

[Curiosidades sobre o atleta, o cadete, aspirante, mergulhador, montanhista, paraquedista, capitão do Exército,  político e presidente da República Federativa do Brasil: Jair  Bolsonaro.
O criticam por não reconhecer o racismo onde não existe, mas foi ele que arriscando a própria vida salvou um soldado do Exército brasileiro, conhecido por 'Celso Negão'.]

Durante a formação militar, presidente eleito se destacou em educação física e atletismo, mas teve notas regulares em disciplinas financeiras e psicologia

As notas mais baixas do cadete 531, Jair Messias Bolsonaro, no terceiro ano da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em 1976, foram 5,4 em Psicologia II, e 5,9 em Economia e Finanças. No quarto ano, final do curso, ele tornou-se aspirante a oficial de artilharia como 12.º lugar entre 69 cadetes. Seu maior destaque, em toda a carreira militar, esteve no atletismo e na educação física, inclusive como instrutor. Como atleta, participou de inúmeros torneios militares, como pentatlos, conquistando prêmios em alguns, e elogios dos superiores em todos. Fez curso de paraquedismo, de montanhismo e de mergulho. Em fevereiro de 1987 somava 44 saltos em aeronaves militares em voo.

Ele próprio destacou esse lado de atleta em sua defesa no Superior Tribunal Militar, onde foi julgado (e inocentado) por fazer ameaça terrorista. No ponto em que foi chamado de ambicioso, por ter ido a um garimpo no interior da Bahia, em 1983, escreveu um autoelogio: “A admiração pela garimpagem bem demonstra a coragem de um oficial paraquedista que foi 1.º da turma na Escola de Educação Física do Exército, e 1.º lugar no curso de mergulho autônomo promovido pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro”.

No mesmo documento, em que dispensou a presença de advogado, sublinhou o depoimento do segundo-sargento Jorge Mion, uma de suas testemunhas de defesa, sobre ter salvado o soldado Celso quando era aspirante, em 1978. “Não foi um salvamento qualquer”, escreveu Bolsonaro. “Foi um salvamento de um soldado do Exército brasileiro, durante uma instrução.” Repetiu, então, o que disse o sargento Mion: “o soldado caiu de uma corda, no meio da lagoa da pista, e teria morrido afogado, não fosse a pronta ação do então aspirante Bolsonaro, que, no meio de vários militares presentes, foi quem, arriscando a própria vida, lançou-se n’água e salvou a vida do soldado Celso. Foi por esse episódio, de 40 anos atrás, que o Exército o medalhou, recentemente, por bravura, alavancado por sua eleição a presidente. O soldado chamava-se Celso Nunes, e era conhecido por “Negão Celso”.

Uma outra testemunha de defesa, o tenente Djalma Antônio de Souza Filho, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, foi instrutor do capitão em um estágio de mergulho autônomo. Ele contou que, em setembro de 1985, Bolsonaro foi voluntário na queda de um ônibus Cometa, no córrego do Vigário, “tendo trabalhado durante dois dias seguidos, realizando mergulhos de até vinte metros, sem revezamentos e em condições adversas”. Segundo essa testemunha, ele próprio pediu para não oficializar sua participação, por estar de férias.

Os nove elogios individuais que recebeu de superiores imediatos, como cadete da Aman, apontam, ao longo de quatro anos, “esforço, tenacidade, fibra, zelo e dedicação nos treinamentos físicos, inteireza moral, elevado grau de responsabilidade no cumprimento de suas obrigações, assiduidade, pontualidade, elevado padrão de consciência profissional, amor à carreira e desprendimento”.

As folhas de alterações registram três acidentes no mesmo período, nenhum mais grave. Em um deles, na tarde de 11 de março de 77, em uma sessão de educação física, “o cadete 531 bateu com a testa em uma árvore ao lado do campo, sofrendo um corte logo acima do supercílio esquerdo”. Levou quatro pontos.

Depois de servir no 21.º Grupo de Artilharia de Campanha, no Rio de Janeiro, em 1978, o segundo-tenente Bolsonaro foi transferido, a pedido, para o 9.º GAC, na longínqua Nioaque, em Mato Grosso do Sul. Ao sair do 21.º GAC, seu superior registrou que era um “oficial sincero em suas manifestações e atitudes, inteligente, sério, discreto, dotado de excepcional preparo físico e resistência à fadiga”. Ficou em Nioaque por alguns anos – período em que se casou com Rogéria Nantes, em Resende (RJ) –, sem prejuízo de viagens para dar cursos de instrução em educação física e participar de competições militares.

Serviu em Nioaque até o fim de 81, já pai de Flávio Nantes Bolsonaro, o hoje senador eleito. O coronel Ubirajara Souto Mayor, comandante do 9.º GAC, o elogiou pela “valiosa cooperação e eficiente participação nas atividades de instrução da unidade”, e por ter “cumprido corretamente, em seus mínimos detalhes, a desativação da usina de força e luz”.

Notas. Em 82, no Rio de Janeiro, Bolsonaro era aluno da Escola de Educação Física do Exército. Concluiu o curso no fim do ano, com nota 8,7, conceito Muito Bom, e primeiro colocado entre 37. As folhas de alteração mostram que o conceito se repetiu nos cinco quesitos avaliados: valor intelectual, aptidão para a chefia, aptidão para o trabalho em grupo, devotamento, espírito militar e resistência física.

Na conclusão do curso na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, no fim de 1987, já às voltas com a apuração da Beco sem saída, o Muito Bom só se manteve em resistência física. Os demais quesitos ficaram em Bom e Regular, este último em aptidão para trabalho em grupo e espírito militar. A nota final foi 7,68, o 28.º entre 49 alunos. Com essa bagagem é que saiu do Exército e entrou para a política.

O Estado de S. Paulo - Política - 01 de janeiro de 2019  

 

quarta-feira, 25 de março de 2020

Bolsonaro pedirá isolamento só para idosos e pessoas com doenças prévias - Pronunciamento foi acordado com ministro da Saúde VEJA


“Conversei por alto com o Mandetta ontem. Hoje vamos definir a situação. Tem que ser, não tem outra alternativa”, afirmou. “A orientação vai ser vertical daqui para frente. Eu vou conversar com ele e tomar a decisão. Não escreva que já decidi, não. Vou conversar com o Mandetta sobre essa orientação”, acrescentou o presidente. Bolsonaro voltou a criticar “alguns poucos governadores, em especial os de Rio [Wilson Witzel] e São Paulo [João Doria]”, que além da imprensa, foram alvos de seu pronunciamento da noite desta terça-feira 24, no qual pediu a reabertura das escolas e o fim do “confinamento em massa”. “Certas autoridades estaduais e municipais estão tomando medidas, no meu entender, além da normalidade. São verdadeiros donos de seus estados e municípios, proibindo o tráfego de pessoas, tráfego de rodovias, fechando empresas e comércios”, disse na saída do Alvorada. Na avaliação de Bolsonaro, “é preciso botar povo para trabalhar e preservar idosos”, pois, caso contrário, pode haver “caos”, o que, segundo o presidente, pode fazer com que o Brasil saia “da normalidade democrática”.

[O Presidente Bolsonaro continua sendo um cidadão  - ser Presidente da República  não implica na perda dos direitos de  cidadão, que incluem, sem limitar, o de ter opinião e ser liberdade de expressão.

É sair da 'normalidade democrática' a pretensão de impedir que o Presidente da República manifeste o que pensa.
É sair da 'normalidade democrática' pretender que para manifestar sua opinião o Presidente Bolsonaro peça licença do carto, diga o que pensa, e reassuma.
O presidente tem o seu pensamento, vai conversar com o ministro da Saúde e decidir conjuntamente - ao dizer que sua decisão será vertical, o presidente não ouvir o ministro da Saúde.

As opiniões do presidente na República sobre os assuntos que estão sob sua competência, conforme estabelece a Constituição Federal, não devem ser objeto de críticas dos presidentes dos demais Poderes.
Quanto a considerar a Covid-19 uma gripezinha, o presidente foi bem claro, se referindo a sua pessoa, favorecida pelo seu passado de atleta - é pacífico que uma boa condição física, quando jovem, repercute favoravelmente na velhice.]

Bolsonaro afirmou que foi ele mesmo quem escreveu o discurso, criticado por parlamentares, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que afirmou, em nota, que “neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população”.
“Eu fiz sozinho [o discurso]. Vocês inventaram que o ‘gabinete do ódio’ fez o discurso. Eu que fiz o discurso. Eu que escrevi o discurso, sou o responsável pelos meus atos. Fui criticado por quem? Por quem nunca fez nada pelo Brasil? Estou muito feliz com as críticas”, afirmou.



Pronunciamento de Bolsonaro foi acordado com ministro da Saúde
MATÉRIA COMPLETA em VEJA

Nesta quarta-feira, Henrique Mandetta deve traduzir as orientações do presidente e indicar como a população deve agir em meio à pandemia do coronavírus



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