Gazeta do Povo
A atriz Regina Duarte está aceitando o desafio da Cultura
brasileira, que envolve uma estrutura gigantesca. São aquelas fundações que a
gente conhece:
a Agência Nacional do Cinema (ANCINE);
o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan);
o Instituto Brasileiro de Museus;
a
Fundação Nacional das Artes (Funarte);
a Fundação Palmares;
a Fundação da
Biblioteca Nacional;
a Fundação Casa Rui Barbosa; a Lei Rouanet. [algumas dessas fundações nem os funcionários sabem para que servem e outras institucionalizam o mau uso do dinheiro público.]
O que se pode dizer é que aquele prêmio que o Alvim
Goebbels [ex-secretário da Cultura, Roberto Alvim] estava anunciando é bom, e
vai ser mantido. É um prêmio para estimular as artes de um modo geral – a
literatura, a escultura, a pintura, a música, a ópera. O valor chega a R$ 20
milhões.
Conselho da Amazônia e Segurança Pública
No caso da Amazônia, o Ministério de Minas e Energia
relatou ao presidente Jair Bolsonaro que não pode fazer tudo sozinho, porque
tem que lidar com questões fundiárias, de produção agropecuária, que envolvem
Exército, Marinha e Aeronáutica, questões de policiamento, de legislações
locais, estaduais.
Criou-se esse conselho para dar prestígio e uma Polícia
Nacional ambiental, que foi aprovada pelo ministro Paulo Guedes, que tem que
dar os recursos para isso. Os recursos vão vir do dinheiro que a Lava Jato
conseguiu trazer de volta da corrupção.
Por falar nisso, os secretários de Segurança Pública estão
reunidos em Brasília e estão apresentando resultados. Quando a gente olha para
o ano passado, vê que todos os números de homicídios estão caindo – até no Rio
de Janeiro. [e ainda não deixaram o presidente Bolsonaro e o ministro Moro executarem, conjuntamente, os projetos que ainda estão guardados.]
Os números voltaram a 1991, quase 30 anos. Interessante que
há menos policial morto e mais bandido morto. Bandido que reagiu. Ou seja,
nesse faroeste, o mocinho está ganhando. Isso é um número bom não só para nos
tranquilizar como brasileiros, mas para atrair turistas também para o Brasil,
já que eles não têm vindo para cá por causa disso.
Regina Duarte e mulheres na política
Tenho uma pergunta a fazer no dia em que a Grécia escolheu
a primeira mulher presidente, uma juíza. Ela foi escolhida pelo Parlamento. Nos
EUA, a gente vê que Nancy Pelosi é a presidente da Câmara dos Deputados.
Aqui no Brasil, já tivemos uma presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) mulher (Carmén Lúcia); uma presidente da República
mulher (Dilma Rousseff); mas nunca tivemos uma presidente mulher do Senado ou
da Câmara dos Deputados. São 15% de mulheres lá. O que há com os nossos
legisladores? Será que estão com medo ou é machismo? Que história é essa? [atualizando: duas mulheres, sendo a primeira a ministra Ellen Gracie Northfleet, também a primeira mulher a ser ministra do STF.
Quanto a carência de parlamentares femininas é que o sistema de cotas não funciona - o eleitor não segue cotas;
assim, poucas são eleitas e, lamentavelmente, a maioria nada produz e as vezes ainda pisa na bola.
Mas, temos algumas mulheres que deram um show. E tivemos a Dilma para prejudicar, e muito, a imagem das mulheres.]
Ainda sobre a Regina Duarte: ela está com inteira
liberdade, sinal verde. O presidente chegou a dizer para ela: "Quando você
precisar demitir, não precisa me avisar, não". O mesmo para as nomeações.
São vinte cargos, por aí, a critério de escolha dela. Ela está muito cautelosa
para escolher o seu time.
Vai ser um desafio, mas ela está acostumada. Eu tenho dito
que ela é do ramo. Essa área é um serpentário. A gente que trabalha nesse ramo
sabe que é um verdadeiro Butantã.
Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Coluna Gazeta do Povo