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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

'As músicas só falam da parte boa da prática sexual', diz secretária nacional da juventude - O Globo

Uma das responsáveis por política com foco em abstinência, Jayana Nicaretta defende conscientização para jovens sobre 'parte ruim' do sexo

Jayana Nicaretta, titular da Secretaria Nacional da Juventude, defende conscientização de jovens em campanha com foco na abstinência sexual Foto: Divulgação
Jayana Nicaretta, titular da Secretaria Nacional da Juventude, defende conscientização de jovens em campanha com foco na abstinência sexual Foto: Divulgação
LEIA TAMBÉM:Ministério de Damares defende que início precoce da vida sexual leva à delinquência

Em entrevista ao GLOBO, Janayna minimizou as críticas e piadas que têm sido feitas sobre a campanha e argumentou que é preciso conscientizar os jovens sobre a “parte ruim” do sexo.

Quais têm sido as contribuições da Secretaria Nacional de Juventude para a campanha de abstinência sexual?
A gente ajudou a levantar dados sobre o assunto, mas por lei é uma campanha da secretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente. O protagonismo é todo deles. A SNJ entra como parceira para dialogar com esse público. Temos uma faixa etária importante em comum, que são jovens de 15 a 18 anos. Nossa colaboração tem sido no sentido de (definir) qual é a melhor abordagem para tratar desse assunto com a juventude.
Vejo que ainda há um grande problema cuja discussão é desnecessária, que é o número de casos de gravidez de menores de 14 anos, o que é estupro de vulnerável. Não há nem discussão sobre isso, não há opinião certa ou errada, é um crime e está no código penal.  De 2009 a 2011 houve 162 mil gravidezes com menores de 14 anos, 162 mil estupros de vulneráveis. É algo que vai muito além da opinião moral, não é religioso. Há jovens iniciando a vida sexual de forma muito precoce, não estão preparados e isso é chamado estupro de vulnerável, não tem outro nome.

A campanha tem sido alvo de muitas críticas e até piadas por parte dos jovens...
Ou apoiada (por muitos jovens).

Em relação aos jovens que têm criticado, por que há essa reatividade? A campanha está desalinhada com a juventude?

É normal. Não é uma campanha feita para o jovem mais velho, independente, com autonomia financeira. O público-alvo é a faixa etária que está sendo iniciada no chamado estupro de vulnerável, pois temos crianças e adolescentes com iniciação sexual antes dos 14 anos, incorrendo em crime. E vai até os 18 anos, idade em que o jovem ainda é dependente. É óbvio que vai rolar essa discordância, pois as pessoas são livres. Em nenhum momento se diz “não pode mais ter a sua vida sexual da maneira que você quiser”. O jovem vai fazer ou não, coloca-se como uma opção.

E o que achou da reatividade do público em geral?
A mensagem não foi passada da maneira correta, talvez pela imprensa. Por muito tempo, as músicas colocaram o sexo como uma atividade não humana, meio animalesca. Tudo ao redor dos adolescentes os leva a pensar que estão atrasados, que o jovem está por fora se ainda não iniciou a vida sexual, que está excluído. Tem uma ideia nova que diz não a tudo isso, e que diz: “Não, espera aí! Não é tudo isso”. As músicas só falam da parte boa da prática sexual, você não vê uma música falando de todas as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), ou do impacto da gravidez precoce. Não vemos nelas tudo que cerca o jovem ligado a essa parte ruim. O jovem não está refletindo, ele está fazendo porque é bom. E aí a gente vem na contramão, e é claro que vai gerar reação de espanto.

Que dicas específicas vocês deram para a campanha?
Sugerimos um nome que pudesse “pegar” mais, como trazer o ato de o jovem refletir sobre isso, sobre as consequências e responsabilidades na vida sexual. A gente pensou em algo como “Pense duas vezes”. Quando a pessoa é consciente do que está fazendo, acreditamos que (sua escolha) seja uma vontade de fato por liberdade.

(....)
 
O público jovem é uma parcela do eleitorado que ofereceu resistência à eleição do presidente Jair Bolsonaro. Que outras políticas o governo federal tem desenhado para a juventude?
A juventude esteve em massa nas ruas nas manifestações. Eu comecei a ir para as ruas em 2013, quando começou o movimento de rua. Tinha todas as faixas etárias, mas a juventude foi bem protagonista. Hoje há um bônus demográfico no Brasil, ou seja, o país nunca teve e nunca mais terá tantos jovens (como agora). Ter essa parcela da população que está na melhor fase da vida para produzir, é nessa fase que tem o jovem se desenvolvendo para o emprego, escolhendo uma profissão. Também é uma fase que  perdemos muitos jovens para o crime.
Além de dar continuidade para as políticas que já existiam, como o ID Jovem, a Conferência Nacional de Juventude, o Estação Juventude, a gente implementou programas que agora se preocupam com a quarta revolução industrial. Cerca de 47% das profissões vão deixar de existir nos próximos 20 anos, 67% das crianças e adolescentes vão trabalhar em profissões que ainda não conhecem.  Nos preocupamos com o que nós enquanto governo precisamos fazer para que esse jovem esteja atualizado e engajado nessas mudanças, porque elas são muito abruptas.
Você tem acompanhado a crise do Enem e do Sisu? Qual sua visão?
(.....)

Você considera que há doutrinação nas universidades federais?
Vejo que os movimentos de esquerda são mais fortes dentro da universidade, quando saímos da porta para fora vemos que o mundo não é bem assim. É preciso ir atrás e entender por que isso acontece. É uma influência por parte dos professores? Eu não sou especialista para dizer. Mas é nítida a força que os movimentos de esquerda têm dentro da universidade. Na prova do Enade, que faz a avaliação dos cursos de engenharia, tive que responder perguntas que destoam completamente da formação que eu tive. Eu tive que escrever uma redação sobre os nomes sociais dos transexuais, eu vejo que isso não avalia a qualidade do curso de engenharia do petróleo, pode avaliar minha formação enquanto humana, mas não serve para a finalidade que foi proposto.

(.....)Quem seriam esses mentores? Pessoas famosas?
O perfil será de uma pessoa que passe no crivo de ter obtido sucesso na sua área de atuação. Ela pode ser uma pessoa que seja estrela na sua área, ou um bom professor universitário. É uma pessoa que tenha conhecimento do que está falando. Queremos entender como funcionam os processos de mentoria atuais, quantas horas são necessárias, o tempo mínimo de uma mentoria, o perfil do mentor, se ele tem um nível de graduação mínima. Precisamos estabelecer junto com quem entende.

Em O Globo, MATÉRIA COMPLETA


domingo, 17 de dezembro de 2017

Os privilégios salariais do servidor público

A remuneração do funcionalismo, assim como a aposentadoria, é desproporcionalmente elevada; daí, a necessidade também de uma reforma neste campo

A conhecida e repetida frase do bilionário americano Warren Buffett “sabe-se quem está nadando nu quando a maré baixa” ajusta-se à perfeição ao efeito pedagógico da maior crise fiscal brasileira de que se tem notícia. Devido a estudos e debates, ela tem disseminado informações sobre fortes mecanismos de concentração de renda operados pelo Estado brasileiro. Alguns deles sempre justificados por bons propósitos: por exemplo, os bilhões de reais de crédito do BNDES subsidiados pelo dinheiro do contribuinte vão (ou estavam indo) para grandes empresas em condições de obter financiamentos no exterior, sob o argumento meritório da criação de empregos e de riquezas no país. Principalmente dos controladores das empresas, é certo, constata-se.

A explosão há tempos anunciada do sistema da Previdência apareceu à frente da sociedade, de forma mais visível, e tem sido possível chamar a atenção para o injusto desnível entre a aposentadoria dos servidores públicos e a do assalariado do setor privado. Neste, o limite do benefício, difícil de alcançar, é de cinco salários mínimos (R$ 5.531), enquanto em castas do funcionalismo há aposentadorias de vários milhares de reais. Nos servidores do Legislativo, por exemplo, a média é R$ 28 mil. Como o Tesouro cobre os inevitáveis déficits do sistema, esta é uma eficiente máquina de transferência de renda de pobres para ricos. [este Blog já explicou - de forma verdadeira, irrefutável - a razão do nesta matéria chamado 'desnível' entre o valor máximo da aposentadoria do funcionário público e o valor máximo do trabalhador em empresa privada.
Quem quiser rever o assunto, clique no link acima, ou aqui mesmo.
Lembramos que o objetivo central da reforma é nivelar por BAIXO = distribuir miséria. 
O esforço do governo deveria se concentrar em procurar, ainda que de forma gradativa, elevar os salários das empresas privadas de forma a que houvesse um encontro de salários - situação que exige uma melhora da economia.
Mas, o que a reforma pretende fazer é acabar com os chamados (e inexistentes) privilégios, igualando a aposentadoria do servidor público a do trabalhador privado, passando TODOS a ganhar menos = distribuindo de forma igualitária a miséria.
Só que a reforma tem um problema sério, além do seu ponto principal ser DISTRIBUIR MISÉRIA.
Ao provocar uma queda generalizada na renda dos trabalhadores (públicos e privados), causa uma redução na economia, desemprego = redução do valor arrecadado pela Previdência Social = e logo será necessário nova redução do valor das aposentadorias.
Alguma coisa tem que ser feita ou as aposentadorias e benefícios deixarão de ser pagos havendo o risco da 'instituição' aposentadoria acabar mas, não será nivelando por baixo, distribuindo miséria que o problema será resolvido.] 

O tratamento preferencial do funcionalismo começa nos salários de carreira, assunto a ser tratado depois de aprovada a reforma da Previdência, segundo o jornal “Valor Econômico”. Será outra batalha no Congresso contra representantes de corporações e de castas.

A intenção do governo, como na reforma da Previdência, tem uma lógica sólida: aproximar os salários de carreira no funcionalismo daqueles pagos na iniciativa privada. [o aqui chamado APROXIMAR equivale a REDUZIR os salários do funcionalismo, mais uma vez nivelando por baixo, distribuindo miséria, reduzindo o crescimento da economia e começando tudo de novo, para baixo, para situação pior.
Percebam que em nenhum momento o Governo se refere a melhoria salarial dos trabalhadores da iniciativa privada = a conversa é sempre a mesma: reduzir privilégios inexistentes para que trabalhadores e funcionários fiquem TODOS na penúria.
Óbvio que,  em momento algum deixa que se perceba que a única 'benesse' para o trabalhador da empresa privada será saber que o seu vizinho, funcionário público, que antes da reforma tinha uma condições econômica um pouco melhor que a dele, agora está na mesma penúria.] Será outra guerra, porque a extensão dos privilégios repete o da seguridade. Por exemplo, o salário inicial do funcionário de nível superior na função de gestor, no Executivo, no Banco Central e no Tesouro, é de R$ 16.933, e a proposta é que caia para R$ 5 mil, salário de início de carreira de professor universitário. As vantagens para a sociedade são várias: o servidor se esforçará para evoluir como profissional, e o contribuinte gastará menos com o segundo item do bloco de despesas obrigatórias da União, a folha do funcionalismo (12,6% do total). O primeiro é a Previdência (57,1%). Outra ideia é criar mecanismos de avaliação, para estabelecer neste mundo à parte do mercado de trabalho o critério do mérito, algo já tentado, sem êxito. Agora, na crise, há uma outra oportunidade.

As mudanças, na Previdência e nos salários, se aprovadas, produzirão efeitos benéficos, boa parte a médio e longo prazos, porque há a garantia dos direitos adquiridos de razoável parcela do funcionalismo. Mas a certeza de que o Tesouro não ficará insolvente já será “precificada” no presente, com uma tendência de queda dos juros. Colhem-se dividendos imediatos com os avanços.

Editorial - O Globo


sábado, 29 de abril de 2017

Enquanto a reforma trabalhista ferra os trabalhadores, o STF legaliza os supersalários

Ontem o STF legalizou os supersalários para o alto funcionalismo público certificando que não é crime receber acima do teto. Um dia antes a Câmara dos deputados aprovou a reforma trabalhista que extinguiu o tabu sobre redução de salários: os salários podem ser reduzidos, basta um acordo entre o patrão e os empregados. Assim, para a cúpula, se aprovou os salários acima do teto, e para a base, o salários abaixo do piso. Mas Greve Geral para quê? Bobagem. [Greve Geral??? ontem, 28 abril 2017 não ocorreu greve geral; o fato foi que uma categoria de baderneiros - os rodoviários que fazem greve, sempre impunemente, por qualquer razão - atendendo apelo das centrais sindicais pararam a quase totalidade dos ônibus urbanos de quase todas as capitais e com isso impediram que os TRABALHADORES, os que realmente desejam trabalhar, tivessem condições de se deslocar para seus empregos.
Como se não bastasse grupos de marginais, travestidos de trabalhadores e a serviço das centrais sindicais, efetuaram bloqueios dificultando a fluidez do trânsito e tornando mais complicado o deslocamentos dos trabalhadores para seus locais de labuta.
Apesar do desespero a força dos sindicatos está com os dias contados - sem a mamata do Imposto Sindical não vão ter mais condições de contratar marginais para usar de violência contra trabalhadores que apenas desejam trabalhar.]

Marco Aurélio, o relator dos supersalários no STF, ainda teve a indignidade de soprar aos ouvidos de seus colegas do STF, que eles também seriam beneficiados pelos supersalários: “Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo julgado pelo plenário do tribunal, juízes e integrantes do Ministério Público podem se enquadrar se acumularem suas funções com a de professor de instituições públicas de ensino. ‘O segundo emprego tem que ser de professor’, disse o ministro.”

Olha que interessante. Pela lei, o professor universitário das universidades federais brasileiras, com dedicação exclusiva, não pode ter nenhuma outra ocupação, garimpar nenhum vil metal em outra freguesia que não seja a do seu salário. Já o Judiciário e  MP, após a aprovação quase unânime do STF, poderão usar os cargos de professor universitário justamente para ampliar os seus já exorbitantes privilégios.

Por falar em privilégios, recordo uma reportagem da imprensa saída em agosto de 2015 com o belo título Salário do juiz Sérgio Moro em abril passou de R$ 77 mil. Entre outras coisas, a matéria mostrava justamente como os tais “penduricalhos” (auxílios alimentação, transporte, moradia e saúde) operavam no caso específico do juiz:  “O artifício muito utilizado pelos tribunais fez com que o salário do magistrado chegasse a R$ 77.423,66, no mês de abril. Desse total, R$ 43.299,38 foram referentes a pagamentos de férias, 13º salário, atrasados e outros. No valor bruto, estavam incluídos ainda R$ 5.176,73 de auxílios para ajudar nas despesas com alimentação, transporte, moradia e saúde. O levantamento, feito pelo DIA no portal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (PR, SC e RS), mostra que, de janeiro a julho deste ano, Moro recebeu, por quatro vezes, rendimentos superiores a R$ 63 mil. Nos meses sem gratificação (março, maio e junho), o salário do magistrado, que é lotado na 13ª Vara Federal de Curitiba, não passou de R$ 36 mil. Além dele, há juízes cujos vencimentos ultrapassam R$ 100 mil por mês.”

Continue lendo 

Para esclarecimentos sobre os supersalários recebidos por alguns juízes em alguns meses, leia aqui

Fonte: O Cafezinho

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