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sábado, 3 de fevereiro de 2018

Mortes suspeitas ligadas ao edificio triplex de Lula no Guarujá

As mortes que rondam o edifício do tríplex de Lula

Depois do nebuloso acidente que matou o ex-presidente da Bancoop Luiz Malheiro e mais dois diretores da cooperativa, o ex-segurança de Lula, Freud Godoy, virou dono do apartamento que o dirigente possuía no Edifico Solaris

[sempre bom destacar que existem mais dois cadáveres insepultos dos petistas Toninho do PT e Celso Daniel - ambos ex-prefeitos; a petralhada teme que tudo volte a tona.]

Um novo mistério cerca o Edifício Solaris, no Guarujá, onde o ex-presidente Lula é proprietário de um tríplex: a morte mal explicada de três ex-diretores da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. Os dirigentes foram vítimas fatais de um estranho acidente de carro ocorrido em novembro de 2004, em Petrolina (PE), quando voltavam de um encontro com Lula na cidade pernambucana. Os integrantes da cooperativa tinham ido ao petista dizer que ele precisava ajudar o partido a ressarcir a Bancoop de um dinheiro desviado para a campanha presidencial de 2002. A falta dos recursos havia paralisado as obras tocadas pela cooperativa e milhares de cooperados reclamavam da demora para a entrega de seus imóveis. Mas o retorno para casa foi trágico. Entre os diretores mortos estava o então presidente da Bancoop, Luiz Eduardo Saeger Malheiro.

“É tudo muito suspeito” José Carlos Blat, promotor do Ministério Público Estadual
Coube ao seu irmão, Helio Malheiro, em depoimento ao promotor José Carlos Blat, do Ministério Público Estadual de São Paulo, em 2008, levantar a suspeita de queima de arquivo. Segundo ele, os corpos vieram para São Paulo de avião acondicionados em urnas lacradas sem passar pela perícia do IML. Além disso, a circunstância do acidente envolvendo um caminhão e o Corsa, onde estava seu irmão e os dois dirigentes da Bancoop, lhe pareceu inusitada. Uma testemunha ligada ao PT teria afirmado aos investigadores do caso que o motorista e os dois passageiros, entre os quais Luiz Eduardo, que estava no banco traseiro, haviam dormido simultaneamente no trânsito, o que provocou a perda do controle do veículo e o choque frontal com o caminhão. Mas a família sequer teve acesso às investigações. “Meu irmão era uma pessoa muito desconfiada quando não estava ao volante de um veículo e não dormia em hipótese alguma”, afirmou Hélio Malheiro.


 O ''HERDEIRO'' O ex-segurança Freud Godoy estava com Lula no dia do acidente de Luiz Malheiro (Crédito: Joel Silva)

O que torna a história ainda mais nebulosa é que o beneficiário direto da morte de Malheiro foi Freud Godoy, ex-segurança de Lula. Godoy herdou o apartamento do dirigente no Edifício Solaris, o 133-A, dois pavimentos abaixo do tríplex de Lula. Há evidências de fraude. “Durante a investigação do caso tríplex, em março de 2016, na Operação Aletheia, a Polícia Federal recolheu documentos na Bancoop e na OAS e entre eles estavam os documentos de que o apartamento do Malheiro acabou passando para as mãos de Freud Godoy após a morte do ex-presidente da entidade. É tudo muito suspeito”, disse o promotor José Carlos Blat à ISTOÉ.
Vizinho de Lula
 
O apartamento 133-A de Freud Godoy fica dois pavimentos abaixo do tríplex de Lula, o 164-A. O imóvel levou Lula a ser condenado a 12 anos de prisão. Já Freud é apenas investigado

As provas
A escritura da unidade 133-A do Solaris está registrada no Cartório de Registro de Imóveis do Guarujá em nome de Freud Godoy e de sua esposa Simone Messeguer Pereira Godoy, casados em comunhão de bens. O valor venal do imóvel foi declarado por R$ 396.524,45. Inicialmente, Malheiro ficaria com o apartamento 143, vizinho do 141 em nome originalmente de dona Marisa Letícia Lula da Silva. Depois que a OAS assumiu as obras do Solaris, em 2009, a família Lula da Silva foi brindada com o tríplex 164-A, e o que seria de Malheiros passou a ser o 133. O 141 acabou vendido pela OAS. O 133 ficou com Freud Godoy.

De acordo com depoimento de Hélio Malheiro ao Ministério Público, ao qual ISTOÉ teve acesso, o então diretor financeiro da Bancoop, João Vaccari Neto, fez de tudo para que a família não soubesse das minúcias do acidente. Detalhe: Vaccari foi quem assumiu a presidência da cooperativa no lugar de Luiz Eduardo Malheiro. Segundo fontes da Bancoop, Vaccari teria até comemorado o acidente com um brinde de champanhe na sede do Sindicato dos Bancários. O ex-tesoureiro petista, preso na Lava Jato, estaria de olho nos R$ 43 milhões depositados na conta da entidade dias antes do acidente. 


O recurso havia sido arrecadado por Ricardo Berzoini, então ministro da Previdência de Lula, junto a fundos de pensão. A conta da cooperativa também era alimentada por contribuições de mais de cinco mil associados. O Ministério Público de São Paulo já tem provas de que ao menos R$ 100 milhões foram desviados da Bancoop para campanhas petistas.

“Circunstâncias estranhas” Em depoimento ao MP de São Paulo, Hélio Malheiro disse que a morte de seu irmão, num misterioso acidente automobilístico em Pernambuco, o deixou “bastante desconfiado”

Freud Godoy e outros 12 petistas já eram alvo de investigação por serem beneficiários de imóveis da Bancoop cujas obras foram concluídas pela OAS como contrapartida a negócios obtidos pela empreiteira na Petrobras. Em 24 de outubro de 2017, o juiz Sergio Moro determinou que as apurações contra eles tivessem prosseguimento na Justiça Estadual de São Paulo, mas o caso ainda anda a passos de cágado. Agora, o ex-segurança de Lula que, além do apartamento, ganhou R$ 1,5 milhão da Bancoop por ter feito a segurança armada de obras da cooperativa, corre o risco de responder por outra suspeita ainda mais grave.

Por determinação do juiz Sergio Moro, o MPF e a PF investigam o brutal assassinato do ex-vice-prefeito de Ourolândia (BA), José Roberto Soares Vieira, o Roberto do PT, desde do último dia 26. Ele foi morto com nove tiros a queima-roupa no dia 17 de janeiro quando chegava à Green Transportes, uma concessionária de veículos da qual era sócio, às margens da BA-522, em Candeias, região metropolitana de Salvador (BA). O pistoleiro chegou numa moto vermelha, com capacete, por volta das 11h à revenda e ficou esperando Roberto chegar, disparando toda a munição de sua arma no petista por volta das 11h30. Roberto foi à revenda para blindar a sua Land Rover Discovery 4, porque desconfiava que poderia sofrer um atentado. 

Em novembro, ele denunciou à Moro seu sócio na empresa JRA Transportes, José Antonio de Jesus, ex-gerente da Transpetro (subsidiária da Petrobras) na Bahia. Os dois foram denunciados por terem desviado R$ 7,5 milhões da Petrobras no período de 30 de setembro de 2009 a 13 de setembro de 2015. Pego, Roberto delatou José Antonio, dizendo que o sócio usava a JRA para lavar dinheiro e fazer repasses ao PT da Bahia (na época, o Estado era governado por Jaques Wagner, do PT, e atualmente o governador Rui Costa também é petista). Desde que delatou o sócio, Roberto do PT temia ser morto e chegou a vender uma casa de luxo que tinha em Camaçari, contratou motorista como segurança e não atendia mais ligações de números desconhecidos. A cautela não foi suficiente. Moro quer saber agora se o crime tem ligações com a delação que ele faz do sócio.


MATÉRIA COMPLETA em Isto É
 



terça-feira, 29 de novembro de 2016

Moro dá mais 30 dias para Comissão da Presidência avaliar ‘tralhas’ de Lula

O juiz federal Sérgio Moro concedeu mais trinta dias para a Comissão Especial da Secretaria de Administração da Presidência da República avaliar as “tralhas” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão do magistrado acolhe pedido do secretário de Administração da Secretaria de Governo da Presidência da República, Antonio Carlos Paiva Futuro. 

O prazo solicitado tem por objetivo “a conclusão dos trabalhos pela Comissão Especial destinada a averiguar, se e quais objetos depositados pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em cofre do Banco do Brasil devem ser incorporados ao Patrimônio da Presidência da República”.  “Defiro o prazo adicional de 30 dias para a conclusão dos trabalhos, contados do fim do prazo original, findo o qual deverá ser apresentado o relatório final a este Juízo”, determinou Moro na decisão de 17 de novembro. 

A comissão que avalia os bens é composta por “representantes da Secretaria da Presidência da República, da Secretaria de Controle Interno da Diretoria de Documentação Histórica DDH do Gabinete Pessoal no âmbito da Presidência da República, e ulteriormente do Tribunal de Contas da União e do Instituto Brasileiro de Museu Ibram”. 

Em março deste ano, quando estourou a Operação Aletheiadesdobramento da Lava Jato que levou o ex-presidente para depor -, a Polícia Federal encontrou em um cofre no Banco do Brasil em São Paulo objetos que o ex-presidente chama de “tralhas” e relata ter recebido de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010). 

A busca achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no banco desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência na ocasião. No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras “tralhas” que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público. Antes disso, o ex-presidente havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal.

Fonte: Isto É 


terça-feira, 14 de junho de 2016

Força-tarefa da Lava Jato prepara três denúncias contra Lula




Procuradores veem provas para processos por três atos distintos de lavagem de dinheiro e corrupção – pena mínima somada é de 15 anos de prisão 

Com o retorno das investigações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o juiz Sergio Moro, decidido pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba finaliza um pacote de até três denúncias contra Lula por crimes descobertos no petrolão. A força-tarefa afirma possuir provas para denunciar Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por favores recebidos das empreiteiras Odebrecht e OAS e do pecuarista José Carlos Bumlai pelo sítio em Atibaia, pelo aluguel de contêineres para o transporte de acervo de Lula de Brasília para o sítio e pela reserva do apartamento tríplex de Guarujá.

Os procuradores da República já veem razões para formular acusações criminais contra o ex-presidente pelos três atos distintos. Embora ainda em discussão, é pouco provável a apresentação de uma só denúncia contra Lula, pois haveria excesso de testemunhas e maior lentidão no julgamento. Cada ato de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro implica, respectivamente, três anos e dois anos de prisão. Por isso, na hipótese mais otimista, o Ministério Público pode pedir que Lula seja condenado a pelo menos 15 anos de prisãoOutras acusações criminais também estão em análise, em vista do material apreendido na Operação Aletheia, deflagrada no dia 4 de março contra o ex-presidente, aliados e familiares. Há outros favores de empreiteiras em investigação.

Adquirido por dois amigos e sócios de Fábio Luís da Silva, filho de Lula, o sítio de Atibaia foi reformado com mão de obra das empreiteiras Odebrecht e OAS. O Instituto Lula já negou inúmeras vezes que o local seja propriedade de Lula; afirma que o presidente apenas o frequenta. Em fevereiro, ÉPOCA mostrou que Lula foi 111 vezes ao sítio em quatro anos. O apartamento tríplex em Guarujá foi construído pela Bancoop, a cooperativa do Sindicato dos Bancários, que quebrou. Assumido pela OAS, o imóvel foi reservado e reformado ao gosto de Lula e sua família. Em meio à Operação Lava Jato, Lula desistiu de ficar com o imóvel.

Mais de um mês após o afastamento de Dilma, o ministro Teori decidiu que, por Lula não ter mais foro privilegiado, as denúncias contra ele deveriam voltar à primeira instância – no caso, a cargo do juiz Sergio Moro. Teori ainda não decidiu, no entanto, o destino do processo no qual Lula já foi denunciado como mandante da compra de silêncio de Nestor Cerveró. Por enquanto, a ação se mantém no Supremo. Lula deverá responder ainda por participação ou chefia da organização criminosa do petrolão.

Fonte: Época


quarta-feira, 30 de março de 2016

Moro denuncia que Lula quis 'intimidar', 'obstruir', 'influenciar'



Em ofício ao Supremo Tribunal Federal, juiz da Operação Lava Jato transcreve 12 interceptações telefônicas que pegaram ex-presidente 'intencionando ou tentando obstruir ou influenciar indevidamente a Justiça'

No ofício que enviou ao Supremo Tribunal Federal para explicar porque mandou grampear o ex-presidente Lula e porque deu publicidade aos áudios, o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, cravou que o petista quis ‘intimidar’ e ‘obstruir’ as investigações de que era alvo. Para o magistrado, a conduta de Lula pode ‘configurar crime de obstrução à Justiça’ tipificado na Lei 12.850/13, que define organização criminosa.

“Mesmo sem eventual tipificação, condutas de obstrução à Justiça são juridicamente relevantes para o processo penal porque reclamam medidas processuais para cortá-las”, anotou o juiz. Moro transcreveu, na peça de 30 páginas, doze interceptações telefônicas da Polícia Federal anexadas aos autos da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que pegou Lula e a ele atribui a propriedade do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – o que é negado veementemente pela defesa do petista.

O juiz chamou a atenção para um grampo em especial, no qual Lula disse a seu interlocutor ‘eles têm que ter medo’, em referência aos investigadores que vasculham sua vida. Para Moro, o ex-presidente fez tal afirmação ‘sem maiores pudores’. “Não se trata de uma afirmação que não gere naturais receios aos responsáveis pelos processos atinentes ao esquema criminoso da Petrobrás. Entendeu este Juízo que, nesse contexto, o pedido do Ministério Público Federal de levantamento do sigilo do processo se justificava exatamente para prevenir novas condutas do ex-presidente para obstruir a Justiça, influenciar indevidamente magistrados ou intimidar os responsáveis pelos processos atinentes ao esquema criminoso da Petrobrás. O propósito não foi, portanto, político-partidário.”

Um grampo que Moro transcreve pegou Lula com o ministro Nelson Barbosa, da Fazenda. O ex-presidente demonstra contrariedade com a ação da Receita no Instituto Lula e na LILS Eventos e Palestras. Aparentemente, ele sugere ao ministro que cobre do Fisco investigações em emissoras de TV e até na fundação do adversário político Fernando Henrique Cardoso. “O ex-presidente contatou o atual ministro da Fazenda buscando que este interferisse nas apurações que a Receita Federal, em auxílio às investigações na Operação Lava Jato, realiza em relação ao Instituto Lula e a sua empresa de palestras. A intenção foi percebida, aparentemente, pelo ministro da Fazenda que, além de ser evasivo, não se pronunciou acolhendo a referida solicitação”, destaca Moro.

Para o juiz, ’em princípio, não se pode afirmar que o referido diálogo interceptado não teria relevância jurídico-criminal e, se tem, não se pode afirmar que a divulgação afronta o direito à privacidade do ex-presidente’.
“A colheita fortuita do diálogo com autoridade com foro privilegiado, entretanto, não implica a necessidade de mudança do foro para o Supremo Tribunal Federal, pois não há qualquer elemento probatório que autorize conclusão de que o ministro Nelson Barbosa cedeu às solicitações indevidas do ex-presidente, o contrário se depreendendo do diálogo. Isso, porém, não torna inválida à interceptação ou impede a utilização ou a divulgação do diálogo, a pretexto de preservar privacidade, pois não há esse direito em relação ao investigado Luiz Inácio Lula da Silva, já que o diálogo, para ele, tem relevância jurídico-criminal”, assinala o juiz.

Moro aponta ‘outros diálogos do ex-presidente intencionando ou tentando obstruir ou influenciar indevidamente a Justiça’. “Há também diálogos nos quais revela a intenção de intimidar as autoridades responsáveis pela investigação e processo.”

Aqui, o juiz transcreve diálogo de 26 de fevereiro, uma semana antes de Lula ser conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor no inquérito da Operação Aletheia. 

O investigado’ Roberto Teixeira – compadre e advogado de Lula fala com um assessor do petista e pede para que o ex-presidente seja informado do nome da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, encarregada da ação em que a defesa questiona as investigações do Ministério Público Federal e do Ministério Público de São Paulo. “Sugere que seria conveniente que ele falasse com terceiro a esse respeito.”   

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terça-feira, 15 de março de 2016

Bravatas da jararaca - minhoca



Escrevo este artigo antes das manifestações marcadas para dia 13 de março. Espero que tenham sido pacíficas, e não contaminadas por grupos interessados em semear violência para aprisionar os sentimentos da sociedade e inibir protestos democráticos legítimos. O que quer que tenha acontecido, caro leitor, ninguém conseguirá silenciar o grito de indignação do brasileiro honrado e trabalhador, mas profundamente revoltado com a gangue mafiosa que tomou conta do Estado brasileiro.

A Operação Aletheia, que levou Lula a depor à PF, tem na mira “organização criminosa infiltrada dentro do governo federal que se utilizava da Petrobrás e de  outras empresas para financiamento político e também para apropriação pessoal”. Essa “organização criminosa”, segundo o procurador Carlos Fernando Santos Lima, “certamente tem um comando”. Todo o Brasil sabe quem é o chefe da quadrilha.

Lula está aprisionado no labirinto das suas mentiras e do seu cinismo. Briga contra os fatos. Mas a verdade está gritando na seriedade da democracia e no coração dos brasileiros. Sua defensiva conclamação à violência e seu deboche pelas instituições pegou muito mal. De fato, Lula nada explicou. Nada disse que ajudasse os brasileiros a entender porque recebeu milhões de reais de empresas condenadas por esquemas de corrupção na Petrobrás e de lobistas traficantes de medidas provisórias no seu governo. O mito está derretendo.

E a presidente da República? Dilma Rousseff está agonizando, isolada no seu desligamento da realidade, na sua arrogância, no desgoverno provocado por sua incompetência, enrolada no cipoal de suas mentiras. Delcídio Amaral pôs a boca no trombone. O material divulgado pela Revista IstoÉ é explosivo. É a ponta do iceberg. 

Delcídio acusa Dilma e seu padrinho de saber da existência do petrolão, de agir para mantê-lo em funcionamento e de atrapalhar a apuração do esquema de corrupção na Petrobrás. Dilma Rousseff é uma peça pequena, quase inexpressiva, de uma engrenagem perversa de perpetuação do poder e de pilhagem do dinheiro público montada pelo ex-presidente Lula e pelo PT. Mas fez a sua parte e deve ser responsabilizada por suas ações.

A máquina lulopetista começa a ranger graças ao excelente trabalho técnico de um jovem magistrado. Há um vazio de governo. Dilma, de fato, já é passado. E Lula, o criador, escorrega com ela. O ex-presidente está tenso. Assombra-o, sobretudo, o avanço da Operação Lava Jato. Só isso explica o incitamento à violência, as bravatas e os palavrões da jararaca. Lula está desestabilizado por uma razão muito simples: a mentira se escancarou, a punição se aproxima, a estrela apagou.


Por: Carlos Alberto Di Franco - é jornalista - E-mail: difranco@iics.org.br