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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Covid-19 nas capitais e o caso de Belém do Pará, sumindo do ranking das campeãs - Cristina Graeml



Vozes - Gazeta do Povo

É tanta notícia de Covid e coronavírus, tantos números, gráficos que a gente se perde! Mas passados alguns meses de pandemia é possível analisar períodos e fazer comparações. Isso é muito importante para entender melhor o que está acontecendo na região onde moramos e avaliar se as medidas impostas para a população merecem apoio ou críticas e, em alguns casos, até cobrança para que sejam revistas. A equipe de Infografia da Gazeta do Povo fez um trabalho comparativo minucioso entre as capitais. É um ranking das 15 primeiras em número de novos casos diários do início de abril até 2 de julho, data em que o gráfico Covid-19 nas capitais brasileiras foi publicado. Analisando esse gráfico, chama muita atenção o caso de uma cidade específica: Belém.

A capital do Pará já esteve em colapso absoluto em maio, com hospitais lotados e tendo que mandar para casa doentes em estado moderado e grave, diminuindo as chances de sobrevivência e aumentando as de transmissão do vírus em ambiente doméstico. Mas Belém conseguiu reverter a curva de contágio e de mortes de forma rápida. Para se ter ideia do que ocorreu lá, no feriado de primeiro de maio, dia do Trabalho, a cidade contabilizava 156 vítimas fatais da doença. Dia 31 já eram 1320. Em 30 dias morreram 1164 pessoas. Fiz a conta aqui: foram 39 mortes por dia em Belém no mês de maio, quando a média antes era de 3,9 por dia. Ou seja, em maio, a morte arrebatou dez vezes mais pessoas na capital do Pará do que nos 40 dias anteriores, desde o registro do primeiro caso por lá. Dez vezes mais em um mês!


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Por isso, com o passar das semanas, o próprio Ministério da Saúde passou a fazer uma média diária que vale para cada semana, porque soma o número total de casos de uma semana e divide por sete dias. Assim, se uma cidade registrou 700 novos casos ao longo de uma semana a média é 100 casos por dia, ainda que naquela semana o número divulgado no sábado e no domingo tenha sido bem menor e talvez em um ou outro dia da semana, bem maior. Podia ficar descrevendo em palavras uma série de aspectos que me saltam aos olhos quando olho esse gráfico, mas prefiro que você mesmo clique no play do vídeo abaixo e veja para depois seguir lendo sobre o caso de Belém. Só preciso dar duas orientações.


Para facilitar a visualização as regiões são ilustradas em cores diferentes, capitais do Sudeste estão em laranja (então SP que está sempre em primeiro, porque é disparado a cidade mais populosa e isso reflete no maior número de casos é laranja, assim como Rio de Janeiro, que também figura entre as primeiras). O Nordeste, que também tem várias capitais figurando sempre no topo da lista, aparece em verde; o Norte está em roxo; o Centro Oeste, em azul e o Sul, em preto. A segunda dica é para esquecer os pontos em laranja e verde das capitais do Sudeste e Nordeste que ficam brigando pelas primeiras posições e direcionar o olhar para os pontos em roxo, das capitais do Norte do país, porque é em roxo que vai aparecer Belém. E quando Belém surgir olhe só para esse ponto.


Eu estou falando isso porque é a situação de Belém que eu quero destacar nessa análise. Depois de viver o inferno do colapso dos hospitais, Belém hoje está numa situação muito menos preocupante. A cidade, que chegou a registrar quase 900 novos casos em um único dia de maio, hoje tem média entre 130 e 230 novos casos diários. O número de internações e mortes cai a olhos vistos. Veja, então o gráfico, em que Belém só começa aparecer entre as 5 capitais com maior número de casos diários na metade de maio, atrás de São Paulo, Fortaleza, Manaus e Recife. No dia 18 começou a cair foi ultrapassada pelo Rio de Janeiro, depois Salvador. Teve alguns dias de oscilação pra cima e pra baixo no gráfico até o fim de maio.


Em junho começou a cair mais. Em dez dias já estava em 11° lugar, tinha sido ultrapassada por várias outras capitais do Norte e do Nordeste: Aracaju, Maceió, João Pessoa e Porto Velho. Além de estar atrás daquelas que já figuravam no topo do ranking: Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, primeira capital do Centro Oeste a figurar no topo do ranking. Natal, Macapá e Goiânia (mais uma do Centro Oeste) avançaram sobre Belém. Depois Boa Vista derrubou a capital paraense para a 15ª posição, até que ela sumiu do mapa no fim do mês de junho Belém. não constava mais entre as 15 capitais com maior disseminação da doença.


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Belém, assim como várias outras cidades do país, especialmente as menores, adotou o protocolo sugerido pelo Ministério da Saúde e começou a tratar os doentes nos primeiros sintomas com os polêmicos remédios já usados para outras doenças, mas que não teriam comprovação científica de eficácia no tratamento de Covid-19.Curitiba não adotou o protocolo. O Paraná, aliás, também não aderiu, ainda, ao tratamento precoce no serviço público de saúde, embora o secretário de Saúde admita que estuda a possibilidade. Fato é que Belém, que já esteve em colapso não só na saúde pública, mas até na rede particular, vem registrando cada vez menos casos novos e menos casos graves, aqueles que exigem internação. Por isso, menos mortes também.

O exemplo mais claro da mudança nas curvas de contágio, internações e mortes vem de uma rede particular de saúde: a Unimed de Belém. Segundo a diretora do plano de saúde, a médica infectologista Vânia Brilhante, os médicos associados vinham tratando só os casos moderados e graves, mas quando a situação na cidade ficou incontrolável, a operadora se viu obrigada a rever a estratégia. la própria diz ter buscaram a experiência de outra operadora, a Prevent Senior de São Paulo, que atende exclusivamente pacientes idosos (grupo de maior risco para Covid-19) e desde o início da pandemia tem ótimos resultados para cura e poucas internações. O caso da Prevent Senior já é conhecido. Seus médicos, junto com o presidente da República, foram os primeiros a falar em tratamento precoce de Covid com o antiviral hidroxicloroquina, já largamente usado para outras doenças, com raros efeitos colaterais.


A Unimed de Belém tem 310 mil associados e uma capacidade de atender bem 1500 por dia, no máximo 2000 em situações extremas. Pois a operadora viveu essa situação extrema por vários dias seguidos. ratou mais de 50 mil pessoas em questão de semanas. Isso significa que de cada 6 associados um teve Covid. Tudo ao mesmo tempo. Em entrevistas a Dra. Vânia Brilhante conta que os pacientes chegavam mortos ao hospital. Abriam a porta do carro e tiravam a pessoa já morta. Mesmo tendo um hospital exclusivo para os associados, o plano de saúde não tinha mais leito para receber tanta gente. Os médicos precisavam entubar pessoas no corredor do hospital. O relato é dramático, mas ela também traz muita esperança quando explica o que aconteceu depois que adotaram o tratamento dos casos leves. “Foi um divisor de águas pra nós. Tudo mudou. Em sete dias nossos pacientes pararam de procurar nossas unidades de urgência, em sete dias a nossa Policlínica conseguiu atender e fornecer medicamento pra todo mundo que procurava dos casos leves, em sete dias a gente saiu do nosso colapso”.Vânia Brilhante, diretora Unimed Belém em videoconferência


Sete dias! Uma semana apenas! Se você quiser ouvir a própria médica descrevendo o que foi feito para reverter o gravíssimo quadro da pandemia em tão pouco tempo acesse aqui. É um debate entre médicos de todo o Brasil com mediação do jornalista Alexandre Garcia. A fala da Dra. Vânia começa depois de uma hora de vídeo. Em resumo: depois de começar a fornecer o kit de remédios para pacientes com sinais leves de Covid-19 a Unimed-Belém praticamente zerou as internações, diminuiu consideravelmente a frequência de atendimentos nas unidades e, como tinha comprado uma quantidade enorme de remédios, mas os doentes foram escasseando, acabou doando medicação para mais de cem cidades do interior do Pará. que agora estão colhendo os mesmos resultados.


Os médicos lá entenderam que era uma situação de guerra e, estando no campo de batalha, decidiram que não havia como esperar publicações em revistas científicas indicando qual medicamento funciona melhor. Aplicaram o que, na prática, já deu resultado com milhares de pacientes na fase 1 da doença em vários lugares do mundo, da Austrália a Honduras. É claro que todos os pacientes passaram por consulta médica, foram informados da não comprovação científica da eficácia do remédio (exatamente como no caso do Tamiflu para H1N1 ou da próprio hidroxicloroquina para zica vírus, ambos usados sem estudos conclusivos em situação de epidemia). E só tomou os remédios quem quis.Além disso, médicos e enfermeiros, que estavam expostos demais porque atendiam doentes em fase de transmissão do vírus, foram medicados de forma preventiva. Os que aceitaram, claro (a maioria). Isso fez zerar o número de casos entre os médicos da operadora de saúde. E aí você deve estar se perguntando: o que aconteceu nos postos de saúde e hospitais públicos de Belém? Não tenho todos os dados, mas o estado do Pará e todas as prefeituras mudaram a recomendação e começaram a pedir para população não esperar em casa pelo agravamento dos sintomas.


A ordem lá passou a ser procurar médico diante de qualquer dor de garganta, tosse, febre, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, diarreia. perda de olfato ou paladar. Hoje, as curvas em Belém estão bem diferentes daquelas registradas na maior parte das capitais brasileiras. Como diz-se popularmente: só não vê quem não quer.


Cristina Graeml, colunista - Vozes - Gazeta do Povo


quarta-feira, 18 de março de 2020

É CHANTAGEM, SIM! - Percival Puggina.


Domingo, 15/03, retornando de Goiânia, uma substituição de voos entre Congonhas e Porto Alegre me reteve no aeroporto de São Paulo. 
De lá, escrevi a mensagem abaixo, lida aos manifestantes do Parcão na capital gaúcha.

Meus queridos! É chantagem, sim. E assim tem sido desde o início.
Engavetamento de propostas. MPs que vencem sem explicação. Projetos do governo virados do avesso
O ano de 2019 se esgotou sem que tenham votado algo tão simples quanto a prisão após a condenação em segunda instância. 
Por quê? 
Por que anunciaram que o blocão tem 300 votos? 
A quem e de quê esses votos ameaçam? Desde o início do governo tem sido uma busca desenfreada por recursos! 
Por que não se contentam com os subsídios e as verbas de gabinete? 
Por que buscam, sempre, dispor de bilhões do nosso dinheiro?

É claro que Bolsonaro entendeu o recado. O recado é o impeachment sendo urdido para alegria da grande imprensa. Esta, em seu afã cotidiano de infernizar a vida do presidente, mudou de ideia. O que antes era toma lá, dá cá, síndrome do Benedito Domingos, coisa feia, virou “autonomia do parlamento”. E quando o governo perde, a derrota recebe o nome de "incapacidade de negociação"
 Quem pode negociar direito com a faca no pescoço?

Há uma arapuca permanente, montada para enganar a população. Chega a ter luzes pulsantes em volta da porta. Em nome da “democracia” dizem que nós - NÓS? - estamos atacando às instituições. Disparate para iludirem, também, a si mesmos! Atacamos procedimentos individuais. 
Desde quando um congressista, ou muitos congressistas, são o Congresso? 
Desde quando os indivíduos eleitos significam o parlamento? 
Da mesma forma, desde quando um cidadão ou muitos cidadãos são O povo? E vale o mesmo para ministros do STF.
É chantagem sim!

A ameaça de não ter projetos aprovados é sinal de alarme para o governo. E há, sempre, um preço a pagar. Sempre um valor imenso, bilionário. Por isso o ambiente todo é de chantagem. Só não vê quem deixa de lado todos os princípios e valores quando pega o avião para Brasília. As exceções já salvaram o Brasil muitas vezes. E salvarão de novo. Há bons deputados e bons senadores, mas desafortunadamente são exceções. 
Estarmos junto das exceções, ao longo da lava-jato, em 2016, em 2018, foi salvação para nosso amado Brasil.

Lembremo-nos! Tenhamos presente. Tem sido chantagem, sim. O problema que tanto nos entristece e desconforta é termos nosso país de volta e sabermos que tantas dificuldades sobrevêm apenas porque o presidente não loteou o Estado, o governo e a administração, nem fez jorrar dinheiro em muitas mãos. Saibam: tudo já estaria resolvido numa sala fechada, se ajustado o preço a pagar por 300 unidades de voto parlamentar!
Se apoiarmos os bons e denunciarmos os maus estaremos apoiando a democracia e ajudando o Brasil. Bolsonaro não será submetido! Deus abençoe o Brasil e os brasileiros.

 Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

sábado, 21 de outubro de 2017

Colega de classe diz que atirador era uma pessoa "estranha e muito fria"


Familiares de alunos e moradores vizinhos à escola goiana fazem vigília e dizem não entender a ação do atirador contra os colegas

Horas depois de perceberem a dimensão da tragédia, a comoção tomou conta de quem passou em frente a unidade de ensino que foi palco do ataque. Pais de alunos que sobreviveram ao atentado, amigos das vítimas e a vizinhos do prédio da escola se uniram para prestar solidariedade aos mortos e feridos. Carregando velas e rezando, cerca de 50 pessoas passaram a noite em frente ao Colégio Goyases.

Convocada pelas redes sociais, uma vigília pediu paz na comunidade onde a escola está localizada e lembrou os estudantes que foram vítimas do atirador. A empresária Kamila Vieira, de 30 anos, é mãe de uma aluna do colégio. Ela conta que a filha já sofreu bullying, mas logo contornou a situação. “Minha filha também já sofreu ofensas nesta escola por parte de coleguinhas. Mas eu conversei com ela, e a escola também agiu para resolver o problema. Não entendo por que esse aluno fez isso. Só podemos orar pelos mortos e pedir a recuperação dos feridos, por isso viemos aqui”, destaca.

Os estudantes se organizam para prestar homenagens hoje e oferecer apoio aos colegas que estão internados. A enfermeira Magda Carvalho, 51 anos, foi até o local, mesmo assustada com a situação. “Minha filha de 13 anos saiu da escola 10 minutos antes de tudo acontecer. Poderia ter sido com qualquer uma das nossas crianças. O que podemos fazer agora é pedir conforto para os parentes dos que morreram e força para os que ficaram feridos”, conta. O bairro onde ocorreu a tragédia fica afastado do centro da capital goiana. Mesmo assim, ao longo do dia, dezenas de pessoas passaram por lá e deixaram velas, mensagens e fizeram orações.



Relatos




Duas adolescentes que estudavam na sala do adolescente que atirou contra colegas, em Goiânia, afirmam que o garoto tinha comportamento distante e diverso do restante da turma. As meninas dizem que o jovem já chegou a levar um livro sobre satanismo à escola. “Numa prova de ética dele, ele desenhou o símbolo nazista, e, em uma roda literária, ele levou um livro satânico”, relatou uma das crianças. Segundo ela, o episódio ocorreu no ano passado.



De acordo com a outra garota, o estudante era uma pessoa “estranha e muito fria”. “Se você fizesse uma brincadeira ele falava que iria te levar para o inferno, que iria matar sua família e te matar”, disse a menina. Uma delas afirma que houve um período em que o adolescente que realizou os disparos ocupou lugar em frente ao dela, na sala. “Foi a época em que ele falou para mim que ia matar meu pai e minha mãe...”, lembra, confirmando que o jovem fazia ameaças semelhantes a outros alunos.



Disparos

Ambas contam, contudo, que o menino jamais havia ameaçado levar uma arma ao colégio e que, a princípio, não identificaram o barulho dos disparos como sendo tiros. “Como teria mostra científica amanhã, pensamos que tinha sido um dos projetos que tinha estourado, ou alguma bombinha. Na hora em que nós vimos a arma, saímos correndo”, relata uma das garotas. Segundo as meninas, o jovem teria começado a disparar aleatoriamente.



Amiga de João Pedro — que morreu no atentado —, uma das jovens o descreve como alguém que brincava com todos, mas desconhece qualquer apelido específico em relação ao atirador. Quanto a João Vitor, outra vítima, a garota o define como “uma pessoa normal, bom aluno”.



Luto

No portão de entrada do Colégio Goyases, uma faixa com os dizeres “Família Goyases em luto” foi afixada na tarde de ontem. Acima dela, outra anunciava a realização da mostra científica que aconteceria na escola hoje. Pouco antes das 17h, os corpos de João Vitor e João Pedro haviam sido retirados da escola e levados ao Instituto Médico Legal.



O delegado Francisco Costa, do departamento de homicídios, do lado de fora da escola, disse que a sala estava revirada, com marcas de bala nas paredes e no chão, e que havia manchas de sangue do terceiro andar da escola até o térreo. Ele afirmou que a perícia, preliminarmente, encontrou pelo menos 11 cápsulas de balas .40 na sala de aula onde estudavam os 30 alunos da turma do 8º ano. Segundo Costa, a perícia pode ver que alguns disparos pareciam ter alvos determinados e outros pareciam ter sido efetuados de forma aleatória. Uma estudante ouvida pela reportagem disse que o atirador chegou a mirar em direção a ela por alguns segundos, mas mudou de ângulo e não a atingiu.

O colégio, segundo estudantes e ex-estudantes que circundavam o cordão de isolamento, exigia muita disciplina dos alunos. Um deles disse que já havia sido suspenso de classe porque estourou um “estalinho”. Três alunas do 9º ano, sentadas na calçada, comentaram que há aula de ética toda semana.
 
Fonte: Correio Braziliense
 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sede da Polícia Federal em Goiânia sofre ataque a tiros



Tiros de arma de grosso calibre atingiram a fachada da superintendência. PF instaurou inquérito para apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo ato
A Superintendência da Polícia Federal em Goiânia foi alvo de ataque na noite desta terça-feira. Tiros de arma de grosso calibre atingiram as vidraças do prédio, situado na Avenida Edmundo Pinheiro de Abreu, no bairro Setor Bela Vista, região sul de Goiânia. 

Vidros da fachada da PF foram perfurados por tiros, em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Agentes estavam de plantão na recepção na hora do ataque, mas ninguém ficou ferido. Em nota, a superintendência informou que na manhã desta quarta-feira foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias e os responsáveis pelo ato. A instituição disse ainda que “repudia veementemente esse crime que afronta o Estado Democrático de Direito” e reafirmou “o comprometimento da PF com o combate ao crime organizado”. Na região onde fica localizada a superintendência estão vários prédios residenciais e o Estádio da Serrinha, pertencente ao Goiás Esporte Clube.

Operação – O atentado ocorreu no mesmo dia em que 150 agentes da corporação atuaram em uma operação que desmontou um esquema de fraudes na previdência social.

O esquema favorecia 32 pessoas com aposentadorias por incapacidade, e segundo as investigações, envolvia ex-funcionários da Metrobus, empresa de transporte coletivo em Goiânia. Na operação, foram cumpridos 28 mandados de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão na capital e mais seis cidades.

Fonte: Estadão Conteúdo

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Mulheres malucas: esse comportamento doentio pode estimular outros assassinos



Serial killer de Goiânia suspeito de matar 16 mulheres atrai admiradoras
Com a primeira audiência judicial marcada para hoje, vigilante preso por matar 39 pessoas, a maioria mulher, recebeu mensagens de celular e e-mails enviados por fãs com pedidos de visitas. Para especialistas, os autores dos textos têm problemas psíquicos


Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, é escoltado durante a prisão dele, em outubro do ano passado: apesar das dezenas de denúncias de homicídios, mulheres pediram encontros e quiseram fazer doações

Ele teria confessado a morte de 39 pessoas. Muitas delas, mulheres. Em entrevista, afirmou e demonstrou não se sentir bem perto delas. Mas nada disso o impede de ter admiradoras. Apontado pela polícia goiana como um serial killer, o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, recebe mensagens de carinho e pedidos de visitas de fãs. Algumas se dizem apaixonadas pelo homem preso no complexo penitenciário de Aparecida de Goiânia (GO) à espera dos julgamentos.  As mensagens direcionadas a Thiago foram enviadas a telefones celulares e computadores das três advogadas que o defendem. A elas, as admiradoras pediram para conhecer o detento acusado de ser o maior matador da história goiana. A direção do presídio também recebeu solicitações de visitas íntimas ao réu, que ganhou fama nacional após ser preso, em 14 de outubro, suspeito do assassinato de 16 mulheres.

Em depoimento, ele teria confessado outros 23 assassinatos, incluindo execuções de moradores de rua e travestis. A polícia goiana também atribui a ele assaltos e furtos. Thiago tentou suicídio horas depois da prisão, mas se recuperou e hoje passa o dia lendo na cela. Até agora, apesar da extensa lista de acusações, só há três julgamentos marcados em que aparece como réu. Uma das audiências ocorre hoje. Um diz respeito ao homicídio de um homem. Os outros são de um roubo e de um furto.

Alto e forte, Thiago chamou a atenção de mulheres do Brasil inteiro logo ao ser apresentado à imprensa, em uma delegacia, sem camisa. “Isso aconteceu só no começo. Nós (as advogadas), recebemos e-mails, mensagens de celular de mulheres que queriam mandar recado para ele ou mesmo pedindo para conhecê-lo pessoalmente. Também tinha algumas querendo fazer doações para nós entregarmos a ele no presídio”, conta Brunna Moreno de Miranda, uma das responsáveis pela defesa dele.

Fonte: CB