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quarta-feira, 21 de junho de 2023

CPMI do 8 de Janeiro vira confissão de culpa para governo Lula - O Estado de S. Paulo

Planalto joga cada vez mais na escuridão porque é a única coisa que lhe interessa nessa história

A atitude geral do governo Lula diante da CPMI que investiga os atos de violência do dia 8 de janeiro em Brasília está se tornando uma confissão de culpa.  
Há uma suspeita que só um trabalho sério de investigação poderia afastar a de que o governo permitiu que os ataques fossem feitos, ou até coisa pior, para se fazer de vítima de uma tentativa de “golpe” e, por conta disso, apertar a repressão contra os seus adversários políticos. 
Como tirar essas dúvidas da frente e apresentar a verdade ao público? 
Só há uma maneira: esclarecendo os fatos com honestidade e competência. O governo age de forma exatamente contrária.
O ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques durante depoimento na CPMI do 8 de Janeiro
O ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques durante depoimento na CPMI do 8 de Janeiro Foto: Wilton Júnior/Estadão
Por que essa insistência em ocultar o que realmente aconteceu? 
O governo diz, desde o dia das depredações, que a “direita”, os “bolsonaristas” e as suas vizinhanças estavam tentando derrubar o presidente da República com o seu quebra-quebra; o próprio Lula declarou que está “provado” que houve tentativa de golpe, e queBolsonarocomandou tudo. 
Não há um átomo de prova, e nem de simples lógica, numa afirmação dessas – a começar pelo fato de que jamais houve, em toda a história humana, uma única tentativa de golpe em que os golpistas não tinham nem sequer uma espingarda de atirar em passarinho, mas bandeiras do Brasil e cadeirinhas de praia
Mas Lula é assim mesmo; ninguém espera, de seus discursos irados, nada que tenha algum contato com a verdade. 
Deveria ser diferente com a CPMI. 
Afinal, para quem se apresenta como vítima, não poderia haver uma oportunidade mais óbvia de se apurar os fatos e revelar os culpados
Por que, então, o governo está fazendo tudo para impedir que os fatos sejam apurados? 
O que o público não pode ficar sabendo?
Os deputados e senadores do governo que estão na CPMI tentaram impedir, por exemplo, o depoimento do general G. Dias, íntimo de Lula, responsável pela segurança dos locais naquele dia e indispensável para se saber o que aconteceu de fato. 
Ele estava dentro do Congresso durante as depredações – quem melhor para ser ouvido? Ou: como investigar com seriedade alguma coisa se um dos principais envolvidos não pode falar?  
Mas os parlamentares governistas proibiram a convocação do general; acham que vai ser ruim se ele for interrogado em público. Proibiram, também, a convocação do ministro da Justiça, que como o general e dezenas de outras pessoas do governo, foi informado previamente das violências, mas não fez nada para impedir, nem ele e nem os demais; o ministro, inclusive, viu tudo da janela do seu escritório. Por que ele não pode falar?  
O governo, cada vez mais, joga na escuridão – é a única coisa que lhe interessa nessa história.
 
J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Ciro Nogueira sobre 'onda Lula': 'Marolinha quando chegar na praia'

Chefe da Casa Civil insinuou que apoio ao candidato petista é grande apenas na imaginação 

O chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), foi às redes sociais nesta terça-feira (20/9) para debochar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República.

Ciro, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que a "onda Lula" é gigante na imaginação, mas quando chega na praia, insinuando que o candidato não teria todo o apoio que aparenta ter.

Recentemente, Ciro afirmou que o presidente irá ganhar 18 ou 19 estados, mesmo com as pesquisas indicando que o ex-presidente Lula lidera nas pesquisas de intenções de voto.[pesquisas de intenção de voto, só otário acredita. Essa divulgação exacerbada de pesquisas é inútil - ninguém vai mudar o voto devido algumas pesquisas de intenção de voto, quase sempre feitas por telefone, dizerem  que o Brasil - a terra das jabuticabas - vai eleger um ladrão.]

"Olha a "onda Lula" aí!!! Gigante na imaginação, MAROLINHA quando chegar na praia. Bolsonaro presidente pelo bem do Brasil', escreveu Ciro em seu Twitter.

Durante o governo Lula, o termo 'marolinha' foi usado pelo ex-presidente ao comentar os impactos da crise americana no Brasil. "Lá (nos EUA), ela é um tsunami; aqui, se ela chegar, vai chegar uma marolinha que não dá nem para esquiar", disse Lula na época.[tal comentário ocorreu quando quem o emitiu, expeliu outra asneira: 'que os Estados Unidos faziam fronteira com o Brasil.]
Política - Correio Braziliense

quinta-feira, 24 de março de 2022

Assentamento de mentiras - Gazeta do Povo

Luís Ernesto Lacombe

Ele não anda pelas ruas. Escolhe bem aonde ir e com quem se encontrar.

Mentiroso confesso e contumaz, ele já não arrasta multidões, desde que seu partido arrastou bilhões de reais de empresas estatais para os próprios bolsos, amplos, largos, fundos. Seus apoiadores onde estão? É incerto onde se aglomeram. Lula não emociona, é um emplastro.

Nas ruas, por ele, estão apenas aqueles que os funcionários de empresas de pesquisas eleitorais descobrem. Estatisticamente, pelo menos, são muitos. Devem aguardar ansiosamente o encontro com Lula. No meio do povo, de novo...

Poderia ter sido na praia... Lula queria dar um mergulho no mar, mas achou melhor interditar o seu pedação de areia. Ele já não sai por aí, já não mora em São Bernardo do Campo, já não quer esbarrar com qualquer um. Questões de segurança. Seu povo aguarda, obediente e compreensivo, a hora de saudar e aplaudir o chefe, de estar perto dele. E a hora chega, o jornal anuncia: “Lula, de novo nos braços do povo”. Encontro marcado para Londrina, no Paraná. O pré-candidato quer ser abraçado, quer abraçar milhares de pessoas, antes dos milhões das pesquisas eleitorais.

Era tanta vontade de estar com todos, mas não teve rua, praça pública, estádio de futebol. Não teve multidão. Lula visitou apenas um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na cidade paranaense. Falou para uma gente comportadamente uniformizada, simples, humilde. Repetiu, em discurso, o que lhe disseram, que "a agricultura familiar tem capacidade para alimentar nosso país". É tão lindo: querem produzir em larga escala alimentos não transgênicos, sem o uso de defensivos agrícolas... E querem proteger as florestas ao mesmo tempo! Povo, não dá. Seria preciso aumentar assustadoramente a área plantada, desmatar, desmatar muito.


Veja Também: Quando? Quem? Por quê?
  

Lula nunca parece mesmo disposto a se encontrar com a verdade... e com o povo. A ida a Londrina não valeu, claro, como um “teste das ruas”. É compreensível, para alguém condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias, por nove juízes. Lula é como um produto estragado, vencido, que foi retirado da prateleira do supermercado e, porcamente, estão querendo colocar de volta. Assim como o MST, ele representa a ilegalidade. Ou alguém vai dizer que invadir propriedade privada, depredar, destruir plantações, benfeitorias, que nada disso é crime?
 
Assim como o MST, Lula representa a mentira e o atraso, o que não tem como dar certo. Do outro lado está um governo que reduziu drasticamente o número de invasões de fazendas, que assegurou aos proprietários a defesa de suas áreas, que cortou o financiamento de ONGs ligadas aos sem-terra e à falsa proteção do meio ambiente
No governo Bolsonaro, foram 24 invasões de propriedades rurais até agora
Nos dois governos Lula, foram 1.968! 
E o atual presidente distribui, como nenhum outro, títulos de regularização fundiária: 128 mil só no ano passado
Ainda bem que o povo de verdade, nas ruas de verdade, não se engana, ainda bem que o povo nas ruas sabe de tudo.
 
Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Mexa-se - Revista Oeste

 Guilherme Fiuza

Ilustração: Naomi Akimoto Iria/Revista Oeste
Ilustração: Naomi Akimoto Iria/Revista Oeste
 
A revolução digital é pródiga. O avanço civilizatório decorrente dela é inquestionável. A conexão planetária imediata se traduz em ganhos econômicos, culturais e humanitários. A revolução digital melhora a vida. Ou era para melhorar.

Claro que haveria efeitos colaterais. Nenhuma transformação desse tamanho se dá sem que algo também seja perdido. Na Revolução Industrial, por exemplo, o formidável processo de automação trouxe o aumento do sedentarismo. Hoje, é até engraçado lembrar a campanha do “Mexa-se” nos anos 1970 — com jingles na TV tentando sensibilizar a população para a importância de se exercitar. Isso mais de década antes da disseminação dos microcomputadores de uso pessoal, que jogariam boa parte da movimentação humana para dentro de uma tela — ainda na pré-história do iPhone.

E agora? Com uma tela na palma da mão que contém praticamente o mundo inteiro, o que aconteceu com a movimentação humana? Continuou decaindo, claro, mas por outro lado os antídotos do velho “Mexa-se” evoluíram — e também está hoje na palma da mão um vasto cardápio de suor induzido. Então para onde foi a atrofia?

É uma pergunta que dá até medo de tentar responder. Sendo assim vamos só especular, de forma inconsequente, para ninguém confundir isso aqui com manifesto. Nem com veredito. Até porque a epidemia de vereditos sumários na palma da mão pode ter a ver com a tal atrofia. Será? Quem não pensa sentencia. Quem não pode ordena. Quem não sabe ensina.

Calma, são só provocações. Releia acima o nosso pacto de inconsequência e relaxe.

Mas… Será que não temos uma pista aí?  
Com quantos paus se faz uma canoa, se a canoa pode ser virtual? 
O que acontece com o ser humano quando ele passa a não precisar do trabalho braçal da mente? 
E se aquele vasto cardápio de suor induzido passa a oferecer também convicções à la carte, prontas para o consumo? 
O que acontece com o senso comum quando o indivíduo adere maravilhado à automação das convicções? 
E se a formação da consciência estiver sendo substituída pela mimetização? 
E se o pensamento tiver perdido espaço para a repetição?

Que experiência impressionante. Um chamado ético para a imobilização das sociedades em nome do bem comum

Calma. Se as provocações acima não te incomodaram, talvez nada disso esteja acontecendo. Ou talvez você esteja suficientemente mecanizado. Ou talvez as premissas acima estejam erradas. Ou talvez o cardápio de convicções instantâneas seja mesmo um sucesso e você só consiga pensar se esse papo é de direita ou de esquerda, se merece like ou deslike, se compartilha ou denuncia, se tem mais gente aplaudindo ou dizendo que é fake news, enfim, o processo normal a partir do qual você emergirá com a sua convicção triunfal e indestrutível.

Ou talvez a sua capacidade de pensar esteja intacta e as provocações acima é que estejam fadadas a morrer na praia.

Praia lembra lockdown. Que experiência impressionante. Um chamado ético para a imobilização das sociedades em nome do bem comum. A mobilização pela imobilização. Uma espécie de “Mexa-se” ao contrário. Recolha-se. Isso protegerá a saúde da coletividade. A exata engenharia sanitária dessa medida extrema — e sua eficácia aferível — nunca apareceu. E o senso comum nunca a exigiu. Se existe mesmo um cardápio de convicções, ele deve ter sido essencial para a construção dessa harmonia em torno do nada. Cada tempo com seu consenso.

A convicção emana do iPhone. O iPhone emana do legítimo anseio por praticidade e conforto. A paz digital pode ser um estágio evolutivo — em que a universalização do poder individual depende da uniformização. Repetir é o novo pensar? Ser ou não ser?

Do iPhone emana o passaporte. Da injeção emana a cidadania. Como no lockdown, o senso comum não exigiu o passaporte da eficácia. A nova ética dispensa a lógica. O indivíduo está fascinado com seu poder universal. Dispor da vida alheia com uma simples checagem de iPhone é bom demais. Bloqueio sanitário é migalha se você tem o direito à vida na palma da sua mão.

Ou talvez não seja nada disso. Fica calmo. Se as especulações acima são inócuas, você não tem nada a perder. Se não são, mexa-se.

Leia também “Manual do Linchador Moderno” 

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 

 

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Atos frustram aposta de radicalização - Valor Econômico

Marcelo Ribeiro


Protestos contra Bolsonaro e pró-democracia ocorrem de forma pacífica pelo país

A expectativa de que as manifestações nas ruas contra o governo Jair Bolsonaro, pró-democracia e antirracismo, realizadas ontem, pudessem acirrar os ânimos da crise política não se confirmaram. Os atos, em várias capitais do país, correram de forma pacífica, sem registro de problemas entre grupos opositores, retirando o trunfo da radicalização, que tem sido uma aposta do presidente para mobilizar seus apoiadores. Em São Paulo, porém, um grupo que durante a tarde havia participado da manifestação, foi dispersado pela Polícia Militar durante a noite para evitar que seguisse para a avenida Paulista, onde ocorreria um ato a favor do presidente Bolsonaro.

Além dos atos de rua, houve panelaços e buzinaços contra o presidente promovidos em diversas localidades, num fim de semana em que o governo federal foi muito criticado, dentro e fora do país, por causa da retirada do número de mortos de covid-19 do site do Ministério da Saúde.
No Rio, o ato em defesa da democracia e contra o racismo teve início a partir das 14h. Os manifestantes também lembraram a morte da vereadora Marielle Franco (Psol), em março de 2018. A manifestação foi acompanhada de perto pela Polícia Militar, mas não houve incidentes. Pela manhã, um ato em apoio a Bolsonaro foi realizado na Avenida Atlântica, na praia de Copacabana.

Em São Paulo, os manifestantes se concentraram a partir das 14h no Largo da Batata, na região Oeste da capital. O ato foi convocado por organizações de esquerda, como a Frente Povo Sem Medo, lideranças de torcidas organizadas e coletivos do movimento negro. Cartazes, bandeiras e cantos entoados na grande praça no bairro de Pinheiros tratavam de pautas diversas. Sobressaíram-se críticas à política do governo no combate à pandemia e ao número de mortes de negros causadas pela polícia. O protesto promoveu aglomeração e frustrou a tentativa dos organizadores de manter o distanciamento [importante: protesto contra o presidente Bolsonaro, quebrando regras dos governadores, prefeitos e parte da imprensa = 'donos' - do combate ao coronavírus.] de pelo menos um metro entre os manifestantes, para evitar a contaminação pela covid-19. Voluntários percorreram o local distribuindo álcool em gel e cartilhas com orientações de higiene. Por volta das 15h30, uma via inteira da avenida Brigadeiro Faria Lima estava tomada. Faixas pedindo “Fora, Bolsonaro” foram estendidas na rua.

Na avenida Paulista, manifestantes pró-Bolsonaro participaram de ato em frente ao prédio da FiespAliás, a esquerda, os inimigos do Brasil, da liberdade e do presidente Bolsonaro, usam o cadáver de George Floyd para defender seus interesses escusos.] Com faixas em defesa da intervenção militar, críticas ao governador João Doria e aplausos à PM. No domingo passado, a polícia lançou mão de bombas e prisões durante a manifestação na Paulista que reuniu manifestantes contra e a favor de Bolsonaro.

Em Brasília, manifestantes ocuparam a Esplanada dos Ministérios em dois atos simultâneos. Com cordão de isolamento organizado pela Polícia Militar, o local se dividiu entre manifestantes em defesa da democracia, antifascistas e antirracistas, e os bolsonaristas. O ato em defesa da democracia e contrário ao racismo e fascismo começou por volta das 9h. A concentração ocorreu na Biblioteca Nacional e os manifestantes caminharam pela Esplanada em direção à Praça dos Três Poderes. O grupo seguiu até a Alameda das Bandeiras, onde os policiais militares fizeram um bloqueio para evitar um encontro e eventual enfrentamento com manifestantes favoráveis ao governo.

Os manifestantes pró-democracia gritaram palavras de ordem e seguravam faixas contra o fascismo, racismo e a favor do regime democrático, além da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Vestidos de verde e amarelo, um grupo favorável ao governo se manifestou em frente ao Palácio do Planalto, como já ocorreu nos últimos domingos.  O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (SGI), Augusto Heleno, acompanhou o trabalho das forças de segurança. Nas redes sociais, afirmou não ter ido à Esplanada para participar das manifestações favoráveis ao governo, mas para “agradecer aos integrantes das F Seg [forças de segurança], pelo trabalho abnegado e competente que realizam, em prol de manifestações pacíficas”.

Em Belém (PA), a manifestação na manhã de ontem contra o racismo e a favor da democracia terminou com 112 pessoas detidas, dentre elas 16 menores de idade. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará informou que agiu para fazer cumprir o decreto emitido pelo governador Helder Barbalho (MDB) que proíbe aglomerações com mais de dez pessoas como forma de deter a disseminação do novo coronavírus. Ontem, Bolsonaro publicou em suas redes sociais um texto no qual afirma que as Forças Armadas foram responsáveis por derrotar “o nazismo e o fascismo” durante a Segunda Guerra Mundial. “Vinte e cinco mil brasileiros foram à 2ª Guerra e garantiram a nossa liberdade e democracia. Na Itália, para surpresa de outros exércitos, viram a nossa tropa composta de negros, brancos e mestiços vivendo de forma harmônica e integrada. A cobra fumou e derrotamos o nazismo e o fascismo”, escreveu Bolsonaro


Marcelo Ribeiro, jornalista - Valor Econômico



(Colaboraram Rodrigo Carro e Hugo Passarelli, do Rio e de São Paulo. Com agências noticiosas)

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Acabou o mistério? Destroço de avião encontrado em ilha francesa pode ser de voo MH370

Pedaço de uma asa foi achado em praia da ilha de Reunião, no Oceano Índico

Um pedaço de destroços de um avião foi encontrado no Oceano Índico nesta quarta-feira, levando a especulações de que seria do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde março do ano passado. A peça de dois metros meio destruída, com ferrugens e buracos parece ser parte da asa de uma aeronave. Ela foi achada em uma praia da ilha francesa de Reunião, que fica a leste de Madagascar, por funcionários de uma associação responsável pela limpeza da costa.  — A peça estava coberta de conchas, por isso gostaria de dizer que estava na água por muito tempo — disse uma fonte próxima aos investigadores à AFP.

Funcionários da aviação francesa abriram uma investigação para descobrir a origem dos destroços, mas ressaltaram que ainda é cedo para dizer se pertencem à aeronave que sumiu dos radares no ano passado. Eles procuram informações como o número de série para conseguir mais detalhes sobre a peça. Com base em fotos recebidas, um perito francês em segurança aérea, Xavier Tytelman, revelou em sua conta no Twitter que há semelhanças entre os flaps (das asas) de um Boeing 777 e o resto encontrado. O especialista ressaltou, no entanto, que o fato da peça ter sido descoberta na ilha não significa que o MH370 chegou tão longe.— Os restos poderiam ser arrastados pelas correntes, e chegar a este lugar depois de um ano — afirmou Tytelman.
 
A Malásia enviou uma equipe especializada para determinar se a peça faz parte do avião, e se ela pode ter vindo de uma área na qual caiu no mar e foi levada por uma corrente.  De acordo com a AP e a CNN, fontes americanas confirmaram que o pedaço da fuselagem corresponde ao de um Boeing 777, o mesmo do MH370. Investigadores da Boeing, sem se identificar, confirmaram uma semelhança 'enorme' com o modelo. O jornalista Glenn Farley, especialista em aviação civil, citou uma fonte que dá grandes chances de que o pedaço seja do MH370. 


Clique aqui e saiba mais sobre o misterioso desaparecimento do  voo MH 370 e de outros voos

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Congresso fica cócoras para o governo e volta a ser o que Dilma quer. Aquela postura oposicionista pós eleições sumiu?

Depois de quase 19 horas, Congresso aprova texto principal, mas não conclui votação da meta fiscal


Faltou votar um destaque apresentado pela oposição. Renan Calheiros marcou nova sessão para a próxima terça-feira

Depois de mais de 19 horas de sessão, Congresso aprovou apenas o texto principal da proposta que muda a meta fiscal de 2014, mas não concluiu a votação. Por falta de quorum, a conclusão da votação ficou para terça-feira. O governo fracassou na sua estratégia de acabar com a votação neste sessão, mas considerou um avanço aprovar o texto-base. Faltou votar um destaque apresentado pela oposição. Diante da evidente falta de quorum às 5h, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou os trabalhos e marcou nova sessão do Congresso para a próxima terça-feira, ao meio-dia. A sessão se transformou numa verdadeira maratona: começou às 10h30m de quarta-feira e encerrou às 5h desta quinta-feira. 
 Alguns aliados consideraram que Renan Calheiros demorou demais na votação dos destaques, o que permitiu que a oposição pedisse verificação de quorum. Por volta das 4h30m, o plenário estava vazio e havia apenas 192 deputados, quando era necessária a presença de pelo menos 252 deputados. Os senadores também já tinham deixado o plenário. — A democracia exige, sobretudo que tenhamos paciência. É evidente a falta de quorum, vamos encerrar a sessão e marcar uma nova sessão para terça-feira, ao meio-dia — disse Renan Calheiros, que ficou praticamente todas as horas em plenário.

Diante do resultado, alguns integrantes da oposição brincaram: "Morreram na praia"!
Até mesmo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), admitiu que o governo preferia ter encerrado tudo nesta longa sessão. — Se não dermos quorum, de qualquer maneira, é uma vitória extraordinária do governo. Meu respeito à oposição — disse Henrique Fontana.

O relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), preferia ter concluído a votação, mas adotou o discurso de que foi uma "vitória" no sentido de que agora só falta um destaque e que todo tipo de obstrução da oposição, como requerimentos e pedidos de verificação de quorum, é uma etapa superada. — Foi uma vitória. Aprovamos o texto principal e agora só falta um destaque — disse Jucá.

Com 17 horas de discussão, o texto-base foi aprovado e, em seguida, começaram a ser discutidos quatro destaques apresentados pelo DEM e pelo PSDB. Os três primeiros destaques foram derrubados com facilidade, indicando que a votação seria concluída. Mas, no quarto destaque, Renan deu a palavra a deputados da oposição e eles ganharam tempo para pedir mais uma verificação de quorum. A manobra deu certo, e a sessão caiu.

O destaque que será votado na próxima terça-feira é de autoria do deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), que ainda teve fôlego para fazer um inflamado discurso às 4h30m. Todos os destaques apresentados tinham apenas o objetivo de obstruir e atrasar a votação.
O plenário ficou cheio até a aprovação do texto-base. O próprio senador José Sarney (PMDB-AP), que ficou horas no plenário, deixou o local assim que o texto fora aprovado, achando que a situação estava tranquila.

O texto principal, com parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR), foi aprovado em votação nominal. As horas e horas de discussão acabaram causando cansaço, irritação, fome e sono nos parlamentares. — A oposição mostrou organização e força. Seguramos três semanas de tramitação no Congresso e hoje mais de 18 horas — disse o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), antes de saber que a sessão seria suspensa.

O texto-base foi aprovado, entre os deputados, por 240 votos a favor e 60 contra. Entre os senadores, foram 39 votos a favor e apenas um contra. Mas, para efeitos de quorum mínimo de 41 senadores exigidos, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), contabilizou a sua própria presença na sessão. O projeto desobriga o governo de cumprir a meta fiscal de 2014 e, na prática, permite, inclusive, ter um resultado negativo (déficit) este ano. O projeto altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e dá o aval para o governo mudar a meta fiscal.

Às 2h42m, os parlamentares aliados começaram a ficar impacientes. Vá dormir! — gritou o deputado Sílvio Costa (PSC-PE) para o tucano Mendes Thame (PSDB-SP), que insistia em discursar.


Os parlamentares começaram até a reclamar do frio no plenário. — Está muito frio aqui dentro! — reclamou o deputado Giovani Cherini (PDT-RS). Integrante do PMDB, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS) anunciou às 3h35m que estava votando contra o governo por questão de princípio. Os quatro destaques foram apresentados pelo DEM como forma de tentar obstruir e arrastar ainda mais a votação. Irritados com as manobras da oposição, os parlamentares gritavam: "Chega! Chega!"

Ao contrário da semana passada, a base aliada compareceu em peso. Até mesmo o senador José Sarney (PMDB-AP) aguardava em plenário a votação, depois de horas de sessão. Para vencer o cansaço, os parlamentares recorriam a lanches no chamado cafezinho da Câmara, onde ocorre as sessões do Congresso, como biscoitos e muito café. Alguns não escondiam o cansaço e bocejavam, enquanto outros discursavam.

O governo manteve o monitoramento da presença de deputados e senadores para manter o quorum mínimo e manter a sessão em andamento. Às 3h, os parlamentares ainda faziam discursos. O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), pedia para os parlamentares não irem embora. — Que nossos parlamentares fiquem em plenário. Precisamos concluir esta votação ainda hoje.

— Hoje, Vossa Excelência (senador Renan Calheiros) foi tolerante — reconheceu o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), que liderou a obstrução de um dia inteiro.
O governo já anunciou que pretende fazer apenas um superávit de R$ 10,1 bilhões em 2014, com um abatimento de R$ 106 bilhões na meta original do governo central, que era de R$ 116,1 bilhões. No início do ano, o governo reduzira informalmente a meta para cerca de R$ 99 bilhões, depois para R$ 80,8 bilhões mas admitiu que nem isso conseguiria. O parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR), favorável à mudança da meta, substituiu a expressão "meta de superávit" por "meta de resultado", deixando claro que o governo pode ter resultado negativo (déficit) este ano.

A proposta permite o abatimento da meta de todos os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PACo) e das desonerações. Hoje, o teto para o abatimento é de R$ 67 bilhões. O texto já tinha passado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO). Na prática, o valor total que pode ser abatido é maior do que a meta de R$ 116,1 bilhões. Por isso, a proposta permite ao governo ter até mesmo um resultado negativo (déficit).
A sessão do Congresso começou às 10h30m e, desde então, foram feitas inúmeras votações, muitas nominais. Em uma das votações intermediárias, a contagem da presença do próprio presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi fundamental para manter a sessão.


A oposição tentou ganhar tempo e os principais caciques do PSDB. Pela segunda vez no dia, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu à Tribuna. — Perdemos a eleição, mas não a condição de sermos oposição. Estão jogando fora o que ainda resta de credibilidade na economia. É patético. E um discurso patético que acamos de ouvir de um ex-cara-pintada, que se transformou num senador chapa-branca. E aprovar esse projeto trará como consequência o oposto do que prega o PT: a fuga de investimentos disse Aécio.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), criticou a mudança da meta fiscal. — Não existe nem o menor resquício de interesse público neste projeto — disse Aloysio Nunes Ferreira.


Com o apoio do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a base aliada superou a obstrução e começou a debater ainda na noite de quarta-feira o projeto que altera a LDO. O governo precisou de cinco tentativas ao longo das últimas semanas e liberar verbas para emendas parlamentares para ser vitorioso na aprovação da mudança da meta de superávit primário.

Durante um dia inteiro de batalha no Congresso, o governo conseguiu aprovar dois vetos presidenciais que trancavam a pauta e ainda um projeto de crédito extraordinário — que destinava verba para pagar aposentados do Fundo Aerus —, que era o primeiro item da pauta de projetos. O projeto da meta era o segundo item da pauta.

Fonte: O Globo