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domingo, 20 de novembro de 2016

HELP! O Rio pede socorro - o acerto de contas


O acerto de contas com o Rio de Janeiro


Acusado de comandar o desvio de R$ 224 milhões, o ex-governador Sérgio Cabral é preso e vira símbolo da falência de um estado 

 No início de seu primeiro mandato como governador do Rio de Janeiro, em 2007, Sérgio Cabral, do PMDB, inovou. Cobrou propina adiantada por estar “no início de mandato, ainda sem projeto, sem obra”, em troca de acelerar o pagamento de dívidas do estado com a empreiteira Andrade Gutierrez. O então presidente da construtora, Rogério Nora de Sá, estranhou a prática, mas tocou o barco. Cabral queria receber uma mesada mensal de R$ 350 mil em troca da promessa de acelerar o pagamento de dívidas do estado com a empresa. As coisas corriam abertamente. Uma etapa da negociação com representantes da empreiteira se deu no Palácio Guanabara, a sede do governo fluminense, onde Cabral trabalhava e onde a princesa Isabel morou com a família há 150 anos. Cabral burlava não só as leis, como as regras do submundo da corrupção. Exagerava na ousadia.   

O episódio é acintoso até para os escrachados padrões brasileiros de corrupção. Por este e muitos outros, descobertos por duas investigações paralelas decorrentes da Operação Lava Jato, os juízes Sergio Moro, no Paraná, e Marcelo Bretas, no Rio de Janeiro, decretaram a prisão preventiva de Sérgio Cabral. Ele recebeu a muito esperada visita da Polícia Federal às 6 horas da manhã de quinta-feira, dia 17, em seu apartamento no bairro do Leblon, na Zona Sul. Caiu com quase todos que, de acordo com os investigadores, participavam do esquema. 

Dois de seus colaboradores próximos – os ex-secretários Wilson Carlos (de Governo) e Hudson Braga (de Obras) –, além de outras sete pessoas, também foram presos. A mulher de Cabral, a advogada Adriana Ancelmo, foi levada a depor coercitivamente. Cabral e sua turma são acusados pelo Ministério Público Federal do Rio e do Paraná de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é apontado como chefe de uma organização criminosa que desviou R$ 224 milhões dos cofres públicos do Rio entre 2007 e 2014, período de seus dois mandatos.

(Trecho da reportagem de capa da edição 962 da revista ÉPOCA)

 

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