A VOLTA DA ESTELIONATÁRIA – Em vídeo, Dilma lança contra Temer as mesmas mentiras que lançou contra Aécio em 2014
Num discurso espantosamente irresponsável, a ainda presidente também diz que o Brasil está em crise por culpa da... oposição!
O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, que acabou restrito às redes sociais depois que ela desistiu da cadeia nacional de rádio e televisão, dá conta da loucura que tomou conta do Planalto. Como é que esta senhora pensa governar depois caso sobreviva? A petista repisou a ladainha mentirosa de que está em curso um golpe no Brasil e conclamou os seus seguidores à resistência.
Uma
governante que chama um processo de impeachment regulamentado pelo
Supremo de golpismo diz bem a responsabilidade que tem. Mas isso,
acreditem, nem foi o pior. Ela repetiu o discurso do estelionato que à
levou à reeleição e lançou, agora contra Michel Temer, as mesmas
acusações que fez contra o tucano Aécio Neves em 2014.
Afirmou a ainda presidente:
“Peço a todos os brasileiros que não se
deixem enganar. Vejam quem está liderando esse processo e o que propõem
para o futuro do Brasil. Os golpistas ja disseram que, se conseguirem
usurpar o poder, será necessário impor sacrifícios à população
brasileira. Com que legitimidade? Querem revogar direitos e cortar
programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Ameaçam até a educação pública. Querem abrir mão da soberania nacional,
mudar o regime de partilha e entregar os recursos do pré-sal às
multinacionais estrangeiras. Antes de tudo, o que move os golpistas são
os nossos acertos.”
Como se vê,
no discurso de Dilma, não houve crime de responsabilidade, e aqueles que
se movimentam em favor do impeachment estão a serviço de interesses
inconfessáveis. Na reta final, no desespero, Dilma retorna ao discurso
terrorista da campanha eleitoral, quando atribuiu ao adversário
intenções que, depois, acabaram fazendo parte do seu próprio rol de
medidas.
Aquela que
lidera o governo mais criminoso da nossa história se coloca como o
esteio da dignidade política. Quem diria, não é? Enquanto ela gravava
esse pronunciamento, o presidente “de facto” do Brasil, Luiz Inácio Lula
da Silva, distribuía cargos num quarto de hotel. Ele também gravou um
vídeo em que, com a sem-cerimônia habitual, deixou claro que, se
derrotado o impeachment, será ele próprio a garantia do governo. Isso,
sim, é a mais pura expressão de um golpe.
Dilma foi
adiante e atribuiu a seus adversários práticas que só típicas das
milícias que a apoiam e que ela recebe em palácio. Afirmou: “Para alcançar seus objetivos, estão
dispostos a violentar a democracia e a rasgar a Constituições,
espalhando a intolerância, o ódio e a violência entre nós”. As quatro
grandes manifestações em favor do impeachment constituíram as quatro
maiores da história do Brasil. Não se registrou, à diferença do que diz
esta senhora em seu discurso irresponsável, um só ato de violência. Já
os seus brucutus, ah, estes, sim, ameaçam, intimidam, atacam e prometem
conduzir o país ao caos.
Em seu
discurso, Dilma praticamente extingue os artigos 85 e 86 da
Constituição. O primeiro trata dos crimes de responsabilidade — e
entendo que ela foi muito além do atentado à Lei Fiscal —, e o segundo,
do impeachment. Segundo a pensadora, a deposição de um presidente eleito
é inaceitável e pronto. Por esse caminho, os petistas precisam começar a
chamar de “golpe” o impeachment de Collor.
Esse é um
discurso de guerra, não de paz. A fala injeta veneno na sociedade
brasileira e se sustenta em mentiras óbvias. Se Dilma, para má sorte do
país, sobrevive ao impeachment, tende, sim, a conduzir o país para a
desordem. E não! O caos não será provocado por seus adversários, mas
pela própria presidente e seus aliados.
Para arremate, Dilma encontrou os culpados pela situação calamitosa do país. Leiam:
“Os derrotados mergulharam o país num
estado permanente de instabilidade política, impedindo a recuperação da
economia, com um único objetivo: de tomar à força o que não conquistaram
nas urnas”.
Entenderam?
Não houvesse oposição no Brasil, não haveria crise. Dilma superou Dilma
na mentira, no estelionato eleitoral e na truculência retórica.
Ela, que não governa, quer ser agora a sacerdotisa do apocalipse. Mas não será.
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