Projeto do governo acaba com sigilo para crimes contra direitos humanos
Lula procura tranquilizar militares e diz não haver revanchismo na iniciativa
Por Chico de Gois e Bernardo Mello Franco
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Por Élio Gaspari
Falta pouco para que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ponha o ponto final no seu novo livro, intitulado “A Verdade Sufocada ”. Ele comandou o DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974, período durante o qual foram desbaratadas as principais organizações esquerdistas envolvidas com a luta armada e atos terroristas. Do período em que comandou o DOI ficou a marca de 502 denúncias de torturas. Em 1987, Ustra publicou “Rompendo o Silêncio ”, o primeiro livro com informações sobre a estrutura do DOI.
“A Verdade Sufocada ” terá umas 500 páginas. Durante mais de 30 anos o coronel juntou lembranças, formou uma biblioteca e teve acesso aos dois volumes produzidos nos anos 80 por cerca de 30 oficiais do Centro de Informações do Exército. Nele está uma minuciosa narrativa do período, na visão dos comandantes militares da época.”
Palavras do Coronel Ustra
Complementando a nota do jornalista Élio Gaspari, esclareço que os dois volumes, escritos pelos companheiros do CIE, ficaram prontos, no final de 1987. A obra chama-se "Tentativas de Tomada do Poder", cada volume com aproximadamente 500 páginas. Inicia-se com o movimento comunista que desaguou na Intentona, em 1935, aborda a subversão que culminou com o nosso 31 de março e, pricipalmente, conta nossa a versão a respeito da luta armada e do trabalho dos Órgãos de Segurança para vencê-la. É uma obra que rebate a esquerda, com dados, fatos e provas, mostrando o quanto ela mente.
Depois de pronta, o Ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, a levou ao Presidente José Sarney e pediu autorização para publicá-la. Sarney não autorizou, sob o argumento de que o momento era inoportuno.
Assim, o Exército continuou mudo e cada vez mais caluniado. Os que lutaram nos Órgãos de Segurança passaram a ser execrados e a versão da esquerda dominou , sem qualquer contestação, até recentemte . A maioria dos militares acredita na única versão dos revanchistas, que a peso de muito dinheiro, fez a cabeça da nação.
Agora, com o surgimento de vários Grupos ligados a nós, com os livros que o nosso pessoal começou a escrever, a história verdadeira começou a ser mostrada. Meu novo livro, " A Verdade Sufocada" - A história que a esquerda não quer mostrar - assim como o "Rompendo o Silêncio" , é uma modesta cooperação nesse sentido.
Carlos Alberto Brilhante Ustra
ALGUNS CRIMES DO PCB
Contam-se aos milhões os casos mundialmente conhecidos da violência comunista contra a pessoa humana, escudada num estranho valor moral que privilegia a revolução proletária em relação ao indivíduo, os fins justificando os meios.
Afirma Merleau-Ponty:
"A astúcia, a mentira, o sangue derramado, a ditadura são justificados se tornam possível o poder do proletariado e dentro desta medida somente." ("Humanismo e Terror", Ed. Tempo Brasileiro, RJ, 1968, página 13).
A violência, segundo a esquerda radical, seria válida se cometida em nome da classe operária e de seu representante, o Partido Comunista.
Lenin, em seu "testamento", havia indicado seis homens que poderiam substituí-lo na condução do Estado Soviético: Stalin, Zinoviev, Kamenev, Rykov, Bukharin e Trotsky. Stalin, elegendo-se Secretário-Geral do PCUS, nunca conseguiu eliminar a oposição que lhe faziam os grupos internos dirigidos pelos outros cinco.
Na década de
E isto para citar, apenas, alguns dirigentes.
Torna-se difícil, entretanto, imputar a Stalin a única culpa pelos crimes, como desejava Trotsky. Em um regime que dá a uma classe um poder total e ditatorial, qualquer homem poderia utilizá-lo sobre as demais parcelas da sociedade.
Alguns anos mais tarde, Tito, chefe do governo iugoslavo, afirmaria que os erros e os crimes cometidos resultavam mais do sistema soviético do que das falhas morais do ditador, cuja ascenção tal sistema proporcionou.
No Brasil, fanatizados pela mesma ideologia e animados pelos mesmos propósitos indecifráveis que os conduziram à Intentona de 1935, os comunistas deram seguidas demonstrações de inaudita violência, ao perpetrarem crimes, com requintes de perversidade, para eliminar, não só seus "inimigos", as forças policiais, mas seus próprios companheiros.
O "Tribunal Vermelho", criado para julgar, sumariamente, todos aqueles que lhes inspiravam suspeitas e receios, arvorava-se em juiz e executor, fornecendo, ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), um espectro trágico e patético.
Pelos casos conhecidos, pode-se inferir, também, que dezenas de outros crimes foram cometidos pelos comunistas, sem que houvessem vindo a público, escondidos pela "eficiência do trabalho executado".
Os casos a seguir relatados mostram, de um modo pálido, mas irretorquível, essa violência levada aos limites do absurdo.
As famílias das vítimas não tiveram, como ainda não os têm, o reconhecimento e o amparo da sociedade.
Aos assassinados, cabe a afirmação de Merleau-Ponty:
"Admitir-se-á talvez que eles eram indivíduos e sabiam o que é a liberdade. Não espantará se, tendo que falar do comunismo, nós tentamos vislumbrar, através nuvem e noite, estes rostos que se apagaram da terra." (Idem, página 32).
- BERNARDINO PINTO DE ALMEIDA
Em 1935, ainda antes da Intentona, Honório de Freitas Guimarães ("Milionário"), membro do CC/PCB, denunciou Bernardino Pinto de Almeida, vulgo "Dino Padeiro", de traição. O "Tribunal Vermelho", cioso de suas atribuições, julgou-o culpado e perigoso para a ação armada que se avizinhava.
O próprio Secretário-Geral do Partido, Antonio Maciel Bonfim, o "Miranda", decidiu executá-lo, com o auxílio de seu cunhado, Luiz Cupelo Colônio. "Dino Padeiro", deslumbrado com a possibilidade de encontrar-se com o número um do Partido, foi atraído para um local ermo, próximo à então estação de Triagem da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Fora das vistas, "Miranda" desfechou-lhe uma coronhada e, em seguida, dois tiros de revólver. Tendo a arma enguiçado, tomou a de Cupelo e desfechou-lhe mais dois tiros, para ter a certeza da morte. Entretanto, por incrível que pareça, "Dino" sobreviveu e, socorrido por funcionários da ferrovia, pôde contar sobre a tentativa de crime.
Ironicamente, o destino deu voltas. Mais tarde, Cupelo sentiria, em sua própria família, o peso da violência.
- AFONSO JOSÉ DOS SANTOS
Em 2 de dezembro de 1935, com os militantes do PCB entrando na clandestinidade pela derrota da Intentona, o "Tribunal Vermelho" julgou e condenou à morte Afonso José dos Santos. A vítima foi delatada por José Emídio dos Santos, membro do Comitê Estadual do PCB no Rio de Janeiro, que recebeu o encargo da execução.
Três dias depois do "julgamento", José Emídio cometia o assassinato, na garagem da Prefeitura de Niterói. Impronunciado por falta de provas, só em 1941 o crime foi esclarecido.
- MARIA SILVEIRA
Elisiário Alves Barbosa, militante do PCB, quando estava na clandestinidade
O "Tribunal Vermelho" condenou-a à morte.
Planejado o crime, os militantes Ricarte Sarrun, Antonio Vitor da Cruz e Antonio Azevedo Costa levaram-na, em 6 de novembro de 1940, até à Ponte do Diabo, na Estrada do Redentor, na Floresta da Tijuca. No transporte, usaram o táxi dirigido por Domingos Antunes Azevedo, conhecido por "Paulista".
Logo ao chegar, "Neli" foi atirada da Ponte do Diabo por Diocesano Martins, que esperava no local. Mas, havia a possibilidade de que ela não morresse na queda. Para certificar-se da morte, Daniel da Silva Valença aguardava no fundo do abismo.
"Neli", entretanto, já chegou morta. Foi esquartejada por Valença, que procurou torná-la irreconhecível a fim de dificultar a identificação e apagar possíveis pistas.
- DOMINGOS ANTUNES AZEVEDO
Dois meses depois, os assassinos de "Neli" estavam preocupados com a possível descoberta do crime. Em 20 de janeiro de 1941, reunidos, verificaram que o ponto fraco era o motorista do táxi, Domingos Antunes Azevedo.
Decidiram eliminá-lo.
Antonio Vitor da Cruz e Antonio Azevedo Costa, "amigos" do motorista, atrairam-no para um passeio na Estrada da Tijuca. Foram também, Diocesano Martins e Daniel da Silva Valença, este sentado ao lado do motorista. Num local em que o táxi andava bem devagar, Diocesano desfechou três tiros na vítima, que tombou de bruços sobre o volante.
Valença freiou o carro e o cadáver foi atirado à margem da estrada. Segundo eles, os assassinatos de "Neli" e do "Paulista", em nome do Partido Comunista, jamais seriam descobertos.
Esses foram alguns dos crimes cometidos pelo PCB, há mais de 60 anos. Mais tarde, muito mais tarde, esse Partido de Prestes não iria juntar-se às dezenas de organizações comunistas que defenderiam a sangrenta luta armada como o único caminho para a tomada do poder.
Os Generais do Jango
Mourão, Assim como o governo Lula/Dilma/Tarso vem fazendo sistematicamente, quer fazendo massiva propaganda sobre os desaparecidos políticos e diz aos militares que se deve esquecer o passado (dito pelo Gen Albuquerque, excomandante do EB, em palestra no Clube Militar), quer alimentando as invasões pelo MST, afrontando o direito de propriedade, como parte da pressão de base, quer se imiscuindo nos outros Poderes, com a capa protetora da democracia, mas usando-a de forma fraudulenta, impondo amarras na cúpula do Judiciário, nomeando a sua maioria pelo longo período de governo, advindo da famigerada reeleição, e outras amarras no Legislativo, como no recente escândalo envolvendo o presidente do Senado, já na gaveta, abafado pela mudança de foco para o caso Zelaya e o espetáculo teatral das Olimpíadas de 2016.
Na Chefia do Gabinete Militar estava o Gen Bda Argemiro de Assis Brasil, de 18/10/63 até 31/03/64. Segundo consta, montara um plano para colocar oficiais generais nos principais cargos que fossem ideologicamente afinados com o presidente Jango, garantindo o tal Dispositivo Militar, que, no momento crucial fracassou totalmente.
Em 30 de março de 1964, houve a reunião no Automóvel Clube do Brasil do presidente Jango com os sargentos. Embora mais um fundamento para o desenlace do dia seguinte, não foi a gota d'água, pelo exíguo tempo entre esse acontecimento e o seguinte, com as tropas do Gen Mourão em marcha para o combate.
A despeito do rastilho de pólvora já aceso, pairou dúvida quanto à ida de Jango ao evento. Observe a entrevista de Raul Riff: “Quando o Jango estava se arrumando para ir à reunião dos sargentos no Automóvel Clube, estavam no quarto com ele o Tancredo, o general Assis Brasil e eu. Não me lembro se ele convocou ou se foi ocasional o fato de nós três estarmos lá. Quando ele já estava quase saindo virou-se para nós e perguntou: "O que é que vocês acham? Vou ou não ao comício?" Tancredo foi contra: "Não deve ir porque realmente é uma coisa que não agrada à hierarquia militar. Politicamente não é aconselhável."
Aí o Jango virou-se para o Assis Brasil: "O que é que você acha?" Assis Brasil, que como militar tinha uma opinião que pesava muito, disse: "Não; acho que não pode deixar de ir, porque seria uma falta de consideração, de atenção com os sargentos que promoveram essa reunião." Por fim, virou-se para mim: "Ryff, o que é que tu achas?" Respondi: "Estou de acordo com o Tancredo. Acho que não é oportuno." Ele acabou indo.”
Apesar de toda a lealdade do Gen Assis a Jango, as palavras da filha do ex-presidente, Denize Goulart, não demonstram reconhecimento, nem respeito: “Depois do golpe, quando estávamos no exílio, o general Assis Brasil foi nos visitar no Uruguai. Minha mãe, ao encontrá-lo diante dela, não se conteve e falou: "Piá merece é isso!" e esbofeteou o general!!!” E arrasa: “Ainda há pouco citei o Castello Branco, que era conspirador, mas estava próximo ao presidente. No Chile aconteceu igual: o Augusto Pinochet era o general mais submisso ao Salvador Allende, mas derrubou-o...” (Portal do PDT)
Obviamente, confunde, no militar, a lealdade às pessoas, com concordância ou discordância aos atos postos em prática pela autoridade.
Cargos militares têm que ser ocupados por militares, sem que isso signifique, por um lado, subserviência, prevalência dos interesses pessoais, prêmios de consolação, acomodação, omissão, fraqueza, ou por outro, respaldo, afinamento com as posturas de governo e coparticipação nos riscos. Ter percepção sobre os desvios de conduta no macro e no micro, aceitar ou reagir, gerando uma pequena crise, pela saída, esclarecendo as razões, ou uma crise à altura do desvio constitucional, aceito mansamente pelos outros Poderes, alijando o Executivo infrator, em respeito concepção do Estado.
O Gabinete Militar, criado em 1938 foi designado Casa Militar em 1992, e em 1999, Gabinete de Segurança Institucional. O desmonte das Forças Armadas.
Como ministro da Marinha estava o Almirante Sylvio B. Motta (15/06/63 a 27/03/64) que substituíra o Alte Pedro Paulo Suzano (24/01/63 a 14/06/63), quando ocorreu uma reunião de marinheiros no Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro no dia 25 de março de 1964, em prol de uma associação de classe, reivindicações, apoio às reformas de base, etc. Não concordando com a ocorrência, o ministro emitiu ordem de prisão dos infratores para execução por parte dos fuzileiros navais, cujo efetivo aderiu aos demais, apoiado pelo Alte Cândido Aragão. Afinados Jango e Aragão forçaram o pedido de demissão do ministro que foi substituído pelo Alte Paulo Mário da Cunha Rodrigues (27/03/64 a 31/03/64).
Acomodação, liberdade aos presos, manifesto de repúdio pelo Clube Naval; almirantes e oficiais contra a anarquia reinante, demonstrando a insatisfação, dando a lição, não só refutando a indisciplina, incentivada ostensivamente, diferente de hoje, camuflada pelo viés ideológico de juízes, exarando sentenças não compatíveis com as atividades militares em tempo de paz, como preparação, por serem próprias e adequadas aos momentos de guerra. Avançar sob os fogos, zumbido da morte dos rojões e a metralha das armas inimigas serão o desafio a vencer, fora dos gabinetes, togas, cafezinho e ar condicionado.
No Ministério da Guerra, o Gen Ex Jair Dantas Ribeiro (15/06/63 a 31/03/64) e no Ministério da Aeronáutica, o Brigadeiro Anysio Botelho (15/06/63 a 31/03/64) que estavam presentes, juntamente com Alte Sylvio Motta, ministro da Marinha, no comício da Central do Brasil em 13 de março de 1964, onde os discursos e as faixas empunhadas pelos manifestantes, "Jango em
As Ligas Camponesas, espúrias como o MST de hoje, invadiam as propriedades e barbarizavam. Guerra civil, fechamento do Congresso e plebiscito foram temas.
Oficiais e sargentos foram designados para representares as suas organizações. Aproximadamente 2.500 soldados da Polícia do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais guarneciam o dispositivo.
Dos ministros, nem todos se curvaram. O das Relações Exteriores, Araújo Castro, declarou que comparecer a comícios não era sua obrigação e ficou no Itamaraty.
Do Gen Jair Dantas Ribeiro, há que se buscar um depoimento, ao que parece isento: “A 14 de setembro de 1962, uma greve nacional, articulada com o apoio do comandante do III Exército, general Jair Dantas Ribeiro, obrigou o Congresso a aprovar a emenda Valadares, que determinou a antecipação para janeiro de 1963 da realização do plebiscito sobre o parlamentarismo, marcado para
Em “A sociedade cindida”, por Jacob Gorender que completa: “O que chamamos de golpe militar teve inequívoco e poderoso apoio social. Funcionou como contra-revolução preventiva.”
O militar não jura fidelidade aos homens no governo, mas à Pátria; se compromete em solene juramento a defendê-la, com o sacrifício da própria vida.
A continência à Bandeira Nacional consubstancia esse respeito ao símbolo, mas é impessoal quando se presta à autoridade, civil ou militar, que obrigatoriamente deve estar no mesmo contexto de defesa da concepção do Estado brasileiro, nascido da conjunção entre o homem e a natureza, gestado ao longo de mais de 500 anos de História, parido com sacrifício e portador da verdadeira e primeira certidão de nascimento, definido por suas primordiais características. Deve ser considerada para preservar a sua identidade, diante de qualquer ameaça, sem sofrer transfigurações e mutilações. Dever do militar como parte integrante da sociedade, una indivisível; abominada a expressão sociedade civil organizada, como se na resultante do Poder Nacional, não existisse a componente fardada.
Legitimidade no poder não é só ser eleito, como tem dito Lula na questão de Honduras do afastamento de Zelaya, como exigência do Estado de Direito, que em si, será democrático se for mantida a independência dos Poderes.
Aprender com o passado, tomar decisões no presente de acordo com a sua consciência e ser bem lembrado no futuro, sem pretender que a unanimidade lhe seja fiel.
Ernesto Caruso é Coronel da reserva do EB.