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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Acreditar em sexo biológico se tornou um crime? Joana Williams, da Spiked

Foto: Shutterstock 
 

Essa é a única explicação possível para o que aconteceu com Lisa Keogh, estudante de direito na Universidade Abertay, em Dundee, na Escócia. No momento, Keogh está enfrentando um processo disciplinar e possível expulsão do curso. Seu crime? Ela cometeu uma transgressão. Ousou questionar um ponto central da ideologia progressista — que o sexo não passa de um rótulo arbitrariamente atribuído no nascimento e que a autodeclaração de gênero é o mais importante.

Keogh está sendo investigada por afirmar, durante um seminário sobre estudos de gênero, feminismo e direito, que as mulheres têm vagina e não são fisicamente tão fortes quanto os homens. Ela disse ao The Times: “Eu não pretendia ofender ninguém. Estava participando de um debate e apresentei minhas opiniões sinceras. Fui agredida e xingada por outros estudantes, que me disseram que eu era uma ‘típica garota branca e cis’”. Por causa dessa blasfêmia, a ambição de Keogh de se tornar advogada pode estar arruinada.

Submeter uma aluna a processo disciplinar por comentários como esse faz pouco sentido do ponto de vista educacional. Ela disse algo falso? Supostamente, a universidade pode chamar os professores de biologia para arbitrar e, no processo, ensinar um pouco de ciência aos estudantes. Ou foi o fato de que ela disse algo não aceito pela doutrina progressista corrente? Muitas feministas radicais também acreditam que mulheres têm vagina e que as diferenças entre os sexos são reais. Então toda uma linha de pensamento feminista foi banida pelo que se entende hoje por estudos de gênero e feminismo? O governo lançou diversas investigações sobre a legislação relacionada ao reconhecimento de gênero. Então os estudantes de direito agora estão impedidos de discutir essas importantes questões legais?

Qualquer professor digno do cargo teria usado os comentários de Keogh como oportunidade para ensinar. Ela levantou pontos importantes para uma discussão que permitiria que a sala toda aprendesse mais sobre ciência, teoria feminista e direito. Em vez disso, a aluna está sendo investigada por seus comentários “ofensivos e preconceituosos”, e também por discordar de colegas de classe sobre o uso de “generalizações redutoras”, como “todos os homens são estupradores”. De novo, que ótima oportunidade para demonstrar a importância da clareza linguística ao discutir a lei.

As faculdades policiam o que pode e o que não pode ser dito em palestras e seminários

Estudantes de direito que se encolhem diante de argumentos discordantes levarão um susto enorme quando confrontados com a realidade de um tribunal adverso. Se eles consideram algumas palavras ofensivas demais para ser utilizadas, não vão conseguir lidar com os crimes reais que as pessoas que aparecem nos tribunais são acusadas de cometer. 
Se os estudantes não conseguem discutir a possibilidade de os homens serem mais fortes do que as mulheres na segurança de um seminário acadêmico, como vão lidar com os detalhes gráficos de um assassinato ou um estupro num tribunal?

O debate deveria estar no centro do ensino superior. Keogh sabe disso melhor que seus professores. “Você precisa ser capaz de expressar opiniões divergentes; caso contrário, não é um debate”, diz ela. Mas na universidade descolada a discordância é proibida. Espera-se que os estudantes entrem na linha ou fiquem quietos. Durante um seminário, que foi realizado por Zoom, o palestrante responsável supostamente cortou o microfone de Keogh e a impediu de participar. Quando é tão fácil silenciar os estudantes, não constitui surpresa que tão poucos professores estejam exigindo um retorno às aulas presenciais.

As universidades estão menos preocupadas com o ensino superior e mais com a doutrinação dos alunos na ideologia progressista. Os estudantes são submetidos a aulas de consentimento, treinamentos sobre diversidade e códigos disciplinares que policiam o que pode e o que não pode ser dito em palestras e seminários. Os alunos podem sair da universidade tendo lido pouco, discutido menos ainda e incapazes de formular um pensamento crítico. Mas serão fluentes no vocabulário descolado que muda o tempo todo e saberão exatamente que expressões usar para cancelar os blasfemadores.

Talvez essa fosse a lição. A definição da Universidade Abertay de conduta imprópria inclui “uso de linguagem ofensiva” e “discriminação de questões de identidade de gênero”.  
Essa linguagem repete boa parte da legislação nacional sobre a Lei de Igualdade, o registro dos incidentes de ódio que não são crimes e a Lei de Comunicações Maliciosas. 
A definição generalizante de “ofensivo” também se reflete em locais de trabalho pelo país. Ao silenciar e investigar Lisa Keogh, tragicamente, a Universidade Abertay está fazendo exatamente o que instituições de ensino superior em toda parte parecem considerar seu papel principal: preparar jovens adultos para um local de trabalho em que relacionamentos pessoais e profissionais sejam estabelecidos com base nos códigos progressistas. No processo, os estudantes sob seus cuidados estão se tornando não liberais, intolerantes e ignorantes.

Para o bem de todos, precisamos que as universidades acordem para a importância da liberdade acadêmica, para que elas não doutrinem outra geração para a visão de mundo descolada.

Leia também “Universidades sob o comando de tolos militantes”


Joanna Williams é colunista da Spiked e diretora da Cieo, onde publicou recentemente How Woke Conquered the World.

Transcrito da Revista Oeste

 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Os cinco mandamentos da ideologia de gênero



Para quem afirma que a "ideologia de gênero" não passa de uma farsa ou de uma invenção dos cristãos, a realidade oferece provas irrefutáveis do contrário. Essa teoria não só existe, como já está dando os seus frutos ao redor do mundo.

O Brasil não é o único país a lutar contra a ideologia de gênero. Na Itália, as escolas reabriram recentemente o debate sobre o assunto, graças ao protesto da ministra da educação, Stefania Giannini, para quem todo esse alvoroço não passa de "truffa" (em bom português, uma fraude).

Um regime autoritário não poderia fazer melhor. De fato, o que unem a ministra italiana, a comunidade LGBT e as grandes manchetes é a negação das evidências. Para o movimento gay, "a ideologia gender não existe", "é uma invenção do Vaticano". Para La Repubblica, "é um fantasma que ronda a Itália". Para a BBC, "é só uma invenção retórica, um ídolo polêmico cheio de nada". Junto a esses grandes veículos de comunicação, está uma multidão de programas de TV, blogs e pequenos jornais, todos alinhados com a causa negacionista.  Mas, será mesmo a "ideologia de gênero" uma "invenção de católicos"?

Os "estudos de gênero" (gender studies) – que começaram a surgir nas universidades ainda na década de 1960, evoluindo nos anos 80 para a proteção das chamadas "minorias LGBT" – não nos deixam mentir. A teoria gender não só existe, como já está dando os seus frutos ao redor do mundo.

Para entender como funciona essa ideologia, seguem aqui alguns dos seus principais "mandamentos", princípios sem os quais toda a farsa desmorona e não se pode ir adiante no processo revolucionário.

I. Não há diferenças entre homens e mulheres
A finalidade original dos "estudos de gênero" (gender studies) nos anos 60 era afirmar a absoluta igualdade entre homem e mulher, a fim de libertar e emancipar esta última da "discriminação". Era preciso negar a distinção entre masculino e feminino, contestando, por exemplo, a existência de profissões tipicamente masculinas e outras tipicamente femininas, além de negar as especificidades dos papéis materno e paterno na educação dos filhos. Para a ideologia de gênero, homem e mulher são intercambiáveis em qualquer função. A importância do papel da mulher, particularmente no âmbito familiar, não passaria de uma convenção social e de uma opressão histórico-cultural, da qual ela se deveria libertar.

Curiosamente, um dos países com as mais altas taxas de "igualdade de gênero", a Noruega, sempre viu a engenharia civil repleta de homens e a enfermagem repleta de mulheres, não obstante os múltiplos esforços educacionais para incutir na cabeça dos jovens que não há nada de diferente entre os sexos. Foi o que observou o documentário Hjernevask ("Lavagem Cerebral"), exibido pelo comediante nórdico Harald Eia. Há alguns anos, ele gravou um documentário expondo ao ridículo os "estudos de gênero". O resultado pode ser acompanhado abaixo:
Como consequência desse material, em 2011, o Conselho Nórdico de Ministros retirou boa parte dos investimentos ao Instituto Nórdico de Gênero (NIKK).

II. O sexo biológico é modificável
A ideologia de gênero vê o sexo biológico como um dado transitório e maleável, que pode ser tranquilamente transformado pela escolha de um "gênero" diferente, não importando a idade em que a pessoa se encontre. Comportamentos como a transexualidade são encorajados e vistos como demonstração de liberdade e emancipação individuais. 

A própria definição de ser humano, ainda que a nível burocrático, passa a ir além dos dois sexos biológicos universalmente reconhecidos (masculino e feminino), adaptando-se a infinitas e fantasiosas nuances de gênero. As redes sociais já se adequaram a essa ditadura ideológica. No formulário de cadastro do Facebook, por exemplo, constam 56 diferentes formas de uma pessoa definir a própria sexualidade. Enquanto isso, as legislações de alguns países afora já reconheceram, além dos sexos masculino e feminino, um fantasmagórico gênero "neutro".

III. Família natural? Um estereótipo.
Para os ideólogos de gênero, a família natural, composta por pai, mãe e filhos, não passa de um estereótipo cultural baseado na antiga opressão do homem sobre a mulher – agora superada pela liberação sexual feminina e pelas várias definições abstratas de gênero. Superado o esquema homem-mulher, até mesmo a ideia tradicional de família vem abaixo. O plural passa a ser obrigatório: não existe mais "a" família, mas "as" famílias, que incluem todo agregado social fundado sobre um conceito genérico de "amor". Entram na lista, obviamente, até mesmo os relacionamentos chamados "poliafetivos", que constituem o mais novo objeto de reivindicações políticas e sociais.

Da Holanda, por exemplo, vem o curioso caso de Jaco e Sjoerd, Daantje e Dewi, dois pares homossexuais que decidiram formar, os quatro, uma só "família". Ambos os "casais" já têm os seus relacionamentos registrados no civil, mas, agora, anseiam pelo reconhecimento de um "quinteto amoroso". Tudo porque Jaco e Sjoerd decidiram compartilhar a sua "união" com outro homossexual, Sean. Agora, Daantje está esperando um filho de inseminação artificial e quer ver os seus parceiros como pais da criança. "Cinco genitores com iguais direitos e deveres, divididos em duas famílias", ela diz. "São essas as condições do contrato que todos nós assinamos e submetemos ao cartório."

Há quem diga que isso representa o avanço da humanidade – só se for no processo de destruição da família.

IV. "Dessexualizar" a paternidade
Se a família natural não passa de um estereótipo, a consequência inevitável é a dessexualização da paternidade. Os filhos deixam de ser frutos da relação sexual entre um homem e uma mulher para serem gerados artificialmente por qualquer grupo social. Promove-se a fecundação in vitro e sustentam-se práticas objetivamente brutais, como a da "barriga de aluguel".

Falar do direito de uma criança ser educada por um pai e uma mãe é considerado ofensivo. Os homossexuais não só passam a ter o "direito" de adoção, como as suas relações são alçadas à categoria de "modelo", não obstante as sérias e abalizadas objeções de quem viveu na pele o drama de ser criado por pares do mesmo sexo:
"A maior parte das crianças criadas por 'pais gays' tem dificuldades com sua identidade sexual, está se recuperando de abusos emocionais, lutando contra o vício nas drogas, ou estão tão feridas por sua infância, que lhes falta a estabilidade de vir a público e encarar os ataques de um lobby gay cada vez mais totalitário, que recusa a admitir que haja algo errado em tudo isso."

V. Conquistar as escolas e a mídia                                                             
 Para realizar a sua "colonização ideológica"como denunciou o Papa Francisco –, um passo importante no avanço da agenda de gênero é conquistar os ambientes de educação e de comunicação: as escolas e a mídia. É decisivo para esses ideólogos conseguir o dinheiro público para entrar nos institutos escolares e formar as mentes de gerações e mais gerações de jovens e crianças na sua cartilha. Cursos e seminários sobre a "igualdade de gênero" ou a "homofobia" não passam, pois, de Cavalos de Tróia, cuidadosamente introduzidos nas escolas e nas universidades para modelar e (de)formar as almas dos mais frágeis.
 
Ao mesmo tempo, ocupando papéis-chave nos meios de comunicação, os ideólogos de gênero visam influenciar mais massivamente a opinião pública, enunciando os seus princípios como uma ideia avançada de liberdade e descrevendo os seus opositores como retrógrados perigosos, que, motivados por pura maldade, querem limitar a liberdade dos outros. Descrições maniqueístas desse tipo estão espalhadas em toda a sociedade ocidental: constituem uma característica do plano de ação da ideologia de gênero, que pretende criar ícones homossexuais e transexuais, em oposição à ainda resistente opinião pública. Quem discorda é abertamente intimidado e atacado em sua liberdade de expressão. Daí a necessidade de criar leis criminais para punir os adversários e acabar com a objeção de consciência, promovendo, por outro lado, o linchamento midiático de quem não se adequa à nova ditadura ideológica.

* * *
Resistir pressupõe, em primeiro lugar, conhecer os princípios que regem essa "colonização ideológica" ainda em curso. Será realmente verdade que a ideologia de gênero não existe? Cada um, observados os fatos, pode julgar por si só. A realidade pode ser admitida ou negada. Podemos permanecer de pé e enfrentar com coragem a batalha que está por vir ou, ao contrário, podemos fingir que nada está acontecendo, ficar de braços cruzados e deixar que a caravana passe. A escolha é individual. Cada um deve escolher se quer deixar para os seus filhos um mundo construído sobre a verdade, ou sobre a falsidade de uma ideologia.
Com informações de Tempi.it
 
Por Equipe Christo Nihil Praeponere - https://padrepauloricardo.org
 
Escrito por Padre Paulo Ricardo