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sexta-feira, 28 de julho de 2023

Constituição sob ataque - Decisão de Moraes sobre moradores de rua é nova afronta à separação dos poderes

Leonardo Desideri   - Vida e Cidadania

Moradores de rua

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na terça-feira (25), que estados e municípios não podem remover moradores de rua de espaços públicos nem recolher seus pertences contra a vontade deles, e forçou governos a adotarem um amplo conjunto de medidas – elaboradas por ele próprio – para a solução do problema social.

Moraes acatou um pedido feito em 2022 pelos partidos Rede e PSOL e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que usam a controversa teoria do "estado de coisas inconstitucional" para alegar a omissão dos governos municipais, estaduais e federal em resolver o problema das populações de rua. [tudo pela Constituição - vale a pena até destruir a Constituição vigente,  a pretexto de preservá-la, descumpri-la sob alegação de cumpri-la.] Segundo essa teoria, o Poder Judiciário poderia induzir medidas de política pública sempre que detectar omissão do Legislativo e Executivo em seus papéis constitucionais.

O ministro deu prazo de 120 dias para o governo federal apresentar um plano para a implementação de uma política nacional voltada a moradores de rua, e exigiu que, no mesmo prazo, as prefeituras de todos os municípios brasileiros façam "diagnóstico pormenorizado da situação nos respectivos territórios, com a indicação do quantitativo de pessoas em situação de rua por área geográfica, quantidade e local das vagas de abrigo e de capacidade de fornecimento de alimentação".

Para os governos estaduais, Moraes criou um conjunto de 17 medidas, entre as quais constam, por exemplo, a "disponibilização imediata" de barracas para moradia e de itens de higiene básica à população em situação de rua; a oferta – neste caso, sem prazo determinado – de "bebedouros, banheiros públicos e lavanderias sociais de fácil acesso para a população em situação de rua"; a garantia de "bagageiros para as pessoas em situação de rua guardarem seus pertences"; e a garantia de "segurança pessoal e dos bens das pessoas em situação de rua".

Para juristas consultados pela Gazeta do Povo, em que pese a trágica situação dos moradores de rua, o Supremo Tribunal Federal (STF) está mais uma vez atropelando e "redesenhando" a Constituição – entre outras coisas, está passando por cima da separação dos poderes e do modelo federativo.

"Se fosse possível resolver o problema da pobreza com uma decisão – judicial ou administrativa –, isso teria sido feito há séculos. Vontade de muita gente não faltou e continua não faltando. Contudo, a miséria não é decorrente de um fator único, como parece fazer crer a decisão. É oriunda de um conjunto de fatores, que passa obviamente pela atuação do Estado e das classes mais abastadas, mas também por conjunturas sociais, como abandono familiar, degradação moral da sociedade, entre diversas outras coisas. Achar que uma decisão judicial que obriga o Estado a resolver tudo isso em 120 dias vai solucionar ou mesmo diminuir o problema é, a meu ver, uma ilusão", afirma o advogado Miguel Vidigal, especialista em Direito Civil.

Constitucionalmente, a escolha – essencialmente política – de quais problemas sociais devem receber atenção prioritária, quais estratégias serão adotadas para resolvê-los e em quanto tempo as políticas públicas vão ser planejadas e implementadas cabe aos representantes dos Poderes Executivo e Legislativo eleitos pelo povo.

Moraes também passou por cima de manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU), que havia recomendado que o STF não acatasse a petição feita pelas organizações esquerdistas, justamente porque isso implicaria invadir a competência de outros poderes.

A decisão pode, também, facilitar invasões de espaços públicos por parte de movimentos extremistas que alegam lutar por causas sociais e, além disso, dificultar a atuação da polícia e das guardas municipais, por exemplo, em casos de cenas abertas de uso de drogas, como o da Cracolândia, em São Paulo.

"O traficante da Cracolândia que estiver drogado e depredando um bem público, por exemplo, poderá se amparar nessa determinação? 
Os moradores de rua que estiverem interrompendo o ir e vir de outros cidadãos, porque quiseram se instalar no meio de uma rua comercial, terão garantidos aquele espaço com essa decisão? 
Não está claro, e nem poderia estar, porque a fórmula para resolver esse problema não será nunca baseada em uma canetada", critica Vidigal.


Por último, o ministro coloca as autoridades de governos municipais, estaduais e federal nas mãos de membros do Judiciário, que passam a poder estabelecer cronogramas e dar ultimatos aos governantes com base em seus próprios juízos sobre a condução das políticas públicas. "Qualquer pessoa dotada de um pouco de bom senso e de espírito caritativo tem propensão a ajudar os menos favorecidos, sobretudo aqueles que se encontram em situação de rua ou mendicância. A própria Constituição Federal de 1988 indica em inúmeros pontos a necessidade de apoio estatal àqueles que são desprovidos de meios e condições de levar uma vida digna. Mas a fórmula apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes parece um tanto inexequível, na medida em que ele determina que em 120 dias inúmeros órgãos estatais – federais, estaduais e municipais –, se organizem para regulamentar, fiscalizar e amparar a população em situação de rua – como se fosse possível mobilizar tanta gente em tão pouco tempo", comenta o especialista.


Vida e Cidadania - Leonardo Desideri - Gazeta do Povo

 


quarta-feira, 5 de abril de 2023

Esquerda quer sabotar decisão judicial sobre moradores de rua - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Objetivo do PSOL e de seus parceiros é aumentar, e não diminuir, a quantidade de gente em situação de miséria pública

A justiça de São Paulo tomou uma decisão exemplar: autorizou a Prefeitura da capital a remover para abrigos municipais moradores de rua que ocupam calçadas destinadas ao trânsito das pessoas, jardins, praças e outros lugares públicos. É uma questão de decência elementar. 
As pessoas que montam suas barracas de plástico na rua vivem em condições abjetas.  
Não têm água corrente, nem luz, nem proteção de qualquer tipo. Produzem lixo e vivem no meio dele. Não têm banheiros, nem higiene. Têm problemas de saúde
Estão sujeitos, o tempo todo, ao crime e à violência. 
 Impedem, direta ou indiretamente, que a população paulistana exerça o seu direito de frequentar áreas inteiras da cidade.  
Não há nenhuma hipótese de se encontrar qualquer coisa de positivo nisso tudo.
 
Também não é inevitável que seja assim. A Prefeitura, para surpresa de quem está habituado à qualidade do serviço público em geral, tem meios concretos para lidar com o problema uma rede de abrigos, extensa e de boa qualidade, onde os moradores de rua podem viver, com certeza, em condições incomparavelmente melhores às que têm nas suas barracas.  
Existem a alternativa de moradia, portanto, e os meios para devolver as calçadas públicas à população – mas para isso é indispensável que as autoridades municipais e estaduais tenham a autorização legal de remover quem não quer liberar os espaços que pertencem a todos.
 A justiça acaba de dar essa autorização – só que há uma enfurecida ofensiva para sabotar a decisão judicial. E quem está fazendo isso? 
A extrema esquerda, padres que se profissionalizaram na promoção da miséria pública e aproveitadores doproblema social”.

O que os políticos do PSOL e seus parceiros estão fazendo é indecente. Estão exigindo, pura e simplesmente, que os miseráveis que moram nas ruas continuem ali, em condições cada vez mais sórdidas; 
- querem impedir sua ida para o ambiente muito mais saudável, mais seguro e mais humano dos abrigos municipais. 
 
É a depravação, na frente de todos, da ideia de trabalho social – o propósito do partido, no mundo das realidades concretas, é manter as pessoas na miséria, e não aliviar o seu sofrimento. Estão pouco ligando para os pobres e sua tragédia diária
Querem que eles continuem na rua para servir de manequins na vitrine da miséria que a esquerda insiste em impor à cidade – para mostrar que “o sistema atual”, o “capitalismo”, etc. etc. etc. produzem moradores de rua, desigualdade e injustiça social.
 
É uma fraude maciça, o tempo todo, e agora ela fica provada mais uma vez. Os fabricantes de desgraça do PSOL e das organizações que vivem ao seu redor não só brigam para impedir que as pessoas deixem de morar no meio do lixo; 
chegam a dar barracas de graça a quem queira viver na rua, e fornecem todo o apoio material que podem para que ninguém saia de lá. Seu objetivo é aumentar, e não diminuir, a quantidade de gente em situação de miséria pública. 
É esse o tipo de trapaceiros que pretendem ser eleitos para a Prefeitura de São Paulo nas eleições do próximo ano
Em matéria de hipocrisia, já estão disparados na frente.
 
J. R. Guzzo, colunista -  O Estado de S. Paulo


terça-feira, 14 de abril de 2020

Uma crise instalada - Nas entrelinhas

”A queda na arrecadação é tratada por Bolsonaro como uma espécie de castigo aos governadores que estão defendendo o isolamento social

[o presidente Bolsonaro tem que ficar atento aos desmandos dos governadores - em sua maioria gastam muito e mal.
Assim, não pode concordar em dar um cheque em branco para os governadores e/ou prefeitos.
Aos governadores - procurando se encontra algumas exceções - interessa gastar e gastar, aos prefeitos idem.
Se for dado um cheque em branco, ideia original do deputado que preside a Câmara, seria criado e honrado o slogan: 'podemos gastar, o Bolsonaro paga'.
O mais adequado é um percentual - 30% é um bom percentual já que para cada R$ 100 gastos, suas excelência sabem que terão que repor 70 e a União 30 - isso conterá a gastança.] 
O choque entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é a face mais visível de uma crise de maiores proporções entre a União e os estados, numa recidiva da velha contradição centralização versus descentralização. A epidemia de coronavírus e a recessão mundial dela decorrente exacerbaram o conflito, que se manifesta na discussão sobre aprovação do chamado Plano Mansueto, ou seja, a ajuda a estados e municípios. Bolsonaro está em litígio aberto com os governadores e prefeitos que estão na linha de frente do combate à epidemia de coronavírus e não esconde o incômodo com o alinhamento entre eles e o ministro Mandetta.

Uma decisão de Bolsonaro é emblemática quanto às dificuldades que cria para os governadores na implementação da estratégia de distanciamento social adotada pelo Ministério da Saúde para conter a velocidade da epidemia. No fim de março, as operadoras de telecomunicações ofereceram ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) um mapa de calor para mostrar a geolocalização da população. [São Paulo já usa e  fosse o geo referenciamento eficiente o estado não seria líder absoluto no índice de letalidade.] O intuito era identificar aglomerações e situações de risco de contaminação do novo coronavírus. Bolsonaro vetou o uso das informações, que seria mais uma arma no combate à Covid-19, pois o georreferenciamento permite a pronta atuação das autoridades locais para reduzir essas aglomerações.

O ministro Marcos Pontes chegou a gravar um vídeo anunciando a implantação do sistema nesta semana. No sábado, porém, Bolsonaro ligou para Pontes e suspendeu tudo. Alegou que há riscos para a privacidade do cidadão e que a Presidência precisa estudar melhor o tema, apesar de um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) aprovar o uso da ferramenta proposta pelas teles, uma solução semelhante à que foi adotada pela Coreia do Sul, um dos países com menores taxas de mortalidade pela Covid-19. A decisão de Bolsonaro tem endereço certo: o governador tucano João Doria, que está controlando o nível de isolamento social no estado de São Paulo pelo monitoramento dos celulares. Para se ter uma ideia de como isso é útil, a diferença de 50% para 70% da população em regime de distanciamento social, para efeito da propagação da epidemia por pessoa, salta de uma média de dois para quatro novos contaminados, ou seja, um crescimento exponencial.

Nada disso importa. A tese que empolga Bolsonaro é a do ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, para quem a epidemia já atingiu o seu pico e entrará em declínio, acabando em maio, o que não bate com os modelos matemáticos da equipe do Ministério da Saúde. Segundo Terra, que é médico, o isolamento social não tem eficácia e apenas aprofunda a recessão, além de retardar a autoimunização da maioria da população. A tese também está sendo endossada pelo líder do governo na Câmara, deputado Victor Hugo (PSL-GO), que vem defendendo abertamente a saída de Mandetta do governo. Ontem, Mandetta não falou com a imprensa. Sua permanência no governo é incerta.

Ajudas
A estrela da entrevista de ontem no Palácio do Planalto foi a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, que anunciou medidas destinadas a proteger grupos de risco, como indígenas, quilombolas, ciganos, moradores de rua e idosos em asilos. Damares também contrariou a orientação do Ministério da Saúde e defendeu o chamado isolamento vertical, ou seletivo, focado nesses grupos. Na ocasião, anunciou a distribuição de cestas básicas e o confinamento de tribos indígenas, quilombolas e acampamentos ciganos, além de uma rede de proteção aos moradores de rua e outras populações de risco, formada por instituições filantrópicas e religiosas.


Mas o maior conflito é mesmo a negociação do Plano Mansueto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, convenceu Bolsonaro a não ceder a governadores e prefeitos, que pedem socorro financeiro em razão da queda da arrecadação. Eles são responsabilizados pela recessão e o desemprego. A queda na arrecadação é tratada por Bolsonaro como uma espécie de castigo aos governadores que estão defendendo o isolamento social.

As negociações entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os líderes partidários com o governo, nos últimos dias, foram muito tensas. Guedes foi duro: “O desenho deste projeto é muito perigoso, é um cheque em branco para governadores e prefeitos fazerem uma gestão descuidada, levando todo ônus para o contribuinte, justamente no momento em que mais precisamos da boa gestão para proteger os mais vulneráveis”, declarou.

Rodrigo Maia, entretanto, articulou mudanças no projeto para garantir a aprovação da nova versão do chamado Plano Mansueto, que foi limitada à instituição de um seguro-garantia de arrecadação para estados e municípios, com impacto estimado de R$ 80 bilhões. “A posição que ouvi majoritária entre os líderes é que nós façamos como se fosse um seguro. Se arrecadação era 100 e caiu pra 70, o governo recompõe 30. Se daqui a quatro meses a arrecadação era 100 e foi 100 (novamente), o governo não precisa dar um real”, afirmou Maia.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Grupo LGBTI ocupa prédio em Copacabana e provoca pôlemica entre vizinhos- O Globo


[Pergunta que não quer calar: será que ser contra a invasão por travestis, transexuais e transgêneros de propriedade alheia é crime de racismo?]

Construção de seis andares foi invadida por coletivo voltado para acolhimento de travestis, transexuais e transgêneros
Um prédio de seis andares, no número 27 da Rua Dias da Rocha, em Copacabana, está no centro de um impasse após uma invasão. A polícia ainda não foi acionada, e os vizinhos dizem que a propriedade do imóvel, abandonado há pelo menos dez anos, é desconhecida. Enquanto isso, a permanência dos ocupantes divide moradores. Uns ajudam com doações, outros descontentes usaram, um dia após a ocupação, há cerca de uma semana, grossas correntes para trancar todos dentro do edifício, infestado de ratos e morcegos.


O grupo que está no imóvel faz parte do coletivo da Casa Nem, formado por 23 integrantes da comunidade LGBTI em situação de vulnerabilidade. Líder do movimento, a ativista Indianare Siqueira, de 48 anos, diz que o grupo não se intimidou ao se ver trancado no local e conseguiu sair arrebentando as correntes. Ela afirma que a pretensão é transformar o espaço em sede da Casa Nem, que acolhe moradores de rua, transexuais, travestis e transgêneros:
—Além de oferecer cursos para a comunidade LGBTI, queremos abrigar aqui mulheres e crianças vítimas de violência doméstica que, muitas vezes, não têm onde ficar quando são agredidas. Manteremos o nosso pré-vestibular e daremos assistência jurídica. Há espaço suficiente para isso — contou.

Tesouro encontrado
O coletivo, queinvadiu construções na Lapa e em Vila Isabel, de onde foi expulso, encontrou, ao chegar ao prédio, um verdadeiro tesouro escondido. Indianare conta que, durante uma primeira limpeza do local, foram achadas obras de arte escondidas no sótão, além de quadros, bustos e animais empalhados. Chamados pelo grupo, a Polícia Federal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recolheram , nesta terça-feira, o material para análise.

Presidente da Sociedade Amigos de Copacabana, Horácio Magalhães não vê a ocupação com bons olhos.— Não temos o que fazer. A área já foi interditada, pois teve reboco que caiu e machucou um pedestre. Não sabemos como estão lá dentro, se tem gás, se estão usado botijão e se a água e a luz são irregulares.

Vera Araújo - O Globo

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

'Chuveirinho' instalado em marquise causa polêmica em Copacabana

Sistema serviria para afastar moradores de rua de prédio em cima do cinema Roxy

Uma espécie de “chuveirinho”, instalado na marquise do edifício do cinema Roxy, em Copacabana, causou polêmica neste fim de semana. O síndico afirma que o dispositivo foi instalado para regar um futuro jardim que será construído no local, mas, de acordo com alguns moradores, o equipamento foi instalado para afastar o tumulto causado por pessoas em situação de rua que se abrigam debaixo do prédio de número 45 da Rua Bolívar. Presidente da Sociedade Amigos de Copacabana e morador do bairro há 50 anos, o advogado Horácio Magalhães filmou os canos aspergindo água do teto na sexta-feira e postou um vídeo na página da associação no Facebook.

Até a noite de ontem, mais de 18 mil pessoas já tinham visto a cena. Enquanto exibia a calçada toda molhada, Horácio criticou a falta de ação da prefeitura para a retirada de moradores de rua:  “Se a prefeitura não resolve o problema, o cidadão resolve. Estamos em frente ao cinema. Foi instalado um dispositivo: molha a calçada, e a população de rua não se concentra. É a solução que o cidadão encontra quando o poder público não resolve o problema. Infelizmente, a nossa situação na cidade e no nosso bairro está dessa forma. A prefeitura não toma providência, e o cidadão acaba tomando. É isso aí. Onde vamos parar”, disse Horácio no vídeo.

Ao GLOBO, ele disse não concordar com a instalação da engenhoca, mas que entende o motivo.  — Claro que isso não é o tipo de atitude que a gente encoraja, mas a gente entende o que motivou. População de rua virou um problema crônico. Muitas pessoas ficam receosas de passar na calçada, não sabem se vão pedir esmola ou ser assaltados. Essa discussão é macro, com vários aspectos. Tem um aspecto social, mas tem a da segurança. Chegou ao ponto de ter um pedinte em quase toda esquina. Muitos ficam postados em frente aos bancos. Mulher e idoso ficam receosos. Eu fico com um pouco de receio porque eu não sei se ele vai me pedir (dinheiro) ou se vai me roubar — afirmou Horácio.


'ELES FUMAM CRACK, CHEIRAM COLA, FAZEM SEXO À LUZ DO DIA', DIZ CONDÔMINO
Três moradores do Edifício Roxy confirmaram a informação de que os “chuveirinhos” foram instalados pelo próprio condomínio para afastar os moradores de rua. A secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, esteve no local neste domingo para apurar as denúncias e disse que vai acionar a Secretaria municipal de Urbanismo para multar o condomínio, caso a irregularidade seja comprovada. A Gerência de Licenciamento e Fiscalização da Zona Sul informou que fará hoje uma vistoria no local e, se necessário, “tomará medidas, como notificar o proprietário".  — Isso é um absurdo, uma irresponsabilidade e falta de humanidade. A lei nos impede de agir, porque permite que essas pessoas deixem os abrigos e voltem a dormir debaixo das marquises. Não vou aceitar nenhuma violência contra os moradores de rua — disse Teresa Bergher. [é sempre assim no Brasil atual, Brasil da bagunça;
a turma dos 'direitos humanos' está sempre a postos para conceder direitos aos que estão errados - as PESSOAS DE BEM que se danem.]
 
Um morador do Edifício Roxy, que preferiu não se identificar, disse que antes de instalar o equipamento foram feitas várias reclamações à prefeitura. Mas a situação ficou insustentável.  — Já fizemos várias reclamações. Então, todo mundo concordou em instalar. Um pouquinho de água não mata ninguém. A gente não quer incomodá-los, mas temos que tomar alguma providência. Eles fumam crack, cheiram cola, fazem sexo à luz do dia, brigam toda a noite e não deixam ninguém dormir — contou.
Nem todos os moradores da região, no entanto, concordaram com o equipamento.


— Isso é surreal, desumano, radical e completamente errado — criticou o aposentado Jorge Coelho Neto, de 71 anos. — Os moradores de rua não estão aqui porque gostam. São seres humanos iguais a gente. Não tem que matá-los, mas cuidar deles.
Um dos gerentes do cinema Roxy disse não saber quem instalou os canos. Já o síndico do edifício informou à prefeitura que o sistema foi feito para um futuro canteiro de plantas. O GLOBO entrou em contato com o síndico, mas ele não quis comentar o assunto.

 Fonte: O Globo



domingo, 27 de novembro de 2016

Distrito Federal tem mais de 11 mil pessoas morando nas ruas - Este número não corresponde a realidade

Fim de ano:população de rua cresce e dá uma dimensão do abismo social no DF

No fim do ano, a população de rua cresce e aparece. Em terrenos sem qualquer estrutura, nas comerciais e nos gramados, homens, mulheres, crianças, dependentes químicos e doentes mentais dão uma dimensão do abismo social no Distrito Federal

As paredes são de madeira fina, e o teto, de lona. Dentro do barraco, um colchão de casal, uma cama menor improvisada, poucos móveis usados, um ventilador e uma luz de gambiarra. Esta é a casa que Tatiana Araújo, 29 anos, divide com os quatro filhosum de 11, outro de 10, o do meio, de 7, e o caçula de 3 anos — em uma invasão próxima ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ela veio da Bahia ainda pequena. Na cabeça, acreditava que Brasília seria uma cidade de realizações e oportunidades. “Vim pensando que era uma coisa e é outra. A vida aqui se tornou mais cara e mais difícil”, relembra.

Mudando de terreno em terreno, Tatiana leva a vida como catadora de material reciclável. O quintal da casa dela é o próprio local de trabalho. Depois de buscar o lixo na rua, faz a separação perto da moradia e espera até uma pessoa vir recolher. Pelo serviço, ganha, em média, R$ 250 por mês. O valor não é suficiente para o sustento da família. Além dele, Tatiana conta com o Bolsa Família dos filhos. “É uma vida triste. Você mora perto da lama, tem rato, mato, mosquito. Fica exposto a tudo quanto é doença. Você mora mais fora do barraco que dentro”, descreve.

[a forma como a matéria é apresentada deixa a impressão que no final do ano milhares de pessoas que moram nas ruas do DF - aqui chamada 'população de rua' - se torna visível.

Nada disso. Pequena parte das 11.000 pessoas que aqui são apresentadas como 'morando nas ruas',   NÃO MORAM em Brasília, Distrito Federal ou Entorno.

A maior parte desse número é formado por 'migrantes profissionais' que residem fora do DF - a maior parte na Bahia - e que todo final de ano aproveitam a generosidade dos moradores de Brasília e vem para o DF, ocupam as ruas, construindo barracos improvisados (contando com o apoio, por omissão, do governo do DF que nada faz para remover essas pessoas das ruas) e ficam pedindo esmolas.

Logo que passam as festas do final de ano voltam para suas cidades de origem.

É DEVER do governo criar uma estrutura operacional para impedir que tais pessoas ocupem as ruas - dão preferência as áreas centrais, locais em que o maior fluxo de pessoas faz com que 'faturem' mais com a mendicância.

Sendo proibido ao Governo impedir que tais 'pedintes profissionais' se desloquem para Brasília - existe a vetar qualquer medida para impedir o livre deslocamento  dos 'migrantes profissionais', o CONSTITUCIONAL 'direito de ir e vir' - restando ao Governo impedir que tais pessoas construam tendas de lona no Eixo Monumental, margem de rodovias, etc. 

A omissão das autoridades em coibir a 'mendicância profissional' , faz com que a cada ano cresça o número de pedintes nas ruas de Brasília, especialmente no final do ano.

Com a omissão governamental e a divulgação feita pelos pedintes no interior de suas cidades dos excelentes resultados da mendicância profissional, teremos sempre um ciclo vicioso, no qual até centenas de crianças ficam expostas a condições que oferecem risco a sua própria integridade física.

Urge que o governo esqueça o maldito 'politicamente correto' e adote medidas que desestimule essa migração sazonal e cruel.

Vejam o exemplo que a matéria apresenta de Tatiana. Detalhe: exceto se for uma rara exceção, Tatiana não reside em Brasília. NO inicio de janeiro irá embora, provavelmente já grávida ou cuidará de engravidar, logo que chegue a sua cidade e no inicio de DEZEMBRO estará novamente no DF, agora com quatro crianças, sendo uma recém nascida.

Nada temos contra a população de rua ou a que diz ser. Apenas entendemos que não deve ser permitida que pessoas vegetem, acalentando sonhos impossíveis - qualquer um sabe que as chances de Tatiana ganhar moradia são menores que ZERO e caso ganhasse, dias depois venderia por qualquer punhado de reais que logo seria gasto e tudo começava de novo.]

Enquanto conversa e conta um pouco da triste história, o filho mais novo de Tatiana corre pelado e descalço pelo chão de terra batida. O pequeno se diverte com uma bolha de sabão que sai voando, anda de bicicleta em meio ao lixo e percorre o local com naturalidade e domínio. Inscrita no programa habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), Tatiana aguarda há quatro anos a chance de realizar o maior sonho: ter uma casa. “Quero sair daqui, ganhar uma moradia, ter estabilidade e um serviço. Não quero trabalhar com reciclagem”, complementa. “Tem dias que não consigo trabalhar por conta das crianças. Como deixo eles aqui sozinhos?”, questiona.

Fonte: Correio Braziliense



sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Mulheres malucas: esse comportamento doentio pode estimular outros assassinos



Serial killer de Goiânia suspeito de matar 16 mulheres atrai admiradoras
Com a primeira audiência judicial marcada para hoje, vigilante preso por matar 39 pessoas, a maioria mulher, recebeu mensagens de celular e e-mails enviados por fãs com pedidos de visitas. Para especialistas, os autores dos textos têm problemas psíquicos


Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, é escoltado durante a prisão dele, em outubro do ano passado: apesar das dezenas de denúncias de homicídios, mulheres pediram encontros e quiseram fazer doações

Ele teria confessado a morte de 39 pessoas. Muitas delas, mulheres. Em entrevista, afirmou e demonstrou não se sentir bem perto delas. Mas nada disso o impede de ter admiradoras. Apontado pela polícia goiana como um serial killer, o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, recebe mensagens de carinho e pedidos de visitas de fãs. Algumas se dizem apaixonadas pelo homem preso no complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia (GO) à espera dos julgamentos.  As mensagens direcionadas a Thiago foram enviadas a telefones celulares e computadores das três advogadas que o defendem. A elas, as admiradoras pediram para conhecer o detento acusado de ser o maior matador da história goiana. A direção do presídio também recebeu solicitações de visitas íntimas ao réu, que ganhou fama nacional após ser preso, em 14 de outubro, suspeito do assassinato de 16 mulheres.

Em depoimento, ele teria confessado outros 23 assassinatos, incluindo execuções de moradores de rua e travestis. A polícia goiana também atribui a ele assaltos e furtos. Thiago tentou suicídio horas depois da prisão, mas se recuperou e hoje passa o dia lendo na cela. Até agora, apesar da extensa lista de acusações, só há três julgamentos marcados em que aparece como réu. Uma das audiências ocorre hoje. Um diz respeito ao homicídio de um homem. Os outros são de um roubo e de um furto.

Alto e forte, Thiago chamou a atenção de mulheres do Brasil inteiro logo ao ser apresentado à imprensa, em uma delegacia, sem camisa. “Isso aconteceu só no começo. Nós (as advogadas), recebemos e-mails, mensagens de celular de mulheres que queriam mandar recado para ele ou mesmo pedindo para conhecê-lo pessoalmente. Também tinha algumas querendo fazer doações para nós entregarmos a ele no presídio”, conta Brunna Moreno de Miranda, uma das responsáveis pela defesa dele.

Fonte: CB