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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A investigação sobre pagamentos do PCC a um advogado do PT - VEJA

Por Edoardo Ghirotto

Prisão de responsável pela contabilidade da facção revela indício de que dinheiro do tráfico foi usado para patrocinar ação no STF contra Sergio Moro


 
 WHATSAPP – Décio Gouveia Luiz, preso em agosto: mensagem para bancar ações jurídicas contra portaria de Moro, e a mansão na cidade de Búzios, no Rio de Janeiro, comprada com dinheiro do tráfico
 

Lucas de Sousa Oliveira se apresentava como empresário e dizia às pessoas com quem tinha contato em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, que estava trabalhando para transformar em pousada sua mansão em Búzios, outra cidade do litoral fluminense, a uma hora de distância de carro dali. Ele dirigia uma caminhonete prata Mitsubishi Triton L200, modelo avaliado em cerca de 170 000 reais, quando foi cercado por policiais no dia 14 de agosto. “Vim para este fim de mundo e vocês me pegaram aqui”, reclamou, depois de soltar um palavrão. Lucas era a identidade falsa usada por Décio Gouveia Luiz, uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital nas ruas brasileiras. Décio Português, como ele é conhecido, gozava da plena confiança de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção, que cumpre pena hoje no presídio federal de Brasília. Uma das funções principais de Décio Português envolvia cuidar da contabilidade do PCC, lavando e ocultando bens e valores. Era a ele também que os chefões repassavam as missões mais importantes. No curso das investigações realizadas nos últimos meses, foram descobertas uma carta com planos para assassinar três policiais e uma mensagem no celular de Décio Português com indícios perturba­dores de ligações entre o PCC e um advo­gado do PT, o que gerou até um pedido de quebra do sigilo fiscal e bancário do defensor do partido.

Descrito pelos policiais como um bandido inteligente, articulado e equilibrado, Décio Português dividiu durante nove anos a cela com Marcola no presídio de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Ganhou ali a cumplicidade do chefão e, de volta às ruas, virou um dos cérebros encarregados de lavar e investir o dinheiro ganho pelo PCC com o tráfico. A ida de Marcola e de outros 21 integrantes da facção para presídios federais, que ocorreu em 13 de fevereiro deste ano e teve o objetivo de aumentar o isolamento dos bandidos, em uma ação comandada pelo governador de São Paulo, João Doria, com o apoio do ministro da Justiça, Sergio Moro, fez com que a facção enviasse ordens de reação a Décio Português. Em uma carta encontrada com um comparsa dele, havia a orien­tação de organizar um plano para assassinar o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, e outros dois investigadores em retaliação à transferência dos chefes. No fim do manuscrito, assinado pela Sintonia Geral (a cúpula do PCC), ficava claro que a determinação era para valer: “Se não for concluída cada missão, a cobrança com nossos irmãos será a altura pagando com a própria vida”, diz o texto, na transcrição literal.

Na ação realizada em Arraial do Cabo, os policiais apreenderam com Décio Português cinco celulares. Até o momento, os investigadores conseguiram desbloquear apenas um aparelho, mas as informações contidas ali levantaram suspeitas graves sobre uma possível relação entre o PCC e um advogado que atuou em nome do PT no Supremo Tribunal Federal (STF). Professor associado da UFRJ, Geraldo Luiz Mascarenhas Prado foi mencionado em uma prestação de contas encaminhada a Décio Português pelo aplicativo WhatsApp como destinatário de 1,5 milhão de reais da facção. O pagamento seria feito para que o advogado representasse o PT numa Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra uma portaria baixada por Sergio Moro em 12 de fevereiro, um dia antes da transferência dos líderes do PCC para presídios federais. Ela determinou regras bem mais rígidas de acesso de familiares aos detentos desses estabelecimentos e ratificou a proibição de visitas íntimas para chefes de organizações criminosas.

O objetivo da medida é evitar que eles enviem, por meio dos encontros, ordens para membros da facção nas ruas. A emissão de bilhetes é o principal canal de comunicação dos chefes encarcerados com o mundo exterior. Em dezembro de 2018, duas mulheres foram presas com uma mensagem que trazia ordens para matar duas auto­ridades: Roberto Medina (não o do Rock in Rio, mas um dos coordenadores da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo) e o promotor Lincoln Gakiya. Elas fo­ram flagradas no papel de “pombo-­correio” após visitarem Marcola e seu ex-companheiro de cela Maurinho em Presidente Venceslau.

Em VEJA, EDIÇÃO 2656, leia MATÉRIA COMPLETA


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Mulheres malucas: esse comportamento doentio pode estimular outros assassinos



Serial killer de Goiânia suspeito de matar 16 mulheres atrai admiradoras
Com a primeira audiência judicial marcada para hoje, vigilante preso por matar 39 pessoas, a maioria mulher, recebeu mensagens de celular e e-mails enviados por fãs com pedidos de visitas. Para especialistas, os autores dos textos têm problemas psíquicos


Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, é escoltado durante a prisão dele, em outubro do ano passado: apesar das dezenas de denúncias de homicídios, mulheres pediram encontros e quiseram fazer doações

Ele teria confessado a morte de 39 pessoas. Muitas delas, mulheres. Em entrevista, afirmou e demonstrou não se sentir bem perto delas. Mas nada disso o impede de ter admiradoras. Apontado pela polícia goiana como um serial killer, o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, recebe mensagens de carinho e pedidos de visitas de fãs. Algumas se dizem apaixonadas pelo homem preso no complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia (GO) à espera dos julgamentos.  As mensagens direcionadas a Thiago foram enviadas a telefones celulares e computadores das três advogadas que o defendem. A elas, as admiradoras pediram para conhecer o detento acusado de ser o maior matador da história goiana. A direção do presídio também recebeu solicitações de visitas íntimas ao réu, que ganhou fama nacional após ser preso, em 14 de outubro, suspeito do assassinato de 16 mulheres.

Em depoimento, ele teria confessado outros 23 assassinatos, incluindo execuções de moradores de rua e travestis. A polícia goiana também atribui a ele assaltos e furtos. Thiago tentou suicídio horas depois da prisão, mas se recuperou e hoje passa o dia lendo na cela. Até agora, apesar da extensa lista de acusações, só há três julgamentos marcados em que aparece como réu. Uma das audiências ocorre hoje. Um diz respeito ao homicídio de um homem. Os outros são de um roubo e de um furto.

Alto e forte, Thiago chamou a atenção de mulheres do Brasil inteiro logo ao ser apresentado à imprensa, em uma delegacia, sem camisa. “Isso aconteceu só no começo. Nós (as advogadas), recebemos e-mails, mensagens de celular de mulheres que queriam mandar recado para ele ou mesmo pedindo para conhecê-lo pessoalmente. Também tinha algumas querendo fazer doações para nós entregarmos a ele no presídio”, conta Brunna Moreno de Miranda, uma das responsáveis pela defesa dele.

Fonte: CB