Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador xenófobos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador xenófobos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Bolsonaro e a imprensa



As “opiniões” desse candidato sobre ditadura, mulheres, homossexuais e bandidos já são conhecidas. É preciso questioná-lo sobre Previdência, dívida pública e outros temas cruciais

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem sido um desafio para a imprensa. Diante do ex-capitão, jornalistas parecem impelidos a levantar questões sobre ditadura militar, mulheres, homossexuais e segurança pública. Quase invariavelmente, Bolsonaro é confrontado a respeito de suas opiniões pregressas e correntes a respeito de tortura ou é instado a comentar a conquista de direitos por minorias, ocasiões em que exercita seu já conhecido deboche – para grande excitação de seus ardorosos seguidores nas redes sociais. [Bolsonaro ao conceder uma entrevista tem o direito, praticamente o DEVER, de responder ao que lhe perguntam;
se os jornalistas - por opção,  incompetência ou qualquer outro motivo [o incompetência aqui pode e deve ser substituído por comodidade) optam por determinadas perguntas não cabe a Bolsonaro ou qualquer outro candidato exigir que façam perguntas sobre outros temas;

além do mais, excesso de direito para a turma do LTGB ou de qualquer outro aglomerado de anormalidades  é algo que preocupa a maior parte do eleitorado brasileiro que tem a certeza que Bolsonaro na Presidência da República porá um fim em todo excesso de direitos;

da mesma forma, Bolsonara porá um fim na política de que a pretexto de uma pretensa (e desnecessária igualdade) se tripudia sobre o principio constitucional de que TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI;

ÓBVIO e ULULANTE - , aqui cabe o ULULANTE  - que a Segurança Pública e o combate a bandidos interessa a TODOS os brasileiros e qualquer comentário sobre o tema é avidamente registrado pelos eleitores.]
 
Compreende-se o afã dos jornalistas de expor a truculência de Bolsonaro, perfeita antítese do que se idealiza para a democracia no País. [Democracia se faz com SAÚDE PÚBLICA DIGNA E EFICIENTE, ORDEM e PROGRESSO, com SEGURANÇA PÚBLICA, com EDUCAÇÃO EXCELENTE - democracia não é só votar - muitas vezes o voto irresponsável (tipo o que foi dado ao Lula e a Dilma e nos plebiscitos do Chavez) acaba com a democracia e mesmo com o país.]   No entanto, ao lhe dar espaço para reafirmar opiniões que nada acrescentam ao debate nacional e se prestam somente a mobilizar sua claque, a mídia em geral acaba por consolidar o capital eleitoral de Bolsonaro – que, além de tudo, posa de vítima de campanha da imprensa e dos militantes do “politicamente correto”, um grande trunfo para quem se apresenta como o candidato “antissistema”. 

Não é apenas no Brasil que a imprensa tem encontrado dificuldades para lidar com a ascensão desses brucutus políticos. Nos Estados Unidos, recentemente, mais de 300 jornais publicaram editoriais, de maneira coordenada, contra a estratégia do presidente Donald Trump de desmoralizar a imprensa. Foi mais um round do embate que mobiliza os jornalistas americanos desde que Trump conquistou a presidência com um discurso hostil a vários dos mais caros valores democráticos. [Trump está 'extremamente preocupado' com o que a imprensa pensa do seu governo; 
o que importa para ele é o que o eleitorado pensa e tudo indica que pensam bem, tanto que concorrer à reeleição está nos planos do atual presidente americano.
A obrigação primeira do presidente de qualquer país é cuidar dos interesses do POaís que preside e dos naturais daquele país.
Trump tem sido até certo ponto cruel no combate aos que emigram ilegalmente para os EUA (separar crianças dos pais é algo criminoso, hediondo mesmo - vai deportar, deportem as famílias completas e de forma a que cheguem segurança ao seu país de origem.
Mas, exercer o direito de deportar imigrantes ilegais = invasores = é direito de qualquer país, especialmente quando o país de destino é prejudicado.
Convenhamos que só é deportado aqueles que querem forçar a entrada em um país que por diversas razões não os quer.
o Brasil optar por não aceitar imigrantes representa ser compulsoriamente obrigado a colocar os direitos dos seus nacionais em primeiro plano em relação aos supostos direitos dos estrangeiros - o Brasil tem mais de 13.000.000 de BRASILEIROS DESEMPREGADOS, não pode ceder, seja qual for o pretexto, u,ma vaga sequer a um estrangeiro.
Não é questão de xenofobia e sim de sobrevivência de nossos irmãos brasileiros.] 
 
O mesmo se dá na Alemanha, onde a ascensão do Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) confundiu o establishment – contra o qual, não à toa, esse partido populista de direita diz lutar. Com 13% dos votos na eleição de 2017 e 94 cadeiras no Parlamento, o AfD, primeiro partido com esse perfil a ter relevância política na Alemanha desde a derrota do nazismo na 2.ª Guerra, seria naturalmente considerado importante; sendo o partido que é – visceralmente contra a União Europeia e contra a imigração, especialmente de muçulmanos –, o AfD obviamente suscita a mais viva polêmica, que amiúde estampa manchetes. É um círculo vicioso: os líderes e militantes do AfD imprecam violentamente contra imigrantes e contra o euro e ganham destaque, atraindo ainda mais eleitores insatisfeitos com a política em geral e dispostos a dar mais votos a esses populistas.[convenhamos que o cidadão a alemão, que vivem em um país democrata, tem o direito inalienável e incontestável de votar em quem entender for melhor - especialmente, quando o escolhido para receber o voto defende uma postura melhor para o país.] 
 
No dia 12 passado, contudo, um jornalista alemão, Thomas Walde, experimentou algo diferente: ao entrevistar para a TV ZDF um dos principais líderes do AfD, Alexander Gauland, tratou-o como um político qualquer, e não como porta-voz estridente de xenófobos, racistas e eurocéticos. Gauland foi questionado sobre temas a respeito dos quais todos os partidos têm de lidar, e que são muito caros aos alemães, como mudanças climáticas, aposentadoria e avanços da vida digital. Nenhuma pergunta foi feita a respeito de imigração, pois sobre isso todos já sabem qual é a posição do AfD. Com alguma ironia, o jornalista Walde queria saber qual era afinal a “alternativa” defendida pelo AfD para essas questões, uma vez que o partido se apresenta, já em seu nome, como “alternativa”. Resultado: Gauland não soube responder, demonstrando publicamente o imenso despreparo de seu partido – que se limita a propor a implosão do establishment sem conseguir dizer o que pretende colocar no lugar. [muitas vezes uma lacuna é a melhor forma de 'ocupar' um espaço vazio.] 
 
Ao destacar esse caso, a revista americana The Atlantic ressaltou que se tratava de uma lição a ser aprendida pelos jornalistas dos Estados Unidos a respeito de como tratar o presidente Trump e a extrema direita. O mesmo talvez se possa dizer da imprensa brasileira no caso de Bolsonaro. As “opiniões” desse candidato sobre a ditadura, mulheres, homossexuais e bandidos já são bastante conhecidas; é preciso, a partir de agora, questioná-lo sobre Previdência, dívida pública, responsabilidade fiscal, planos para educação, saúde e saneamento básico, entre outros temas cruciais para o País. Ou seja, é preciso tratar Bolsonaro, afinal, como um candidato como outro qualquer. [quando questionado sobre os temas propostos Bolsonaro saberá responder;
mas, até o presente momento lhe cabe apresentar soluções para os problemas e malefícios que mais maltratam o já sofrido POVO BRASILEIRO.] 

Editorial - O Estado de S. Paulo
 


quinta-feira, 14 de junho de 2018

O estilo bateu, levou de Salvini e o estupro e morte de Susanna

As complexidades de duas histórias que se entrelaçam, a bronca do novo líder italiano e o sacrifício uma menina judia de 14 anos na Alemanha 

A palavra xenofobia é invocada atualmente com uma facilidade espantosa.  Até os coitados dos brasileiros de Roraima, confrontados com a chegada em massa de venezuelanos em fuga do paraíso bolivariano, descobriram de repente que são perversos xenófobos, provavelmente piores do que Donald Trump. Tal como telefone e outras criações, sobretudo no campo científico, xenofobia é um termo inventado no século XIX com a junção de duas palavras gregas, embora não tenha nada a ver com a Grécia antiga (onde estrangeiros eram considerados bárbaros, com uma boa dose de razão, e sujeitos à escravização).
É xenofobia reagir negativamente à transformação de cidadezinhas medievais europeias em campos de refugiados?

Ver serviços públicos, como hospitais e escolas, sobrecarregados por novos e não pagantes usuários?
Acordar de manhã e ver ruas tomadas por um mar de homens curvados em preces para Alá?

Ter medo do aumento de crimes que pareciam confinados a incidentes isolados nos países desenvolvidos?
E, ao mesmo tempo, ter todos esses sentimentos e desejar uma solução humana para os migrantes em massa?

Duas histórias paralelas e sem nenhuma relação aparente que se desenvolveram esta semana mostram como é complicado lidar, pelos padrões da civilização ocidental, com grandes números de pessoas que querem sair de países miseráveis, quando não vivendo surtos de guerra e violência, e desfrutar das benesses das sociedades avançadas.Uma foi o bate boca de Matteo Salvini, o líder de um dos dois partidos que foram o novo e, como sempre, precário governo italiano, com o presidente Emmanuel Macron. Encarnação do mauricinho/melhor aluno da classe/garoto prodígio, Macron tem colocado as garrinhas de fora num campo em que só pode sair perdendo.

Adversários como Trump (espetado por tuítes, esmagado por um aperto de mão no Canadá) e Salvini (criticado pela atitude “cínica” e irresponsável” de fechar os portos a carregamentos de humanos vindos da África) não brigam na categoria peso punho de renda de Macron.  Projetado de uma liderança regional e um partido necessariamente excludente, a Liga do Norte, agora só Liga, para o duplo comando nacional (caminhando rapidamente para o comando único), Salvini sapateou com gosto. Exigiu desculpas e, com razão, uma abertura das fronteiras da França, se quiser dar lição de moral em outros países, especialmente numa Itália com 170 mil migrantes africanos para administrar. À Espanha, agora sob administração de esquerda, desejou boa sorte por receber o navio com migrantes rejeitado pela Itália.

Também com razão, por menos que se aprecie o seu estilo estridente, disse que os deslocamentos em massa para a Sicília e outros portos italianos mais próximos são um comércio. Vindos de um cinturão de países da África negra, os migrantes convergem para a Líbia, pagando caro a viagem. São transportados em botes até os navios de ONGs variadas que os levam para a travessia do Mediterrâneo.  Pedem asilo político na Itália e, se rejeitados, têm toda a rede de advogados públicos para infinitos apelos. Os que se perdem no trajeto garantido pelas ONGs podem acabar vítimas de naufrágios, aumentando a solidariedade e o desejo de ajudar dos europeus e americanos que se condoem com tanto sofrimento.

E o papa Francisco está sempre por perto para dizer que todos os países têm a obrigação de abrir fronteiras aos estrangeiros da África e do Oriente, mesmo quando existe o risco de aumentar a quantidade de atentados terroristas e outras ameaças à segurança.  Como filho de imigrantes italianos, o argentino mantém as mesmas concepções criadas pelas correntes humanas que rumaram para o Novo Mundo, inclusive o Brasil, nos séculos XIX e XX (todos com vistos, documentos de entrada, carimbos, exames médicos e outras exigências, lembre-se). Em condições histórias completamente diferentes, os migrantes atuais não têm nada dos lavradores italianos ou das governantas alemãs que acabavam na selva brasileira, trabalhando em condições duras, geralmente com sucesso notável.

O progresso econômico e social da Europa e dos Estados Unidos acabou criando uma contradição: migrantes clandestinos que chegam já esperando desfrutar das vantagens do estado de bem-estar social.  Existem também fenômenos culturais novos, inclusive o ressurgimento da identidade muçulmana, levando os novos migrantes a rejeitar qualquer tipo de integração aos novos países, confinando-se a espaços onde vigoram regras religiosas. E existem, claro, as pragas humanas, homens brutos, violentos e inconformados com um estilo de vida em que mulheres dividem todos os espaços e desfrutam de liberdade de movimentos.

Entra aí a história de Susanna Feldman, a menina de apenas 14 anos, estuprada por dois homens e estrangulada.  Filha de emigrantes judeus da Moldovia, Susanna desapareceu depois de sair com um grupo de amigas em Wiesbaden. Uma das meninas acabou contando para os pais que Susanna havia sido estuprada e assassinada, mas a polícia, alertada, disse que não havia o que fazer: sem corpo, sem crime.
É inacreditável , mas a investigação só começou quando outro menino, um refugiado afegão de 13 anos, contou ter ouvido a seguinte história: Ali Bashar, iraquiano de 21 anos, havia se exibido, contando ter estuprado e matado uma garota judia.

Detalhe: mesmo acusado de outro estupro, de uma menina refugiada de 11 anos, e de assalto, ele não só estava livre como pegou toda a família, passou no consulado iraquiano, conseguiu passaportes novos (facílimo, como se sabe) e voltou para o Curdistão, a região praticamente independente do Iraque.  A pedido das autoridades alemãs, Ali Bashar foi preso e deportado pelos curdos, sem cerimônias. Por qualquer padrão que se use, saiu ganhando.  A questão dos refugiados e migrantes clandestinos vem desestabilizando a Europa e provocando rachas na União Europeia – com suas palavras precipitadas e agressivas, Macron só piorou uma situação já ruim.

Até na Alemanha, onde Angela Merkel parece uma rocha inabalável até aos 1,2 milhão de estrangeiros aos quais abriu as portas, as tensões estão bombando.
O partido Alternativa para a Alemanha, da direita dura, atingiu a posição de terceiro mais votado única e exclusivamente devido à questão. Agora, Merkel enfrenta uma dissidência interna, do ministro do Interior, Horst Seehofer. Ele está traçando uma estratégia conjunta com o jovem primeiro-ministro da Áustria, Sebastian Kurz, e com o próprio Salvini. A peça principal seria rejeitar os refugiados que são registrados em outros países europeus – ou seja, todos, uma vez que não existe acesso direto à Alemanha.

Parece que Angela Merkel não gostou. Até agora, ela também não falou nada sobre o terrível martírio de Susanna Feldman, estuprada várias vezes por um falso refugiado, cujo pedido de asilo já havia sido rejeitado, e por um outro elemento do mal, um turco de 35 anos.  Colocar a pecha de criminosos em todos os migrantes é uma injustiça terrível. Mas também é repugnante tentar ignorar o medo e a revolta dos cidadãos confrontados com atos de barbárie e ainda por cima chamados de xenófobos.

Veja