DEM e Solidariedade pedirão de volta o dinheiro público gasto com a viagem [é o mínimo a ser feito - a oposição também deve examinar se a conduta de Dilma não representa também transgressão de norma administrativa.]
A visita de solidariedade da presidente Dilma Rousseff ao ex-presidente
Lula no sábado, em função da condução coercitiva determinada na 24º fase
da Operação Lava-Jato, deflagrada um dia antes, causou mal estar entre
parlamentares. Neste sábado, o deputado federal Fernando Francischini
(Solidariedade/PR) divulgou nota dizendo que vai entrar com ação de
improbidade administrativa contra Dilma Rousseff, por ela ter usado
dinheiro e recursos públicos para visitar Lula. As lideranças do
Democratas na Câmara e Senado também vão entrar com uma representação
contra contra Dilma e Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, na
Procuradoria Geral da República (PGR) para que investigue a viagem.
Os parlamentares querem que seja calculado o custo total do
deslocamento no Boeing presidencial, jatinhos da FAB e helicóptero, além
do pagamento de diárias para equipe de apoio, para que a presidente
Dilma e os ministros, como pessoa física, devolvam os recursos gastos
aos cofres públicos.
O líder Ronaldo Caiado (GO) e Pauderney Avelino (AM) argumentam que as
viagens não são de Estado, e devem, portanto, ressarcir os cofres
públicos . Ontem a presidente Dilma usou o Boeing e um helicóptero para
chegar com sua comitiva até São Bernardo, onde, ao lado de Lula e dona
Marisa, participaram de um ato junto a militantes que se aglomeravam no
local desde cedo. — Isso é uma loucura total. Se a presidente Dilma quisesse se
solidarizar com o amigo e correligionário político, ela deveria ter
passado a presidência para o vice Michel Temer, e custeado, do próprio
bolso, as despesas para ir com sua equipe dar apoio ao ex-presidente,
contra uma decisão de um poder constituído. Ela não pode misturar os
canais. Vamos representar á PGR para que esse dano ao povo brasileiro
seja reparado — disse Caiado.
Na mesma linha, o líder do Democratas na Câmara anunciou que vai entrar, na segunda-feira, com requerimento de informações na Presidência da República.
— Essa não foi uma viagem da chefe de estado. O país, na situação em que se encontra, quebrado, e ela fazendo essas transgressões — protestou Pauderney Avelino.
Dilma se reuniu por cerca de uma hora com o ex-presidente, na casa
dele em São Bernardo do Campo. Em frente ao prédio, simpatizantes
fizeram uma vigília desde cedo. Minutos após entrar no prédio, Dilma e
Lula saíram à varanda e acenaram de mãos dadas. Dona Marisa Letícia,
mulher do petista, também apareceu. A reunião não fazia parte da agenda oficial. Dilma pousou em
Congonhas às 13h e seguiu para o ABC paulista de helicóptero,
acompanhada do ministro-chefe da Casa Civil, Jacques Wagner. Depois
embarcou num carro para ir até o edificio.
Na mesma linha, o líder do Democratas na Câmara anunciou que vai entrar, na segunda-feira, com requerimento de informações na Presidência da República.
— Essa não foi uma viagem da chefe de estado. O país, na situação em que se encontra, quebrado, e ela fazendo essas transgressões — protestou Pauderney Avelino.
Fonte: O Globo
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