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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Parada cardíaca: o que fazer além de ligar para o SAMU?

Utilidade Pública

Chamar um serviço de emergência é o primeiro passo, mas qualquer pessoa devidamente treinada pode salvar uma vida realizando manobras de ressuscitação

 Ressuscitação cardiopulmonar: manobra salva vidas (Foto: Michael E. / Unsplash/Divulgação)

Em um país onde ocorrem 400 mil óbitos por doenças do coração ao ano, não é difícil imaginar que estamos sujeitos a nos deparar com uma pessoa sofrendo uma parada cardíaca em um ambiente onde o socorro médico não será imediato.

E mais da metade dessas mortes se deve a um coração que deixou de bater. Vários estudos mundiais, incluindo no Brasil, constatam incidência de 70 casos de parada cardiorrespiratória para cada 100 mil habitantes. Mas o que fazer diante de uma situação assim?

Se você respondeu “ligar para a emergência”, saiba que faz parte dos 57,8% dos entrevistados de uma pesquisa promovida pela Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) junto a 2 236 pessoas nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital.

Este grupo respondeu que entraria em contato com o SAMU (...) para pedir socorro. Enquanto isso, 25,3% dos consultados também afirmaram que fariam o mesmo procedimento, porém estavam equivocados quanto ao telefone correto do serviço. 
Outros 17% admitiram que não saberiam como agir.

Contatar o SAMU, [fone 192] sem dúvida, é o primeiro passo, mas não dá para assistir a uma parada cardíaca de braços cruzados. Ao contrário, esse é o momento de colocar, literalmente, mãos à obra.

A parada cardíaca súbita ocorre quando os impulsos elétricos do coração se tornam rápidos ou descoordenados, fazendo com que pare de bater repentinamente. As manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ou massagem cardíaca, como é popularmente conhecida, devem acontecer enquanto o socorro formal não chega.

Isso porque, sem atendimento nos primeiros dez minutos, a vítima perde 10% da chance de sobreviver a cada minuto passado. Quando estiver disponível – e seria ideal que estivesse em locais, como parques, academias, estádios de futebol, supermercados –, o desfibrilador, aparelho que emite corrente elétrica com o objetivo de restabelecer o ritmo cardíaco, também deve ser usado por quem conhece o protocolo.

Da mesma maneira, a RCP pode ser praticada por qualquer pessoa, desde que tenha recebido treinamento adequado. A American Heart Association (AHA) é uma organização americana que dissemina cuidados cardíacos para reduzir ocorrências de lesões e mortes por cardiopatias e acidente vascular cerebral (AVC). A instituição oferece cursos de ressuscitação cardiopulmonar para diversos públicos, incluindo crianças, adolescentes e idosos.

A Socesp mantém um Centro de Treinamento, credenciado pela AHA, com cursos presenciais e on-line para atendimento a emergências cardiovasculares. Os instrutores são treinados de acordo com as diretrizes da associação americana e as aulas contam com equipamentos especiais, como manequins simuladores e desfibriladores externos automáticos.

Uma barreira nos treinamentos de RCP é o custo dos manequins para treinar a população. Pensando nisso, a Socesp criou um feito com material reciclável, de garrafa pet, para ampliar de forma lúdica e sustentável o número de pessoas treinadas a partir dos 12 anos. E com isso tem promovido cursos, inclusive em escolas públicas e privadas.

Como temos alertado, precisamos estar cientes de que todos nós, independente de sermos do grupo de risco para doenças cardiovasculares ou não, somos um elo dessa corrente pela vida. A informação e o treinamento fazem a diferença nessa história.

Letra de Médico - Revista VEJA

*Agnaldo Piscopo é cardiologista e diretor do Centro de Treinamento da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Evitar 30% das mortes por parada cardíaca está em nossas mãos

 Letra de Médico - VEJA

Evitar uma parada respiratória não está só nas mãos de médicos e bombeiros. Há manobras passíveis de serem aprendidas por qualquer adulto 

É fácil de entender: após a parada cardiorrespiratória, sem oxigenação, as células do cérebro morrem em 10 minutos e lesões irreversíveis começam a ocorrer, inclusive a morte. São 720 pessoas indo a óbito diariamente no Brasil por conta de parada cardíaca, o que significa uma morte a cada um minuto e meio ou 259 mil ao ano.

Por mais que esses números impactem, essa ainda não é a pior notícia. Segundo dados da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), evitar ao menos 30% destas mortes está, literalmente, ao alcance das mãos. E não só de médicos, pronto-socorristas e bombeiros. São manobras passíveis de serem aprendidas por qualquer adulto disposto a um gesto de solidariedade, que pode salvar uma vida.

Trata-se da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), conjunto de medidas emergenciais, que combina técnicas de compressões torácicas, visando bombear o coração de quem está enfrentando um quadro de falência cardiovascular ou respiratória. As ações de RCP melhoram o fluxo sanguíneo, fornecendo oxigênio para o cérebro até que uma equipe médica possa entrar em cena.

O que é a parada cardiorrespiratória?
Não existe apenas um fator que leve à parada cardiorrespiratória, mas vários: 
- uma asfixia, intoxicação, traumatismo, eletrocussão, afogamento, estado de choque, sufocamento e doenças cardíacas e pulmonares que saiam do controle. Estas últimas as mais comuns.

Perda de consciência, ausência dos movimentos de respiração ou de pulso, pupilas dilatadas e sem reação à luz, pele, lóbulo da orelha, língua e base das unhas arroxeadas são algumas das manifestações da parada cardiorrespiratória. Essas evidências devem ser observadas para que a sessão de RCP seja iniciada.

Exército do bem
Para formar um exército do bem é preciso, principalmente, treinar médicos de diferentes especialidades e profissionais de saúde para que estejam aptos a colocar em prática a massagem cardíaca com efetividade. Ciente de seu papel, a SOCESP mantém um Centro de Treinamento para este fim. Trata-se de um dos mais estruturados do país, com manequins que simulam sinais vitais. Os cursos de RCP da SOCESP tem o aval da American Heart Association. Neste mês iniciamos uma campanha sobre o assunto para que a população saiba que salvar uma vida é possível até para uma criança ou um adolescente, desde que treinados.

Mas, além do suporte ao médico e de profissionais de saúde, há necessidade de treinamento da população em geral, daqueles dispostos a uma ação solidária para contribuir com a sobrevivência de outro ser humano. Existem muitos treinamentos para leigos que desejem aprender procedimentos de RCP, incluindo alguns gratuitos. É importante que os interessados busquem referências sobre esses cursos para aprenderem o jeito correto de agir tanto no tocante às manobras de ressuscitação como para o uso do Desfibrilador Externo Automatizado (DEA).

(.........)

Conhecendo a técnica
Em primeiro lugar e antes de qualquer manobra, o voluntário apto a executar o procedimento deve verificar o estado de consciência da vítima, perguntando como ajudar e, caso o estado não permita conversação, verificar sinais vitais: respiração e pulso/batimentos cardíacos. 

Se não houver esses sinais, a vítima deve ser deitada de barriga para cima e começam as manobras:
- Coloque as duas mãos com dedos cruzados sobre o centro do tórax do indivíduo e estique seus braços.
- Comprima o tórax da vítima com o peso do seu corpo, sempre de maneira rápida e profunda. Devem ser realizadas entre 80 e 100 compressões por minuto.
- O procedimento não deve ser interrompido.
- Não há necessidade de fazer respiração boca-a-boca

Manter um time de médicos e de cidadãos preparados para atuar em emergências cardiorrespiratórias é o objetivo de uma entidade como a nossa. A compreensão de que, apesar de vivermos em um mundo com valores cada vez mais individuais, somos seres sociais e que precisamos contar uns com os outros deve ser um ideal a ser perseguido.

Letra de Médico - Blog em VEJA - MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Morre bombeira do DF atingida por árvore e fio de alta tensão

Marizelli Armelinda Dias trabalhava no combate ao fogo que atingia uma área de vegetação em Taguatinga, na manhã deste domingo

Marizelli Armelinda Dias, a militar do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) atingida por uma árvore e por um fio de alta tensão, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde deste domingo (15/9). 

Integrada à corporação em 2018, Marizelli, 31 anos, trabalhava no combate a um incêndio em uma mata na QNL 02, em Taguatinga, de manhã. Em determinado momento, uma árvore caiu, arrastando fios de alta tensão.

Marizelli ingressou no Corpo de Bombeiros em 2018. Ela deixa dois filhos (foto: Reprodução)
Tanto a árvore quanto os fios atingiram a bombeira, que sofreu uma parada cardíaca. Reanimada, ela foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia, onde acabou falecendo horas depois. Ela deixa dois filhos, Raniele, 4 anos, e Erick, 5. O acidente foi gravíssimo. Segundo informações do Tenente Machado, Marizelli foi atingida do lado esquerdo por um galho de eucalipto de médio porte. A árvore teria caído em decorrência das chamas.

Ele ainda informou que ela teve traumatismo craniano, fratura na coluna torácica em dois pontos, no fêmur e no braço — ambos esquerdos —, e edema torácico.As primeiras informações eram de que ela havia sido eletrocutada pelo cabo de energia. Embora a militar tenha sido mesmo atingida pela fiação, não foi confirmado se a parada cardíaca foi causada por descarga elétrica.

 Correio Braziliense

 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Menino palestino morre por disparos de soldados israelenses



Um menino palestino de 12 anos faleceu, nesta terça-feira (19), vitimado por disparos de soldados israelenses perto de Jerusalém – anunciou o Ministério palestino da Saúde. “Mohiyeh al-Tabakhi, de 12, morreu por disparos de soldados da Ocupação na localidade de Al-Ram [ao norte de Jerusalém]”, informou o Ministério em um comunicado.




Membros das forças de segurança israelenses são vistos em Jerusalém, no dia 27 de junho de 2016 - AFP/Arquivos  - Eles são os SOLDADOS HERÓIS do Exército de Israel = atiram contra crianças de 12 anos, desarmadas. 
Utilizam balas de borracha com núcleo de metal.

Questionada pela AFP, a Polícia israelense disse ter lançado granadas de gás lacrimogêneo e de efeito moral contra manifestantes nesse setor, mas negou ter usado balas reais.  “Não houve disparos”, garantiu a porta-voz da Polícia israelense, Luba Samri.  Segundo fontes médicas, porém, citadas pela agência oficial de notícias palestina Wafa, o garoto foi atingido no peito por uma bala de borracha com núcleo de metal, o que lhe provocou uma parada cardíaca.

Desde outubro passado, a onda de violência que explodiu em Israel e nos Territórios Palestinos custou a vida de 217 palestinos, de 34 israelenses, de dois americanos, de um eritreu e de um sudanês, de acordo com balanço feito pela AFP.

Fonte: AFP - Isto É


terça-feira, 28 de junho de 2016

A 17,4 km do Palácio do Planalto, João agoniza numa cama enquanto aguarda há dois dias por uma vaga de UTI. Ali, já teve três paradas cardíacas



Eram 10h da manhã  do último domingo quando o construtor desempregado de 55 anos João Rosa do Nascimento deu entrada no hospital regional do Paranoá, a menos de 18 quilômetros de distância do Palácio do Planalto e dos prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Ele sentia tonturas, as mãos estavam dormentes, e não conseguia mais se sustentar de pé. João não tinha ideia que passava por um AVC, acidente vascular cerebral também conhecido como derrame. Meia hora depois de chegar ao pronto socorro, sobreveio a primeira parada cardíaca. João foi reanimado. Logo depois, a segunda parada cardíaca. Mais uma vez foi trazido à vida.

Como não há Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no hospital do Paranoá, uma cidade no entorno do Distrito Federal com mais de 50 mil habitantes, os médicos se viram obrigados a deixar João numa cama em uma sala que serve apenas para primeiros socorros. Desde então, João segue em coma induzido a espera de um quarto de UTI que vague em qualquer hospital de Brasília.

Na madrugada de segunda-feira, ele teve uma terceira parada cardíaca e seu estado é crítico. Alertados pelos médicos, parentes de João foram atrás de um amigo advogado que ainda no domingo conseguiu uma ordem judicial para obrigar a rede pública a acomodar João numa UTI. Só que até agora nada aconteceu. Nesta terça de manhã, completará 48 horas que João está entubado. Segundo médicos, será o dia que o cérebro dele inchará mais e correrá os maiores riscos de sequela. Até agora ele segue em coma induzido porque não há aparelhos para fazer exames que mostrem a extensão dos danos no cérebro, e sem isso é muito arriscado acordá-lo.

Sem uma UTI com suporte para neurologia, não há muito que os médicos possam fazer por João. A família de João pensou em levá-lo a um hospital particular, afinal a decisão judicial diz que o Governo do Distrito Federal será obrigado a arcar com os custos de uma internação na rede privada caso não ache vaga rede na pública.  “Mas os hospitais, agora, pedem cheque-caução, tem que pagar antes”, disse desolado um dos dois filhos de João, que é casado há mais de vinte anos.

Fonte: Blog do Noblat – Guga Noblat