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terça-feira, 26 de abril de 2016

Bolsonaro e a verdade sufocada pelo MBL e seus comparsas



Tirar Dilma, prender Lula e banir o PT é apenas o inicio - Professor Olavo de Carvalho

Fernando Holiday, cria do MBL e um de seus coordenadores, numa tentativa patética de reforçar suas falas, sempre inicia seus discursos dizendo que é "negro, gay e da periferia" (sic).

Puxa vida, é mesmo? Se você não falasse, ninguém perceberia!  Não sei se Fernando age 24 horas por dia como parece ser em seus vídeos -- histérico, exageradamente dramático, fora do tom, cheio de gesticulações, de afetação, de trejeitos e histriônico, diga-se de passagem --, mas a impressão fica é a de que aquilo ali é tudo pose, que ele age como um ator. A partir do momento que seus atributos pessoais e gestos precisam ter mais destaque e evidência que o conteúdo do que você tem a dizer, seu discurso fica em segundo plano e sua performance evidencia uma farsa.

Ou tem alguém explorando a situação do Fernando e maliciosamente orientando-o a agir como um militante de sinal trocado (mero boneco de ventríloquo), ou ele realmente ainda está contaminado de luta de classes e gramscismo ao ponto de acreditar que, ao agir assim, irá blindar seus argumentos, realmente convencido de que está arrebentando a boca do balão. Não sei qual o caso do garoto, mas ele parece sinceramente acreditar que essa estratégia irá elegê-lo futuramente a algum cargo dentro do estamento burocrático, que ele, como libertário, diz tanto odiar. Vamos ver até que ponto os eleitores de Direita irão tolerar tal comportamento sem questionar. O sujeito pensa que essa ferramenta retórica lhe concede, automaticamente, superpoderes para falar qualquer merda sem que seja contestado e criticado. Quem discordar é racista, "homofóbico" e preconceituoso. 

 Uma atitude não muito diferente da de um ex-BBB -- que Fernando diz combater, mas que transformou-se em seu arquétipo oposto. Os Holidays da vida é que são a outra face do ex-BBB, e não Jair Bolsonaro, como têm afirmado gente como Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e Antagonistas (Diogo Mainardi, Mário Sabino e Cláudio Dantas).

Autodescrever-se antes de sua fala como negro, gay, da periferia -- ou qualquer outra característica que o valha -- não lhe dá salvo-conduto para opinar com ares de autoridade sapiencial em assuntos dos quais você não sabe nada a respeito. Eu tenho inúmeros amigos negros, gays e da periferia que não precisam ficar se gabando e usando esse fato como argumento, pois se garantem. Eu mesmo recebi Bolsa Família e, quando cito isto, é para falar que usei a grana para ir para a lan house estudar, já que, por também ser pobre, eu não tinha computador e internet na minha casa da periferia. Diferente do Fernando eu só tenho a melanina na pele e a orientação sexual. Estudei com Olavo de Carvalho usando a grana do Bolsa Família, e através dele conheci o outro lado da história sobre o regime militar, o lado do contra-golpe aos comunistas em 1964. Foi com a grana do Bolsa Família que eu li, entre diversos livros, aquele de autoria do Coronel Brilhante Ustra.

Agora vem esse moleque do Holiday e divide quatro deputados federais, colocando Glauber e Gian Uilis na extrema-esquerda e Eduardo e Jair Bolsonaro na extrema-direita, e em seguida diz que, entre comunistas assassinos e coronéis torturadores, ele escolhe lutar até a morte pela liberdade (lutar de que forma, contra o quê e contra quem, meu filho?), como se comunistas assassinos representassem definitivamente a extrema-esquerda e coronéis torturadores representassem a extrema-direita.

É como se numa luta de boxe o sujeito falasse que está torcendo para o Palmeiras. Não é questão de escolher lado e tomar posição, mas de esclarecer os fatos e encontrar a verdade. Primeiro: não há provas razoáveis de que Ustra tenha cometido tais torturas (apenas alegações verbais dos próprios guerrilheiros comunistas e assassinos da época, sem exame de corpo de delito, cicatrizes, fotos, nem mesmo daqueles que foram presos e posteriormente exilados em outros países). Segundo: tão somente combater comunistas não torna ninguém de extrema-direita. Essa associação de tortura com os Bolsonaros e à Direita não cola. Se assim o fosse, Stalin seria de Direita ao mandar matar Trotsky. 

A história do comunismo se resume em comunistas matando comunistas com a justificativa de que o comunista assassinado havia se tornado um inimigo da Revolução, um burguês, ou seja, alguém da Direita. Tirando o anticomunismo, o regime militar brasileiro se encontra à esquerda do espectro político, com suas monstruosas estatais construídas com dinheiro da alta carga tributária, sua supressão das liberdades civis, sua censura, sua perseguição às lideranças conservadoras, sua proteção à Esquerda não-armada e a sua conivência com o marxismo cultural, na estratégia da panela de pressão do general Golbery do Couto e Silva. Leia o livro 'Ideais Traídos' e veja o que diz o general Sylvio Frota, ex-ministro do Exército do governo Geisel.

Situação diferente do Chile de 1973 a 1990, mas sei que muitos liberais não vão aceitar que se chame de extrema-direita o regime de Pinochet, no Chile, só porque o general seguiu as orientações econômicas do liberal Milton Friedman e da Escola de Chicago. Poderíamos chamar de Direita, com as devidas proporções, os governos de Churchill, Thatcher e Reagan. Mas não seriam de extrema-direita só porque passassem a cometer torturas.

Eduardo e Jair defendem a verdade histórica do que foi o regime militar, tanto que a carreira política do segundo se resume basicamente e deve seu sucesso e fama no esclarecimento dos fatos, contra a farsa da Comissão da Verdade. Ser de Direita não é defender torturadores, mas defender a verdade sufocada, a história que a Esquerda não quer que o Brasil conheça.

Atacar a família Bolsonaro dessa forma, como tem feito o MBL e seus advogados da mídia como Reinaldo Azevedo, Leandro Narloch e Luciano Ayan, é um golpe muito baixo. Ainda mais depois de todos os favores e ajuda que os Bolsonaros prestaram ao MBL, emprestando-lhes hotel, defendendo-os na CPI de crimes virtuais, chamando o povo para eventos do MBL, etc.

É típico de liberal e libertário posar de isentão, como um lorde da liberdade que paira acima de qualquer polêmica, um intocável que está no alto e além dos extremismos, que não se mistura com a ralé. Assim é fácil manter a pose de superior, em cima do muro.
O problema é que o muro pertence à Esquerda.

Por: Pedro Henrique Medeiros

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