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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Primeira-dama não é função de Estado - Percival Puggina

Sou do tipo que abre a porta do carro para a mulher e cede cadeira a senhoras em sala de espera. Mulher não junta nada do chão perto de mim. Então, não se espere qualquer grosseria minha em relação a alguém do sexo feminino. Fui educado assim e assim eduquei meus filhos.

O que direi sobre a atuação de dona Rosângela Lula da Silva e de seu visível desejo de protagonismo é reflexão sobre um fato político, sem a mais tênue misoginia. Acho mulher o ser mais maravilhoso da criação e sem o qual a vida seria aborrecida como deve ter sido a vida de Adão até ceder uma costela ao Senhor para aquela que foi a mais proveitosa cirurgia da história.  Está no Livro.

Não obstante isso, dona Rosângela se assume como alter ego do mandatário e já é vista assim por muitos que reconhecem nela uma personagem ativa nas questões do governo. Aqui no Rio Grande do Sul, chamou atenção, por exemplo, o fato de ter sido ela e não o vice-presidente quem esteve à testa da visitação feita por setores da administração federal ao rastro de destruição e mortes deixado pela enchente do Rio Taquari.

Há setores da opinião pública que vive, nestas questões de gênero, uma espécie de puberdade. Tudo é sexo e sexualidade é tudo. Estão sempre querendo saber quantos homens e quantas mulheres tem aqui ou ali, nesta e naquela atividade, cobrando quotas que já começam a se estender para cada uma das letrinhas e símbolos da sigla lgbtqia+, como se cada uma delas abarcasse espécimes distintos da humanidade. Um porre!

Muitas vezes, a logicidade de certas situações se esclarece por inversão. Imagine o leitor que a presidência da República seja ocupada por uma mulher casada – uma “presidenta”, para dizer como os petistas se referem a Dilma Rousseff. 
E que seu marido se tornasse um protagonista da política, com ingerência e influência sensíveis nas questões de governo. 
Qual seria a reação da militância feminista? 
Eis aí algo que eu gostaria de saber porque tenho a impressão de que o sujeito logo seria visto como um ogro machista intrometido.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Justiça britânica estabelece condições para transição de gênero de menores de idade

Pessoas menores de 16 anos só poderão se submeter a tratamento para bloquear a puberdade se entenderem "as consequências imediatas e a longo prazo do tratamento", afirma o Tribunal Superior de Londres

[os súditos de Sua Majestade se superam nas 'modernidades' - agora menores poderão trocar de sexo.
Em outros pontos chegam ao bizarro em matéria de menosprezo aos direitos das mulheres, exigindo  atestado de virgindade e propiciando as 'arrependidas' oportunidade para 'restabelecer' a virgindade.   
Confira: Testes de virgindade e kits de 'reparo de hímen' são vendidos no Reino Unido 

Isto tudo, lembra uma amiga que fazia tudo, topava tudo de qualquer maneira mas lá, segundo ela o 'cantinho de  pureza para o otário que faz questão de casar com mulher pura' nada era feito, só de soslaio era mostrado.]
 
Os transgêneros menores de 16 anos que desejam iniciar um processo de transição de gênero podem se submeter a tratamento para bloquear a puberdade apenas se entenderem as consequências dessa escolha - afirma o Tribunal Superior de Londres, em uma decisão há muito aguardada.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA

sexta-feira, 31 de julho de 2015

(I)MORALIDADE PÚBLICA


Que significa a expressão politicamente correto, tão usada, frequentemente, nos dias de hoje, pelos interessados em promovê-la? É um eufemismo, criado pelos atuais donos do poder, com o objetivo de dar uma roupagem aparentemente correta à política de ludibriar a opinião pública. 

Consiste em iniciativas que contrariam a tradição social e os princípios pelos quais sempre se orientou a sociedade. São argumentos e temas que se contrapõem a costumes historicamente ancorados na distinção consciente entre o bem e o mal.  O artifício é engendrado para justificar e induzir ao “aggiornamento” individual e coletivo, visando ao aceite de atitudes e procedimentos anteriormente rejeitados pela maioria da coletividade. 

A lastimável constatação é que seus efeitos nocivos se estão irradiando e contaminando parcelas significativas da população mais instruída, seja por adesão, seja por omissão, seja por acomodação.  No campo da educação, vemos pais e mães aceitando que seus filhos, muito antes da puberdade, recebam tratamento de adultos no aprendizado da genética dos sexos, da sexualidade e, pior, da homossexualidade a ser adotada como escolha.

Quando mais crescidos, são postos a estudar História com viés político, que deforma os fatos ao sabor de ideologias e reduz a pó os valores históricos – epopeias, vultos insignes e heróis – da nacionalidade. Exemplo recente, que dispensa comentários, é uma escola pública de Salvador, BA, ser rebatizada, pelo então Governador, hoje Ministro da Defesa, com o nome do líder assassino Carlos Marighela, promotor da violência terrorista. Relegado ao lixo do esquecimento, foi apagado o nome de seu anterior patrono, Presidente Emílio Garrastazu Médici.

No campo dos costumes, tornaram-se legalmente aceitas a vida conjugal de duas pessoas do mesmo sexo e o direito de criar filhosadotados ou gerados por inseminação. É vista também como regular a preparação desses filhos para a vida: terão de dizer aos colegas de escola que seus pais são dois homens ou duas mulheres.

A cor da pele, sem exigência outra de comprovação que não a declaração do próprio, passou a ser passaporte para matrícula no ensino superior. Ao contrário, a baixa condição financeira da família, que deveria ter prevalência sobre a raça, depende de ser legalmente atestada para dar o mesmo direito. E ficam frustrados, a ver navios, aqueles que não podem invocar nenhum desses argumentos, ainda que, nas provas vestibulares, tenham obtido maior grau para aprovação. Será essa a Igualdade de direitos politicamente correta à luz da Lei Maior?

A moralidade se vê confundida, se não ameaçada, por procedimentos de homens públicos que explicam falcatruas financeiras em benefício próprio como dinheiro de “caixa dois”: mesmo não sendo legal, são desculpadas com o argumento de “todo o mundo faz”. Veja-se o mensalão. E, no recente colapso institucional, econômico e moral do petrolão, os destinatários de recursos pagos pelas empreiteiras buscam inocentar-se alegando que foram destinados aos partidos políticos, comprovados por contas regulares apresentados à Justiça Eleitoral. Em provável continuação dos desmandos que confrangem a sociedade brasileira, mais um escândalo, envolvendo o BNDES em empréstimos secretamente concedidos a nações estrangeiras, começa por vir a furo.

O politicamente correto não é apenas um “aggiornamento” cultural. É um caminho escolhido para submeter a sociedade à lassidão, às concessões morais, à subserviência mental, com a finalidade de fazer dela um joguete passivo das transformações que levarão o país ao socialismo, primeiro estágio do comunismo. As lições de cárcere do ativista comunista italiano Antonio Gramsci, que rejeitou a conquista do poder pela força e recomendou a submissão da sociedade por uma via a que o politicamente correto está umbilicalmente ligado, demonstram com nitidez onde pretendem chegar os atuais dirigentes do país.

Quem se debruçar sobre as resoluções do Foro de São Pauloagremiação que reúne representantes do socialismo comunista da América Latina – não terá dúvida de que pretendem implantar sua doutrina e de que já palmilharam boa parte do caminho, inclusive no Brasil.  O combate ao politicamente correto não é atribuição de policiais, das Forças Armadas, do Judiciário ou do Ministério Público. É responsabilidade intransferível do cidadão afinado com seus princípios, formação moral, conceito de família, ética, convicção religiosa e patriotismo. O confronto ocorrerá sempre que venha a termo, em seu conhecimento, qualquer ideia, procedimento ou propaganda que induza ao desvirtuamento dos valores que aprova e defende.

Ao combate, pois, cidadão, cidadã. O futuro de seus filhos e netos, o futuro da sociedade, o futuro do Brasil dependem de sua disposição aguerrida de lutar. 

Fonte: Site: A Verdade Sufocada – Por: Armando Luiz Malan de Paiva Chaves é General de Exército