Ministra-Chefe da Casa Civil
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ajudando o livro do governo ??? Lula, Memórias Reveladas, a mentir menos, fraudar menos, enganar menos
Ministra-Chefe da Casa Civil
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Governo esconde nome de terroristas
Projeto do governo acaba com sigilo para crimes contra direitos humanos
Lula procura tranquilizar militares e diz não haver revanchismo na iniciativa
Por Chico de Gois e Bernardo Mello Franco
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Paulistanos, não me envergonhem
POR INICIATIVA DO VEREADOR PETISTA ITALO CARDOSO
A Câmara Municipal de São Paulo decreta:
Art. 1º Fica concedido, “in memoriam”, o Título de Cidadão Paulistano a Carlos Marighella, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Art. 2º A entrega da referida homenagem se dará em Sessão Solene, a ser convocada pelo Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, especialmente para esse fim.
Art. 3º As despesas decorrentes deste decreto legislativo correrão por conta das verbas próprias do orçamento, suplementadas se necessário.
Art. 4º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Câmara Municipal de São Paulo, 29 de setembro de 2009. Às Comissões competentes.”
Comentário do site : www.averdadesufocada.com
A verdade sobre a batalha da Praça da Sé
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Alguma coisa sobre o livro A Verdade Sufocada
Por Élio Gaspari
Falta pouco para que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra ponha o ponto final no seu novo livro, intitulado “A Verdade Sufocada ”. Ele comandou o DOI-Codi de São Paulo entre 1970 e 1974, período durante o qual foram desbaratadas as principais organizações esquerdistas envolvidas com a luta armada e atos terroristas. Do período em que comandou o DOI ficou a marca de 502 denúncias de torturas. Em 1987, Ustra publicou “Rompendo o Silêncio ”, o primeiro livro com informações sobre a estrutura do DOI.
“A Verdade Sufocada ” terá umas 500 páginas. Durante mais de 30 anos o coronel juntou lembranças, formou uma biblioteca e teve acesso aos dois volumes produzidos nos anos 80 por cerca de 30 oficiais do Centro de Informações do Exército. Nele está uma minuciosa narrativa do período, na visão dos comandantes militares da época.”
Palavras do Coronel Ustra
Complementando a nota do jornalista Élio Gaspari, esclareço que os dois volumes, escritos pelos companheiros do CIE, ficaram prontos, no final de 1987. A obra chama-se "Tentativas de Tomada do Poder", cada volume com aproximadamente 500 páginas. Inicia-se com o movimento comunista que desaguou na Intentona, em 1935, aborda a subversão que culminou com o nosso 31 de março e, pricipalmente, conta nossa a versão a respeito da luta armada e do trabalho dos Órgãos de Segurança para vencê-la. É uma obra que rebate a esquerda, com dados, fatos e provas, mostrando o quanto ela mente.
Depois de pronta, o Ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves, a levou ao Presidente José Sarney e pediu autorização para publicá-la. Sarney não autorizou, sob o argumento de que o momento era inoportuno.
Assim, o Exército continuou mudo e cada vez mais caluniado. Os que lutaram nos Órgãos de Segurança passaram a ser execrados e a versão da esquerda dominou , sem qualquer contestação, até recentemte . A maioria dos militares acredita na única versão dos revanchistas, que a peso de muito dinheiro, fez a cabeça da nação.
Agora, com o surgimento de vários Grupos ligados a nós, com os livros que o nosso pessoal começou a escrever, a história verdadeira começou a ser mostrada. Meu novo livro, " A Verdade Sufocada" - A história que a esquerda não quer mostrar - assim como o "Rompendo o Silêncio" , é uma modesta cooperação nesse sentido.
Carlos Alberto Brilhante Ustra
Alguns crimes do Partido Comunista
ALGUNS CRIMES DO PCB
Contam-se aos milhões os casos mundialmente conhecidos da violência comunista contra a pessoa humana, escudada num estranho valor moral que privilegia a revolução proletária em relação ao indivíduo, os fins justificando os meios.
Afirma Merleau-Ponty:
"A astúcia, a mentira, o sangue derramado, a ditadura são justificados se tornam possível o poder do proletariado e dentro desta medida somente." ("Humanismo e Terror", Ed. Tempo Brasileiro, RJ, 1968, página 13).
A violência, segundo a esquerda radical, seria válida se cometida em nome da classe operária e de seu representante, o Partido Comunista.
Lenin, em seu "testamento", havia indicado seis homens que poderiam substituí-lo na condução do Estado Soviético: Stalin, Zinoviev, Kamenev, Rykov, Bukharin e Trotsky. Stalin, elegendo-se Secretário-Geral do PCUS, nunca conseguiu eliminar a oposição que lhe faziam os grupos internos dirigidos pelos outros cinco.
Na década de
E isto para citar, apenas, alguns dirigentes.
Torna-se difícil, entretanto, imputar a Stalin a única culpa pelos crimes, como desejava Trotsky. Em um regime que dá a uma classe um poder total e ditatorial, qualquer homem poderia utilizá-lo sobre as demais parcelas da sociedade.
Alguns anos mais tarde, Tito, chefe do governo iugoslavo, afirmaria que os erros e os crimes cometidos resultavam mais do sistema soviético do que das falhas morais do ditador, cuja ascenção tal sistema proporcionou.
No Brasil, fanatizados pela mesma ideologia e animados pelos mesmos propósitos indecifráveis que os conduziram à Intentona de 1935, os comunistas deram seguidas demonstrações de inaudita violência, ao perpetrarem crimes, com requintes de perversidade, para eliminar, não só seus "inimigos", as forças policiais, mas seus próprios companheiros.
O "Tribunal Vermelho", criado para julgar, sumariamente, todos aqueles que lhes inspiravam suspeitas e receios, arvorava-se em juiz e executor, fornecendo, ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), um espectro trágico e patético.
Pelos casos conhecidos, pode-se inferir, também, que dezenas de outros crimes foram cometidos pelos comunistas, sem que houvessem vindo a público, escondidos pela "eficiência do trabalho executado".
Os casos a seguir relatados mostram, de um modo pálido, mas irretorquível, essa violência levada aos limites do absurdo.
As famílias das vítimas não tiveram, como ainda não os têm, o reconhecimento e o amparo da sociedade.
Aos assassinados, cabe a afirmação de Merleau-Ponty:
"Admitir-se-á talvez que eles eram indivíduos e sabiam o que é a liberdade. Não espantará se, tendo que falar do comunismo, nós tentamos vislumbrar, através nuvem e noite, estes rostos que se apagaram da terra." (Idem, página 32).
- BERNARDINO PINTO DE ALMEIDA
Em 1935, ainda antes da Intentona, Honório de Freitas Guimarães ("Milionário"), membro do CC/PCB, denunciou Bernardino Pinto de Almeida, vulgo "Dino Padeiro", de traição. O "Tribunal Vermelho", cioso de suas atribuições, julgou-o culpado e perigoso para a ação armada que se avizinhava.
O próprio Secretário-Geral do Partido, Antonio Maciel Bonfim, o "Miranda", decidiu executá-lo, com o auxílio de seu cunhado, Luiz Cupelo Colônio. "Dino Padeiro", deslumbrado com a possibilidade de encontrar-se com o número um do Partido, foi atraído para um local ermo, próximo à então estação de Triagem da Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Fora das vistas, "Miranda" desfechou-lhe uma coronhada e, em seguida, dois tiros de revólver. Tendo a arma enguiçado, tomou a de Cupelo e desfechou-lhe mais dois tiros, para ter a certeza da morte. Entretanto, por incrível que pareça, "Dino" sobreviveu e, socorrido por funcionários da ferrovia, pôde contar sobre a tentativa de crime.
Ironicamente, o destino deu voltas. Mais tarde, Cupelo sentiria, em sua própria família, o peso da violência.
- AFONSO JOSÉ DOS SANTOS
Em 2 de dezembro de 1935, com os militantes do PCB entrando na clandestinidade pela derrota da Intentona, o "Tribunal Vermelho" julgou e condenou à morte Afonso José dos Santos. A vítima foi delatada por José Emídio dos Santos, membro do Comitê Estadual do PCB no Rio de Janeiro, que recebeu o encargo da execução.
Três dias depois do "julgamento", José Emídio cometia o assassinato, na garagem da Prefeitura de Niterói. Impronunciado por falta de provas, só em 1941 o crime foi esclarecido.
- MARIA SILVEIRA
Elisiário Alves Barbosa, militante do PCB, quando estava na clandestinidade
O "Tribunal Vermelho" condenou-a à morte.
Planejado o crime, os militantes Ricarte Sarrun, Antonio Vitor da Cruz e Antonio Azevedo Costa levaram-na, em 6 de novembro de 1940, até à Ponte do Diabo, na Estrada do Redentor, na Floresta da Tijuca. No transporte, usaram o táxi dirigido por Domingos Antunes Azevedo, conhecido por "Paulista".
Logo ao chegar, "Neli" foi atirada da Ponte do Diabo por Diocesano Martins, que esperava no local. Mas, havia a possibilidade de que ela não morresse na queda. Para certificar-se da morte, Daniel da Silva Valença aguardava no fundo do abismo.
"Neli", entretanto, já chegou morta. Foi esquartejada por Valença, que procurou torná-la irreconhecível a fim de dificultar a identificação e apagar possíveis pistas.
- DOMINGOS ANTUNES AZEVEDO
Dois meses depois, os assassinos de "Neli" estavam preocupados com a possível descoberta do crime. Em 20 de janeiro de 1941, reunidos, verificaram que o ponto fraco era o motorista do táxi, Domingos Antunes Azevedo.
Decidiram eliminá-lo.
Antonio Vitor da Cruz e Antonio Azevedo Costa, "amigos" do motorista, atrairam-no para um passeio na Estrada da Tijuca. Foram também, Diocesano Martins e Daniel da Silva Valença, este sentado ao lado do motorista. Num local em que o táxi andava bem devagar, Diocesano desfechou três tiros na vítima, que tombou de bruços sobre o volante.
Valença freiou o carro e o cadáver foi atirado à margem da estrada. Segundo eles, os assassinatos de "Neli" e do "Paulista", em nome do Partido Comunista, jamais seriam descobertos.
Esses foram alguns dos crimes cometidos pelo PCB, há mais de 60 anos. Mais tarde, muito mais tarde, esse Partido de Prestes não iria juntar-se às dezenas de organizações comunistas que defenderiam a sangrenta luta armada como o único caminho para a tomada do poder.
Detalhes de mais uma da Dilmona
1. A FORMAÇÃO DA VAR-P
Em meados de 1969, duas organizações de linha foquista, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e o Comando de Libertação Nacional (COLINA) debatiam-se sufocadas pelo cerco dos órgãos de segurança. Esprimidas entre os sucessos dos atos terroristas e dos assaltos a bancos e as amarguras da prisão de dezenas de seus militantes, ambas buscaram, na fusão, um modo de rearticularem-se, formando uma única organização, mais poderosa e de âmbito quase nacional.
Assim é que, em junho e em julho, em duas casas do litoral paulista, respectivamente, em Peruíbe e em Mongaguá, os dois comandos nacionais realizaram a denominada Conferência de Fusão, em cujo Informe, datado de 07 de julho, já aparecia o nome da nova organização, a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-P), que iria, também, ganhar a adesão de militantes da Dissidência do Partido Comunista Brasileiro de São Paulo (DI/SP).
Foi eleito o seguinte Comando Nacional (CN), três oriundos de cada organização: Carlos Lamarca, Antônio Roberto Espinosa e Cláudio de Souza Ribeiro, da VPR, e Juarez Guimarães de Brito, sua esposa Maria do Carmo Brito e Carlos Franklin Paixão Araújo, do COLINA.
Apesar da fusão ter sido concretizada, as discussões da conferência não foram tranqüilas, transcorrendo num clima tenso e, por vezes, tumultuado. Os "massistas" oriundos do COLINA, melhor preparados politicamente, criticavam os "militaristas" da VPR, pelo "imediatismo revolucionário" que defendiam. Ao mesmo tempo, entrando com 55 milhões de cruzeiros e um grande arsenal de armas, munições e explosivos, os oriundos da VPR sentiam-se moralmente fortalecidos, em face do nenhum dinheiro e das duas metralhadoras Thompson e quatro pistolas trazidas pelo COLINA.
Entretanto, tudo foi esquecido quando Juarez Guimarães de Brito apresentou o seu trunfo, o planejamento da " ação grande", que poderia dar, à nova VAR-P, sua independência financeira.
2. A "AÇÃO GRANDE"
Gustavo Buarque Schiller, o "Bicho", era um secundarista da então Guanabara que havia participado das agitações estudantis de 1968 e, através de militantes do diminuto Núcleo Marxista Leninista (NML), havia-se ligado ao COLINA. De família rica, morava no bairro de Santa Tereza, próximo à casa de seu tio, o médico Aarão Burlamaqui, que a havia cedido para ser a residência de sua irmã - tia do "Bicho", Anna Gimel Benchimol Capriglione, tida como sendo a "amante do Adhemar", ex-Governador de São Paulo. Ao ouvir que no cofre do casarão de sua tia, que morava na Rua Bernardino dos Santos, havia milhões de dólares,levou esse dado à organização.
No início de maio de 1969, "Bicho" recebeu de Juarez Guimarães de Brito a incumbência de realizar levantamentos mais acurados, com croquis e tudo, para um futuro assalto. Descobriu, então, que não havia só um, mas dois cofres, o segundo num escritório em Copacabana. Descobriu, também, que neles deveria haver de 2 a 4 milhões de dólares, além de documentos que poderiam incriminar, por corrupção, o ex-Governador Adhemar de Barros.
Juarez vislumbrou a " ação grande": num assalto simultâneo, arrecadaria recursos financeiros nunca antes conseguidos por uma organização e, com os documentos, poderiadesmoralizar um dos articuladores da Revolução de 1964.
Necessitando de mais dinheiro para o roubo dos cofres, Juarez decidiu executar o que denominou de "ação retificadora", chefiando, em 11 de julho, o assalto à agência Muda do Banco Aliança, com os seguintes sete militantes da VAR-P: Darcy Rodrigues, Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flavio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo e Sonia Eliane Lafoz. O assalto não proporcionou o resultado esperado: além de só terem conseguido 17 milhões de cruzeiros, foram perseguidos pela polícia, quando Darcy Rodrigues assassinou o motorista de táxi Cidelino Palmeira do Nascimento, causando "reflexos políticos negativos" para a nascente organização.
Por outro lado, o assalto ao cofre de Copacabana necessitava um tempo maior de planejamento, o que a "revolução" não poderia conceder. Decidiu, então, roubar o de Santa Tereza.
Na tarde de 18 de julho de 1969, os seguintes treze militantes da VAR-P, comandados por Juarez Guimarães de Brito ("Juvenal", "Júlio"), invadiram o casarão de Anna Capriglione, disfarçados de policiais à cata de "documentos subversivos": Wellington Moreira Diniz ("Lira", "Justino", "Mario", "Lampião", "Virgulino"), José Araújo de Nóbrega ("Alberto", "Monteiro", "Zé", "Pepino"), Jesus Paredes Sotto ("Mário", "Reis", "Lu", "Roque", "Tião", "Elmo"), João Marques de Aguiar ("Braga", "Jeremias", "Topo Gigio"), João Domingos da Silva ("Elias", "Ernesto"), Flávio Roberto de Souza ("Marques", "Mário", "Juarez", "Ernesto", "Gustavo"), Carlos Minc Baumfeld ("Orlando", "José", "Jair"), Darcy Rodrigues ("Sílvio", "Léo", "Batista", "Souza"), Sônia Eliane Lafoz ("Bonnie", "Mariana", "Clarice", "Paula", "Rita", "Olga"), Reinaldo José de Melo ("Rafael", "Maurício", "Otávio", "Douglas"), Paulo Cesar de Azevedo Ribeiro ("Ronaldo", "Hilton", "Comprido", "Glauco", "Ivo", "José", "Luiz", "Osvaldo", "Pedro", "Rui") e Tânia Manganelli ("Simone", "Glória", "Marcia", "Patrícia", "Sandra", "Vera").
Após confinarem os presentes a uma dependência do térreo da casa, um grupo subiu ao 2º andar e levou, através de cordas lançadas pela janela, o cofre de 200 Kg, colocado numa Rural Willys. Em menos de 30 minutos, consumava-se o maior assalto da subversão no Brasil.
Levado para um "aparelho" localizado próximo ao Largo da Taquara, em Jacarepaguá, o cofre foi arrombado com maçarico e com o cuidado de, antes, ser enchido de água através da fechadura, para evitar que o dinheiro se queimasse. Aberto, "os militantes puderam ver, maravilhados, milhares de cédulas verdes boiando". Penduraram as notas em fios de nylon estendidos por toda a casa e secaram-nas com ventiladores. Ao final, 2.800.064,00 dólares atestavam o sucesso da " ação grande".
Entretanto, entre os documentos encontrados só havia cartas e papéis pessoais, nada que pudesse incriminar Adhemar de Barros, além das inevitáveis especulações sobre as origens da fabulosa quantidade de dólares.
3. O DESTINO DO BUTIM
O destino dado ao dinheiro nunca foi devidamente esclarecido, perdido nos obscuros meandros da cobiça humana sobrepondo-se à ideologia.
Juarez e Wellington Moreira Diniz deixaram todo o dinheiro no "aparelho" da Rua Oricá, 768, em Braz de Pina, sob a guarda de Luiz Carlos Rezende Rodrigues ("Chico", "Negão") e Edson Lourival Reis Menezes ("Miranda", "Sérgio", "Wander", "Emílio", "Gilson"). Dias depois, Juarez foi buscar o dinheiro e determinou que essas duas "testemunhas" viajassem para a Argélia: Luiz Carlos embarcou em 12 de agosto, a fim de comprar armas, e Edson, via Argélia, foi fazer um curso de guerrilha em Cuba. Cinco meses depois, já no início de 1970, de volta ao Brasil, Luiz Carlos pediu para o militante Jorge Frederico Stein levar a quantia de 220 milhões de cruzeiros do Rio Grande do Sul para a Guanabara, em duas viagens.
Cerca de 300 mil dólares foram colocados em circulação e sabe-se que muitos militantes receberam, cada um, 800 dólares para emergências e que os dirigentes passaram a viver sem dificuldades financeiras. Inês Etienne Romeu ("Alda", "Isabel", "Leda", "Nadia", "Olga", "Tania") recebeu 300 mil. Cerca de 1,2 milhão foi distribuído pelas regionais, para a aquisição de armas, "aparelhos" e carros, além da implementação das possíveis áreas de treinamento de guerrilhas. No final de setembro, Maria do Carmo Brito ("Lia", "Madalena", "Madá", "Sara") entregou ao Embaixador da Argélia no Brasil, Hafif Keramane, a quantia de 1 milhão de dólares. Em contas secretas da Suíça - depois transferidas para a França, foram depositados 250 mil dólares, dos quais 120 mil foram divididos, em 1974, pelos grupos remanescentes da VAR-P e 130 mil foram abocanhados por Lalemant, um francês intelectual de esquerda, editor e dono da livraria Marterout, em Paris.
Quanto ao Gustavo Buarque Schiller, o "Bicho", seu destino foi mais claro, se não trágico, do que o dos dólares que ajudou a roubar. Logo após o assalto, passou para a clandestinidade, escondendo-se com Herbert Eustáquio de Carvalho, o "Daniel". Depois, fugiu para o Rio Grande do Sul, onde usou os codinomes de "Luiz" e "Flávio". Preso no final de março de 1970, foi banido para o Chile em 13 de janeiro de 1971, em troca da vida do embaixador suíço. Depois de passar longos anos de dificuldades financeiras na França, retornou ao Brasil com a anistia, em novembro de 1979. Movido por "conflitos existenciais", suicidou-se em 22 de setembro de 1985, atirando-se de um edifício em Copacabana.
Com dólares, armas e militantes preparados, a VAR-P nascia grande e prometia tornar-se a maior das organizações subversivas brasileiras. Os conflitos ideológicos entre seus integrantes, originados de uma fusão que nunca desceu da cúpula dirigente às bases, acabariam por dividi-la e enfraquecê-la, facilitando a sua posterior destruição.