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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

ABORTO = ASSASSINATO DE INOCENTES INDEFESOS LIBERADO - Governo petista retira Brasil de aliança internacional antiaborto

Declaração assinada por 31 países em outubro de 2020 diz que o aborto não deve ser usado como método de planejamento familiar

O governo Lula retirou a assinatura do Brasil da Declaração de Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e o Fortalecimento da Família, assinada pela gestão de Jair Bolsonaro em outubro de 2020 e que é uma espécie de aliança internacional contra o direito ao aborto

Segundo a carta assinada por 31 países, o aborto não deve ser considerado um método de planejamento familiar e que a criança precisa ser protegida mesmo antes do seu nascimento.  
A carta defende que não haja um direito internacional sobre o aborto e que cada país deve ter a sua própria legislação no tema.

A carta gerou críticas internacionais. Entre os países signatários do documento estão o Egito, a Hungria, o Iraque, a Polônia e a Arábia Saudita, lugares conhecidos por suprimirem direitos das mulheres. [o que a matéria chama de 'supressão de direitos das mulheres' é impedir que mulheres assassinem crianças inocentes e indefesas.] Donald Trump incluiu os EUA no acordo quando estava na presidência, mas o apoio ao texto foi retirado por Joe Biden.

O governo Lula seguiu na mesma toada, no primeiro movimento de reverter acordos internacionais firmados por Bolsonaro. Em nota emitida em conjunto pelas pastas dos Direitos Humanos, das Relações Exteriores, das Mulheres e da Saúde, o governo diz que o documento tem visão limitada a respeito do direito das mulheres e que o seu endosso poderia prejudicar a aplicação da lei brasileira nos casos de aborto previstos pelo SUS. “O Brasil considera que o referido documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares”, diz a nota. [COVARDIA E CRIME HEDIONDO: em nome de preservar direitos sexuais das mulheres, o atual governo quer retirar de seres humanos inocentes e indefesos o SAGRADO DIREITO  À VIDA.]

RADAR - Coluna na Revista VEJA
 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

O beijo da morte - Revista Oeste

 
Dagomir Marquezi

A pandemia provocou em muita gente um estado de letargia e pânico infantil, uma espécie de morte em vida 
 

“Eu sei que determinada rua pela qual eu já passei não tornará a ouvir o som dos meus passos. Cada vez que me despeço de uma pessoa pode ser que ela esteja me vendo pela última vez. A morte, surda, caminha ao meu lado e eu não sei em que esquina ela vai me beijar. Qual será a forma da minha morte? Um acidente de carro? O coração que se recusa a bater no próximo minuto? A anestesia mal aplicada? A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida? O câncer já espalhado e ainda escondido? Ou, até quem sabe, um escorregão idiota num dia de sol?”

Raul Seixas — Canto para minha Morte

Por este planeta já passaram aproximadamente 117 bilhões de seres humanos. Destes, 109 bilhões já morreram. O que significa que tivemos 109 bilhões de experiências únicas de morte. Algumas foram naturais, outras premeditadas ou acidentais. Houve mortes súbitas, lentas, indolores, sofridas. Mas ela sempre aparece.

Aprendemos a desenvolver — especialmente nas culturas ocidentais um medo irracional da morte, a negação atávica de uma experiência à qual estamos todos destinados a passar. “Eu não tenho medo da morte”, disse um dia Woody Allen. “Só não quero estar presente quando acontecer.” Em parte, essa rejeição está ligada ao sofrimento pelo qual passamos com a partida de pessoas queridas. Lidar com a perda não é um sofrimento exclusivamente humano. Muitas outras espécies animais choram seus mortos e praticam algum tipo de cerimônia fúnebre. Para um elefante, é doloroso ver a morte de um membro de sua manada. Mas é um fato natural, como o nascimento.

Os humanos não se conformam e procuram vencer a morte de todas as formas possíveis. A Enciclopédia Britânica cita civilizações antigas como as de egípcios, zoroastristas e hindus, que desenvolveram complexos conceitos para descrever a vida após a falência dos sinais vitais. Para ateus em geral, a morte seria o ponto-final, a última página, um corpo que se desfaz em miasmas e é devorado por vermes. Segundo eles, toda religião é ilusória. Para os que acreditam em vida espiritual, os ateus não teriam entendido que o verdadeiro sentido de nossa passagem pela Terra é justamente a preparação para o que vem depois.

Mas a morte em si permanece para crentes e ateus como a maior de todas as angústias. 
Carregamos a ansiedade existencial de desconhecer as respostas para duas questões fundamentais: 1) quando eu vou morrer? e 2) como eu vou morrer?. 
Tudo o que temos em mente é que ela caminha junto a nós, silenciosa e invisível, por toda a nossa vida. E não sabemos em que esquina ela vai nos beijar. A morte beijou Raul Seixas aos 44 anos, durante uma madrugada de 1989. Foi representada por uma pancreatite fulminante, diabetes e uma longa estrada no alcoolismo desenfreado.

Todos nós continuamos brevemente vivos mesmo depois que um médico decreta nosso fim. Segundo a Britânica, um minieletrocardiograma pode ser registrado vários minutos após a parada cardíaca. Afinal, um coração bate cerca de 2,7 bilhões de vezes durante uma vida. E tenta uma última chance de bombear sangue quando tudo o mais parece ter acabado. Três horas depois do falecimento, nossas pupilas ainda reagem, e músculos se contraem quando tocados.

Sempre houve essa dificuldade de identificar quando um ser humano atingiu o tal ponto sem retorno. Gregos antigos mantinham seus cadáveres à vista três dias antes de ser enterrados. Os romanos esticavam esse prazo para até oito dias. A preocupação cresceu muito durante o século 19, com histórias (algumas reais) de pessoas catalépticas que despertavam de um aparente óbito presas num caixão debaixo da terra. Essas narrativas inspiraram grandes autores de ficção de terror, como Edgar Allan Poe.

A palavra “genocida” foi usada de maneira tão vulgar e leviana que se esvaziou em seu trágico significado

A partir da segunda metade do século 20, a medicina se dedicou a enganar a morte por meio de aparelhos que mantêm o coração e os pulmões funcionando artificialmente, e da alimentação por via intravenosa quando o aparelho digestivo não funciona mais. Os avanços nesse adiamento da morte estão indo tão longe que já não nos espantamos tanto quando alguém chega a mais de 100 anos de idade.

E, no entanto, continuamos morrendo. E toda morte é individual, como toda vida. Esse fato é esquecido quando passamos a pensar a morte em termos coletivos. Como nos 45 milhões de chineses mortos durante o reinado de Mao Tsé-tung, ou o 1,5 milhão de armênios massacrados pelos turcos no tempo da 1ª Guerra, ou ainda os 20 milhões de cadáveres na conta de Josef Stalin.

O exemplo mais simbólico dessa coletivização são os “6 milhões de judeus” mortos durante o regime nazista. É uma tragédia monumental, mas hoje encaramos o desastre desencadeado pelo hitlerismo como um número redondo de sete algarismos. O horror se dissolve no número, por maior que seja.

Caminho oposto é seguido pelo Museu Auschwitz. Por meio de sua conta no Twitter, a instituição individualiza cada uma das aproximadamente 1.100.000 mortes ocorridas nesse campo de concentração nazista, localizado na Polônia. Vemos a foto de cada vítima e um resumo de sua vida, às vezes breve demais.

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Ervin David, húngaro judeu nascido em 18 de julho de 1938. Assassinado numa câmara de gás de Auschwitz em junho de 1944, antes de completar 6 anos.

Pronto. Dos 6 milhões de mortos, seis deixaram de ser um número. São nomes, rostos, histórias, trajetórias individuais. Coletivizar mortos em números arredondados é como matá-los pela segunda vez. O nome de cada uma das 2.983 vítimas do atentado de 2001 ao World Trade Center foi registrado em 152 placas de bronze, hoje expostas no Museu e Memorial do 11 de Setembro, em Nova York.

O Brasil não teve o mesmo respeito pelas vítimas da covid-19. Elas viraram um número corrompido, em que é difícil confiar. “552 mil mortos” virou uma plaquinha de identificação para que um senador pratique sua sórdida demagogia. A palavra “genocida” foi usada de maneira tão vulgar e leviana que se esvaziou em seu trágico significado. 
Por conta de uma agenda política mesquinha, as outras formas de morrer no Brasil foram praticamente esquecidas por mais de um ano.  
(Das dez principais causas de morte, metade delas se refere a doenças 
do aparelho cardiorrespiratório. 
Outras: demência, violência interpessoal, diabetes, acidentes de trânsito, doença renal crônica. Dados de 2016.)

“Covardes morrem muitas vezes antes de sua morte”, escreveu William Shakespeare na sua peça Júlio César. “O valente só morre uma vez. De todas as coisas que já ouvi, a mais estranha é saber que os homens a temem, visto que a morte, um fim necessário, virá quando tiver de vir.” “O medo da morte se segue ao medo da vida”, completa Mark Twain. “Alguém que vive em sua plenitude está pronto a morrer a qualquer momento.”

Leia também “Vida (digital) eterna”

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Por que eu para falar sobre a morte? Letra de médico

Carmita Abdo

Hoje estou convencida de não haver outra especialidade como a minha, a psiquiatria, que conviva tão próxima e insistentemente com a finitude 

Há cerca de 35 anos, escrevi um texto - Por que eu para comentar sobre a morte? -, publicado na Revista de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Reproduzo-o aqui, quase que na íntegra, pela sua atualidade e pertinência. Faço isso, num gesto de reconhecimento ao trabalho diuturno dos meus colegas psiquiatras . E me solidarizando aos parentes e às vítimas de sequelas mentais (ou quaisquer outras) decorrentes da pandemia pelo Covid-19.

Segue o referido texto.

Quando, numa fria tarde de junho do inicio dos anos 1980, Dr. Mauro Aranha, então Residente responsável pela organização das Reuniões Científicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, me procurou no Ambulatório desse mesmo Instituto para me fazer um convite, eu me encontrava «quase morta» pelo trabalho, especialmente exaustivo daquele dia. Encontramo-nos no meio do corredor, exatamente no momento em que eu terminava de supervisionar um outro Residente, no atendimento a um paciente que tentara o suicídio.

Mauro vinha me convidar para participar como comentadora da palestra do psicodramatista Dr. Sérgio Perazzo, sob o título: «O Médico e a Morte. Morte e Psicoterapia». Essa apresentação ocorreria em 2 meses. Hesitei alguns décimos de segundo, mas não consegui dizer não. O tema, embora eu resistisse breve e fragilmente, me atraía , induzindo-me a abraçar o desafio e a ideia de mergulhar por inteira ainda outra vez na Vida, paradoxal precursora da Morte.

Quase pronta para o mergulho, convite praticamente aceito, Mauro dobrando a esquina do corredor, eu travo. Quase pronta para o mergulho e até já mergulhando, eu travo um diálogo comigo mesma: – “Por que eu? Delírios à parte, por que eu?” E eu me respondo: Ora, porque sim. Porque sei lá, pouco importa. Você aceitou e tem dois meses para pensar no assunto, se preparar ou se arrepender e desertar. ‘’- Voltar atrás? Eu …?Nem morta.”

Tá ai! Vai ver que foi por isso, por esse seu jeito de insistir até o fim, como um fantasma velando os vivos, os médicos Residentes, os pacientes, os acompanhantes! Por isso foi escolhida para falar ao final da reunião de quinta-feira, quando a manhã estiver agonizando e todos mortos de fome pelo adiantado da hora e pela proximidade do almoço  “ – Fome? Como consegue pensar em comida numa hora dessas? Morte e almoço não vão bem juntos.”

Não concordo. Nesses meus trinta e poucos anos de vida, tenho assistido a morte se imiscuir em tudo, sem pedir licença e sem aviso prévio. Inexorável sempre, imprevista muitas vezes, ela se impõe, contundente como a derrota. E a pergunta me volta à cabeça:”- Por que eu?” Talvez pelos mortos que já enterrei , pessoas que foram esperança e agonia em minha vida. Motivos de jubilo. Motivos de perplexidade e luto. Pessoas que me fizeram crescer, tanto na expectativa e na convivência com elas, quanto na ausência que embranqueceu meus cabelos, da noite para o dia, quando elas se afastaram de mim.

A primeira delas foi meu filho, nascido em fevereiro de 1979, após uma angustiante gestação de dúvidas e sobressaltos. Nascimento e morte amalgamados, deixando uma profunda cicatriz na história de uma jovem mãe. Um filho que perdi, aos seus vinte e seis dias de vida, sem nunca o ter tido em meus braços nem o acolhido em nossa casa. Meu menino que morreu no hospital, entre tubos, agulhas e balões de oxigênio, no calor artificial de uma estufa, seu primeiro e único berço.

Já psiquiatra e fazendo meu curso de formação para psicoterapeuta, percebi-me, de repente, protagonista de uma tragédia, «desarrumando o quarto do filho que já morreu» e nunca o habitou.  “-Ah! Talvez por isso Mauro me procurasse naquela tarde.”  “-Por me adivinhar capaz de dar o testemunho da médica, psicoterapeuta e mãe marcada por lutos profundos.”

Lembro-me com exatidão, e penso que nunca me esquecerei, de cada mulher que atendi, após a perda irreparável de seu filho; de cada homem cuja demência de sua esposa o transformara num desconhecido qualquer; de cada família destroçada pela vida vegetativa de um pai, vitimado num grave acidente. Como esquecer os sonhos enterrados, os castelos desmoronados, o palco sem luz de cada deprimido que ao meu consultório chegou? De cada impotente ou anorgásmica que comigo compartilhou sua vergonha e sua dor , num pedido de socorro. Como não lembrar, também e especialmente, dos resgates e das superações, com o que me presentearam? Posso afirmar, e com profundo respeito, ter acompanhado centenas de comoventes e admiráveis processos de reparação e renascimento. Respostas valentes e atrevidas ao desengano, revanche daqueles que não se permitiam mais perder, ainda que tomados por intensa emoção e imensa dor. À deles juntei minhas forças e trocamos a morte pela vida. E ainda hoje seguimos trocando, mesmo que por meio de inesquecíveis lembranças .

Mais uma vez, a pergunta povoa meus pensamentos: Por que eu, Mauro?

Reporto-me às aulas que tenho ministrado para alunos da Faculdade de Medicina e dos Cursos de Formação de Psicoterapeutas. Reporto-me à minha tese de Doutorado, sobre Sexualidade (elaborada nos anos 1980). Lembro-me de Freud, de Eros e de Tânatos, de Chapeuzinho Vermelho e do Lobo Mau, de Romeu e de Julieta, de Jesus e de Madalena (com o perdão da heresia!). Lembro­-me de quantas vezes pensei, falei e escrevi sobre a Morte, quando pretendia apenas falar da Vida, do que a origina e a perpetua.

E pensar que escolhi, num passado já remoto, ser psiquiatra, uma especialidade médica que supostamente me esquivaria de enfrentar a morte. Hoje estou convencida de não haver outra especialidade que conviva tão próxima e insistentemente com a finitude, a qual povoa a mente dos que em delírio se creem mortos, dos demenciados, dos suicidas, dos anoréticos, catatônicos, deprimidos, cancerosos, desenganados, malformados, enlutados.

Hoje percebo só me ter poupado do atendimento clínico ao moribundo e, talvez, do preenchimento dos atestados de óbito.

Imaginando escapar, me lancei de corpo e alma nos passamentos, velórios, enterros e lutos. Em cada lágrima, palavra e gesto incontidos que presenciei e acolhi. Em cada silencio que ouvi e traduzi.

Teria sido isso, penso eu, o que Dr. Mauro esperava que eu dissesse, ao – intencionalmente ou sem perceber – me colocar como a porta-voz das supostas reflexões de uma plateia que, impactada pelas palavras do palestrante Perazzo, revolvia, naquele momento, a terra sobre seus mortos (de corpo e/ou de alma) e os revivia, ainda outra vez…no imortal imaginário."

Letra de Médico - Adriana Dias Lopes - VEJA

 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O exemplo de Moro contra a jagunçagem inquisitorial

Presidentes dos 26 Tribunais de Justiça estaduais se reuniram no "feriado" de segunda-feira com a presidente do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Oficialmente, na pauta da reunião, cuidou-se da judicialização da saúde, priorização da primeira instância, segurança dos magistrados e melhoria na gestão dos processos. Nos bastidores, muitos trataram da "retaliação de Renan Calheiros contra o Judiciário" ao instaurar uma comissão para "passar um pente-fino" nos supersalários nos três poderes.  

O sistema judiciário entra em debate como nunca antes na História deste País Subdesenvolvido. O relator da comissão especial que analisa as 10 medidas contra a corrupção, deputado Onyx Lorenzoni, excluiu a proposta de tornar magistrados e membros do Ministério Público enquadráveis em crime de responsabilidade. Vitória dos procuradores da Força Tarefa da Lava Jato que, liderados por Deltan Dallagnol, fizeram ontem uma longa reunião com Lorenzoni. Os integrantes do MP argumentaram que a tipificação do crime de responsabilidade para integrantes do Ministério Público e magistrados seria uma forma de se colocar uma camisa de força em autoridades que estão à frente de determinadas investigações.

Quem ontem avançou em nome da legalidade e contra a "jagunçagem inquisitorial" foi o juiz Sérgio Moro. O magistrado deu três dias para a Polícia Federal refazer um relatório, escrito por um agente, informando que a família do pecuarista José Carlos Bumlai (agora considerado ex-amigo de Lula) "detinha uma influência política muito grande durante o período em que o Partido dos Trabalhadores estava no poder". Para complicar o negócio, o policial escreveu que "a influência não era somente em agentes políticos da Administração Pública, mas também na Suprema Corte, na pessoa do Ministro Toffoli".

Moro avaliou que a conclusão do relatórionão tem base empírica e é temerária”. O magistrado ponderou que o simples fato de um investigado ter em sua agenda número de telefone de autoridades não significa que ele possa ter influência sobre elas. Moro alertou que o documento continha uma "afirmação leviana". Por isso, recomendou "devidas cautelas para evitar a repetição do ato". O delegado federal Filipe Pace admitiu que “é faticamente e probatoriamente impossível” atribuir suposta influência de Bumlai sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli. Assim, um novo relatório da PF será enviado para Moro, retirando o pedaço “manifestamente inserido por ocasião de erro material”.

O erro identificado por Moro no caso Bumlai é o mesmo "erro" que se repete em vários inquéritos policiais pelo Brasil afora. Cabe até uma perguntinha no Brasil do rigor seletivo: em quantos e variados casos, o Ministério Público utiliza "acusações temerárias e sem base empírica" para pedir o enquadramento legal ou a condenação de investigados ou réus em ações criminais? É por isso que magistrados precisam ter a prudência de um Sérgio Moro para não sair punindo qualquer um a torto e a esquerda (ou a direita, dependendo da conjuntura ou da conveniência). Basta de "justiçamentos".

Vale insistir por 13 x 13: A efetiva prevenção e combate concreto à corrupção no Brasil depende de uma mudança estrutural na máquina estatal brasileira, instaurando a Transparência de verdade e criando mecanismos de fiscalização e controle diretos dos cidadãos sobre os Poderes do Estado, principalmente sobre os aparelhos repressivos e fiscalizatórios. A jagunçagem inquisitorial não combina com a Segurança do Direito (a Democracia) e muito menos com o senso básico de Justiça.

Por tudo isso, é urgente urgentíssimo proclamar a República no Brasil. Só a Intervenção Cívica [Militar]  Constitucional conseguirá o feito Histórico que não foi cumprido com o golpe militar de 1889 que derrubou o Imperador D. Pedro II - tardiamente reconhecido como um Estadista de verdade.

Hoje só dá para comemorar o nascimento da Nação Rubro-Negra... Parabéns, Flamengo...  

Pelo menos a celebração pela criação da República Verde-e-Amarela parece uma festa que fica cada vez mais próxima, porque os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira se rebelam - mesmo que lentamente... Viva a República que está por ser proclamada, em breve...

Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão