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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Fiquem tristes, chorem! Ainda que se descabelem o presidente Bolsonaro vai sobreviver aos inimigos do Brasil

Bolsonaro faz exames em hospital para investigar soluços e dores abdominais; reunião entre chefes de Poderes é cancelada [para maior clareza: reunião entre o chefe do Poder Executivo, o chefe do Poder Judiciário, e o chefe do Poder Legislativo, foi cancelada.]

Segundo auxiliares, presidente está bem e passa por exames no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília 

O presidente Jair Bolsonaro deu entrada nesta madrugada no Hospital das Forças Armadas (HFA),  em Brasília, após sentir dores abdominais. Segundo auxiliares, o presidente passa por exames e está bem. Há dez dias, Bolsonaro vinha reclamando de soluço persistente. Em nota, o Palácio do Planalto informou que Bolsonaro, por orientação de sua equipe médica, deu entrada no HFA para a realização de exames com o objetivo de investigar a causa dos soluços. "Por orientação médica, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem", diz a nota.  

O Supremo Tribunal Federal (STF) comunicou que foi cancelada a reunião entre os presidentes dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo que aconteceria nesta quarta-feira, às 11h. A  reunião do comitê de coordenação de combate à pandemia, que estava marcada para 8h, também foi cancelada, informou a presidência do Senado.

Bolsonaro demonstrou incômodo pela primeira vez no dia 5, quando, em sua tradicional conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, disse que estava falando pouco por ter feito dois implantes dentários no sábado anterior. Dias depois, durante uma entrevista na quarta-feira da semana passada, o presidente explicou que estava com soluço e afirmou que acreditava que a causa eram remédios:  — Estou com soluço há cinco dias. Fiz uma cirurgia para implante dentário no sábado. Talvez em função dos remédios que eu estou tomando, estou 24h por dia com soluço — disse, em entrevista à rádio Guaíba.

A situação se repetiu na quinta-feira, durante transmissão ao vivo em redes sociais, quando o presidente pediu desculpas e disse que talvez não conseguisse se “expressar adequadamente”.  O soluço virou até pauta da reunião de Bolsonaro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na segunda-feira. Fux, de acordo com um interlocutor, sugeriu um remédio para Bolsonaro.

Histórico de internações e cirurgias
Desde que levou a facada durante ato de campanha em 2018, Bolsonaro passou por seis cirurgias, embora nem todas relacionadas ao atentado. Em abril deste ano, o presidente, em conversa com apoiadores, disse que deveria passar por mais uma intervenção cirúrgica para corrigir uma hérnia abdominal. Talvez, neste ano, mais umazinha (cirurgia). Mas é tranquilo, de hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente. Está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que colocar uma tela do lado também — disse.

O presidente foi operado pela primeira vez no dia da facada, ainda em Juiz de Fora. Dias depois, passou por uma nova cirurgia para desobstrução do intestino no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.  Após assumir a presidência, fez um procedimento para retirar a bolsa de colostomia. Em setembro de 2019, passou por uma cirurgia para retirada de uma hérnia na cicatriz de uma das operações anteriores, o que é normal em operações no intestino. Além disso em 2020, Bolsonaro foi submetido a duas outras operações que não tinham relação com o ataque. Em janeiro, o presidente realizou uma vasectomia, procedimento realizado por homens que não desejam mais ter filhos. Em setembro do ano passado, o presidente retirou um cálculo renal.

Possíveis causas
O gastroenterologista Bernardo Martins, do Hospital Santa Lúcia Norte, em Brasília, explica que não é possível diagnosticar o paciente sem uma investigação médica. Entre as causas, há as mais variadas: a mais conhecida é a gastrointestinal, mas também pode ser estresse, ansiedade e alterações do sistema nervoso central, passando por diabetes, disfunção renal e chegando até mesmo a infarto e pneumonia.— O soluço não é uma doença, é um sinal de que há alguma alteração no organismo. Quando a gente tem mais de 48 horas (de sintomas), tem que investigar. (...) Quando passa de uma semana, é persistente. Passa a ser refratário, porque a gente não consegue controlar — afirma o médico.

Segundo o médico, é possível que os soluços sejam provocados pelo implante dentário, já que há relação com os nervos oral e frênico. Contudo, é pouco provável que haja relação com a facada que Bolsonaro sofreu em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, às vésperas das eleições presidenciais.

Na noite de segunda-feira, em nova conversa com apoiadores no Alvorada, o presidente disse que não estava “aguentando falar mais” e relatou que o soluço já durava 12 dias. Recentemente, Bolsonaro afirmou que terá que passar por uma cirurgia para corrigir uma hérnia. Será o sétimo procedimento do presidente desde o atentado que ele sofreu na campanha de 2018, embora nem todos tenham sido relacionados ao ataque.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) foi procurada para comentar a situação médica do presidente, mas não respondeu. Na entrevista à rádio Guaíba, ao ouvir a sugestão de que precisaria tomar um susto para acabar com o soluço, Bolsonaro desconversou, rindo: — Por enquanto, não estou assustado com nada que acontece no governo.

Brasil - O Globo

 

terça-feira, 10 de março de 2015

Filho de Bolsonaro defende pena de morte e esterilização


Deputado federal mais votado no Rio de Janeiro nas eleições do ano passado, com mais de 450 mil votos, o polêmico Jair Bolsonaro (PP) cumpre seu sétimo mandato na Câmara com a mesma língua afiada de sempre. Nesta legislatura, no entanto, Bolsonaro conta com o reforço do filho, Eduardo Bolsonaro (PSC/SP), escrivão da Polícia Federal também eleito deputado federal aos 31 anos.

Ele já chega ao Congresso defendendo pena de morte para bandido maior ou menor: "Sabe porque o vagabundo não vai assaltar na favela? porque lá já tem pena de morte" diz

Nesta entrevista para a Agência Congresso, Bolsonaro, o filho, fala sobre seu projeto que flexibiliza procedimentos do tipo vasectomia e laqueadura.

                                      Deputados Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro
  
Qual desfecho imagina para a CPI da Petrobras?
 Tudo depende do comando. O que me parece está mais uma vez na mão do PT. Então não tenho muita esperança que vá adiante trazer mais novidades ao caso.

Acredita que os responsáveis serão punidos?
Na esfera da Justiça sim. Aí é outra história, depende da atuação do Ministério Público. O juiz Sérgio Moro tem feito um bom trabalho para não acabar inviabilizando as provas, como aconteceu em outras operações da Polícia Federal. Agora espero uma punição severa, não como aconteceu com o Mensalão, que foi uma punição branda, inclusive foram revisadas penas para aliviar os condenados.

Seu projeto que flexibiliza as regras para esterilização voluntária visa o que?
Na verdade, acaba com os requisitos para você fazer vasectomia ou laqueadura. 
A pessoa tem que ter mais de 25 anos, mais de dois filhos. Se for casado, autorização do cônjuge. 
Visa tirar entraves que no meu entendimento não tem cabimento. No meu projeto, coloquei capacidade civil plena. A regra seria quem for maior de 18 anos e voluntariamente quiser fazer vasectomia ou laqueadura pode ser feito.
O que não pode é a pessoa chegar com 25 anos tendo cinco, seis, sete filhos e passar essa conta para o estado pagar. Tomo até cuidado para não falar em controle familiar.

Por que decidiu seguir a carreira do pai?
Fui incentivado por várias pessoas. Na verdade eu queria que a gente tivesse um cenário político tranquilo e eu pudesse ser policial federal. Mas conversando com várias pessoas me incentivaram, eu procurei meu pai e perguntei se ele apoiaria a minha candidatura por São Paulo, que minha lotação na PF é lá. 

Ele ficou muito feliz e me apoiou. E a gente está aqui mais para tomar porrada, para ver se consegue melhorar a vida de todo mundo, não tenho outras pretensões que não essas, de acabar com essa demagogia que os partidos de esquerda fazem no Congresso.

Por que é a favor da pena de morte?
Apesar de a Constituição Federal vedar no Artigo 5º a pena de morte -  só é permitida em caso de guerra - nós temos que levantar essa bandeira para acordar a sociedade.  Porque têm algumas pessoas que não têm como recuperar. No caso de um estupro, não posso admitir um estuprador, por exemplo, como o Champinha, ser liberado daqui três anos da Fundação Casa e vir morar do meu lado da rua.

Isso não tem cabimento e eu quero ver quem vai dar emprego para essa pessoa. Eu gostaria que essas pessoas que defendem a reeducação, a não redução da maioridade penal, se elas vão empregar uma pessoa tipo o Champinha* na empresa delas.

Por que o menor não vai matar e roubar na favela? Por que lá tem pena de morte. Ele sabe que se for pego vai morrer.  Então, ele vem para o asfalto, perante a sociedade para cometer os crimes dele e dar risada da nossa cara quando é pego. A primeira coisa que ele diz quando é preso ‘sou menor e tenho os meus direitos’. Isso tem que ser revisto.

*Roberto Aparecido Alves Cardoso foi o autor de um dos crimes mais bárbaros da última década. Manteve presa uma jovem de 18 anos, Liana Friedenbach, que foi estuprada sucessivas vezes e torturada por quatro dias seguidos após seu namorado ser morto na primeira noite com um tiro na nuca num sítio em SP 

Vocês pretendem participar do ato contra Dilma dia 15 de março?
Vou participar como cidadão. É um movimento espontâneo, do povo, apartidário – deixamos isso claro. Não pretendemos de forma nenhuma nos promover com isso. Eu vou ali como todas as pessoas. Inclusive sofremos muita pressão para participar dessa manifestação, que estaremos tomando o lado ali contra a esquerda, contra o PT, contra toda essa corrupção deslavada que bate recorde no Brasil hoje em dia

Você e seu pai são a favor de impeachment de Dilma?
Eu sou a favor de qualquer medida que retire do Poder a presidente mais corrupta da nossa história.

Vocês são acusados de combater as bandeiras do movimento LGBT, de não respeitar a diferença sexual. Como vocês veem essas críticas?
Quem nos critica, normalmente são os ativistas. Aqueles que lutam pela cota para homossexuais, a criação de uma super raça.  Na verdade, a criação do PL 122 usa os gays como massa de manobra. E no entendimento o que os gays querem não é cota, nem nada disso. Apenas respeito. Eu respeito as pessoas, inclusive os homossexuais sem problemas.

Mas os ativistas insistem em nos provocar, em nos taxar como homofóbicos. Nossa luta no Congresso sempre foi com o material escolar, o chamado Kit Gay. Se quiserem falar nas universidades, passar filmetes com conteúdo homossexual, eles podem até discutir. Agora, para criança com seis anos de idade, que está formando a sua personalidade, aí não tem como concordar com isso.

Como vê a relação do Congresso Nacional com o Executivo?
O Eduardo Cunha (presidente da Câmara) não abaixa a cabeça para a Dilma Rousseff. Ela vai ter que conversar e negociar para fazer com que as medidas provisórias e outras de interesse passem aqui no Congresso. Inclusive, essa nova composição é mais conservadora, com certeza alguns projetos de interesse do governo vão conseguir ser freados aqui dentro. Graças a Deus.

O senhor disse recentemente que anda armado 24 horas por dia. Por que?
Porque eu tenho direito ao porte de arma. Sou policial federal e eu acredito que a segurança de cada pessoa está a cabo de si próprio, pois a polícia não tem condições de dar segurança a todo mundo.  Muito menos uma polícia que é esmagada e espancada diariamente. Recentemente teve uma decisão do TRF 1ª região que condenou agentes da Polícia Federal a pagarem R$ 150 mil para um vagabundo que tinha sua prisão pedida, mandado judicial. Os agentes da polícia federal cumpriram o seu dever.

Algemaram o criminoso e estão condenados agora a pagarem 150 mil reais.

Ao meu ver, isso é uma medida para desestimular o trabalho da Polícia. Assim sendo, eu faço a minha segurança e espero nunca usar a minha arma. Mas se for preciso que chore a mãe de um vagabundo e não a minha mãe.

Fonte: Agência Congresso