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domingo, 21 de agosto de 2022

Tirania e servidão - Manifesto pela "democracia" - Luís Ernesto Lacombe

Gazeta do Povo - Vozes

O ex-presidente do Tribunal Regional Federal de São Paulo venceu o medo da Covid, ele precisava ir ao Largo de São Francisco.  
Se soubesse que haveria tão pouca gente na manifestação, não teria tido tanto receio de sair de casa. 
Aos 86 anos de idade, queria gritar “basta”. Ficou um ano preso durante o regime militar e, pasmem, sem o devido processo legal! Recebeu mensagens de apoio no grupo da família: “atitude importante”, “exemplo para todos nós”, “um ser de muita luz”, “que legal”...
 
São pessoas assustadas com os crimes a caminho, crimes futuros, um golpe que vai sendo construído. 
Elas têm uma visão estapafúrdia, do tipo capaz de não perceber quantas leis vêm sendo rasgadas nos últimos anos, quanta gente vem sendo perseguida, censurada, presa... 
Processo legal garantido aos “democratas”, para aqueles que pensam como o nobre jurista aposentado. 
Contra os que divergem dele, fascistas com certeza, vale tudo: ilegalidades de todo tipo, agressões à Constituição, desmandos, abuso de poder.
 
Os cafonérrimos lendo cartinha no Largo de São Francisco são democratas de araque
Um juiz com audição e visão seletivas tem como estabelecer uma sentença? Um juiz que se permite ouvir apenas uma das partes, que tem um lado, que ignora fatos, provas, acontecimentos, o mundo real, concreto, de que nos serve alguém assim? 
Ignorar a podridão dos tais inquéritos das fake news, das “milícias digitais”, é imperdoável
Aceitar que advogados de defesa fiquem sem vistas, sem acesso à íntegra de um inquérito, o que dizer disso? 
Se não defende o devido processo legal sempre, em todos os casos, para todas as pessoas, perde a razão, jamais será isento, imparcial, confiável.
 
Ministros de tribunais superiores, ex-ministros, juízes, ex-juízes, advogados sedentos por instâncias sem fim. 
Adoram recursos, uma legislação pró-réu, pró-condenado, pró-bandido. 
Banqueiros bondosos e fraternos... Empresários do falso capitalismo, do lucro a qualquer custo, que rechaçam regras claras e concorrência leal. 
Já foram amigos do rei, os campeões nacionais, querem voltar a ser.

Veja Também: Diário de intimidades


Há também os sindicalistas, sempre tão preocupados com eles próprios, os invasores de propriedade privada..
E os artistas, claro, especialistas na arte de representar. 
Podem mentir descaradamente sobre qualquer assunto, parecendo sempre os donos da verdade. 
Talentos desperdiçados em arrogância, acham muito democrático o setor cultural atrelado ao Estado, dependente de verba pública.
 
No Largo de São Francisco, não teve voto de pobreza, teve defesa de boquinhas, de condenado em três instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.  
Discursos e aplausos descompassados em apoio a ditaduras pelo mundo, censura na mídia, na internet. 
Deram vivas ao Estado enorme, esse que inviabiliza a democracia, a liberdade. 
Um grupo pequeno, descaradamente fajuto... Sua cartinha já está no lixo, sem possibilidade de reciclagem. 
Falta rechaçar nas urnas seu escatológico plano de governo, descaminho que vai dar na tirania e na servidão.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 10 de setembro de 2017

Os furacões Joesley, Geddel e Palocci

Talvez agora o Brasil tenha chance de sair recuperado da degradação moral épica 

Nossos furacões atingiram em cheio o “apparatchik” dos Três Poderes e têm potencial para soterrar algumas candidaturas em 2018. O áudio vulgar do autodelator Joesley Batista, ao som de cubos de gelo no uísque. O bunker de R$ 51 milhões em oito malas e seis caixas, todas supostamente do peemedebista baiano Geddel Vieira Lima, que exigiram duas caminhonetes para transportar e sete máquinas para contar. O bombástico depoimento à Lava Jato de Antonio Palocci, um dos principais ideólogos do PT, contra o companheiro-mor, Lula.

Talvez agora o Brasil comece a ficar interessante e tenha chance de sair recuperado das ruínas, num esforço de reconstrução moral. A degradação é épica. Temos a oportunidade, com tudo às vistas, as entranhas escancaradas, mortos e feridos, de refazer uma nação em que não sejamos ludibriados por PT, PMDB, PSDB e outros menos cotados.  O empresário Joesley, do frigorífico JBS, do grupo J&F, deve ser preso, com a imunidade cassada, ao perder os benefícios da delação. E deverá perder qualquer respeito que a mulher, Ticiana Villas Boas, ainda tivesse pelo “comedor de velhinhas a serviço”.

As falas de Joesley o denigrem não só pela corrupção, mas pela ignorância e prepotência. Não dá para aceitar a desculpa de que só teve uma “conversa de bêbado” com o executivo Ricardo Saud. Bêbados podem ser inofensivos, ele não. “Nós vamos ser a tampa do caixão.” “Eles são espertão”, disse, referindo-se ao Ministério Público. “Ô Ricardo, nós somos a joia da coroa deles [dos procuradores].” “Nós vai ser quem vai dar o último tiro.” Esse foi o cara recebido por Temer fora do expediente e da agenda. “Nós vai ser quem vai bater o prego [do caixão].”

Joesley só não sabia que o caixão era dele. E, talvez, do ex-procurador Marcello Miller, agora acusado por Janot de “conduta criminosa” caso tenha ajudado Joesley antes de se exonerar do Ministério Público. Joesley disse: “Nós dois tem que operar o Marcello direitinho para chegar no Janot e pá, tã, tã, tã”. Miller agiu mal. É imoral um procurador da Lava Jato pedir exoneração e, cinco dias depois, ir para o escritório que negociou a leniência para um réu. Janot diz que não tem “coragem”, mas “medo de errar”. Errou. Por afobação, sei lá. Para não sair flechado da Procuradoria igual a São Sebastião, Janot precisa ser firme. O importante é preservar as provas da delação contra Temer, o presidente que tenta escapar de uma segunda denúncia. [as 'provas' - são meras ilações que só podem ser consideradas provas se utilizado um critério de classificação extremamente elástico - serão anuladas, exceto se o STF rasgar a Lei das ORCRIM e o Código de Processo Penal.]

Geddel, ex-ministro de Temer e de Lula, com as digitais já identificadas nas cédulas, voltou a ser preso pela Polícia Federal, para não tentar fugir do país. Estava em prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica, porque a Bahia “não dispõe desse equipamento”.  A cena mais notável da novela “A força do corromper” foi o bunker milionário em Salvador, que seria destinado a “guardar os pertences do falecido pai de Geddel”. O currículo de Geddel é impressionante. Ele não é só amigo de Temer. Ex-deputado federal eleito cinco vezes pelo PMDB da Bahia, ministro da Integração de Lula, vice-presidente da Caixa Econômica Federal no governo Dilma e ministro de Governo de Temer. Foi assim que Geddel amealhou sua fortuna.

Pensando bem, uma fortuna modesta diante dos valores acordados entre a JBS de Joesley e o homem de confiança de Temer, Rodrigo Rocha Loures, flagrado com uma mala de R$ 500 mil saindo de uma pizzaria. O acordo era pagar meio milhão a Loures semanalmente por 25 anos, num total de R$ 652 milhões. Temer comemora o que, exatamente? Vai esquecer sua conversa com Joesley?

Palocci, ministro da Fazenda de Lula e chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff, está preso há quase um ano na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Antes de ser beneficiado com uma delação premiada, terá de apresentar provas concretas, além do relatório sereno e meticuloso sobre os R$ 300 milhões e “as propinas frequentes” que a Odebrecht dava a Lula e ao PT, incluindo a campanha de Dilma.  Dirigentes petistas acham que o depoimento de Palocci pode ser “pá de cal” para os projetos de Lula em 2018.  [irônico é que tudo que foi contado pelos marginais Joesley e Saud e que acusa Michel Temer, tem para muitos, incluindo o arqueiro-geral da República,  FÉ PÚBLICA;

já uma delação do Palocci, voltada contra o sentenciado Lula, tem que ser fundamentada em provas concretas.] Outros chamaram Palocci de “canalha”. Em abril, Lula dizia no Twitter: “Não tenho preocupação com nenhuma delação. Palocci é meu companheiro há 30 anos, é um dos homens mais inteligentes desse país”. Agora, Lula diz que Palocci não tem “compromisso com a verdade”.

Confesso sentir náusea ao escutar a podridão de nossos políticos e empresários. Mas, ao contrário da presidente do STF, Cármen Lúcia, que desejou a todos um “ótimo fim de semana”, sem “novidades maiores no país”, eu desejo mais e mais novidades. Das ruínas expostas, pode nascer um país sem bandidos no comando. É a única esperança que nos resta.

>> Mais colunas de Ruth de Aquino

Fonte: Revista Época

 

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A metástase da corrupção em Brasília

Brasília derrete. Notória e agora escancarada a podridão naquelas paragens

A repulsa e mesmo o nojo que essa forma de fazer política provocam na população são inclassificáveis. Deputados, senadores, ministros e governantes, todos juntos, misturados num bolo fecal de roubos em série, como uma infestação de moscas a rondar sujeira. O sindicato do crime instaurado pelo PT em 13 anos de poder frutificou e se arraigou de tal maneira na Capital Federal que envolveu praticamente todos os atores numa grande fuzarca. Cambada de aloprados! Lula, o comandante supremo – como bem classificou a força-tarefa da Lava Jato – falava lá atrás, nos tempos idílicos de uma candidatura que se dizia contra tudo que está aí, que existiriam 300 picaretas comandando o Congresso. Hoje, sabe-se, são muito mais. Dentro e fora da casa parlamentar. E o autor da frase está prestes a ser condenado pelo mesmo crime, com requintes diabólicos, dignos de um Maquiavel focado em praticar o mal. Cuidado com o que ele diz e faz! 

Inúmeros depoimentos demonstram cabalmente que “a alma mais honesta que existe” – como o petista se autoproclamava – recebeu propina em dinheiro vivo, maquinou esquemas de desvios e de corrupção a torto e a direito e não se furtou de aproveitar as benesses do cargo para locupletar a família – filhos, irmãos & Cia. O odor putrefato das negociatas exala para cada lado. Todos se lambuzaram no melado nojento do caixa dois, das conveniências financeiras de venda, compra e troca de favores, nos mensalões, petrolões, num contubérnio onde o menos safado não passaria incólume em listas, mesmo preliminares, de transgressões e afrontas à lei. É ladroagem em profusão. E quem perdeu foi cada um de nós, que devemos aprender, da maneira mais dolorosa, com essa experiência, para nunca mais repeti-la.

Senhores brasileiros, saibam de antemão que, especialmente na era petista, está provado e reiterado –, se institucionalizou e tomou força a corrupção como política de Estado. Quem não entrasse na corriola era sacrificado. Representantes venais, em nome de eleitores ingênuos e com o apadrinhamento de caciques mal-intencionados, avançaram sobre a máquina pública, não encontrando limites ou freio. O aparelhamento estatal para saquear os cofres virou regra. Fez parte da rotina. Teve método e hierarquia definidos. Eis o saldo do populismo barato instaurado pelos que diziam representar o povo em causas justas.

Mentira! Simples assim. Eles irrigaram as contas da patota e saíram com o discurso de vítimas de golpe. As gravações, relatórios processuais e documentos provam. Nunca mais acredite nessa propaganda enganosa. Foi usada em várias ocasiões para furtar os seus sonhos e sofrida poupança. Cínicos, os assaltantes da riqueza nacional negam até a morte. Como num jogral ensaiado, logo após a divulgação da lista de envolvidos, a qualquer um que se perguntasse sobre a sua participação no esquema, vinha a resposta padrão: “Não foi comigo”, seguidas de epítetos como “as contribuições a minha campanha eram absolutamente legais”, “desconheço”, “não sei de nada disso”, “são inverdades”, “sempre atuei na legalidade”. Ilegal, com certeza, é a ilusão publicitária que esses arrivistas buscaram transmitir à população nos últimos tempos. 

Nojentas agremiações deram guarida à gatunagem sistêmica. Estava afinal certo o parlamentar, misto de menestrel oficial, Romero Jucá, quando disse que todos participaram da suruba. Desqualificados agora correm atrás de salvar o próprio pescoço. Sumiram de Brasília, que arde em chamas. Não mostram o mínimo de respeito ou de comiseração para com o eleitor, brasileiros que na maioria dos casos sofrem as chagas de um desemprego lancinante e de estruturas públicas entregues à falência. Tome-se o caso emblemático do estado do Rio de Janeiro, onde o ex-governador, já preso, Sergio Cabral, pintou e bordou. Comparsa de primeira hora do chefe de quadrilha, Lula, ele foi pego nas mais variadas circunstâncias de desfalques às finanças públicas.

Como afirmou o procurador Eduardo El Hage, que se disse impressionado com a voracidade dos desvios, Cabral “roubou em todas as áreas”. Ladrão contumaz, como diversos outros, que daqui para frente terão contas a acertar com a Justiça, graças à determinação dos agentes da Lava Jato. O vexame político não encontrou rédeas, mas a perseguição aos bandidos também não. Pelo bem da democracia.

Fonte: Carlos José Marques - Editorial IstoÉ

 

sábado, 25 de julho de 2015

Um filme de horror a que ninguém quer assistir

Uma das primeiras apostas de Hollywood para levar mais gente aos cinemas utilizou um truque psicológico extremamente simples: pavor. Há mais de um século, tal como antes na literatura, as pessoas eram atraídas pelo que deveriam abominar [o que ocorre na política, sendo a única razão para as pessoas votarem no Lula, Dilma e corja petista] e, graças a esta contradição, surgiram os Frankenstein, os Dráculas, médicos loucos, fantasmas, almas do outro mundo, lobisomens, monstros importados do passado, do fundo do mar, do espaço, do futuro.

No Brasil, talvez por força da infantilização das grandes audiências para as quais medo não tem charme –, um filme de horror chamou a atenção de um dos mais importantes jornais do mundo sem provocar grande frisson, apesar de nosso protagonismo na película. “Recessão e suborno: a crescente podridão no Brasil” foi o título do editorial desta quinta-feira no secular Financial Times, o jornal cor-de-salmão que raramente pisa em falso quando dá opinião (sobre música, vinho, política ou macroeconomia) e, por isso, foi vendido no mesmo dia por mais de R$ 4 bilhões de reais aos japoneses da Nikkei. “Incompetência, arrogância e corrupção tiraram do Brasil seu encanto mágico (...) Não é de admirar que o país hoje seja comparado a um infindável filme de horror.”

Que o governo não reagisse ou reagisse no estilo inglês glacialmente – era o esperado. Designado para responder, Jacques Wagner, ministro da Defesa, contestou com o argumento de veterano cinéfilo: “não é filme de horror, mas de superação”. A surpresa veio da repercussão – quase nenhuma. Por solidariedade e/ou despeito, nossa mídia enfiou a viola no saco e saiu de fininho. Para não ser denunciada como alarmista ou golpista, talvez por sentir-se absolutamente desamparada diante de uma crise tão disseminada e ameaçadora, a verdade é que a retórica e o racionalismo anglo-saxônico se impuseram aos floreios da prosa neolatina.

Ao associar de forma direta, impiedosa, o fenômeno macroeconômico da recessão à esfera criminal onde se encaixa o suborno, o jornal escancara a natureza da nossa desgraça. Para não deixar dúvidas quanto à gravidade do que está sendo investigado, adiciona dois penosos ingredientes raramente utilizados nas avaliações sobre o que aconteceu na Petrobras: incompetência e arrogância.

Para coroar o diagnóstico, o arrasador substantivo podridãoque nos remete a Shakespeare e ao inconformado Hamlet, ao reconhecer que “há algo de podre no reino da Dinamarca”. Na injusta metáfora, o Bardo não se referia apenas ao casal regicida (mãe e padrasto de Hamlet), mas à sociedade desmoralizada, corrompida, desprovida de senso moral que permitiu a consumação e a ocultação do crime.
Entende-se por que o editorial não foi transcrito e traduzido na íntegra em nossa imprensa: por pudor e autoestima. Verdadeira bomba arrasa-quarteirão, espalha estilhaços, fere a todos que, mesmo de longe, percebem o enredo. O interminável filme de horror do qual somos personagens e espectadores, ao contrário do que apregoam os mestres no gênero, parece condenado ao insucesso. Ninguém faz questão de vê-lo, o desfecho ainda demora. Nossas plateias são impacientes, se resignam às longas e artificiosas telenovelas, mas quando se trata de crises exigem soluções imediatas, no atual mandato.



Fonte: Alberto Dines - Gazeta do Povo/PR - Blog do Murilo