Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador provocações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador provocações. Mostrar todas as postagens

sábado, 23 de outubro de 2021

As ameaças, provocações e casos de espionagem nos bastidores da CPI - Revista VEJA

É a primeira vez na história que o Congresso produz um inventário tão extenso de imputações penais a um presidente da República 

Na noite de 22 junho, o senador Omar Aziz, presidente da CPI da Pandemia, estava radiante. Pegamos o governo”, comemorou, durante uma reunião com alguns de seus principais assessores. Ele havia acabado de se encontrar com Renan Calheiros, o relator da comissão, e finalmente definido a data de um depoimento classificado por ambos como letal. O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, que havia sido ouvido sigilosamente pelo Ministério Público, hesitava em reproduzir publicamente o teor de uma conversa que tivera com Jair Bolsonaro meses antes, no Palácio da Alvorada, quando informou ao presidente que estava em andamento um golpe bilionário envolvendo a compra de vacinas. Bolsonaro teria ouvido a denúncia e prometido tomar providências, mas nada fez. A história era a bomba que faltava, a prova que a comissão perseguia para demonstrar que, além de incompetente, omisso e negacionista, o governo também era conivente com malfeitos. E o que era ainda melhor: o funcionário concordou em narrar a história diante das câmeras.

“Tudo vai desmoronar”, previu Omar Aziz, sem saber que a conversa estava sendo ouvida. Entusiasmado, o senador explicou aos assessores que a revelação, além de demolir o discurso de Bolsonaro de que não havia corrupção no governo, também serviria para ele, Omar, se vingar do presidente da República, que o desqualificava frequentemente em lives transmitidas pela internet. “Virou uma questão de honra: ou eu ou ele”, desabafou o senador, que ainda fez uma última previsão: “Esse governo não se aguenta. Todo o resto vai virar titica de galinha”. Três dias depois, Luis Ricardo Miranda, acompanhado do irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), confirmou na CPI ter alertado o presidente da República sobre irregularidades em um contrato que havia acabado de ser assinado para a compra da Covaxin, a vacina indiana contra a Covid. O presidente, segundo eles, se comprometeu a solicitar uma apuração do caso. No encontro, Bolsonaro ainda teria sugerido que o líder do governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), poderia estar envolvido na trama.

A sessão da CPI que ouviu os irmãos Miranda foi eletrizante, como se esperava, mas o governo não desmoronou, como o senador previu. A informação de que o presidente foi avisado e nada fez, porém, deu à comissão argumento para acusar Bolsonaro de prevaricação crime que ocorre quando o servidor público deixa de praticar um ato de sua responsabilidade para preservar outros interesses. No relatório final de Renan Calheiros, apresentado na quarta-­feira 20, depois de seis meses de investigação, Bolsonaro é acusado por mais outros oito crimes, entre eles charlatanismo, fraude, extermínio, emprego ilegal de verba pública e prática de atos desumanos (veja o quadro). O relator solicitou o indiciamento de outras 65 pessoas. Na lista estão quatro ministros do governo (Marcelo Queiroga, Onyx Lorenzoni, Wagner Rosário e Braga Netto), três ex-ministros (Eduardo Pazuello, Ernesto Araújo e Osmar Terra) e três filhos do presidente (Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro).

É a primeira vez na história que o Congresso produz um inventário tão extenso de imputações penais a um presidente da República. O fato é que, desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro, de maneira absolutamente irresponsável, colocou o governo na contramão de praticamente todas as recomendações feitas pelas autoridades sanitárias — foi contra o isolamento social, a obrigatoriedade do uso de máscaras e demorou a comprar as vacinas. A CPI ouviu vários depoimentos que mostraram ações explícitas de negacionismo e pregação oficial contra as medidas de prevenção. Também obteve relatos de omissões que podem ter ampliado a contaminação e o número de mortes. E, por fim, concluiu que o presidente da República teve a intenção deliberada de exterminar uma parcela da população brasileira, como sugeriu o senador Renan Calheiros. Deduções como essa servem para adornar discursos, colher dividendos eleitorais e agradar a uma parte da plateia. O problema é que deduções como essa também minam a credibilidade do trabalho da comissão.

Desde a instalação da CPI, Calheiros mirou de maneira certeira o governo, mas, no meio do caminho, fixou entre os alvos a família presidencial, especialmente o senador Flávio Bolsonaro. Os dois trocaram ofensas durante uma sessão transmitida ao vivo. O filho do presidente chamou o relator de “vagabundo”, cena que viralizou nas redes sociais. O troco veio em forma de uma investigação paralela. O relator transformou um cômodo de sua casa num bunker, cujo objetivo era exclusivamente rastrear o que chamou de “círculo de influência” de Flávio. A lista incluía 26 advogados, lobistas, empresários, assessores e funcionários de alto escalão. A tese era de que o Zero Um usava sua condição para viabilizar negócios no governo. Meses de investidas infrutíferas, no entanto, levaram o senador Calheiros a abandonar a missão.

(............)

Sob o ponto de vista jurídico, ainda há um caminho longo a ser percorrido. Depois de aprovadas pelo plenário, as conclusões da CPI, na parte que envolve o presidente, serão encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Câmara dos Deputados, responsável por analisar a acusação de crime de responsabilidade e decidir se há evidências que justifiquem a abertura de um processo de impeachment. [atualizando: para que seja aberto um processo de impeachment é necessário que as provas contra o presidente convençam 342 deputados a votarem pela abertura do pedido de impeachment.] Já a continuidade das ações penais ficará sob a batuta do procurador-geral Augusto Aras. Para que o presidente da República seja julgado por crime comum, também é necessário que pelo menos 342 deputados autorizem o andamento do processo, o que, diante da confortável base de apoio do governo, hoje seria praticamente impossível. 

No plano internacional, as acusações de crime contra a humanidade também não devem produzir nada além de mais desgaste para Jair Bolsonaro. Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde a denúncia será apresentada, normalmente atua quando há comprovação de que as instituições de determinado país perderam as condições de funcionar adequadamenteo que, felizmente, não é o caso do Brasil.

Publicado em VEJA, edição nº 2761 de 27 de outubro de 2021, 

Política - VEJA - MATÉRIA COMPLETA 

[Para um melhor entendimento do fracasso do Circo Parlamentar de Inquérito, Covidão-19, sugerimos além da leitura da matéria completa em VEJA,  que leiam, também aqui e/ou aqui.

Tal leitura propiciará o conhecimento fundamentado  do fracasso da CPI-Covidão.]


sábado, 18 de setembro de 2021

Bolsonaro promete fazer provocações ao STF na assembleia da ONU

A apoiadores, Bolsonaro anuncia que no discurso de abertura da 76ª sessão citará a discussão sobre marco temporal no STF. Para ele, há pressões externas para tese ser derrubada e "uma área equivalente à da Alemanha" vá para os indígenas 

O presidente Jair Bolsonaro embarcará, amanhã, para Nova York, onde participará da abertura da 76ª sessão da Assembleia-Geral da ONU. No discurso de abertura, promete voltar a fazer provocações ao Supremo Tribunal Federal (STF) — apesar de o tema oficial ser “Construindo resiliência por meio da esperança – para se recuperar de Covid-19, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas”. [lembrando o óbvio: a prerrogativa do discurso de abertura da sessão da Assembleia-Geral da ONU é do Brasil e sendo tal direito privativo do presidente da República Federativa do Brasil que, gostem ou não, é  JAIR MESSIAS BOLSONARO = que discursará. 
O tema é da escolha de quem discursa e sugerimos que seja dado especial destaque a que o BRASIL é uma NAÇÃO SOBERANA, assim, os demais países, tem o DEVER de respeitar nossa Soberania.
Entendemos que não é um discurso destinado a justificar decisões internas, soberanas,  do Brasil,  e  tal entendimento torna inadequado que eventuais erros cometidos por outros Poderes da República Federativa do  Brasil, sejam apresentados, comentados, discutidos = assuntos internos do Brasil são resolvidos pelo Brasil e pelos brasileiros.
Fechando o comentário: o discurso perdeu grande importância, seja pela indisfarçável queda do prestigio da ONU, seja pelo fato que o Brasil no período de 2003 a 2015, não teve representantes à altura daquele evento.]
 
Bolsonaro criticará [sic] a possibilidade de a tese do marco temporal, que estabelece a data da promulgação da Constituição de 1988, como baliza para a definição de terras indígenas. A votação na Corte está suspensa, pois o ministro Alexandre de Moraes pediu vistas do processo, mas o placar está 1 x 1 — o ministro Edson Fachin votou contra o marco e o ministro Nunes Marques, a favor.
O que eu devo falar lá? Algo nessa linha: se o marco temporal for derrubado, se tivermos que demarcar novas terras indígenas, hoje em dia temos aproximadamente 13% do território nacional demarcado como terra indígena já consolidada. Caso tenha-se que levar em conta um novo marco temporal, essa área vai dobrar”, disse a apoiadores em Arinos (MG), onde participou da cerimônia de anúncio do Projeto Pró-Águas Urucuia. Mais uma vez, ele não disse de onde tirou as informações que deu. [presidente Bolsonaro, o marco temporal  é assunto interno do Brasil, os gringos nada tem com nossos assuntos; 
Biden vai justificar que o uso imprudente, covarde, de drones provocou a morte de de sete crianças?]

Segundo Bolsonaro, “a gente espera que o STF mantenha esse marco temporal lá de trás, de 1988. Para o bem do Brasil e para o bem do mundo também. Tem gente lá fora pressionando por um novo marco temporal, para demarcar mais uma área equivalente à da Alemanha e da Espanha. Vai ter reflexo lá fora também”, acusou.

Além de mais uma vez atacar a imprensa — “a imprensa quer saber o que eu vou falar lá. Vai descobrir na televisão, na terça-feira. Não vou mostrar o que é porque vão distorcer”, observou—, prometeu dizer “algumas verdades” sobre a situação do país. Uma delas seriam ataques aos grupos de esquerda, sobretudo nesse momento em que, de acordo com pesquisa de opinião divulgada pelo Datafolha, Bolsonaro teria 31% dos votos no segundo turno da corrida presidencial contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula manteve a liderança em relação a Bolsonaro — que levaria 56%. “Podem ter certeza: lá teremos verdades, lá teremos realidade sobre o que é o nosso Brasil e sobre o que nós representamos verdadeiramente para o mundo”, disse. [presidente! qualquer menção à fakedata, será apenas a valorização de algo que não merece sequer comentários. 

Apresentar uma pesquisa realizada com pouco mais de 3.200 pesquisados - o Brasil tem mais de 147.000.000 de eleitores - em 190 municípios - o Brasil tem mais de 5.000 municípios - é ridicularizar quem perder tempo comentando.]

No ano passado, em plena pandemia de covid-19, Bolsonaro fez um discurso considerado “contido”. Ele afirmou que tinha “compromisso solene” com a preservação do meio ambiente e acusou líderes estrangeiros de atacarem a soberania do Brasil — quando disse que o Brasil é vítima de campanha de desinformação. Porém, os dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desmentem Bolsonaro.

(................)

A comitiva brasileira que segue para Nova York, onde participará da assembleia das Nações Unidas, escapou de um constrangimento devido ao fato de Bolsonaro não ter se vacinado contra a covid-19. No meio da semana, as delegações estrangeiras que participarão da reunião receberam a orientação de que todos os participantes precisarão apresentar o comprovante de imunização. Porém, soube-se depois de que a exigência não se aplica a chefes de Estado — que deverão apresentar um teste PCR negativo em vez do passaporte de vacinação. Bolsonaro tem repetido que será o último brasileiro a tomar suas doses. [inimigos do Brasil = inimigos do presidente! deve doer muito ter que admitir que apesar de vocês não aceitarem, Bolsonaro é Chefe de Estado e de Governo. E para aumentar a dor, lembramos que como acertadamente ele diz, só DEUS o tira de da cadeira presidencial e para piorar mais para vocês ele será reeleito.
Sigam nosso conselho: RELAXEM, dói menos.]

(.................)

 Política - Correio Braziliense