Em
ato programado para as 18h30 desta quinta-feira (10), em São Paulo, o
Partido dos Trabalhadores e seus aliados lançarão um movimento que tem o
seguinte slogan: ''Por um Brasil justo pra todos e pra Lula.'' Na
explicação oficial, o evento servirá para inaugurar uma “campanha em
defesa da democracia, do Estado de direito e do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.” Na prática, trata-se de uma reação antecipada à
provável condenação e à eventual prisão de Lula na Operação Lava Jato.
Tenta-se convertê-lo em mártir.
Participam do movimento
capitaneado pelo PT legendas e entidades companheiras —PCdoB, CUT e MST,
por exemplo—, além de artistas e intelectuais. Será divulgado um
manifesto seguido de abaixo-assinado. Nele, a Lava Jato é apresentada
como uma iniciativa deletéria.Insinua-se no texto que, “sob o
pretexto de combater a corrupção”, a maior e mais bem-sucedida operação
contra o assalto sistêmico aos cofres do Estado promove “ataques aos
direitos e garantias” individuais.
Depois de apontar alegados
“excessos e desvios” da força-tarefa de Curitiba contra Lula, o
documento sustenta: ''Esse conjunto de ameaças e retrocessos exige uma
resposta firme por parte de todos os democratas, acima de posições
partidárias.” Acrescenta: “Quando um cidadão é injustiçado – seja
ele um ex-presidente ou um trabalhador braçal – cada um de nós é vítima
da injustiça, pois somos todos iguais perante a lei. Hoje no Brasil,
defender o direito de Lula à presunção da inocência, à ampla defesa e a
um juízo imparcial é defender a democracia e o Estado de direito…”´[Lula é chefe de uma organização criminosa, réu em três processos distintos, por crimes diferentes e conduzido em varas diferentes; só na cabeça de petistas - desprovidos de inteligência e capacidade de raciocínio - é que o estrupício pode ser considerando inocente e um injustiçado.
As várias sentenças condenatórias que serão proferidas contra Lula mostrarão o quanto o filho da ... é culpado.]
Confrontado
com a realidade, o manifesto de vitimização de Lula torna-se uma peça
de ficção. Na vida real, a Lava Jato não ameaça nenhum trabalhador
braçal. Mas já derreteu a presidência de Dilma Rousseff; prendeu
empreiteiros do porte de Marcelo Odebrecht; mantém atrás das grades
petistas como José Dirceu, Antonio Palocci e João Vaccari; arrastou
Eduardo Cunha da presidência da Câmara para a carceragem de Curitiba;
enrolou a corda no pescoço de peemedebistas como Renan Calheiros e
Romero Jucá; transformou em protagonistas de inquéritos e delações
tucanos com a plumagem de Aécio Neves e José Serra; subiu a rampa do
Planalto e bate à porta de ministros palacianos e de Michel Temer.
Ao
alcançar Lula, a faxina da Lava Jato perturba a oligarquia que
cultivava a fantasia de que um dia seria possível “estancar a sangria”.
Pela primeira vez desde as caravelas uma operação anticorrupção deixa
impotentes os poderosos que se julgavam acima da lei. Faz isso com o
respaldo de tribunais superiores. No caso de Lula, os procedimentos vêm
sendo saneados e ratificados pelo Supremo Tribunal Federal. Ou seja,
longe de estar ameaçada, a democracia brasileira revela-se vigorosa.
A
campanha a ser deflagrada nesta quinta-feira prevê a organização de
atos em defesa de Lula no Brasil e no exterior. Entretanto, as únicas
defesas que podem ajudar o personagem são as petições que seus advogados
enfiam dentro das três ações penais em que Lula figura como réu. Até
aqui, essas petições têm se revelado insubsistentes. Ainda assim, Lula
sustenta que não tem nada a ver com a corrupção. Quem ousaria discutir
com um especialista?
Fonte: Blog do Josias de Souza
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