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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Duas mil mulas - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Milhões de norte-americanos alimentam a sensação de que algo esquisito e fraudulento aconteceu para que Joe Biden fosse eleito com mais voto do que Obama

Você pode acreditar que um senador com meio século de vida política apagada se tornou o mais popular presidente dos Estados Unidos, fazendo sua campanha basicamente escondido num porão, ou você pode desconfiar que algo muito estranho aconteceu nas últimas eleições norte-americanas. Milhões de norte-americanos alimentam a sensação de que algo esquisito e fraudulento aconteceu para que Joe Biden fosse eleito com mais voto do que Obama, mas, na falta de provas concretas, e com o enorme esforço da imprensa e das redes sociais para abafar os questionamentos e os debates, muitos preferiram seguir adiante com ar de normalidade.

Donald Trump e Joe Biden | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Donald Trump e Joe Biden | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

 Não foi o que fez Dinesh D’Souza, um acadêmico indo-norte-americano conservador. D’Souza é autor de vários livros importantes, entre eles uma biografia de Ronald Reagan e A Grande Mentira, um livro que mostra como a esquerda “progressista” foi quem flertou com ideias eugenistas e nazistas no passado, sem qualquer mudança essencial com o tempo. Dinesh também foi o autor de um documentário expondo quem é Hillary Clinton, e desta vez ele mergulhou justamente no escândalo das eleições. O resultado é o documentário 2000 Mules, que é simplesmente de cair o queixo!

O documentário tem gerado grande repercussão nos Estados Unidos, mas será completamente ignorado no Brasil. A tática tem sido rotular qualquer um que aponta para indícios suspeitos nas eleições como um teórico da conspiração com “chapéu de alumínio”. Fazer isso é mais fácil do que rebater os fatos incômodos que já foram levantados. E o documentário teve acesso ao incrível trabalho de inteligência do True The Vote, uma organização criada para monitorar a lisura dos processos eleitorais no país.

Sua missão é clara: “Nossos processos eleitorais são vulneráveis ​​do começo ao fim — e essas vulnerabilidades estão sendo exploradas por grupos que subvertem nossas eleições para servir a seus próprios propósitos. A melhor maneira de proteger os direitos dos eleitores é equipar os cidadãos para o serviço. Isso é o que fazemos. Agora, isso é o que você pode fazer também”. A entidade teve acesso a milhões de horas de câmeras de segurança, assim como sinais de telefones celulares obtidos por empresas de marketing, e conseguiu traçar uma fórmula para filtrar atitudes extremamente suspeitas em relação aos votos por correio.

Vale a pena lembrar que a pandemia, um “presente de Deus para a esquerda”, segundo a atriz Jane Fonda, serviu como pretexto para que um advogado democrata sugerisse mudanças nas regras, para permitir uma quantidade espantosa e sem precedentes de votos por correio nas últimas eleições. O que era uma exceção para casos atípicos virou algo banal, com dezenas de milhões de votos sendo enviados pelas caixas de correio espalhadas pelo país. É aqui que a fraude provavelmente rolou solta, como se pode verificar no filme.

Os analistas criaram um filtro bem exigente para acompanhar somente os casos mais suspeitos: era preciso que o indivíduo, por meio do rastreamento de seu celular, tivesse frequentado ao menos dez caixas de correio num único condado em poucos dias, e também passado por organizações não governamentais responsáveis pela compilação dos votos por correios. Que tipo de gente circula em alguns dias por várias zonas de caixas de correio para votos na madrugada, por exemplo? Isso só pode ser atividade criminosa.

A tese central do documentário é que essas “mulas” depositaram em média cinco votos por cada caixa de correio

A “colheita” de votos foi algo impressionante nessa eleição, e um partido como o Democrata, com sua máquina bilionária por trás, gastou muito dinheiro para correr atrás de eleitores que nem sequer pretendiam votar. Mas essa é a parte legal do processo. O que o documentário mostra é que a coisa não ficou só nisso, mas, sim, em “mulas” agindo para forjar votos, para conseguir votar no lugar de quem nem existe mais ou não mora mais naquele Estado. Eles agiram como as “mulas” do tráfico de drogas, distribuindo o produto ilegal e recebendo por isso. As imagens das câmeras de segurança são inquietantes!

A tese central do documentário, com base nessa quantidade imensa de dados digitais, é que essas “mulas” depositaram em média cinco votos por cada caixa de correio, visitando dezenas de caixas durante o período eleitoral. E fizeram isso nos Estados chamados de swing”, aqueles que não são claramente nem azuis (democratas) nem vermelhos (republicanos), ou seja, onde uma quantidade relativamente pequena de votos pode mudar o resultado final. A responsável pela pesquisa não afirma que são todos votos falsos, fraudados, mas o que vem à tona é extremamente comprometedor e para lá de suspeito, para dizer o mínimo.

Dinesh D’Souza reuniu um seleto grupo de republicanos, como Larry Elder, Charles Kirk e Dennis Prager, e muitos eram céticos ou agnósticos quanto a um esquema enorme de fraude capaz de efetivamente alterar o resultado. Após o que viram, todos ficaram estarrecidos e convencidos de que se trata de uma bomba, um escândalo de enorme proporção, que precisa ser investigado a fundo pelas autoridades competentes.

Ben Shapiro viu o documentário, recomendou-o para quem se interessa pelo assunto, mas não se mostrou totalmente convencido de que se trata de prova de fraude. Para ele há prova de um modelo muito falho e suspeito, mas que não encerra o assunto. Algumas agências de checagem questionam a precisão da localização por celular, que pode ter imprecisão de alguns metros. Elas também alegaram que pode tratar-se de gente que dirige por certo trajeto com várias caixas de correio, mas os pesquisadores evitaram esse problema utilizando apenas quem mudou de comportamento durante o período eleitoral. Por fim, alguns admitem a possibilidade de algumas fraudes, mas questionam se elas foram suficientes para virar o resultado eleitoral.

Algumas questões permanecem em aberto. Faltou o documentário mostrar, nas imagens das câmeras, uma mesma pessoa indo em várias caixas de correio, o que certamente seria a prova de um crime. Não obstante, as imagens que temos são chocantes. Por que uma mulher colocaria os votos na caixa usando uma luva, e logo em seguida jogaria as luvas no lixo? 
Por que algumas pessoas tiraram fotos da caixa do correio quando depositaram os votos? 
Mostrar para seus familiares? 
Ou é mais crível achar que estavam comprovando o serviço pelo qual teriam sido pagas? 
São comportamentos esquisitos demais, com certeza.

Em suma, o documentário pode dar alguns saltos das premissas para as conclusões que demandam mais explicações e dados, tendo deixado alguns nós desatados no caminho. Mas a simples rejeição da esquerda como teoria conspiratória, sem lidar com os dados que efetivamente foram divulgados e que por si só já são bem suspeitos, mostra a total falta de interesse em investigar mais a fundo a questão. Isso sem falar do esforço democrata para não instituir medidas mais rigorosas para verificar a identidade do eleitor. Ao contrário: o próprio Biden chama de “racista” quem demanda maior transparência!

Com base no filme, não é possível afirmar peremptoriamente que houve fraude em larga escala capaz de modificar o resultado eleitoral a favor de Biden, mas é perfeitamente razoável constatar que coisas muito estranhas aconteceram. E mais estranha ainda é a postura da esquerda diante disso, o que só alimenta as suspeitas de fraude.

Leia também “O resgate do federalismo”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Suspeito de tráfico internacional tem planos de se eleger deputado distrital

Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Investigado por tráfico internacional de drogas com aviões da FAB, o sargento da Aeronáutica Jorge Luiz da Cruz Silva, conhecido como Salve Jorge, quase chegou à Câmara Legislativa. Lotado, até ontem, no gabinete do vice-governador, Paco Britto (Avante), como assessor especial, ele concorreu duas vezes ao cargo de deputado distrital. Em 2014, pelo PRTB, partido comandado pelo empresário Luiz Estevão, teve 6.270 votos. Em 2018, voltou a concorrer. Dessa vez, pelo PMB (Partido da Mulher Brasileiro), se estivesse em outra coligação, estaria com mandato. Teve 10.670 votos, mais do que cinco eleitos: Valdelino Barcelos (PP), Daniel Donizet (PRP), Júlia Lucy (Novo), Reginaldo Sardinha (Avante) e Leandro Grass (Rede). 
[não surpreenderia  a ninguém se o  Salve Jorge fosse deputado distrital = a CLDF, essa sigla..., vários dos seus membros tiveram, ou tem, problemas com a Justiça. 
Salve Jorge, seria apenas mais um. 
A única certeza que se tem tocante à CLDF,ela de novo... ,é que causa prejuízos - o ideal seria que o DF continuasse sendo governado por um governador indicado pelo Presidente da República e as funções hoje atribuídas - destaque: atribuída não é sinônimo de executada -  à CLDF,  ficassem a cargo dos três senadores integrantes da Comissão  do Distrito Federal do Senado do DF. A eficiência seria maior e a roubalheira menor.  ]
 
Se tivesse concorrido pelo Avante de Paco, estaria no lugar de Sardinha. Salve Jorge declarou gastos de cerca de R$ 60 mil na campanha, mas no Paranoá, onde teve a maioria dos votos, o militar é conhecido pelos eventos que reúnem milhares de eleitores. No dia das crianças, no ano passado, ele se vestiu de super herói e distribuiu brinquedos para moradores do Paranoá e Itapoã.

Transporte de drogas na bagagem de militares
Salve Jorge foi exonerado, ontem (4/2), após a divulgação de que foi alvo da Operação Quinta Coluna, deflagrada na última terça-feira. A Polícia Federal suspeita que Jorge esteja envolvido no recrutamento de militares como “mulas” para usar as aeronaves da FAB para transportar drogas. Ele é investigado como integrante da associação criminosa que se aproveitava de voos da FAB para transportar drogas para a Europa na bagagem de militares. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 2 mandados que restringem a comunicação dos investigados e a saída do Distrito Federal. A Justiça Federal do Distrito Federal ainda determinou o sequestro de imóveis e veículos dos envolvidos no esquema criminoso. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas.

Ligação com “Barão do Ecstasy” Processos tramitam na Justiça Militar
A associação criminosa também é investigada por lavagem de dinheiro. As apurações da Polícia Federal na Operação Quinta Coluna apontam diversas estratégias dos traficantes para ocultar os bens provenientes do tráfico de entorpecentes, especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie. As investigações feitas pela PF ocorrem paralelamente aos processos por tráfico internacional de drogas que tramitam na Justiça Militar. Há suspeita de envolvimento do grupo com um conhecido investigado pelas Polícias Civis e Federal por tráfico internacional de drogas, Michele Tocci, conhecido como “Barão do Ecstasy”.

De olho em 2022
O vice-governador, Paco Britto, disse à coluna que conheceu Salve Jorge na campanha passada. Mas ele não se filiou a seu partido, o Avante. Segundo políticos, Salve Jorge pretendia se filiar à legenda para concorrer em 2022. Estava já trabalhando forte no Paranoá e apoiaria Paco nas pretensões eleitorais. Mas a exoneração foi assinada ontem.

 Eixo Capital, coluna no Correio Braziliense