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sábado, 7 de agosto de 2021

Alexandre de Moraes pode complicar plano de reeleição de Bolsonaro em 2022

Moraes, a pedra no sapato de Bolsonaro na disputa de 2022

O ministro do STF e do TSE assumiu papel-chave nos bastidores para enquadrar o presidente da República e desarmar a bomba do voto impresso  

Alexandre de Moraes pode complicar plano de reeleição de Bolsonaro em 2022

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se tornou a maior pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro no tortuoso caminho rumo à reeleição em 2022. Moraes é relator do inquérito das fake news que passou a investigar Bolsonaro por conta dos ataques infundados às urnas eletrônicas –, supervisiona a investigação sobre a interferência do chefe do Executivo na Polícia Federal e cuida da apuração “filhote” sobre a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Nesse último caso, Moraes acolheu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar o inquérito dos protestos contra a democracia, mas abriu uma nova frente de investigação, voltada para se debruçar sobre uma organização criminosa que atenta contra o regime democrático na esfera virtual. Os três casos fecham o cerco sobre o presidente da República, empresários bolsonaristas e aliados, principalmente os integrantes do chamado “gabinete do ódio”.
[em nosso modesto entendimento, a manchete da VEJA  concede ao ministro Moraes poderes que em nossa notória ignorância jurídica nos parecem exagerados.
- entendemos que o ministro Moraes não tem autoridade direta sobre o presidente da República, o que impede que ele enquadre a maior autoridade da nação. 
No popular, o ministro Moraes não pode agir em relação ao presidente Bolsonaro, no estilo adotado quando da "prisão do deputado Daniel Silveira", ou seja: decretar a prisão do presidente, expedir um "mandado de prisão em flagrante" e determinar à Polícia Federal que efetue a prisão. 
Além das prerrogativas inerentes  ao cargo de presidente da República, não podemos olvidar dificuldades logísticas e operacionais que resultariam em dificuldades para a autoridade executora,  CUMPRIR A ORDEM;
- nos parece que o ministro Moraes não tem autoridade sobre o ministro Barroso, situação que o impede de determinar ao presidente do TSE que pare de interferir na discussão sobre a implantação do VOTO AUDITÁVEL =- REGISTRO DO VOTO, matéria que está sendo discutida no Congresso Nacional.
É pacífico que toda a quizumba é consequência do ministro Barroso considerar os assuntos eleitorais temas que só compete a ele decidir. O presidente Bolsonaro pensa exatamente o contrário, a confusão está formada.

As preocupações do Palácio do Planalto, no entanto, não se limitam aos processos que tramitam no Supremo. Em agosto do ano que vem, Moraes vai assumir o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte onde já atua — e será responsável por chefiar as atividades da Justiça Eleitoral durante o próximo pleito. No recesso de julho, Moraes compartilhou com o TSE as provas do inquérito dos atos antidemocráticos — Bolsonaro tentou obter acesso aos documentos, mas o pedido foi negado. O ministro também é defensor, há meses, de incluir o mandatário no rol de investigados do inquérito das fake news. Na tarde da última segunda-feira, Moraes, Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes costuraram a resposta do Judiciário aos crescentes ataques de Bolsonaro. Depois, os ministros se reuniram com os colegas do TSE, no gabinete de Barroso, para afinar o discurso e acertar os detalhes. Não houve resistências.

Em dois placares unânimes, o TSE decidiu enviar a live de Bolsonaro do último dia 29 — em que ele admite não ter provas de fraudes, mas dispara uma série de ataques a Barroso e à Justiça Eleitoral — para ser investigada no inquérito das fake news, que tramita no STF. [sempre bom ter presente que eventuais ilícitos praticados pelo presidente da República que não tenham relação com o exercício do cargo, não podem ser apurados, durante o tempo que o presidente estiver cumprindo seu mandato.]O pedido já foi acolhido por Moraes. Em outra ofensiva, os ministros também decidiram abrir um inquérito administrativo, dentro do próprio TSE. O objetivo dessa segunda investigação é apurar suposto abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude e propaganda eleitoral antecipada. “A investigação visa coibir abusos que estejam sendo cometidos. Os fatos apurados podem embasar uma ação futura, quando forem escolhidos os candidatos, podendo levar à cassação do registro ou do diploma, bem como gerar inelegibilidade por oito anos”, aponta o ex-ministro do TSE Henrique Neves.

Nos bastidores, Moraes também assumiu um papel-chave para desarmar a bomba do voto impresso. O ministro fez uma série de conversas — presenciais e a distância — com parlamentares para convencê-los dos riscos de retrocesso da medida. Inócuo e de custo bilionário, o voto impresso já foi testado em 2002, quando não agregou nada em termos de segurança nas seções onde foi implantado. Quando o cenário parecia favorável à aprovação da medida na comissão da Câmara, Moraes avisou a um interlocutor que viajaria para Brasília e entraria em campo. “Não me subestime”, disse. [o aviso deixa a impressão de uma ameaça, talvez implicando até mesmo em interferência, no caso, do Judiciário sobre o Legislativo???]

Deputados ouvidos por VEJA avaliam que a abordagem de Moraes, que já atuou no Executivo e tem melhor traquejo político, deu mais resultados que a de Barroso, criticado reservadamente na Câmara pelo tom “professoral” nas conversas com parlamentares. Não à toa, o futuro presidente do TSE entrou na mira dos recentes ataques de Bolsonaro. “A hora dele vai chegar”, ameaçou Bolsonaro. Moraes não é o tipo de autoridade que se intimida com bravatas. O ministro costuma dizer que o “couro” ficou ainda mais resistente depois de ser secretário de segurança pública de São Paulo e ministro da Justiça do governo Michel Temer.

VEJA - Política


terça-feira, 9 de junho de 2020

Ministro da Justiça bate de frente com subprocurador-geral do TCU - VEJA - Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Luiz Mendonça, é conhecido por seus colegas de Esplanada como alguém que tem uma paciência de Jó. Mesmo quando discorda de alguém, ele costuma manter a tranquilidade, sem sair do prumo, sem perder a calma. É quase sempre assim.
No fim do mês passado, Mendonça recebeu um ofício espinhoso do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU). No documento, o subprocurador-geral do órgão Lucas Rocha Furtado questionou o ministro sobre a eventual utilização de recursos e servidores públicos para patrocinar uma causa de “interesse privado” — redigir o pedido de habeas corpus em favor do ministro da Educação, Abraham Weintraub, investigado em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

PARABÉNS Ministro!!! já passa da hora de uma autoridade do Poder Executivo começar a  enquadrar, dentro de legalidade, certas autoridades de terceiro ou quarto escalão que se sentem no direito de questionar a Presidência da República por qualquer ato.
Não será surpresa se qualquer dia um delegado de polícia da cidade de Brejo do Fim do Mundo (insuflado por questionamentos da imprensa sobre o presidente da República ter ido naquela cidade sem usar máscara) envie uma intimação para que o Presidente compareça perante aquela autoridade para prestar esclarecimentos - sob pena de ser conduzido debaixo de vara.àquela Delegacia.
É observar se dentro do ordenamento legal o questionador está exorbitando e pegar pesado mesmo, enquadrar o infrator.

Esperamos que a campanha que o Senhor está realizando de valorização da instituição Presidência da República e dos seus integrantes não seja sabotada.
É agir em silêncio, questionar sem alarde e dentro da legalidade.

É preciso acabar, enquanto está começando, com essa ideia de que o Poder Executivo da União é saco da pancada.]

Ao receber o questionamento, que exigia uma resposta em até cinco dias, Mendonça ficou indignado. Após falar com membros do TCU, resolveu bater de frente com Furtado. Em sua resposta, o ministro disse que o subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União fez um “juízo prévio de valor” e que se equivocou ao dizer que o habeas corpus em favor de Weintraub era de interesse privado.

“Constituem áreas de competência do Ministério da Justiça e Segurança Pública a defesa da ordem jurídica, dos direitos políticos e das garantias constitucionais”, afirmou Mendonça. “Não existem garantias democráticas maiores do que as previstas na Constituição Federal, o que inequivocamente inclui a liberdade do indivíduo, portanto, protegida pelo habeas corpus, seja ele um jornalista, um médico, um procurador do MP/TCU, um ministro de Estado, um vereador, um deputado, etc.”, completou.

Ao final de sua resposta, Mendonça ainda deu um chega para lá em Furtado ao dizer que as correspondências e notificações enviadas a um ministro de Estado deveriam ser encaminhadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e não diretamente pelo subprocurador-geral do TCU — e  pediu para que fosse informada a fundamentação legal que embasou o questionamento.
[um subprocurador-geral pode pedir, questionar, mas não pode esquecer que não é o procurador-geral e sim um subprocurador-geral.] 

O documento assinado por Mendonça foi comemorado por outros integrantes do governo, que têm se mostrado insatisfeitos com os questionamentos feitos por Furtado. No fim do ano passado, o subprocurador-geral do TCU pediu a apuração de possíveis prejuízos causados ao país com a oscilação do dólar após declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em maio deste ano, o membro do ministério Público solicitou uma investigação de uma “possível utilização de recursos públicos” relacionada à atuação do chamado “gabinete do ódio”, núcleo supostamente formado por assessores que cuidam da comunicação do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.

VEJA - Brasil